REDAÇÃO DE PATENTES. Parte I Revisão de Conceitos. Alexandre Lopes Lourenço Pesquisador em Propriedade Industrial Divisão de Química II INPI - DIRPA

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Transcrição:

REDAÇÃO DE PATENTES Parte I Revisão de Conceitos Alexandre Lopes Lourenço Pesquisador em Propriedade Industrial Divisão de Química II INPI - DIRPA Sérgio Bernardo Pesquisador em Propriedade Industrial Divisão de Química II INPI - DIRPA 20 a 22 de Julho de 2010 Araraquara - SP

Patente Título de propriedade temporária outorgado pelo Estado ao inventor ou à pessoa legitimada. A patente permite que terceiros sejam excluídos de atos relativos à matéria protegida.

Lei da Propriedade Industrial Lei 9.279, de 14/05/1996 O objeto da Lei de Propriedade Industrial encontra base na Constituição Federal de 05 de Outubro de 1988, que no seu artigo 5 o, inciso XXIX, estabelece o direito à Propriedade Industrial mediante privilégio temporário concedido pelo Estado. A Lei assegura aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização (...) tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País. ATO NORMATIVO 127/97 Dispõe sobre a aplicação da LPI Lei 9.279 de 14/05/1996.

Quais são as questões que devem ser inicialmente observadas antes de se fazer um pedido de patente?

Sumário Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Tópico 4 Tópico 5 Tópico 6 Tópico 7 Tópico 8 Invenção ou Descoberta Natureza da Proteção Unidade Técnico-Funcional e de Invenção Matéria Excluída de Proteção Novidade e Estado da Técnica Atividade Inventiva, Ato Inventivo e o Técnico no Assunto Aplicação Industrial Suficiência Descritiva

Tópico 1 Invenção ou Descoberta A matéria objeto da proteção consiste em uma invenção ou é uma mera descoberta?

DESCOBERTA Uma descoberta consiste na revelação de algo (ou fenômeno) até então ignorado, mas já existente na natureza, o qual é determinado através da capacidade de observação do homem. INVENÇÃO Uma invenção é a concepção resultante do exercício da capacidade de criação do homem, manipulando ou interferindo na natureza, que represente a solução para um problema específico, dentro de determinado campo das necessidades humanas.

DESCOBERTA Arctium Lappa (Carrapicho) x INVENÇÃO VELCRO INVENÇÃO Produto e Processo As invenções são patenteáveis, as descobertas não.

É possível patentear-se uma idéia? A resposta é NÃO. É preciso que a idéia esteja concretizada (CRIAÇÃO DO INTELECTO INVENÇÃO), e que tenha sido demonstrada a sua APLICAÇÃO.

Tópico 2 Natureza da Proteção Qual a natureza da proteção?

Natureza de Proteção Patente de Invenção (PI) - 20 (vinte) anos contados da data de depósito; Patente de Modelo de Utilidade (MU) - 15 (quinze) anos contados da data de depósito; Registro de Desenho Industrial (DI) - 10 (dez) anos, prorrogáveis por mais 3 (três) períodos de 5 (cinco) anos, contados da data de depósito. Prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos, para patente de invenção, e 7 (sete) anos, para modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvadas questões judiciais ou força maior.

Natureza de Proteção Modelo de Utilidade (MU) Art. 9º, Lei 9.279/96 É patenteável como modelo de utilidade, o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. Patente de Modelo de Utilidade descreve um OBJETO, em sua forma ou estrutura,, ou ainda, combinação destas, e que resulte em melhoria funcional.

Natureza de Proteção Modelo de Utilidade (MU) Melhoria Funcional Considera-se melhoria funcional, a introdução em objeto de uma forma ou disposição que acarrete comodidade ou praticidade ou eficiência à sua utilização e/ou obtenção.

Natureza de Proteção Patente de Invenção Concepção resultante do exercício da capacidade de criação do homem, que produz um efeito técnico novo em determinada área tecnológica. Patente de Invenção descreve: TECNOLOGIA

Natureza de Proteção Desenho Industrial Considera-se desenho industrial (DI), a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Art. 95, Lei 9.279/96

Diferentes Naturezas de Proteção PI MU sistema de aquecimento sistema de controle da temperatura ergonomia do cabo dispositivo de apoio do ferro dispositivo para não queimar os botões de uma camisa *DI modificação da forma plástica, sempre com caráter ornamental. *Registro

Tópico 3 Unidade Técnico-Funcional e de Invenção O(s) objeto(s) apresentam unidade técnicofuncional e de invenção?

Unidade de Invenção Art. 22, Lei 9.279/96 O pedido de patente de invenção terá que se referir a uma única invenção ou a um grupo de invenções interrelacionadas de maneira a compreenderem um único conceito inventivo. Conceito Inventivo: Resolução de único problema técnico.

Unidade Técnico-Funcional Art. 23, Lei 9.279/96 O pedido de patente de modeelo de utilidade terá de se referir a um único modelo principal, que poderá incluir uma pluralidade de elementos distintos, adicionais ou variantes construtivas ou configurativas, desde que mantida a unidade técnico-funcional e corporal do objeto. Observação: Não havendo unidade técnico-funcional, mas estando presentes os demais requisitos de patenteabilidade, haverá necessidade de elaborar mais de um pedido de patente.

Tópico 4 Matéria Excluída de Proteção O objeto consiste em matéria excluída de proteção?

