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PROJECTO DE NAVIOS VOL. II REGRAS E REGULAMENTOS Manuel Filipe Ventura Instituto Superior Técnico Secção Autónoma de Engenharia Naval Lisboa - 2004 1

Índice 1. Regras e Regulamentos... 1 1.1 Regras... 1 1.2 Regulamentos e Legislação...2 1.3 Regulamentos Internacionais...2 1.3.1 Tópicos cobertos...3 1.3.2 Criação e Adopção de uma Convenção...3 1.3.3 Entrada em Vigor...3 2. Convenções IMO mais Relevantes...4 2.1 Segurança Marítima...4 2.2 Prevenção da Poluição Marítima...4 2.3 Responsabilidades e Compensações...4 2.4 Outras 4 3. Convenção Internacional das Linhas de Carga, 1966...5 3.1 Determina...5 3.2 Aplicação...5 3.3 Excepções...5 3.4 Definições...5 3.5 Tipos de Navios...6 3.6 Rombo padrão...7 3.7 Condições de equilíbrio satisfatórias após alagamento...8 3.8 Determinação do bordo livre...8 3.9 Determinação da altura mínima de proa...9 3.10 Marcas do Bordo Livre...10 3.11 Outras Disposições... 11 2

3.11.1 Braçolas de Escotilha... 11 3.11.2 Respiradouros... 11 3.11.3 Balaustrada... 11 4. Salvaguarda da Vida Humana no Mar...12 4.1 Determina...12 4.2 Estrutura...12 4.3 Aplicação...12 4.4 Excepções...13 4.5 Anteparas dos Piques, Espaços de Máquinas e Mangas do Veio em Navios de Carga...13 4.5.1 Definições...13 4.5.2 Antepara de Colisão...13 4.5.3 Espaços de Máquinas...14 4.5.4 Mangas do Veio...14 4.6 Sistema de Esgoto...14 4.6.1 Navios de Passageiros e de Carga...14 4.6.2 Navios de Passageiros...14 4.6.3 Navios de Carga...15 4.7 Compartimentação e Estabilidade em Avaria de Navios de Carga...15 4.7.1 Aplicação...15 4.7.2 Definições...15 4.8 Compartimentação e Estabilidade em Avaria de Navios de Carga...16 4.8.1 Índice de Subdivisão Requerido...16 4.8.2 Índice de Subdivisão Obtido...16 4.8.3 Cálculo de p i...16 4.8.4 Cálculo de s i...18 4.8.5 Permeabilidade dos compartimentos...18 4.9 Máquina do Leme...18 4.10 Protecção, Detecção e Combate a Incêndios...19 3

4.10.1 Princípios Básicos...19 4.10.2 Definições...19 4.10.3 Bombas de Incêndio, Bocas de Incêndio e Mangueiras... 20 4.10.4 Sistemas de Gás Fixos para Combate a Incêndio...21 4.10.5 Arranjo dos Sistemas de Combate a Incêndio em Espaços de Máquinas... 22 4.10.6 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Espuma de Baixa Expansão em Espaços de Máquinas... 23 4.10.7 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Espuma de Alta Expansão em Espaços de Máquinas... 24 4.10.8 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Chuveiros de Pressão em Espaços de Máquinas... 24 4.10.9 Meios de Fuga... 25 4.10.10 Protecção de escadarias e elevadores em espaços alagáveis ou de serviço... 25 4.10.11 Arranjo de Protecção contra Incêndios em Espaços de Carga Ro/Ro... 26 4.10.12 Medidas de Segurança Contra Incêndio em Navios Tanque... 27 4.10.13 Sistema Fixo de Espuma no Convés... 27 4.10.14 Sistema de Gás Inerte... 28 4.10.15 Casas de Bombas de Carga... 30 4.11 Equipamento Salva-Vidas... 30 4.11.1 Requisitos Gerais para as Jangadas Salva-Vidas... 30 4.11.2 Jangadas Insufláveis... 30 4.11.3 Jangadas Rígidas...31 4.11.4 Requisitos Gerais para as Embarcações Salva-Vidas...31 4.11.5 Baleeiras Parcialmente Cobertas... 32 4.11.6 Baleeiras Parcialmente Cobertas Auto-Endireitantes... 32 4.11.7 Baleeiras Totalmente Cobertas... 32 4.11.8 Baleeiras Totalmente Cobertas de Queda Livre... 33 4.11.9 Embarcações de Socorro... 34 4.12 Automatic Identification Systems (AIS)... 35 4

4.12.1 Entrada em Vigor... 35 4.12.2 Aplicação... 35 4.12.3 Estabelece... 35 4.12.4 Objectivos... 36 4.12.5 Vantagens sobre o Radar... 36 4.12.6 Informação transmitida... 36 4.12.7 Intervalo de Transmissão... 36 4.13 Visibilidade da Ponte de Navegação... 37 4.14 Transporte de Grão... 37 4.14.1 Aplicação... 37 4.14.2 Definições... 37 4.14.3 Estiva do Grão... 38 4.14.4 Requisitos de Estabilidade Intacta... 38 4.14.5 Divisórias Longitudinais... 38 4.14.6 Fixação da Carga... 39 4.14.7 Informação Sobre Condições de Carga de Grão... 39 4.14.8 Descrição dos Espaços Vazios Assumidos e Método de Cálculo da Estabilidade Intacta... 39 4.14.9 Momento Inclinante em Compartimentos Cheios... 39 4.14.10 Momento Inclinante em Compartimentos Parcialmente Cheios. 39 4.15 Medidas de Segurança para Navios de Alta Velocidade... 39 4.15.1 Definição... 39 4.15.2 Aplicação... 40 5. MARPOL Maritime Pollution...41 5.1 Determina...41 5.2 Aplicação...41 5.3 Estrutura...41 5.4 Definições... 42 5.5 Tanques de Lastro Segregado, Tanques Dedicados de Lastro Limpo e Lavagem por Óleo... 43 5

5.6 Requisitos para Lavagem por Crude (COW)... 43 5.7 Localização Protectiva e Espaços de Lastro Segregado... 44 5.8 Duplo Casco... 45 5.9 Retenção de Óleo a Bordo... 46 5.9.1 Tanques de Decantação (Slop Tanks)... 46 5.10 Sistemas de Monitorização e Controle de Descargas de Óleo e Equipamento de Filtragem de Óleo... 46 5.11 Tanques de Óleos Residuais (sludge tanks)... 47 5.12 Arranjo de Bombas, Encanamentos e Descargas em Petroleiros... 47 5.13 Derrame de Óleo Hipotético... 47 5.13.1 Rombos Laterais... 47 5.13.2 Rombos no Fundo... 47 5.14 Limitações da Dimensão e Arranjo dos Tanques de Carga... 47 5.15 Compartimentação e Estabilidade... 48 5.15.1 Dimensões do Rombo Padrão... 48 5.15.2 Critério de Estabilidade em Avaria... 49 5.16 Prevenção da Poluição Atmosférica por Navios... 49 5.16.1 Regula... 49 5.16.2 Aplicação... 49 6. Código Internacional para a Construção e Equipamento de Navios para o Transporte de Produtos Químicos a Granel...51 6.1 Aplicação...51 6.2 Classificação dos Tipos de Navios...51 6.3 Rombo devido a Abalroamento... 52 6.4 Rombo devido a Encalhe... 52 6.5 Critério de Estabilidade após Avaria... 52 7. Código Internacional para Transporte Marítimo de Mercadorias Perigosas53 7.1 Classificação dos Tipos de Mercadorias Perigosas... 53 6

