PRIMEIRO REINADO A formação do Estado nacional brasileiro

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Transcrição:

PRIMEIRO REINADO 1822-1831 A formação do Estado nacional brasileiro

1. A Confederação do Equador A Confederação do Equador foi um movimento político e revolucionário ocorrido na região Nordeste do Brasil em 1824. O movimento teve caráter emancipacionista e republicano; A revolta teve seu início na província de Pernambuco, porém, espalhou-se rapidamente por outras províncias da região (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Causas: Forte descontentamento com centralização política imposta por D. Pedro I, presente na Constituição de 1824. Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após a independência. Objetivos: Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Constituição de caráter liberal. Diminuir a influência do governo federal nos assuntos políticos regionais. Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil. Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo central imperial. Formação de um governo independente na região.

A execução de Frei Caneca Frei Caneca, um dos maiores idealizadores e combatentes do movimento, foi condenado à forca. Foi preso e levado para um calabouço. No dia de Natal do mesmo ano, foi transferido de sua cela a uma sala incomunicável, para receber a sentença. Muito foi feito para que Caneca não fosse executado. Houve petições, manifestações de ordens religiosas, pedidos de clemência. Em vão. Dia 13 de janeiro de 1825, o prisioneiro foi conduzido à forca. Na hora de chamar o carrasco, surgiu um problema. Não havia quem aceitasse enforcar Caneca. Castigos, sangue, pancadas. Nada, ninguém queria se prestar ao papel de carrasco. Por fim, resolveram trocar a forca pela execução por fuzilamento. Estava encerrada a carreira revolucionária de Frei Caneca. Seu corpo foi deixado num caixão de pinho em frente ao Convento das Carmelitas, de onde os padres o recolheram.

II. Crise na Província Cisplatina A Guerra da Cisplatina foi um conflito armado entre Brasil e Províncias Unidas do Rio da Prata (antigas províncias do Vice-reinado espanhol do Rio da Prata), ocorrida entre 1825 e 1828. Até 1816 a região foi território espanhol. Porém, em 1816, ela foi invadida e anexada a coroa portuguesa. Porém, como a anexação não foi aceita pela população de maioria espanhola da região, teve início um movimento de independência. No ano de 1825, com apoio da Argentina, teve início o movimento pela emancipação da Cisplatina. Não concordando, Dom Pedro I, imperador do Brasil, declarou guerra contra o movimento emancipacionista em 10 de dezembro de 1825.

A Guerra durou 3 anos, gerando ao Império Brasileiro enormes gastos financeiros, além de perdas humanas. O Império brasileiro encontrou dificuldades em formar uma força militar capaz de vencer os revoltosos. Mesmo com um exército menor, as Províncias Unidas do Rio da Prata tiveram êxito no conflito.

Consequências: Enfraquecimento do poder político de Dom Pedro I. Prejuízos financeiros que prejudicaram a economia brasileira (elevação da dívida). Questionamentos da população brasileira pela derrota na guerra. Declínio da popularidade de D. Pedro I.

III. A abdicação de D. Pedro I João Batista Líbero Badaró, jornalista italiano radicado no Brasil e dono do jornal O Observador Constitucional, argumentava que o governo imperial estava exercendo um autoritarismo negligente com artigos a favor da liberdade dos brasileiros através do rompimento das ligações políticas com os mandatários lusitanos. Suas ideias liberais atacavam com veracidade o descaso de D. Pedro I, e sua morte, em 20 de novembro de 1830 por quatro assassinos alemães, acabou sendo atribuída ao império português.

Os protestos cada vez maiores no Rio de Janeiro em razão da morte de Líbero Badaró exigiram que o imperador retornasse à capital para tentar controlar a rebeldia dos manifestantes. No dia 13 de março de 1831, os brasileiros entraram em conflito com os portugueses no Rio de Janeiro, em um episódio que ficou marcado como Noite das Garrafadas, devido aos inúmeros objetos lançados pelos revoltosos. Esse episódio foi marcante por antecipar a abdicação de D. Pedro I ao trono.

A abdicação do primeiro Imperador do Brasil, D. Pedro I. Aurélio de Figueiredo. Sem apoio político e pressionado pelas elites locais, D. Pedro I abdicou do trono em 7 de abril de 1831, retornou para Portugal e deixou seu filho, D. Pedro de Alcântara, ainda criança, no Brasil.

Guerra Civil em Portugal (1832-1834)

Nasceu no palácio de Queluz, próximo de Lisboa, Portugal, em 12 de Outubro de 1798. Faleceu no mesmo palácio, e no mesmo compartimento em que nascera, a 24 de setembro de 1834. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, reis de Portugal.

História Profª Alexandra Freitas 9º Ano - II trimestre 2017