A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS SOBRE OS CONTOS DE FADAS PARA O UNIVERSO INFANTIL Mácia Rangel Alves de Mianda; Ana Rosângela da Silva Costa Adalgiza Queioz Univesidade do Estado do Rio Gande do Note - UERN CAMPUS Avançado Pofessoa Maia Elisa de Albuqueque Maia CAMEAM Pogama Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID RESUMO: A ciança pecisa apende a enconta sentido e significado na vida. As expeiências vivenciadas com os pais e os outos que cuidam da ciança, juntamente com a heança cultual são de fundamental impotância paa sua fomação, quando tansmitidos de maneia coeta. Uma das melhoes fomas de tansmiti valoes cultuais paa uma ciança é atavés da liteatua, poque canaliza melho este tipo de infomação. É duante a infância, peíodo de amaduecimento e descobetas que as históias e, pincipalmente os contos de fadas podem se decisivos paa a fomação da ciança, em elação a si mesma e ao mundo à sua volta. Nessa pespectiva, o pesente tabalho tem a intenção de investiga como se dá a constução de sentidos pela ciança atavés dos contos de fadas. Palavas chaves: ciança, liteatua, contos de fada. INTRODUÇÃO A infância é uma das mais impotantes fases da vida do se humano. É quando a ciança começa a foma sua pesonalidade, defini suas pefeências e a dá significado a tudo que a ceca. Desde os pimeios momentos de vida, a ciança começa a comunica-se, com o intuito de satisfaze suas necessidades. Paa isso, usa o choo paa comunica a necessidade do alimento ou o desconfoto causado pela do. Assim, inconscientemente, vai constuindo sua pópia imagem e identidade e se depaa com muitos estímulos, conflitos ou intedições de seus desejos. À medida que a ciança se desenvolve deve apende a se entende e, com isso se capaz de entende os outos, se elacionando com as pessoas que a cecam e com o mundo, de foma mais significativa. Assim, as expeiências vivenciadas seão o supote paa a fomação de sua pesonalidade e sua foma de entende e convive no mundo. Os contos de fadas apesentam históias com conflitos vivenciados po toda a humanidade, assim ao lê-los ou ouvi-los a ciança se tona capaz de esolve seus pópios poblemas. Atavés dos contos de fadas a ciança vai compeendendo e enfentando seus pópios conflitos e adotando valoes socialmente espeitados. Assim, os contos de fadas popocionam a ciança entende que as dificuldades da vida são inevitáveis, mas se ela soube encaá-las com foça e coagem, conseguiá vence todos os obstáculos.
Nessa pespectiva, o pesente tabalho tem a intenção de investiga como se dá a constução de sentidos pela ciança atavés dos contos de fadas, enfatizando quais os instumentos/ecusos didático-metodológicos são utilizados paa desenvolve a aula, bem como quais as contibuições que essas páticas popocionam paa a fomação global da ciança. Desse modo, o objetivo desse tabalho de pesquisa é analisa como a ciança constói os sentidos sobe a vida e o mundo que a ceca atavés dos contos de fadas. Nossa investigação seá desenvolvida com alunos da educação infantil, da Escola Municipal Sonho Infantil na cidade de Douto Seveiano/RN, enfatizando a impotância dos contos de fadas, no desenvolvimento e fomação pessoal da ciança, possibilitando a fomação de indivíduos cíticos-eflexivos e com a compeensão à ceca do mundo em que vivem. Essa análise nos possibilitaá um confonto ente as páticas efetivadas em sala de aula com os teóicos estudados. Utilizaemos ainda como subsídios teóicos Abamovich (1993); Amailha (2007), ente outos que complementaão nosso