8. COLREG - International Regulations for Preventing Collisions at Sea, 1972 54 8.1 Aplicação... 54 8.2 Estrutura... 54 8.3 Faróis e Balões... 56 8.3.1 Aplicação... 56 8.3.2 Definições... 56 8.4 Localização e Características dos Faróis e Balões... 57 8.4.1 Localização Vertical dos Faróis... 57 8.4.2 Localização Horizontal dos Faróis... 57 8.4.3 Balões... 57 8.5 Sinais Sonoros e Luminosos... 57 9. Convenção Internacional sobre a Arqueação de Navios, 1969... 59 9.1 Aplicação... 59 9.2 Definições... 59 9.3 Arqueação Bruta... 59 9.4 Arqueação Líquida... 60 10. Port State Control (PSC)...61 10.1 O que é?...61 10.2 Implementação...61 11. International Safety Management Code (ISM)... 62 11.1 Objectivos... 62 11.2 Aplicação... 62 11.3 Documentos e Certificados... 62 11.4 Safety Management System (SMS)... 63 11.4.1 Requisitos Funcionais... 63 12. International Ship & Port Facility Security Code (ISPS)... 64 7

12.1 Princípios Básicos... 64 12.2 Medidas... 64 12.3 Níveis de Segurança... 64 12.4 Requisitos para Instalações Portuárias... 64 12.5 Requisitos para Navios e Instalações Portuárias... 64 12.6 Requisitos para Navios... 65 13. Organização Internacional do Trabalho (OIT)... 66 13.1 Alojamentos da Tripulação de Navios Mercantes... 66 13.1.1 Arranjo dos Alojamentos... 66 13.1.2 Mobiliário e Equipamento... 68 13.1.3 Refeitórios... 69 13.2 Convenção No.133... 69 13.2.1 Alojamento de Tripulações... 69 13.2.2 Refeitórios... 70 13.2.3 Copa...71 13.3 Protocolo de 1996 à Convenção da Marinha Mercante de 1976...71 14. Standards for Tanker Manifolds and Associated Equipment... 72 15. Legislação da União Europeia... 74 15.1 Segurança Marítima... 74 8

1. Regras e Regulamentos No conjunto de disposições que condicionam o projecto de navios podem ser categorizadas em dois grupos principais: - Regras conjunto de recomendações ou disposições de carácter não-mandatório, de aceitação voluntária, geralmente para obter uma determinada classificação. - Legislação disposições de carácter mandatório, ou seja, que têm força de lei. 1.1 Regras Entre as regras podem-se distinguir as produzidas pelas Sociedades Classificadoras, as produzidas por organizações internacionais não-governamentais e as produzidas por associações da indústria. Sociedades Classificadoras ABS - American Bureau of Shipping (www.abs.com) BV - Bureau Veritas (www.veristar.com) DNV - Det Norske Veritas (www.dnv.com) GL - Germanischer Lloyd (www.germanlloyd.org) HRS - Hellenic Register of Shipping (www.hrs.gr) KRS Korean Register of Shipping (www.krco.kr) LR - Lloyd s Register (www.lr.org) NKK - Nippon Kaiji Kyokai (www.nkk.jp) PRS - Polish Register of Shipping (www.prs.po) RINA - Registro Italiano Navale (www.rina.org) RINAVE Registo de Navios (www.rinave.pt) Organizações Internacionais Não-Governamentais ILO - International Labour Organisation (www.ilo.org) 1

Associações da Indústria OCIMF Oil Companies International Maritime Forum (www.ocimf.com) SIGTTO - Society of International Gas Tanker & Terminal Operators (www.stp.com.au) INTERTANKO The International Association of Independent Tanker Owners (www.intertanko.org) 1.2 Regulamentos e Legislação A legislação de carácter mandatório pode ter âmbito internacional, regional ou nacional. Nacionais o Instituto Marítimo Portuário e de Transportes Marítimos o UK Department of Transport (www.dft.gov.uk) o U.S. Coastguard (www.uscg.mil) União Europeia (europa.eu.int/eur-lex/pt/) o Produzidas pelo Conselho, Comissão Europeia, Parlamento Europeu Directivas Têm que ser transcritas na lei nacional (ratificadas por decreto-lei) Regulamentos Entram em vigor imediatamente Internacionais o IMO - International Maritime Organisation (www.imo.org) 1.3 Regulamentos Internacionais Os regulamentos internacionais são essencialmente da competência da International Maritime Organization (IMO). A Intergovernamental Maritime Consultive Organization, IMCO, nasceu em 1958 e é um forum internacional de estudo dos problemas marítimos, tendo a sua designação sido alterada em 1982 para IMO. A sua actividade inclui a criação de normas e regulamentos: ela é actualmente responsável por cerca de 35 acordos e convenções internacionais e tem adoptado numerosos protocolos, resoluções e emendas. A IMO desempenha também uma função consultiva junto das Nações Unidas. 2

1.3.1 Tópicos cobertos Segurança Marítima Poluição Marítima Responsabilidades e compensações Outras 1.3.2 Criação e Adopção de uma Convenção A criação e a adopção de uma convenção pela IMO é um processo moroso. Antes de ser adoptada uma convenção tem que ser discutida e aprovada pelos representantes dos estados membros nos diversos níveis da organização. Os organismos envolvidos são, ao mais alto nível, a Assembleia Geral e o Concelho e ao nível inferior, os comités de Segurança Marítima, Protecção do Ambiente Marítimo, Jurídico e de Encaminhamento de Tráfego. Geralmente a iniciativa é tomada ao nível dos comités, por se reunirem mais frequentemente. Quando o acordo é alcançado a esse nível, a proposta é enviada para o Concelho ou se necessário para a Assembleia, para aprovação. 1.3.3 Entrada em Vigor Cada convenção define as condições que deverão ser cumpridas antes da sua entrada em vigor. Por exemplo, a SOLAS 74 definia que só poderia entrar em vigor após ser aceite por 25 estados membros, cuja frota mercante totalize não menos de 50% da arqueação mundial. 3

2. Convenções IMO mais Relevantes 2.1 Segurança Marítima Convenção Internacional das Linhas de Carga (ILLC) Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida no Mar (SOLAS) International Regulations for Preventing Collisions at Sea (COLREG) Recomendações sobre a Estabilidade Intacta de Navios de Passageiros e de Carga com Comprimento inferior a 100 metros, 1968 Conferência Internacional sobre Segurança de Navios de Pesca, 1977 Código Internacional para Transporte Marítimo de Mercadorias Perigosas, 1990 Arqueação de Navios 2.2 Prevenção da Poluição Marítima Convenção Internacional para Evitar Poluição de Navios (MARPOL) 2.3 Responsabilidades e Compensações 2.4 Outras Convenção Internacional de Salvage, 1989. 4

