CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO PIMENTÃO HÍBRIDO AMARELO SOB ENERGIZAÇÃO DA ÁGUA E DOSES DE BIOFERTILIZANTE: ALTURA E DIÂMETRO CAULINAR

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Transcrição:

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO PIMENTÃO HÍBRIDO AMARELO SOB ENERGIZAÇÃO DA ÁGUA E DOSES DE BIOFERTILIZANTE: ALTURA E DIÂMETRO CAULINAR F. R. M. Borges 1 ; L. G. Pinheiro Neto 2 ; T. V. A. Viana 3 ; A. P. G. Santos 4 ; L. M. Gomes do Ò 5 ; M. P. Lage 5 RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo verificar o crescimento e desenvolvimento do pimentão híbrido amarelo (Capsicum annuum L., cultivar Línea F1) na área experimental da Estação Agrometeorológica pertencente à Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza - CE. O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com quatro repetições, instalado em parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas pelos tratamentos de irrigação com água energizada e não energizada e as subparcelas por 5 doses de biofertilizante (0, 250, 500, 750 e 1000 ml planta-1 semana-1). Aos 27, 55, 83 e 112 dias após o transplantio (DAT) houve avaliação do crescimento através da altura das plantas e diâmetro de caule. A energização da água não afetou o crescimento e o desenvolvimento do pimentão híbrido amarelo. As doses de biofertilizante exerceram efeito positivo sobre as variáveis altura de planta e diâmetro do caule. PALAVRAS-CHAVE: Capsicum annuum L.; tratamento de água; fertilização orgânica. GROWTH AND DEVELOPMENT OF YELLOW HYBRID PEPPER UNDER WATER ENERGIZATION WATERS AND DOSES OF BIOFERTILIZER SUMMARY: This study aimed to examine the growth and development of hybrid yellow pepper (Capsicum annuum L., cv Linea F1) in the experimental area of the weather station belonging to the Federal University of Ceará (UFC), Fortaleza - CE. The experimental design was randomized blocks with four replications, installed in a split plot, with plots consisting of the irrigation treatments with water energized and not energized and the subplots of biofertilizers for 5 doses (0, 250, 500, 750 and 1000 ml plant-1 week-1). At 27, 55, 83 and 112 days after transplanting (DAT) was assessing growth by plant height and stem diameter. The energization of the water did not affect the growth and development of hybrid yellow peppers. Biofertilizer doses exerted a positive effect on the variables plant height and stem diameter. KEYWORDS: Capsicum annuum L.; water treatment; organic fertilizer 1 Mestranda em Engenharia Agrícola, UFC, Depto. Engenharia Agrícola, Bloco 804, Av. Mister Hull s/n, 60450-760 Fortaleza-CE. Fone: (85) 3366-9766. robevania_b@hotmail.com 2 Doutor em Fitotecnia/Pesquisador; 3 Prof Dr. Departamento de Engenharia Agrícola - UFC; 4 Mestranda em Agronomia/Solos e Nutrição de plantas, UFC, Fortaleza, CE. 5 Graduanda em Agronomia, UFC, Fortaleza, CE.

INTRODUÇÃO O pimentão (Capsicum annuum L.) é uma das dez hortaliças de maior importância no Brasil. No Ceará, especificamente, seu valor se deve não somente em razão da forte participação na culinária doméstica e empresarial, como também devido ao aspecto social que assume (VIANA et al. 2007). A irrigação é indispensável ao cultivo de pimentão, espécie muito sensível a falta de água e um uso mais racional deste insumo como a energização pelo sistema Aquatron, pode ocasionar em economias em seu consumo. Segundo o fabricante do equipamento, este sistema é programado de acordo com as propriedades físico-químicas da água, com uso específico para benefícios fisiológicos as plantas e auxiliar no controle de pragas e doenças. O equipamento é instalado em tubulações de irrigação para tratar toda a água que passa pelo sistema (AQUATRON, 2008). A importância do biofertilizante no crescimento das plantas não se deve aos valores quantitativos dos seus componentes químicos que, em geral, são baixos, mas no aspecto qualitativo, devido sua diversidade química. Estudos recentes indicam que o biofertilizante possui quase todos os macro e micronutrientes essenciais aos vegetais (RODOLFO JÚNIOR; CAVALCANTE; BURITI, 2008). Além disso, o uso de biofertilizante vem crescendo, por ser uma alternativa barata para o cultivo de hortaliças, em substituição aos insumos convencionais. Assim, pretendeu-se com este trabalho verificar o crescimento e desenvolvimento do pimentão híbrido amarelo (Capsicum annuum L., cultivar Línea F1) sob efeito da aplicação de águas tratada e não tratada por energização e de doses de biofertilizante. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na área experimental da Estação Agrometeorológica pertencente à Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza no período de junho a dezembro de 2011. O delineamento experimental foi blocos ao acaso, com quatro repetições, instalado em parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas pelos tratamentos água energizada e não energizada e as subparcelas por 5 doses de biofertilizante (0, 250, 500, 750 e 1000 L planta -1 semana -1 ). O tratamento da água por energização foi realizado através do equipamento Aquatron Green Machine. Durante o tratamento, a água foi submetida à energização, que segundo o fabricante modifica a disposição da molécula de água (de poligonal para uma estrutura mais linear) e quebra a sua tensão superficial, facilitando a sua absorção pelo sistema radicular. O biofertilizante foi produzido em sistema anaeróbico. O material utilizado foi: 250 L de esterco bovino, 120 L de água, 2,8 L de leite de vaca, PT-4-O (acelerador), farinha de osso, pó de pedra, bem como ingredientes para acelerar o metabolismo das bactérias. O biofertilizante era homogeneizado diariamente por um agitador mecânico. O sistema de irrigação utilizado foi gotejamento constituído com uma linha de emissores por fileira de planta e um emissor por planta com vazão média por emissor de 8 L h -1, com fornecimento diário. As mudas foram transplantadas para vasos de 40 L com substrato contendo uma parte de esterco bovino, uma parte de areia e três partes de solo local aos 28 DAP (dias após o plantio), quando estavam emitindo três ou quatro pares de folhas definitivas. Aos 27, 55, 83 e 112 dias após o transplantio (DAT) houve avaliação do crescimento e desenvolvimento através da altura das plantas e diâmetro de caule. A altura de planta (AP) foi 124

