Palavras-chaves: Pragas do pequizeiro, Megalopigidae, Levantamento de pragas

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Transcrição:

PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE UMA NOVA PRAGA DO PEQUIZEIRO NA REGIÃO DE IPAMERI-GO. Nilton Cezar Bellizzi 2,3 ; Vitor Cruvinel Ribeiro 1,3 ; Wagner Cruvinel Ribeiro 1,3. 1 Voluntários de Iniciação Científica PVIC/UEG. 2 Pesquisador Orientador de PVIC/UEG e-mail: nilton.cezar@ueg.br 3 Curso de Agronomia, Unidade Universitária de Ipameri, UEG. Resumo: O experimento foi conduzido em Ipameri, com o levantamento de pragas do pequizeiro. O adulto desta praga é uma lepidóptera da família Megalopyidae, sendo a lagarta uma voraz desfolhadora do pequizeiro. A população apresenta um pico populacional em abril, onde podemos observar as lagartas na fase final de desenvolvimento e uma grande quantidade de pupas. 15 dias após a transformação em pupa, os adultos começam a emergir e imediatamente iniciam a cópula. Dois dias após a cópula, as fêmeas iniciam a postura em massas de ovos. Estes ovos ficam hibernando até o próximo ano quando ocorre um novo pico na mesma planta e se distribuem para outras plantas próximas. Palavras-chaves: Pragas do pequizeiro, Megalopigidae, Levantamento de pragas Introdução: O Pequizeiro, árvore da família das cariocáceas (Caryocar brasiliense) é o símbolo máximo da goianidade, embora seja encontrada também nos Estados de Rondônia (ao leste), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (no nordeste), Minas Gerais (norte e oeste), Pará (sudoeste), Tocantins, Maranhão (extremo sul), Piauí (extremo sul), Bahia (oeste) e Distrito de Federal (Almeida et al., 1998). É uma planta semidecídua, cuja floração, conforme Ribeiro et al. (1981) ocorre logo após a emissáo de folhas novas. Apresenta redução parcial da folhagem durante a estação seca. Em Cerrados do Distrito Federal, foi observada floração entre junho a outubro, antes do período chuvoso e a maturação dos frutos de dezembro a janeiro da mesma estação chuvosa.

As taturanas ou lagartas são insetos pertencentes ao grupo dos Lepidópteros (borboletas e mariposas), sendo que no Brasil, duas famílias: a dos Megalopigídeos e a dos Saturnídeos, têm apresentado ocorrências de acidentes. Os Megalopigideos (Família Megalopygidae), conhecia como lagarta de fogo, taturana-gatinho, chapéu armado e saui. Lagartas geralmente solitárias e não-agressivas, de 1 a 8 cm de comprimento, possuem "pêlos" dorsais longos e sedosos de colorido variado (castanho, branco, negro, róseo) camuflando as verdadeiras cerdas pontiagudas e urticantes (Gallo et al. 2002). Este projeto tem como objetivo descrever a primeira ocorrência deste Megalopygidae, uma praga nova nos pequizeiros goianos. Material e Métodos: O experimento foi conduzido na região de Ipameri. Esta é uma praga nova, sendo este o primeiro relato deste inseto no pequizeiro, portanto este é um trabalho descritivo. A ordem deste inseto é lepidóptera, cuja família é Megalopygidae. A espécie esta sendo identificada por especialistas, contudo a incidência desta praga tem aumentado na região e a sua importância tem crescido, pois a planta atacada perde todas as folhas. Resultados e discussão: As figuras abaixo apresentam uma descrição das fases de desenvolvimento do inseto, desde o ovo até a fase adulta e os danos causados no pequizeiro. Na figura 1 observamos a postura em massa de ovos em folhas de pequizeiro. Na figura 2 observamos uma mariposa fêmea realizando postura. Figura 1 Massa de ovos depositada pela fêmea em folhas do pequizeiro. Figura 2 Aspecto das fêmeas fazendo postura nas folhas do pequizeiro.