3. Convenção Internacional das Linhas de Carga, 1966 3.1 Determina Bordo livre Altura mínima de proa Alturas de braçolas de escotilhas, dimensionamento de tampas de escotilhas e meios de fecho Alturas mínimas de ventiladores e respiradouros Medidas para protecção da tripulação (balaustradas/bordas falsas) Avaria padrão para verificação das condições de alagamento Condições de estabilidade mínimas aceitáveis após alagamento 3.2 Aplicação Navios que efectuem viagens internacionais 3.3 Excepções Navios novos, com comprimento inferior a 24 m Navios existentes, com arqueação bruta inferior 150 t Iates de recreio Navios de pesca Navios de guerra 3.4 Definições Comprimento é igual a 96% do comprimento total medido sobre uma linha de água traçada a 85% do mínimo pontal de construção, medido da face superior da quilha, ou o comprimento medido da face de vante da roda de proa até ao eixo da madre do leme naquela linha de água, se este for maior. 5

Bordo livre é a distância medida verticalmente a meio navio, desde o bordo superior da linha do pavimento de bordo livre, até ao bordo superior da faixa horizontal que representa a linha de carga adequada. Pavimento do bordo livre é o pavimento completo mais elevado, exposto à intempérie e ao mar, que possuir dispositivos permanentes para fechar todas as aberturas situadas na parte descoberta. Altura mínima de proa é a distância vertical medida na perpendicular de vante, desde a linha de água correspondente ao bordo livre de Verão, até à parte mais alta do traço do pavimento exposto com o costado. Superstrutura construção que se ergue sobre o pavimento do bordo livre e se estende de um a outro bordo ou tem os lados recolhidos em relação ao costado do navio não mais do que 4% do valor da boca (B). 3.5 Tipos de Navios Esta Convenção classifica os navios em dois tipos: A e B. Tipo A Navios que satisfaçam as seguintes condições: Projectados para transportar somente cargas líquidas a granel Os tanques de carga têm apenas pequenas aberturas de acesso de pequenas dimensões e essas aberturas são fechadas por tampas estanques, de aço ou material equivalente, providas de juntas. Têm baixa permeabilidade nos compartimentos de carga Quando carregado à linha de água de carga de Verão, deve flutuar em condições satisfatórias após o alagamento devido ao rombo padrão 6

Se o navio tiver L > 150 m o/os compartimentos alagados devem ter uma permeabilidade assumida de 0.95. Se o navio tiver L > 225 m a casa da máquina deverá ser também considerada como um compartimentos alagável, com uma permeabilidade assumida de 0.85. Tipo B Todos os navios que não sejam do tipo A. Tipo Bxx Navios do tipo B, com mais de 100 m de comprimento, a que podem ser atribuídos bordos livres inferiores desde que satisfaçam as seguintes condições: O navio quando carregado à linha de água de Verão que flutue numa condição satisfatória depois de alagado um qualquer compartimento, que não a casa da máquina. Se o navio tiver mais de 200 m de comprimento, a casa da máquina deve ser considerada como um compartimento alagável. Os navios que satisfizerem estas condições poderão ter o seu bordo livre tabelar reduzido em 60% da diferença entre os valores indicados para o tipo A e o tipo B. A redução pode ser aumentada até ao valor de 100% satisfazendo requisito adicional: Suportar o alagamento simultâneo de dois compartimentos adjacentes, pelo arrombamento da antepara transversal (não considerando alagável a casa da máquina) 3.6 Rombo padrão Extensão vertical: Extensão transversal: Extensão longitudinal: a partir da linha base, sem limites superiores MIN( B/5, 11.5 ) m Um único compartimento, desde que a fronteira longitudinal interna do compartimento não esteja dentro da extensão transversal 7

3.7 Condições de equilíbrio satisfatórias após alagamento A linha de água final após o alagamento deve estar abaixo da aresta de qualquer abertura capaz de provocar alagamento progressivo O ângulo de adornamento deve ser inferior a 15. Se nenhuma parte do convés estiver submersa, será aceitável um ângulo até 17. A altura metacêntrica deverá ser positiva. Se alguma parte do convés acima do compartimento considerado alagado estiver imersa, deverá ser investigada a estabilidade residual e verificado que: Existe um adornamento possível de 20 para além da posição de equilíbrio Tem um braço de estabilidade máximo de pelo menos 0.1 m A estabilidade dinâmica até esse valor ser pelo menos de 0.0175 m.rad. 3.8 Determinação do bordo livre Obtenção do bordo livre base [mm] Para comprimentos L < 365 m, o bordo livre base será obtido por interpolação em tabelas bl = = f ( L) 1 f ( L) 2 ( Navios tipo A) ( Navios tipo B) Para comprimentos 365 m < L < 400 m bl = + 221+ 16.10 L 0.02 L = 587+ 23 L 0.0188 L 2 2 ( Navios tipo A) ( Navios tipo B) Para comprimentos L > 400 m, o bordo livre base será constante: bl = 3460 = 5605 Correcções [mm] ( Navios tipo A) ( Navios tipo B) Comprimento inferior a 100 m ( 100 L) 0. bl1 = 7.5 32 Coeficiente de finura total (Cb) superior a 0.68 E L 8

bl 2 = C + 0.68 b ( bl + bl ) bl 1 1.36 Pontal superior a L/15 L bl3 = D R 15 em que : L R = p / L < 120m 48 R = 250 p / L 120m Posição da linha do pavimento Deduções para superstruturas e troncos (pode ser negativa) Tosado diferente da linha do tosado normal 3.9 Determinação da altura mínima de proa Função do comprimento e do coeficiente de finura total, C b L 1.36 H = 56 L 1 500 Cb + 0.68 1.36 = 7000 C + 0.68 b p / p / L < 250 m L 250 m 9

3.10 Marcas do Bordo Livre 10

3.11 Outras Disposições A Convenção do Bordo Livre estabelece também algumas dimensões de equipamento que afecta a segurança do navio e tripulação. São especificadas duas zonas do convés do bordo livre para efeitos de localização de aberturas: 3.11.1 Braçolas de Escotilha Hmin = 600 mm (Categoria 1) Hmin = 450 mm (Categoria 2) 3.11.2 Respiradouros Hmin = 760 mm Hmin = 450 mm (pav. do bordo livre) (pav. das superstruturas) 3.11.3 Balaustrada A balaustrada tem as seguintes dimensões 11

4. Salvaguarda da Vida Humana no Mar 4.1 Determina Normas mínimas para a construção, aprestamento e operação dos navios, compatíveis com a sua segurança. 4.2 Estrutura Capítulo I Capítulo II-1 Disposições Gerais Construção - Subdivisão e estabilidade, maquinaria e instalações eléctricas Capítulo II-2 Construção - Medidas de protecção, detecção e combate a incêndios Capítulo III Capítulo IV Capítulo V Capítulo VI Capítulo VII Equipamento salva-vidas e respectivos arranjos Rádio comunicações Segurança em navegação Transporte de cargas Transporte de mercadorias perigosas Parte A Mercadoria Embaladas, Sólida ou a Granel Parte B Transporte de Químicos Perigosos a Granel Parte C Transporte de Gases Liquefeitos a Granel Parte D Transporte de Combustível Nuclear Embalado ou Resíduos Radoactivos Capítulo VIII Navios Nucleares Capítulo XI Capítulo X Capítulo XI Capítulo XII Gestão para a Operação Segura de Navios Medidas de Segurança para Embarcações de Alta Velocidade Medidas Especiais para melhorar a Segurança Marítima Medidas de Segurança Adicionais para Navios Graneleiros 4.3 Aplicação Navios que efectuem viagens internacionais. 12