embasamento necessáio paa o desenvolvimento desse elevante tabalho científico. APORTE TEÓRICO É na infância, fase pemeada de descobetas e constução de significado, onde a ciança começa a foma sua pesonalidade e entende o mundo que a ceca, que as históias, mais pecisamente os contos de fadas podem faze toda a difeença na sua fomação pessoal, cognitiva e social. Paa Bettelheim: Enquanto divete a ciança, o conto de fadas a esclaece sobe si mesma, e favoece o desenvolvimento de sua pesonalidade. Ofeece significado em tantos níveis difeentes, e eniquece a existência da ciança de tantos modos que nenhum livo pode faze justiça à multidão e divesidade de contibuições que esses contos dão à vida da ciança. (BETTELHEIM, 2002, p.12). O auto essalta que os contos de fadas epesentam de foma imaginativa, aquilo em que consiste o pocesso de desenvolvimento humano, de foma ataente, que leva a ciança a se engaja nele. Assim, o contato da ciança com os contos de fadas deve ocoe o mais cedo possível, atavés da leitua feita po seus pais ou esponsáveis pela pomoção de sua fomação, pois ao ouvi as históias contadas pelos adultos, pincipalmente po pessoas que tenham o afeto e a confiança da
ciança, aos poucos ela vai se apopiando desse valioso instumento de expessão, desenvolvendo assim sua pesonalidade e a constução de sentidos diante da vida. Diante das inúmeas tansfomações que ocoeam na sociedade, pincipalmente no seto tecnológico e das comunicações que nos tansmitem as mais divesas fomas de inteações e entetenimento, as históias paecem não mais te tanta elevância no cotidiano infantil. As cianças passam hoas em meio ao mundo vitual, seja na televisão, computado, vídeo- game, etc. Entetidos com pogamas que muitas vezes tem pouco a acescenta na sua fomação intelectual e social. Entetanto, não podemos nega o fascínio e as sensações que os chamados contos de fadas ainda execem sobe a ciança. Tanto que mesmo com todas as tansfomações pelas quais a sociedade vem passando, ainda podem encanta as cianças po geações. Nesse pensamento Coelho mosta que: Se há pesonagem que apesa dos séculos e da mudança de costumes continua mantendo seu pode de atação sobe homens e cianças, essa é a fada. Petencente à áea dos mitos, a fada ocupa ali um luga pivilegiado, encana a possível ealização dos sonhos ou ideais ineentes à condição humana. (COELHO, 2000, p.173) Coso (2006), afima que a capacidade de sobevivência de cetos contos de fadas, que continuam a encanta cianças das geações dos computadoes, videogames e jogos de RPG, consiste em seu pode de simboliza e esolve os conflitos psíquicos inconscientes que ainda dizem espeito às cianças de hoje. Isso mosta que o impéio das imagens e do entetenimento não etiou a foça das naativas oais. Dessa foma, os contos de fadas po instigaem a fantasia, o imagináio, po convidaem a ciança a conhece outos mundos pemeados de sees fantásticos como fadas, duendes, animais falantes, buxas, dagões, po falaem de sentimentos como o amo, a vingança, a amizade, a peda, po tataem de poblemas que a pópia ciança vivencia, se configua como um valioso mecanismo paa a fomação intelectual, emocional, cultual e social da ciança. Nesse sentido, os contos de fadas contibuem com a fomação da pesonalidade da ciança, pois atavés da identificação com os pesonagens, dos conflitos que estes enfentam, a ciança vai fomando seu equilíbio emocional e pecebendo que os obstáculos fazem pate da vida de cada individuo, mas que também são passiveis de seem solucionados. Paa Amailha.