mensurada do colo da planta a gema apical utilizando uma trena graduada em centímetros; para o diâmetro caulinar (DC) foi utilizado um paquímetro digital, com leituras sempre a 5 cm acima do colo da planta. Os dados obtidos foram analisados através de análise de variância (teste F ), aplicando-se análise de regressão para as doses de biofertilizante por serem de natureza quantitativa utilizando o programa estatístico ASSISTAT (2011) e planilhas do Excel. RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme a análise de variância apresentado na Tabela 1 verificou-se que o uso da água energizada não exerceu efeito significativo sobre as variáveis analisadas. Entretanto, de acordo com a análise de regressão (Tabela 1), as variáveis altura de planta e diâmetro caulinar foram significativas em função das doses de biofertilizantes utilizadas. Não houve significância na interação biofertilizante versus água energizada. Uma possível explicação para este fato, é que segundo o fabricante, o tratamento por energização mostra-se eficiente devido a uma maior absorção de água e nutrientes. Entretanto, como nesta pesquisa, o potencial mátrico permaneceu próximo às condições de capacidade de campo, provavelmente, o tratamento por energização não possibilita alterações significativas quanto à absorção de água e nutrientes nessas condições. Segundo a análise de regressão verifica-se que houve acréscimos relativos da altura de planta (Figura 1A, 1B e 1C), por incremento da dose de biofertilizante. Estes acréscimos podem estar relacionados à resposta do biofertilizante como ativador do crescimento das plantas. Na Figura 1A observa-se que a equação para altura de planta aos 55 DAT, cuja regressão foi significativa e ajustou-se à polinomial quadrática com R 2 =0,75. Utilizando-se a equação de regressão, pode-se calcular a dose de biofertilizante capaz de promover o mais elevado rendimento. Portanto, com a dose 663,5 L planta -1 semana -1, obteve-se uma altura de 44,35 cm. Na figura 1B, a altura de planta aos 83 DAT também ajustou-se ao modelo quadrático, com R 2 =0,67 e com a dose 751,5 L planta -1 semana -1, obteve-se uma altura de 54,5cm. Aos 112 DAT, a regressão ajustou-se ao modelo linear. Assim como altura de planta, no diâmetro do caule a regressão foi significativa aos 55, 83 e 112 DAT. Aos 55 e 112 DAT, a regressão ajustou-se ao modelo linear, com R 2 0,84 e 0,91, respectivamente (Figuras 1D e 1F). Aos 83 DAT, a regressão ajustou-se ao modelo polinomial quadrático com R 2 =0,81 (Figura 1E) e com a dose 985 L planta -1 semana -1, obteve-se 11,96 mm de diâmetro caulinar. Sabe-se que o diâmetro do caule é uma característica importante, por permitir que ocorra menos tombamento da cultura. Estes resultados estão associados à influência positiva das doses do biofertilizante juntamente com os nutrientes absorvidos do solo, que supriram, de forma equilibrada, as necessidades nutricionais da cultura e estão em concordância com os obtidos por Deleito et al. (2005) ao concluírem que o biofertilizante agrobio estimulou o crescimento e a produção do pimentão. Porém, diferem dos encontrados por Sousa et al. (2009) que trabalhando com diferentes concentrações e intervalos de aplicação do biofertilizante sob crescimento e produção de pimentão, verificaram que as dosagens de biofertilizante não apresentaram efeitos significativos sobre a variável de crescimento altura de planta, porém houve um aumento do número de frutos para maiores concentrações. Tendência semelhante foi verificada também por 125