4.4 Excepções Navios de guerra Navios de carga com arqueação inferior a 500 ton Navios sem meios de propulsão mecânica Navios de madeira de construção primitiva Embarcações de recreio Navios de pesca 4.5 Anteparas dos Piques, Espaços de Máquinas e Mangas do Veio em Navios de Carga No Capítulo II-1 / Regra 11 estabelecem-se os pontos seguintes. 4.5.1 Definições No âmbito desta regra, convés do bordo livre, comprimento do navio e perpendicular de vante têm o mesmo significado definido na Convenção Internacional das Linhas de Carga. 4.5.2 Antepara de Colisão Deverá existir uma antepara de colisão, que deverá ser estanque até ao convés do bordo livre. Esta antepara deverá ser localizada a uma distância da perpendicular de vante não inferior ao menor dos valores de 5% do comprimento do navio ou 10 metros, e não superior a 8% do comprimento do navio. Onde qualquer parte do navio (ex. Bolbo) se prolongue para vante da perpendicular de vante, a distância atrás referida deverá ser a menor das medidas até aos pontos seguintes: a meio do prolongamento à distância de 1.5% do comprimento do navio a vante da perpendicular de vante à distância de 3 m a vante da perpendicular de vante As anteparas poderão ter degraus ou recessos desde que respeitem os limites definidos anteriormente. 13

Os encanamentos que atravessem esta antepara deverão ser equipados com válvulas apropriadas, operáveis a partir da zona acima do convés do bordo livre. O corpo das válvulas deverá estar fixo à estrutura da antepara, dentro do tanque do pique. As válvulas só poderão ser montadas a ré da antepara se estiverem acessíveis em quaisquer condições de serviço e se o espaço que as contiver não for de carga. Não deverão existir portas, aberturas de visita (manholes), condutas de ventilação ou quaisquer outras aberturas nesta antepara. 4.5.3 Espaços de Máquinas Deverão existir anteparas estanques, até ao convés do bordo livre, separando os espaços de máquinas dos espaços de carga e passageiros. 4.5.4 Mangas do Veio As mangas do veio deverão estar contidas em zonas estanques de volume reduzido. 4.6 Sistema de Esgoto No Capítulo II-1 / Regra 21 são estabelecidos os princípios seguintes. 4.6.1 Navios de Passageiros e de Carga Deverá existir um sistema de esgoto eficiente capaz de drenar todos os compartimentos estanques, para além dos espaços destinados a tanques Bombas sanitárias, de lastro e de serviço geral podem ser aceites como bombas de esgoto se estiverem ligadas ao sistema de esgoto. 4.6.2 Navios de Passageiros Mínimo de 3 bombas ligadas ao sistema de esgoto. Em navios com comprimento superior a 91.5 m, uma das bombas requeridas será uma bomba de emergência, de tipo submersível, com accionamento localizado acima do convés das anteparas. Cada bomba destinada ao serviço de esgoto deverá ter capacidade para garantir a velocidade de 2 m/s de água nos encanamentos. Bombas de esgoto localizadas em espaços de máquinas deverão ter sucção directa desses espaços, pelo menos uma a cada bordo. O diâmetro interno do colector deverá ser calculado pela expressão: 14

( B D) d = + 1. 68 L + 25 [mm] 4.6.3 Navios de Carga Mínimo de 2 bombas ligadas ao sistema de esgoto. 4.7 Compartimentação e Estabilidade em Avaria de Navios de Carga No Capítulo II-1 / Regra 25 são estabelecidos os princípio seguintes. 4.7.1 Aplicação Todos os navios de carga com comprimento (L s ) superior a 100 m e que não estejam abrangidos por outras disposições da IMO, a saber: Anexo I da MARPOL 73/78 Código Internacional para Transporte de Químicos a Granel Código Internacional para Transporte de Gás Resolução A.469(XIII) Guia para o Projecto e Construção de supply-vessels para o offshore Resolução A.534 Código para Segurança de Navios Especiais Exigências de estabilidade em avaria de Regra 27 da Convenção Internacional das Linhas de Carga, 1966 4.7.2 Definições Linha de Água de Compartimentação, é a linha de água usada na determinação da compartimentação. Linha de Água de Compartimentação Máxima, é a linha de água de compartimentação que corresponde à imersão de verão atribuída ao navio. Comprimento de compartimentação (Ls), é o maior comprimento projectado, medido na ossada, da zona do navio abaixo do convés limitante da extensão vertical do alagamento, com o navio imerso à linha de carga de compartimentação. 15

4.8 Compartimentação e Estabilidade em Avaria de Navios de Carga 4.8.1 Índice de Subdivisão Requerido O grau de compartimentação (R) será determinado pelo índice de compartimentação, cujo valor mínimo é calculado pela expressão R = ( 0.002 + 0.0009 Ls) 1 3 4.8.2 Índice de Subdivisão Obtido O índice de subdivisão do navio (A) deverá ser calculado pela expressão: A = n i p i s i em que: p i s i - probabilidade de que apenas o compartimento (i) seja alagado, independentemente de qualquer compartimentação horizontal - probabilidade de sobrevivência após alagamento do compartimento (i), incluindo o efeito da compartimentação horizontal. O índice de subdivisão calculado para o navio deverá satisfazer a condição A R 4.8.3 Cálculo de p i O factor p i é calculado para cada compartimento do seguinte modo: Se o compartimento se estender ao longo de todo o comprimento L S do navio p i = 1 Se o limite de ré coincidir com a extremidade de ré p i = F + 0. 5 a p + q Se o limite de vante coincidir com a extremidade de vante p i = 1 F + 0. 5 a p 16

Se ambos os limites do compartimento estão dentro do comprimento L S p i = a p Notação Para efeito destes cálculos, aplica-se a notação seguinte: x 1 - x 2 - distância da extremidade de ré de L S à extremidade de ré do compartimento. distância da extremidade de ré de L S à extremidade de ré do compartimento. E 1 = x L J = E 2 1 S E J = J E J = J + E 1 E 2 = x L 2 S p / E 0 p / E < 0 E = E 1 + E 2 1 J max - Comprimento adimensional máximo do rombo J = max 48 L S ( max. 0.24) a - F - Densidade de distribuição do rombo ao longo do comprimento do navio a = 1.2 + 0.8 E max.1.2 ( ) Função de distribuição assumida da localização do rombo ao longo do comprimento do navio. ( 1. a) F = 0.4 + 0.25 E 2 + p = F J 1 max q = 0.4 F J F F 1 1 2 3 2 y = y 3 1 = y 3 ( ) 2 max p / y < 1 p / y 1 F F 2 2 = = 3 y 3 2 y 2 4 y 12 y + 3 1 12 p / y < 1 p / y 1 17

4.8.4 Cálculo de s i Para cada compartimento ou grupo de compartimentos s = C 0.5 GZ max ( range) em que: C = 1 = 0 30 θ e = 5 p / θ 25 e p / θ > 30 e GZ max - braço endireitante máximo no intervalo, mas não superior a 0.1 m. range - θ e - intervalo com valores positivos de braço endireitante, mas não superior a 20 ângulo de adornamento final de equilíbrio (graus) 4.8.5 Permeabilidade dos compartimentos Tipo de Espaços Permeabilidade Paióis 0.60 Alojamentos 0.95 Maquinaria 0.85 Vazios 0.95 Carga seca 0.70 Reservados para líquidos 0 ou 0.95* * O que resultar num caso mais desfavorável. 4.9 Máquina do Leme O Capítulo II-1 / Regra 29 estabelece critérios de dimensionamento da máquina do leme. 18