Art. 10: Não se considera invenção nem modelo de utilidade: I descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; II concepções puramente abstratas; III esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; Lei 9.279/96 IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; V - programas de computador em si;

Art. 10: Não se considera invenção nem modelo de utilidade: VII - regras de jogo; VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal Lei 9.279/96 VI - apresentação de informações; IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.

Lei 9.279/96 Art. 18: Não são patenteáveis: I - O que for contra a moral, bons costumes, segurança, ordem e saúde públicas; II - Matérias relativas à transformação do núcleo atômico; III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade novidade, atividade inventiva e aplicação industrial previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta. Parágrafo único: Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica não alcançável pela espécie em condições naturais.

Tópico 5 Novidade e Estado da Técnica Os documentos do estado da técnica antecipam a matéria a ser protegida?

Novidade Art. 11, Lei 9.279/96 A Invenção e o Modelo de Utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica. Estado da Técnica O estado da técnica é constituído: por toda matéria que se tornou acessível ao público, antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição oral ou escrita, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvados: Período de Graça, Prioridade Unionista e Prioridade Interna.

Estado da Técnica pedido depositado em 02/09/2004 estado da técnica: documentos publicados até 01/09/2004 linha do tempo Atenção: há ressalvas!

Estado da Técnica - Ressalvas Art. 16, Lei 9.279/96 Prioridade O direito de prioridade tem por objeto assegurar que, com base em um primeiro pedido de patente depositado regularmente em um dos países ou organização internacional membro de acordo com o Brasil, no prazo disciplinado no referido acordo não sofra qualquer prejuízo por fatos ocorridos nesse prazo. Prioridade Unionista (CUP) O direito de prioridade tem por objeto assegurar que, com base em um primeiro pedido de patente depositado regularmente em um dos países signatários, o solicitante poderá, durante o período de 12 (doze) meses solicitar proteção para a mesma invenção ou modelo de utilidade em qualquer um dos demais países signatários, membros da União.

Estado da Técnica - Ressalvas Prioridade Interna Art. 17, Lei 9.279/96 Terá assegurado ao pedido de Patente de Invenção (PI) ou Modelo de Utilidade (MU) depositado originalmente no Brasil, sem reivindicação de prioridade e não publicado, o direito de prioridade ao pedido posterior sobre mesma matéria, não se estendendo à matéria nova introduzida ( 1º). Só poderá ser requerida pelo depositante do primeiro pedido. Prazo de 1 ano a partir da data de depósito sito. O pedido base é definitivamente arquivado ( 2º).

Estado da Técnica - Ressalvas Período de Graça Não será considerado como ESTADO DA TÉCNICAT a divulgação de invenção ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precedem a data de depósito ou a de prioridade de pedido de patente. pelo inventor pelo INPI por terceiros Art. 12 Lei 9.279/96

Tópico 6 Atividade Inventiva, Ato Inventivo e Técnico no Assunto Qual o problema do estado da técnica? Qual a solução proposta pelo inventor? A solução poderia ser óbvia para um técnico no assunto?

Atividade Inventiva/ Ato Inventivo Requisitos para a concessão - PI/MU INVENÇÃO Art. 13 da LPI Uma invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico t no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica. t MODELO DE UTILIDADE Art. 14 da LPI O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico t no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica. t Efeito técnico novo Melhoria no uso *

Técnico no Assunto Técnico no Assunto é a pessoa detentora dos conhecimentos medianos sobre a matéria e não um grande especialista ou sumidade na matéria. Nível de conhecimento: Suficiente para utilizar o conhecimento profissional sobre o assunto. Intimamente ligado à natureza técnica da invenção. O conhecimento pode ser teórico e prático.

Tópico 7 Aplicação Industrial A invenção tem aplicação industrial?

Aplicação Industrial Art. 15, Lei 9.279/96 A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria. O conceito de aplicação industrial deve ser analisado com a devida flexibilidade quanto ao seu significado, sendo aplicável também às indústrias agrícolas e extrativas e a todos os produtos manufaturados ou naturais.

Revisando... Requisitos e Condições para Concessão de PI/MU INVENÇÃO Novidade Atividade Inventiva Aplicação Industrial Suficiência descritiva MODELO DE UTILIDADE Novidade Ato Inventivo Aplicação Industrial Melhoria funcional Suficiência descritiva

Tópico 8 Suficiência Descritiva A matéria a ser protegida está suficientemente descrita?

Suficiência Descritiva Art. 24, Lei 9.279/96 O relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua realização por técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de execução. Atenção ao redigir o pedido de patente

Suficiência Descritiva Área de Biotecnologia De acordo com o artigo 24 da Lei 9.279/96, Parágrafo Único: No caso de material biológico que não possa ser descrito na forma do caput e que não estiver acessível ao público, o relatório será suplementado por depósito de material em instituição autorizada pelo INPI ou indicada em acordo internacional.

Condições e Direitos Art. 25, Lei 9.279/96 As reivindicações deverão ser fundamentadas no relatório descritivo, caracterizando as particularidades do pedido e definindo, de modo claro e preciso, a matéria objeto da proteção. Art. 41, Lei 9.279/96 A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos.

Obrigado! Alexandre Lourenço all@inpi.gov.br (21) 2139-3764 Sérgio Bernardo sergiob@inpi.gov.br (21) 2139-3226