Os ovos são postos em conjunto, com uma substância cerosa ligando-os, constituindo a massa de ovos. Cada massa tem de 50 a 200 ovos, que ficam hibernantes por até um ano em frestas e outros locais da planta. Na figura 3 observamos uma lagarta apresentando "pêlos" dorsais longos e sedosos brancos camuflando as verdadeiras cerdas pontiagudas e urticantes. As pupas constroem casulos de duas formas, nas folhas ou na casca do pequizeiro. A figura 4 mostra um casulo feito com folhas entrelaçadas por fios de seda produzidos pelas lagartas. Figura 3 Aspecto da lagarta do pequizeiro se alimentando das folhas da planta. Figura 4 Casulo feito com folhas entrelaçadas por fios de seda. Neste casulo podem estar até cinco ou seis pupas de Megalopygidae. A figura 5 apresenta um agregado de pupas na casca do pequizeiro ligadas com fios de seda, neste agregado podem ser encontradas até 200 pupas. As pupas retiradas do casulo podem ser vistas na figura 6, onde podemos observar alguns pêlos na pupa Figura 5 Agregado de pupas na casca do pequizeiro ligadas por fios de seda. Figura 6 Detalhes das pupas retiradas dos casulos.

Os adultos durante a cópula são mostrados na figura 7, onde observamos os machos menores na lateral esquerda e a fêmea, maior, na posição de receber o macho. Na figura 8 são mostrados detalhes de um adulto, como as asas brancas com pintas e alguns pêlos da cabeça com coloração amarelada. Figura 7 Adultos no momento da cópula. Figura 8 Detalhe do número de adultos em um pequizeiro. Num pequizeiro o número de lagartas, pupas e mariposas é muito grande, causando prejuízos consideráveis nas folhas desta planta. As figuras a seguir mostram os prejuízos deste inseto nesta planta. Figura 9 Os danos vão aumentando conforme aumento do número de lagartas na planta. Figura 10 Detalhe do pequizeiro totalmente sem folhas e infestado com esta praga. Os prejuízos iniciais são pequenos, contudo, com a eclosão das lagartas os danos vão aumentando proporcionalmente até acabar com toda as folhas do pequizeiro, conforme figuras 9 e 10.

Os ovos postos no tronco do pequizeiro ficam alojados nas fendas e outras partes da planta, quando ocorrem condições propícias ao desenvolvimento das lagartas, as mesmas eclodem e dão origem a um novo ciclo de destruição naquele pequizeiro. As fêmeas possuem uma capacidade de vôo suficiente para infestar novos pequizeiros na região, elas depositam seus ovos em folhas e no tronco de novos pequizeiros. Estes ovos permanecem hibernantes e em condições favoráveis, eclodem as lagartas e iniciam os danos neste novo pequizeiro. Novos trabalhos de biologia e determinação da dispersão desta praga devem ser conduzidos na UnU de Ipameri. Conclusões: - Esta é uma praga nova, sem nenhuma literatura sobre ela. - Os danos causados por ela são grandes, podendo prejudicar consideravelmente a produção de pequi. - Os ovos podem permanecer na planta por mais de um ano, aguardando condições favoráveis para eclosão das lagartas e início de um novo ciclo biológico. Referências Bibliográficas: ALMEIDA, S. P.; PROENÇA, C. E. B.; SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. 464p. GALLO, D., NAKANO, O., SILVEIRA NETO, S., CARVALHO, R.P.L., BATISTA, C.G. DE, BERTI FILHO, E., PARRA, J.R.P., ZUCCHI, R.A., ALVES, S.B., VENDRAMIM, J.D. Manual de Entomologia Agrícola, Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, pp. 1-649. 1988. RIBEIRO, J. F.; GONZALES, M. IL OLIVEIRA, P. E. A. M; MELO, J. T. Aspectos fenológicos de espécies nativas do Cerrado. In CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 32, 1981, Teresina, PI. Anais. Teresina: Sociedade Botânica do Brasil, 1981. p.181-198.