A máquina do leme principal e a madre do leme serão dimensionadas de modo a: Ter a resistência adequada para governar o navio à velocidade de serviço máxima Mover a porta do leme de 35 a um bordo até 35 ao outro bordo com o navio navegando à máxima velocidade de serviço a vante e à imersão máxima Mover a porta do leme de 35 a um bordo até 30 ao outro bordo, nas mesmas condições, num intervalo de tempo não superior a 28 segundos A máquina do leme auxiliar será dimensionada de modo a: Ter a resistência adequada para governar o navio a uma velocidade navegável e de ser posto em funcionamento rapidamente em condições de segurança Mover a porta do leme de 15 a um bordo até 15 ao outro bordo, nas mesmas condições, num intervalo de tempo não superior a 60 segundos, com o navio navegando à imersão máxima a uma velocidade igual a metade da velocidade de serviço máxima ou a 7 nós (o valor superior) 4.10 Protecção, Detecção e Combate a Incêndios Ver Capítulo II-2. 4.10.1 Princípios Básicos Divisão do navio em zonas verticais com divisórias estruturais e térmicas Separação dos alojamentos do resto do navio com divisórias estruturais e térmicas Uso restrito de materiais combustíveis Detecção de qualquer incêndio na zona de origem Contenção e combate ao incêndio na zona de origem Protecção dos meios de saída e acessos para combate ao incêndio Meios de combate disponíveis e prontos a actuar Minimizar a possibilidade de ignição da carga 4.10.2 Definições Materiais Não-Combustíveis, materiais que não ardem nem libertam vapores inflamáveis até aos 750 C. 19

Divisórias Classe A Construídas em aço ou material equivalente Devidamente reforçadas Construídas de modo a evitar a passagem de fumo e chamas durante pelo menos uma hora do teste normalizado Isoladas com materiais não-combustíveis de modo a que o lado não exposto não sofra elevação de temperatura superior a 139 C ao fim de: A60-60 min. A30-30 min. A15-15 min A0-0 min. Divisórias Classe B Construídas de modo a evitar a passagem de fumo e chamas durante pelo menos 30 minutos do teste normalizado Isoladas de modo a que o lado não exposto não sofra elevação de temperatura superior a 139 C ao fim de: B15-15 min B0-0 min. Divisórias Classe C Construídas em materiais não-combustíveis aprovados, sem requisitos particulares. 4.10.3 Bombas de Incêndio, Bocas de Incêndio e Mangueiras Ver Capítulo II-2 / Regra 4. 4.10.3.1 Capacidade das Bombas de Incêndio a) Navios de Passageiros Não inferior a 2/3 do caudal das bombas de esgoto. 20

b) Navios de Carga Não inferior a 4/3 do caudal das bombas de esgoto de um navio de passageiros de iguais dimensões. Total não necessita ser superior a 180 m 3 /h. Cada uma das bombas de incêndio deverá ter uma capacidade não inferior a 80% da capacidade total requerida, dividida pelo número mínimo de bombas requerido. Nenhuma das bombas deverá ter caudal inferior a 25 m 3 /h. Cada bomba deverá em quaisquer circunstâncias, de fornecer os dois jactos de água requeridos. 4.10.3.2 Arranjo das Bombas de Incêndio e Colectores Número mínimo de bombas de accionamento independente: Tipo/Dimensão do Navio No Navios de passageiros >= 4000 GT 3 Navios de passageiros < 4000 GT e Navios de Carga >= 1000 GT 2 Navios de Carga < 1000 GT * 4.10.4 Sistemas de Gás Fixos para Combate a Incêndio Ver Capítulo II-2 / Regra 5. 4.10.4.1 Sistemas de Dióxido de Carbono Espaços de carga o volume disponível deverá ser superior a 30% do volume do maior espaço de carga assim protegido. Espaços de Máquinas o volume disponível deverá ser superior ao maior dos dois valores seguintes: o 40% do volume do maior espaço de máquinas assim protegido, excluindo a parte da casota acima do nível ao qual a área horizontal da casota for 40% ou menos da área horizontal do espaço medido a meia altura entre o duplo-fundo e a base da casota o 35% do volume bruto do maior espaço de máquinas assim protegido, incluindo a casota O volume específico do CO 2 livre deverá ser calculado a 0.56 m3/kg 21

O sistema de encanamentos deverá garantir que 85% do gás seja libertado em menos de 2 minutos 4.10.4.2 Sistemas de Hidrocarbonetos Halogenados Apenas permitido em espaços de máquinas, casas de bombas e em espaços de carga destinados exclusivamente ao transporte de veículos que não transportam nenhuma carga. A quantidade do gás será função do volume do espaço para o caso do Halon 1301 e 1211 e calculado com base na massa específica no caso do Halon 2402. Apenas o Halon 1301 pode ser armazenado dentro do espaço de máquinas protegido 4.10.4.3 Sistemas de Vapor Em geral o vapor não é permitido como meio de combate ao incêndio em sistemas fixos Só será eventualmente permitido em zonas muito restritas, como meio adicional, e com a garantia de que as caldeiras disponíveis para alimentar o sistema têm um caudal mínimo de 1.0 kg/h por cada 0.75 m 3 do volume bruto do maior espaço protegido 4.10.4.4 Outros Sistemas de Gás Se outros gases além dos acima indicados forem utilizados como meio de combate a incêndio, deverão ser o produto da combustão de combustíveis, em que os teores em oxigénio, monóxido de carbono e elementos corrosivos tenham sido reduzidos para um mínimo admissível. Quando estes sistemas forem usados, o caudal horário fornecido deverá ser igual ou superior a 25% do volume bruto do maior compartimento protegido, num período de 72 horas. 4.10.5 Arranjo dos Sistemas de Combate a Incêndio em Espaços de Máquinas Ver Capítulo II-2 / Regra 7. Os espaços de máquinas são classificados nos seguintes tipos : Espaços com caldeiras ou unidades de óleo combustível Espaços com máquinas de combustão interna Espaços com Turbinas a Vapor ou Motores a Vapor fechados Outros Espaços de Máquinas 22

4.10.5.1 Espaços com Caldeiras ou unidades de óleo combustível Devem ter qualquer um dos sistemas fixos seguintes: o Sistema de gás fixo descrito em Outros o Sistema de espuma de alta expansão o Sistema de chuveiros de água pressurizados Devem ter, em cada espaço onde haja sistemas de combustão, em cada casa de caldeiras e em cada espaço onde esteja parte do sistema de óleo combustível, pelo menos dois extintores de espuma portáteis 4.10.5.2 Espaço com Máquinas de Combustão Interna Devem ter qualquer um dos sistemas fixos seguintes: o Sistema de gás fixo descrito em Outros o Sistema de espuma de alta expansão o Sistema de chuveiros de água 4.10.5.3 Espaços com Turbinas a Vapor ou Motores a Vapor fechados Quando a potência total for superior a 375 kw deverão ter: Extintores de espuma, com pelo menos 45 l de capacidade cada Um número suficiente de extintores portáteis, no mínimo dois, colocados de modo a que em nenhum ponto do espaço se esteja a mais de 10 m de um extintor Qualquer um dos sistemas fixos seguintes: o Sistema de gás fixo descrito em Outros o Sistema de espuma de alta expansão o Sistema de chuveiros de água pressurizados 4.10.5.4 Outros Espaços de Máquinas Sempre que se considere existir perigo de incêndio num outro espaço de máquinas para além dos acima identificados, deverão existir um número suficiente de extintores portáteis. 4.10.6 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Espuma de Baixa Expansão em Espaços de Máquinas Ver Capítulo II-2 / Regra 8. 23