Atavés do pocesso de identificação com os pesonagens, a ciança passa a vive o jogo ficcional pojetando-se na tama da naativa. Acescenta-se à expeiência o momento catático, em que a identificação atinge o gau de elação emocional, concluindo de foma libeadoa todo o pocesso de envolvimento. Potanto, o pópio jogo de ficção pode se esponsabilizado, pacialmente, pelo fascínio que (o conto de fadas) exece sobe o ecepto (AMARILHA, 1997, p.18). ANÁLISE DO CORPUS Mediante as discussões apesentadas faz-se aqui uma análise de uma atividade desenvolvida pela pofessoa do matenal I na Escola Municipal Sonho Infantil. Em um momento de incentivo à leitua a pofessoa faz uma atividade de contação de históia, de foma ciativa e planejada. A pofessoa confeccionou um avental coloido e ciativo com os pesonagens do conto de fada: A Banca de Neve e os sete anões, as cianças sentadas em um cículo no chão da sala escutavam atentas. Inicialmente a pofessoa faz uma pedição da históia, peguntando se alguém já ouviu fala na Banca de Neve, ou se conseguiam identifica algum pesonagem que estava epesentado no avental. Muitas espostas sugem pincipalmente elacionadas aos anões amigos da Banca de Neve, neste momento nota-se que as cianças constoem significados sobe os pesonagens, associando o pesonagem as suas caacteísticas e papel desempenhado na históia. Nesse instante, a atitude de um aluno chama atenção quando o mesmo compaa o anão dominhoco como seu imão, consequentemente, as demais cianças começam também associa os pesonagens da históia a amigos e familiaes causando um momento de inteação e algazaa na tuma, bem como, é evidente a constução de conhecimentos constuídos pelas cianças mediante a históia contada. Paa Bettelheim (2002), a taefa mais impotante e difícil na ciação de uma ciança é ajudála a enconta significado na vida. Duante seu desenvolvimento a ciança pecisa entende a si pópia e aos outos, o que lhe pemitiá se elaciona de foma satisfatóia e significativa com o mundo no qual está inseida. Dessa foma o auto diz que: Os contos de fadas, à difeença de qualque outa foma de liteatua, diigem a ciança paa a descobeta de sua identidade e comunicação, e também sugeem as expeiências que são necessáias paa desenvolve ainda mais o seu caáte. Os contos de fadas declaam que uma vida compensadoa e boa está ao alcance da pessoa apesa da advesidade - mas apenas se ela não se intimida com as lutas do destino, sem as quais nunca se adquie vedadeia identidade. Estas estóias pometem à ciança que, se ela ousa se engaja nesta busca atemoizante, os podees benevolentes vião em sua ajuda, e ela o conseguiá. As estóias também
advetem que os muitos temeosos e de mente medíoce, que não se aiscam a se enconta, devem se estabelece numa existência monótona - se um destino ainda pio não ecai sobe eles. (BETTELHEIM, 2002, p.23). CONSIDERAÇÕES FINAIS Enfim, os contos de fadas tonam-se uma feamenta indispensável à fomação da ciança, contibuindo paa o seu desenvolvimento social e intelectual, possibilitando o despeta da imaginação, sentimentos, emoções e encantamento de maneia pazeosa, dando significado ao que le. O univeso da leitua popociona paze ao sujeito, de le, de compeende, de descobi e de tona-se um se humano cítico e eflexivo. E esse encantamento popocionado pelos contos de fadas é o que pemite o desenvolvimento da compeensão de mundo pela ciança. Assim, os valoes moais pesentes nos contos de fadas são apeendidos pela ciança e a ajudaão a foma sua pesonalidade e caáte, acompanhando-a po toda a vida. Atavés das históias, a ciança vai se identificando com os conflitos e impasses vivenciados pelas pesonagens, como a inevitabilidade da mote, a inveja, a sepaação de pessoas queidas, a luta ente o bem e o mal e assim vai apendendo que é possível vence os obstáculos da vida e sai vitoiosa. Dessa foma, os contos de fadas se definem como um impotante elemento na fomação pessoal da ciança. Uma boa leitua nos possibilita uma viagem no mundo das palavas dando-nos a sensação de possuimos o mundo em nossas mãos e temos a capacidade de modificá-lo confome a nossa vontade. Ao lemos somos levados a conhece lugaes, pessoas e situações as quais somente a nossa imaginação é capaz de nos apesenta. Atavés da leitua nossos sonhos se tonam ealidade.
REFERÊNCIAS: ABRAMOVICH, Fanny. Liteatua Infantil: gostosuas e bobices. São Paulo: scipione, 3. ed, 1993. AMARILHA, Maly. Estão motas as fadas? Liteatua Infantil e pática Pedagógica. Petópolis, RJ: Vozes, 1997-Natal: EDUFRN. BETTELHEIM, Buno. A psicanálise dos contos de fadas; Alene Caetano (tad). São Paulo: Paz e Tea, 2002.16 edição evista. COELHO, Nelly. Novaes. Liteatua Infantil: Teoia, análise, didática. 1ed. São Paulo: Modena, 2000. CORSO, Diana Lichtenstein. CORSO, Máio. Fadas no Divã - Psicanálise nas Históias Infantis. Poto Alege: Atmed, 2006.