FLORENÇA. Data do Sec. I a. C.



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Transcrição:

FLORENÇA Data do Sec. I a. C.

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A cidade nasce da política, da observação do que existe, dos levantamentos feitos e da meditação na realidade a cidade não nasce, vai-se formando, como um conjunto estruturado, relacionado com a região à volta. Leon Battista Alberti no seu tratado sobre arquitectura

Florença está situada a 230km de Roma e ocupa uma área de 105km2. Foi fundada por motivos militares e comerciais.

O fenómeno principal no urbanismo de Florença foi o florescimento entre os séculos XV e XVI do movimento Renascentista, um movimento que buscava sobretudo a renovação cultural. Como palco principal deste movimento, Florença reviveu a antiga cultura greco-romana, pensamento da época era voltado a filosofia grega e das realizações artísticas.

Os anéis fortificados de defesa se expandiram sucessivamente com a finalidade de colocar as cidades fora do alcance dos projécteis de artilharia. Limitadas em seu crescimento pelas novas muralhas, as cidades foram forçadas a se concentrar em áreas reduzidas e congestionadas.

Encastoada no coração de Florença, Santa Maria del Fiore o Duomo ou catedral de Florença domina a cidade com a enorme cúpula, cujo tamanho representa bem a típica determinação florentina em se distinguir em tudo, e até hoje nenhum edifício da cidade a ultrapassa em altura.

Brunelleschi conhecia a cúpula do Panteão de Roma, e foi nesta obra que foi buscar sua inspiração. Seu objectivo era levantar uma cúpula que servisse de referência para a cidade, e desde sua construção é unanimemente considerada um dos poucos monumentos perfeitos.

. A cúpula de Santa Maria del Fiore foi concebida de tal maneira que a significação global do monumento, fosse a expressão não mais da antiga sociedade medieval que havia construído o templo, mas sim de uma nova sociedade florentina, daí sua importância vital na panorâmica de todo o urbanismo da cidade.

A Praça Durante toda a Renascença, qualquer que seja a forma da cidade, o seu centro é sempre uma praça, ou um sistema de praças para onde convergem ruas. Apesar de não ser um magistral exemplo de composição urbana, a praça da catedral de Santa Maria del Fiore, surge como excepcional devido à convergência das ruas na praça, um impressionante número de 14 no total.

o plano urbano estabelece-se na base de dois traçados teóricos: um, virtual, feito de linhas direitas, que radiam, tendo a sua origem na cúpula da catedral e relacionando as diversas igrejas ou praças contíguas, no espírito do plano de Sisto V.O segundo é mais material e realista, desenhando um anel poligonal que passa por cima do rio e que liga todos os espaços principais, prolongando-os, por vezes, até a periferia. É uma composição urbana de base simbólica e voluntária, que ordena a cidade e que oferece múltiplas possibilidades de desenvolvimento.

Os Jardins É fundamental assinalarmos aqui, a importância desempenhada pelos jardins no período Renascentista como um todo. Inspiravam-se quase todos no tratado de Leon Battista Alberti, De re aedificatoria (1485), que era baseado, neste domínio, sobre a certeza, inspirada em Plínio, o Jovem, e em Vitrúvio, segundo a qual <<a beleza era o resultado da harmonia>> que existe, por definição, na natureza.

No caso específico de Florença, um exemplo ideal de jardins, são os Jardins Boboli, criados para os Medici em 1550, um ano após a compra do Palácio Pitti. Excelente exemplo de jardinagem estilizada do Renascimento, possui sebes em buxo desenhadas simetricamente e que conduzem a bosques bravios, de azevinho e ciprestes, destinados a criar contraste entre o artificial e o natural. A concepção dos Jardins Boboli foi utilizada como base para todos os jardins reais da Europa, incluindo Versalhes.

CONCLUSÃO: Grande parte de Florença, data do Renascimento mas a zona oriental da cidade mantém uma nítida influência medieval com ruas confusas e vielas escondidas. Por breve período serviu de capital da Itália unificada (1865 1871). Durante o Sec. XIII enriqueceu graças à indústria e comércio têxtil. Os contactos comerciais com o mundo árabe levaram Fibonacci, matemático Pisano a introduzir no ocidente os algarismos árabes; seguiu-se a nova compreensão da geometria e os arquitectos começaram a construir novos e ambiciosos edifícios que ainda hoje são motivo de orgulho e respeito por toda a Itália. O urbanismo, a história da arquitectura e da arte de Florença, é uma herança artística que tem inspirado o povo que nela vive como multidões de turistas que a admiram

Bibliografia: Delfane, Charles. A Grande História da Cidade (Da Mesopotâmia aos Estados Unidos). Instituto Piaget, 2000. Florença e Toscana. Guia American Express, ed. Civilização, 2008. http://www.arquitetando.xpg.com.br/urbanismo http://www.histeo.dec.ufms.br http://www.histeo.dec.ufms.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/arquitetura_do_renascimento