Deverão descarregar através de bocas de descarga fixas a quantidade de espuma necessária para cobrir em menos de 5 minutos, uma altura de 150 mm da maior área na qual óleo combustível se pode ter espalhado 4.10.7 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Espuma de Alta Expansão em Espaços de Máquinas Ver Capítulo II-2 / Regra 9. Deverão descarregar através de bocas de descarga fixas a quantidade de espuma necessária para encher o maior espaço protegido a uma velocidade não inferior a 1 metro de altura por minuto A quantidade de líquido disponível para gerar espuma deverá ser suficiente para produzir um volume de espuma igual a 5 vezes o volume do maior espaço protegido A taxa de expansão da espuma não deve exceder 12 para 1 4.10.8 Sistemas Fixos de Combate a Incêndio com Chuveiros de Pressão em Espaços de Máquinas Ver Capítulo II-2 / Regra 10. O número de chuveiros deverá ser tal que a distribuição de água nos espaços protegidos seja no mínimo de 5 l/m 2 O sistema pode ser dividido em secções e as respectivas válvulas de distribuição deverão ser operadas de fora dos espaços protegidos O sistema será mantido sempre em carga e a bomba de alimentação do sistema será accionada automaticamente em caso de queda de pressão A bomba deverá ser capaz de fornecer água a todas as secções simultaneamente 24

A bomba deverá estar fora do espaço protegido A bomba deverá ser accionada por um motor de combustão interna independente 4.10.9 Meios de Fuga Ver Capítulo II-2 / Regra 28. 4.10.9.1 Princípios Gerais Todos os compartimentos estanques abaixo do pavimento das anteparas deverão ter dois meios de fuga, um dos quais deverá ser independente de portas estanques. Acima do pavimento das anteparas, deverão existir pelo menos dois meios de saída para cada zona vertical principal, uma das quais deverá dar acesso a uma escada constituindo uma saída vertical. Pelo menos uma das vias de saída mencionada nos pontos anteriores deverá ser constituída por uma escada prontamente acessível Em espaços de máquinas, existirão 2 vias de fuga constituídas por escadas de aço, tão afastadas uma da outra quanto possível e, Uma das escadas deverá dar protecção contínua contra o fogo, da parte inferior do espaço até um local seguro, localizado no exterior do espaço. 4.10.9.2 Corredores Corredores sem meios de fuga alternativos não devem ter comprimento superior a: 12 m Navios com mais de 36 passageiros 7 m Navios com menos de 36 passageiros 4.10.10 Protecção de escadarias e elevadores em espaços alagáveis ou de serviço Ver Capítulo II-2 / Regra 29. Todas as escadarias deverão ser construídas em estrutura de aço Deverão estar contidas em caixas constituídas por anteparas Classe A, com meios de fecho efectivo em todas as aberturas, excepto os casos seguintes: 1. Uma escada ligando apenas 2 pavimentos não necessita de ter caixa desde que a integridade do convés seja mantida por anteparas ou portas apropriadas num dos pavimentos 25

2. As escadas poderão não ter caixas desde que estejam inteiramente contidas num dado espaço. As caixas da escada devem ter comunicação directa com os corredores. Sempre que possível, as caixas da escada não deverão dar acesso directo a camarotes, paióis ou outros espaços fechados contendo combustíveis e em que um fogo possa ter origem As caixas dos elevadores devem ser construídas de modo a impedir a passagem de fumo e chama de um pavimento para o outro 4.10.11 Arranjo de Protecção contra Incêndios em Espaços de Carga Ro/Ro Ver Capítulo II-2 / Regra 53. 4.10.11.1 Detecção de Incêndio Deverão ter um sistema fixo de detecção e de alarme contra incêndios 4.10.11.2 Combate a Incêndio Os espaços de garagem capazes de serem selados deverão ser equipados com um sistema fixo de gás dos descritos na Regra 5, com as seguintes excepções: o Se for usado CO 2, o volume bruto será 45% do volume do maior espaço protegido e pelo menos 2/3 dos gás requerido deverá ser introduzido em 10 minutos o Sistemas de hidrocarbonetos halogenados só podem ser utilizados em espaços destinados a veículos que não transportem carga o Em alternativa pode ser usado um sistema fixo de chuveiros de água pressurizados Espaços para transporte de veículos a motor com combustível nos depósitos deverão ter o Pelo menos 3 aplicadores de vapor de água (water fog) o Um aplicador portátil de espuma, devendo existir a bordo pelo menos duas unidades para uso em espaços de garagem 4.10.11.3 Sistema de Ventilação Espaços de garagem fechados devem ter sistema de ventilação próprio que garanta 6 ren/h, baseados no volume vazio 26

4.10.12 Medidas de Segurança Contra Incêndio em Navios Tanque Ver Capítulo II-2 / Parte D. 4.10.12.1 Aplicação Ver Regra 55. 4.10.12.2 Localização e Separação de Espaços Ver Regra 56. Espaços de máquinas devem ser localizados a ré dos tanques de carga, tanques de slops, casas de bombas e coferdames Todos os espaços de máquinas devem ser isolados dos tanques de carga e dos tanques de slops por coferdames 4.10.12.3 Respiração, Purga, Remoção de Gases e Ventilação Ver Regra 59. 4.10.12.4 Protecção dos Tanques de Carga Ver Regra 60. Em navios com DW 20, 000 t a protecção da zona de carga deve ser assegurada por: Sistema fixo de espuma (convés sobre os tanques de carga) Sistema de gás inerte (tanques de carga) 4.10.13 Sistema Fixo de Espuma no Convés Ver Regra 61. A taxa de abastecimento de espuma não será inferior ao maior dos valores seguintes: 0.6 l/min por m 2 de área de tanques de carga, calculada como o produto da boca máxima pelo comprimento da zona de carga 6 l/min por m 2 da máxima secção horizontal de um tanque individual 3 l/min por m 2 da área protegida pelo monitor maior, inteiramente a vante dele, mas não inferior a 1250 l/min. A distância do canhão de espuma ao extremo mais afastado da área protegida não deve ser superior a 75% do alcance do monitor A vante do castelo de popa ou da superstrutura, devem ser instalados dois canhões de espuma, um a cada bordo, virados para a zona de carga. 27