Cavalcante et al. (2009) ao concluírem que o maracujazeiro-amarelo teve o crescimento estimulado na maior concentração do biofertilizante. Essa superioridade nos tratamentos com o insumo deve-se à sua composição, por estimular a produção de substâncias vitais como solutos orgânicos, ácidos nucléicos, proteínas (VESSEY, 2003). CONCLUSÕES A energização da água não afetou o crescimento e o desenvolvimento do pimentão híbrido amarelo, sob as variáveis altura de planta e diâmetro do caule. As doses de biofertilizante exercem efeito positivo sobre as variáveis altura de planta e diâmetro do caule com o incremento da dose, agindo como ativador do crescimento das plantas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUATRON. Aquatron Green Machine. Disponível em: <http: //aquatron.com/>. Acesso em: 15 de Abril. 2011. ASSISTAT. Versão 7.5 beta Por Francisco de A. S. e Silva. DEAG-CTRN-UFCG Atualizado em 04/03/2011. Disponível em <HTTP://www.assistat.com> Acessado em 04/03/2011. CAVALCANTE, L. F.; SILVA, G. F.; GHEYI, H. R.; DIAS, T. J.; ALVES, J. C.; COSTA, A.P.C.; Crescimento de mudas de maracujazeiro amarelo em solo salino com esterco bovino líquido fermentado. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.4, n.4, p.414-420, 2009. RODOLFO JÚNIOR, F.; CAVALCANTE, L. F.; BURITI, E. S. Crescimento e produção do maracujazeiro amarelo em solo com biofertilizantes e adubação mineral com NPK. Caatinga, v. 21, n. 05, p. 134-145, 2008. Número especial. SOUSA, M. J. R.; MELO, D. R. M.; FERNANDES, D.; SANTOS, J. G. R.; ANDRADE, R. Crescimento e produção do pimentão sob diferentes concentrações de biofertilizante e intervalos de aplicação. Revista Verde, Mossoró, v. 4, n.4, p. 42-48, out/dez 2009. VESSEY, J.LK. Plant growth promoting rhizobacteria as biofertilizers. Plant and Soil, v.255,p.571-586, 2003. VIANA, F. M. P; FREIRE, F. C. O.; PARENTE, G. B. Controle das principais doenças do pimentão cultivado nas Regiões Serranas do Estado do Ceará. Comunicado Técnico 132, EMBRAPA, Fortaleza. ISSN 1679-6535, dez, 2007 Tabela 1 - Resumo da análise de variância para altura de planta e diâmetro caulinar aos 27, 55, 83 e 112 DAT (dias após o transplantio). Fortaleza, Ceará, 2012 Quadrado Médio Fonte de variação GL 27 DAT 55 DAT 83 DAT 112 DAT Altura de planta Blocos 3 5,56 ns 7,15 ns 15,59 ns 67,04 ns Energização da água 1 0,42 ns 42,71 ns 204,00 ns 254,52 ns Resíduo (a) 3 13,88 99,57 75,76 39,76 Biofertilizante 4 5,73 ns 68,90** 62,29* 150,65** Interação Ta x Tb 4 2,10 ns 8,78 ns 20,85 ns 93,01 ns Resíduo (b) 29 4,31 19,35 21,26 39,65 CV a (%) - 18,83 22,73 16,55 11,56 CV b (%) - 10,49 10,02 8,77 11,54 Diâmetro caulinar Blocos 3 1,83 ns 3,03 ns 2,04 ns 1,21 ns Energização da água 1 12,38 ns 1,80 ns 3,65 ns 9,68 ns Resíduo (a) 3 5,62 5,27 4,07 2,71 Biofertilizante 4 0,50 ns 2,57** 1,94** 4,98** Interação Ta x Tb 4 0,45 ns 1,87 ns 0,93 ns 1,06 ns Resíduo (b) 29 0,52 0,66 0,75 0,87 CV a (%) - 41,16 21,69 17,33 12,28 CV b (%) - 12,60 7,68 7,44 6,98 GL = Grau de liberdade; CV= Coeficiente de variação; * = Significativo a 1%, ** Significativo a 5% e ns = não significativo 126

D E F Figura 1 Efeito das doses de biofertilizante na variável altura de plantas e diâmetro do caule de plantas de pimentão aos 55 (A), 83 (B) e 112 (C) DAT (dias após o transplantio). Fortaleza, UFC, Ceará, 2012 127