PROCESSO N o : 9.773/00 INFORMAÇÃO N o : 118/00 INTERESSADO: Prefeitura Municipal de IPÚ-CE



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Transcrição:

PROCESSO N o : 9.773/00 INFORMAÇÃO N o : 118/00 INTERESSADO: Prefeitura Municipal de IPÚ-CE Trata o presente protocolado de consulta apresentada pela Prefeitura Municipal de Ipú, subscrita pelo Exmo. Sr. Simão Martins de Sousa Torres - Prefeito Municipal - que indaga sobre venda de ações, nos seguintes termos: I- O Município de IPU, é proprietária legítima de ações junto ao capital das seguintes companhias: COELCE, PETROBRÁS e TELECEARÁ S/A II- É intenção da administração municipal, dentro do mais breve tempo possível, proceder alienação destas ações, cujo resultado financeiro, será aplicado exclusivamente em obras de relevante interesse público. III- Sobre o assunto, a Lei Orgânica do Município de Ipú, assim preconiza, verbis : Art. 121. A alienação de bens municipais será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I- quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação ou permuta; II- quando móveis, dependerá de licitação exceto nos casos de doação, para fins assistenciais. ANTE O EXPOSTO PERGUNTA-SE: a) É legal proceder alienação das ações de propriedade do Município fundamentado no art. acima referenciado? b) No entender desse Tribunal, ainda é necessário autorização legislativa para proceder a alienação destas ações.

A COTEC, através de seu Departamento de Assistência Técnica aos Municípios, tem a informar que: Preliminarmente, registre-se que o consulente é parte legítima para encaminhar consulta a esta Corte de Contas, bem como a matéria enquadra-se no art. 1º da Lei nº 12.160/93 e no art. 157 do Regimento Interno do TCM. NO MÉRITO A competência do Município para tratar da alienação de seus bens é evidentemente um assunto de interesse local e encontra fulcro no art. 30, inciso I, da Constituição Federal. Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam. Segundo o ensinamento de Hely Lopes Meirelles, temos que: O conceito de bem é amplo, abrangendo tudo aquilo que tenha valor econômico ou moral ou seja suscetível de proteção jurídica. No âmbito local consideram-se bens ou próprios municipais todas as coisas corpóreas ou incorpóreas: imóveis, móveis e semoventes; créditos, débitos, direitos e ações que pertença a qualquer título ao município (Direito Municipal Brasileiro, 6ª ed., Malheiros, 1993, p. 225/6). A Lei Orgânica do Município de Ipú, em seu art. 121, trata da alienação de bens municipais e estabelece que: Art. 121. A alienação de bens municipais será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I- quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência pública, dispensada esta nos casos de doação ou permuta; II- quando móveis, dependerá de licitação exceto nos casos de doação, para fins assistenciais ou de interesse relevante. A Lei nº 8.666/93, que regulamenta o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal e institui normas para licitação e contratos na Administração Pública em seu art. 17, determina:

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I- quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais (...), dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:.... II- quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: a) doação (...); b) permuta (...); c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados (...); f) venda de materiais e equipamentos (...). (grifo nosso) Face à análise dos dispositivos legais e objetivando elucidar a indagação formulada no item a ressaltamos inicialmente, que a Administração Pública deve estabelecer qual tipo de ação pretende alienar. No caso das ações das citadas companhias, dever-se-á observar o regramento específico que rege a alienação destas, inclusive no tocante ao seu valor mínimo. A Administração deve atentar ainda para o fato de que, em regra, de acordo com o art. 19 da Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976, não é permitida a oferta pública de valores mobiliários no mercado de capitais sem prévio registro e autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A alínea c do inc. II do art. 17 da Lei nº 8.666/93 estatui que há que ser observada legislação específica; esta (Lei nº 4.728, de 14.07.65) determina que a negociação de

quaisquer valores mobiliários (cf. art. 1º da Lei nº 6.385, de 07.12.76, que define ação como valor mobiliário) depende de intermediação de sociedades corretoras de valores; e havendo uma pluralidade delas no mercado, imprescindível será que a seleção da corretora seja feita por intermédio de licitação. Nessa linha, será primordial a prévia avaliação das ações a serem negociadas. De posse dessa avaliação, há duas hipóteses em face da natureza das ações. Quanto às negociáveis em Bolsa, o inc. II, c, do art. 17 da Lei nº 8.666/93 autoriza a dispensa de licitação para a negociação diretamente na Bolsa de Valores; todavia, o prestador de serviços (corretora) que efetuará esta negociação deve ser contratado mediante licitação. A venda e a compra de ações na Bolsa de Valores Mobiliários são regidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, nos termos da Lei nº 4.728, de 14.07.65, e Resolução Bacen nº 39, de 20.10.66. Saliente-se que a venda em Bolsa deverá ser precedida de ampla divulgação, para permitir a participação de todos os interessados. Somente após a realização do certame e escolhida a corretora de valores que apresente a menor taxa de corretagem é que a vencedora da licitação estará autorizada a intermediar a venda das referidas ações diretamente em bolsa. Tratando-se, ainda, de companhias cujas ações não estejam listadas em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado, a alienação dessas ações se efetivará através de leilão público, cujo edital será submetido a apreciação da CVM, conforme disciplinamento contido no art. 2º, inciso II da Instrução CVM nº 286/98, cópia em anexo. No que se refere a resposta ao item b da presente consulta, cabe considerar que sendo os bens públicos, em regra, inalienáveis por força de lei (art. 67 do Código Civil), para serem alienados é necessária autorização legislativa, em atenção ao princípio da homologia das formas dos atos administrativos. Acrescente-se, por oportuno, que o saudoso Hely Lopes Meirelles, assim interpretou:

A administração dos bens municipais compreende normalmente a utilização e conservação do patrimônio local, mas excepcionalmente pode o Município ter necessidade ou interesse na alienação de alguns de seus bens, caso em que o prefeito dependerá de lei autorizadora e do atendimento de exigências especiais impostas por normas superiores.... Quanto à venda de bens móveis e semoventes, exigirá também autorização legislativa, avaliação e licitação prévias. (grifos nossos) (Direito Municipal Brasileiro, 6ª ed,. Malheiros, 1993, p.240 e 242). Neste sentido manifestaram-se os Tribunais de Contas Estaduais de Santa Catarina e do Paraná, respectivamente: Somente poderá o Chefe do Poder Executivo alienar bens móveis que pertençam ao Ativo Permanente do Município com prévia autorização legislativa, específica ou genérica, vez que a Lei Orgânica do Município Consulente não prevê essa hipótese (somente o faz em relação aos bens imóveis) (Parecer nº COG-033/95). Licitação Alienação de Ações. Consulta.... É mister a existência de prévia autorização legislativa, com indicação da destinação dos recursos obtidos com a operação. (TC/PR- Resolução nº 992/94). Pelo exposto, entendemos, s.m.j., que é necessária a autorização legislativa para proceder a alienação de ações, e ainda, que o instrumento autorizativo deverá indicar a quantidade e o tipo das ações a serem alienadas, bem como a destinação dos recursos oriundos a negociação. Ressaltamos finalmente, que a Lei Complementar nº 101/00- Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 44, veda a aplicação de receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, excetuando os casos de destinação através de lei aos regimes de previdência social geral e próprio dos servidores públicos.

É a Informação Sub Censura Departamento de Assistência Técnica aos Municípios, do TCM, em Fortaleza, 07 de junho de 2000. DIMAS DE OLIVEIRA COSTA Coordenador da COTEC DANIELLE NASCIMENTO JUCÁ Diretora do DATEM