4.10.14 Sistema de Gás Inerte Ver Regra 62. O sistema deverá ser capaz de: Inertizar tanques de carga vazios, reduzindo o teor em oxigénio para valores em que a combustão não possa ocorrer Manter a atmosfera em qualquer parte de qualquer tanque de carga com teor de oxigénio inferior a 8% em volume e sempre a uma pressão positiva, em porto ou a navegar Eliminar a necessidade de introduzir ar nos tanques durante a operação normal Purgar tanques de carga vazios de hidrocarbonetos Diagrama Geral do Sistema sistema deverá ter um caudal superior a 125% do caudal máximo de descarga do navio, expresso em volume 28

gás inerte fornecido não deve ter um teor em oxigénio superior a 5%, em volume gás inerte pode ser obtido dos gases de escape de caldeiras principais e auxiliares, devidamente tratados Pelo menos dois ventiladores serão instalados, que no conjunto sejam capazes de fornecer aos tanques de carga o caudal de gás requerido Um scrubber deverá ser instalado para arrefecer o volume de gás inerte especificado e remover produtos da combustão sólidos e sulfurosos Deverão ser instalados no convés, entre o scrubber e o colector, pelo menos dois dispositivos de não-retorno, um dos quais poderá ser um sifão de água e o outro será uma válvula de não-retorno 29

4.10.15 Casas de Bombas de Carga Ver Regra 63. Cada casa das bombas deverá ser equipada com um dos sistemas de combate a incêndio fixos seguintes, operado do exterior: Dióxido de carbono ou hidrocarboneto halogenado Espuma de alta-expansão Chuveiros de pressão constante 4.11 Equipamento Salva-Vidas 4.11.1 Requisitos Gerais para as Jangadas Salva-Vidas Ver Capítulo III / Regra 38. Devem ser construídas de modo a suportar 30 dias a flutuar em quaisquer estados do mar Quando lançada à água de uma altura de 18 m, a jangada e o equipamento devem ficar em condições de operação Devem suportar saltos repetido de uma altura de pelo menos 4.5 m acima do fundo, com ou sem a cobertura levantada. Devem ter uma cobertura, para proteger os ocupantes contra o calor e o frio, constituída por duas camadas de material separadas por uma almofada de ar. Nenhuma jangada poderá ter capacidade inferior a 6 pessoas A não ser que disponha de um sistema de lançamento aprovado, o peso total da jangada incluindo o seu contentor e equipamento não deve ser superior a 185 kg. 4.11.2 Jangadas Insufláveis Ver Capítulo III / Regra 39. A câmara principal de flutuação deve ter pelo menos dois compartimentos separados, cada um provido de uma válvula de não-retorno. A jangada será insuflada com um gás não-tóxico, num intervalo de tempo inferior a 1 minuto. 30

4.11.3 Jangadas Rígidas Ver Capítulo III / Regra 40. A capacidade de flutuação será obtida a partir de material flutuante aprovado, localizado tão perto quanto possível da periferia da jangada. 4.11.4 Requisitos Gerais para as Embarcações Salva-Vidas Ver Capítulo III / Regra 41. Toda a embarcação salva-vidas deverá ter resistência suficiente para: o Poder ser lançada à água com a carga completa de pessoas e equipamento o Ser capaz de ser lançada à água e rebocada, em águas tranquilas, quando o navio se desloca para vante à velocidade de 5 nós. Deverão ter resistência suficiente para suportar, com a carga completa de pessoas e equipamento, impactos laterais contra o costado do navio com uma velocidade mínima de 3.5 m/s e quedas na água de uma altura de pelo menos 3 m. A capacidade não deverá nunca exceder as 150 pessoas. O arranjo deverá permitir o embarque pela totalidade da sua capacidade de pessoas, num intervalo de tempo não superior a 3 minutos. Deverão ter uma escada de embarque que possa ser utilizada a ambos os bordos, para permitir o embarque de pessoas na água. O degrau inferior deverá ficar pelo menos 0.40 m abaixo da linha de água leve. Quando carregado a 50% da sua capacidade de pessoas, sentadas nas suas posições normais a um bordo, deverá ter um bordo livre superior ao máximo de 1.5% do comprimento ou 100 mm. O bordo livre é a distância medida da superfície da água até à abertura mais baixa que possa originar alagamento. 31

Deverão ter propulsão de modo a garantir, em águas tranquilas, uma velocidade a vante de pelo menos 6 nós, ou 2 nós, quando levar a reboque uma jangada de 25 pessoas totalmente carregada de pessoas e equipamento. 4.11.5 Baleeiras Parcialmente Cobertas Ver Capítulo III / Regra 42. 4.11.6 Baleeiras Parcialmente Cobertas Auto-Endireitantes Ver Capítulo III / Regra 43. 4.11.7 Baleeiras Totalmente Cobertas Ver Capítulo III / Regra 44. Deverão satisfazer todos os requisitos da Regra 41 A cobertura será estanque e o seu arranjo será tal que: o Proteja os ocupantes contra o calor e o frio o O acesso seja por meio de escotilhas que poderão ser fechadas de modo estanque o As escotilhas serão posicionadas de modo a permitir as operações de lançamento à água e recolha, sem que nenhum dos ocupantes tenha que sair do habitáculo o As escotilhas de acesso serão passíveis de serem abertas e fechadas quer do interior quer do exterior, com meios para as manter permanentemente na posição aberta. o Seja possível remar o Inclua janelas ou painéis translúcidos a ambos os bordos, que deixem entrar, com as escotilhas fechadas, luz natural suficiente que torne a iluminação artificial desnecessária. o Existam passa-mãos que permitam circular no exterior da baleeira e ajudem a embarcar e desembarcar pessoas o As pessoas devem poder aceder da entrada aos seus lugares sem terem que subir por cima de obstáculos 32

4.11.8 Baleeiras Totalmente Cobertas de Queda Livre Ver Capítulo III / Regra 44. Devem ser construídas de modo a permitir protecção contra as acelerações prejudiciais resultantes do lançamento da posição de altura máxima de estiva da baleeira até à linha de água correspondente à condição de carga mais leve do navio, com caimentos até 10 e adornamentos superiores a 20 a qualquer dos bordos. 33

4.11.9 Embarcações de Socorro Ver Capítulo III / Regra 47. Podem ser de construção rígida, insuflável, ou mista e deverão: o Ter comprimento não inferior a 3.8 m e não superior a 8.5 m o Ter capacidade para pelo menos 5 pessoas sentadas e uma deitada. A não ser que tenham o tosado adequado, deverão ter cobertura a vante numa extensão não inferior a 15% do comprimento. Deverão ter capacidade de manobrar a velocidades até 6 nós, mantendo a velocidade por um período de pelo menos 4 horas. Deverão ter mobilidade e manobrabilidade suficientes no mar para permitir a recolha de pessoas na água, e rebocar jangadas salva-vidas e a maior baleeira a bordo do navio, quando totalmente carregada de pessoas e equipamento. Deverão transportar o seguinte equipamento: o Bússola iluminada o Um ferro de amarração e um cabo de comprimento não inferior a 10 m. o Um cabo flutuante de comprimento não inferior a 50 m, com resistência suficiente para rebocar uma jangada o Uma lanterna eléctrica estanque o Um apito 34

o Caixa de primeiros socorros, estanque o Um farol de busca, capaz de iluminar um objecto colorido à noite, com 18 m de largura, a uma distância de 180 m, por um período total de 6 horas, das quais 3 horas em regime contínuo. o Um reflector de radar O tempo de recolha de uma embarcação de socorro não deve ser superior a 5 minutos 4.12 Automatic Identification Systems (AIS) Ver Capítulo V / Regra 19. 4.12.1 Entrada em Vigor 1 de Julho de 2002. 4.12.2 Aplicação Todos os navios construídos depois de 1 de Julho de 2002 e que satisfaçam uma das seguintes condições: Navios de passageiros Navios com arqueação bruta superior a 300 e envolvidos em viagens internacionais Navios de carga com arqueação bruta superior a 500, quer efectuem ou não viagens internacionais 4.12.3 Estabelece Confere às cartas electrónicas de navegação equivalência em relação às tradicionais Estabelece obrigatoriedade de navios possuírem um transponder VHS AIS Baseado em nova tecnologia, SOTDMA (Self-Organized Time Division Multiple Access) que permite interoperabilidade e que elimina a congestão dos canais 35

4.12.4 Objectivos Evitar colisões Diminuir comunicações verbais mandatórias Fornecer informação a centros VTS 4.12.5 Vantagens sobre o Radar Consegue ultrapassar obstáculos naturais Não é afectado por condições meteorológicas adversas 4.12.6 Informação transmitida Dados dinâmicos posição GPS, exactidão de posicionamento, rumo, proa, velocidade e marcha da guinada Dados estáticos nome do navio, número IMO, identificativo de chamada, comprimento, boca, tipo de navio Dados relacionados com a viagem calado, tipo de carga, porto de destino, Estimated Time of Arrival (ETA) 4.12.7 Intervalo de Transmissão Os dados estáticos e relacionados com a viagem são actualizados com intervalos não inferiores a 6 minutos. Os dados dinâmicos, o intervalo de transmissão decresce automaticamente com o aumentar da velocidade do navio de acordo com a tabela seguinte: Tipo / Situação do Navio Intervalo de Transmissão Atracado ou fundeado 3 minutos A navegar, com 0 < V 14 12 segundos A navegar, com 0 < V 14 e a alterar a proa 4 segundos A navegar, com 14 < V 23 6 segundos A navegar, com V > 23 3 segundos A navegar, com V > 23e a alterar a proa 2 segundos 36

4.13 Visibilidade da Ponte de Navegação Ver Capítulo V / Regra 22. Navios com L > 45 m deverão satisfazer as exigências seguintes: Ter visibilidade sobre a superfície do mar a uma distância inferior ao MIN( 2 L, 500 m), a vante da proa, num ângulo de 10º para cada bordo, em todas as condições de calado, caimento e carga no convés O campo de visão horizontal deverá estender-se por um arco de pelo menos 225º O campo de visão horizontal das asa da ponte deverá estender-se por um arco de pelo menos 225º O costado deverá ser visível das asas da ponte 4.14 Transporte de Grão Ver Capítulo VI. 4.14.1 Aplicação Ao transporte de grão em todos os navios aos quais a SOLAS se aplica e aos navios de carga com arqueação bruta inferior a 500 GRT. 4.14.2 Definições Grão Inclui trigo, milho, cevada, arroz, sementes e formas processadas que apresentem comportamento semelhante ao grão no seu estado natural. Compartimentos Cheios Todos os compartimentos em que após o carregamento e a estiva da carga, esta atinge o nível mais elevado possível. Compartimentos Parcialmente Cheios Todos os compartimentos que não estão carregados de acordo com o estabelecido no parágrafo anterior. Ângulo de Alagamento Ângulo de adornamento ao qual são imersas as aberturas no costado, superstruturas e casotas, que não possam ser fechadas de modo estanque. 37

4.14.3 Estiva do Grão Deverá ser providenciada de modo a nivelar todas as superfícies livres do grão e a minimizar o efeito de escorregamento do grão. Em compartimento cheios, o grão deverá ser estivado de modo a preencher o mais possível todo os espaços sob os pavimentos e tampas de escotilhas. Após o carregamento, todos as superfícies livres do grão nos compartimentos parcialmente cheios deverão ser niveladas. 4.14.4 Requisitos de Estabilidade Intacta O critério a satisfazer, tendo em conta o momento inclinante devido ao escorregamento do grão é o seguinte: Ângulo de adornamento não superior a 12 No diagrama de estabilidade estática, a área residual entre as curvas do momento inclinante e do momento endireitante, até ao menor dos ângulos seguintes - ângulo de máxima diferença de ordenadas das duas curvas - 40 - ângulo de alagamento deverá ser, em todas as condições de carregamento, não inferior a 0.075 metro.radiano A altura metacêntrica inicial, após a correcção do efeito das superfícies livres dos líquidos nos tanques, não deverá ser inferior a 0.30 metros. 4.14.5 Divisórias Longitudinais Podem ser instaladas em compartimentos cheios ou parcialmente cheios como um modo de reduzir o momento inclinante devido ao escorregamento do grão quer para reduzir a altura da carga necessária para segurar a superfície do grão. Em compartimentos completamente cheios, deverão: Num compartimento da coberta, ser instaladas de pavimento a pavimento Num porão, estender-se para baixo do convés das escotilhas até uma distância de 0.6 metros abaixo da superfície Em compartimentos parcialmente cheios, deverão estender-se de 1/8 da boca máxima do compartimento acima do nível do grão até à mesma distância, abaixo do nível do grão. 38

4.14.6 Fixação da Carga A superfície livre do grão em compartimentos parcialmente cheios deverá ser nivelada e estabilizada com sacos de grão estivados de modo compacto até uma altura não inferior ao maior dos valores de 1/16 da boca máxima da superfície livre do grão ou 1.2 metros. 4.14.7 Informação Sobre Condições de Carga de Grão Deverá incluir o seguinte: Curvas ou tabelas dos momentos inclinantes devido ao grão para todos os compartimentos, completamente ou parcialmente cheios Tabelas dos momentos inclinantes máximos admissíveis ou outra que permita verificar o critério de estabilidade estabelecido Condições de carregamento típicas, partida e chegada e, quando necessário condições de serviço intermédias mais desfavoráveis. Exemplo de aplicação Intruções de carregamento, resumindo os requisitos destas regras 4.14.8 Descrição dos Espaços Vazios Assumidos e Método de Cálculo da Estabilidade Intacta 4.14.9 Momento Inclinante em Compartimentos Cheios 4.14.10 Momento Inclinante em Compartimentos Parcialmente Cheios 4.15 Medidas de Segurança para Navios de Alta Velocidade Ver Capítulo X. Antigo High Speed Craft Code (HSC). 4.15.1 Definição Navio de Alta Velocidade é todo aquele cuja velocidade máxima é V 3.7 0.1667 em que 39

V - Velocidade operacional [m/s] - Deslocamento [m 3 ] 4.15.2 Aplicação Navios construídos após 1 de Janeiro de 1996 Navios de passageiros que operem em rotas a não mais de 4 horas de um local de refúgio, à velocidade de serviço e completamente carregado. Navios de carga que operem em rotas a não mais de 8 horas de um local de refúgio, à velocidade de serviço e completamente carregado. Navios que tenham sofrido grandes reparações ou alterações após 1 de Janeiro de 1996 40

5. MARPOL Maritime Pollution 5.1 Determina Limites das descargas de óleo para a água. Necessidade de tanques de lastro segregado e as condições necessárias para o seu dimensionamento. Existência, número e capacidade dos tanques de decantação (slop tanks). Existência e especificação dos sistemas de separação água/óleo e a monitorização do teor de óleo nas descargas de água. Existência de tanques de resíduos oleosos (sludge tanks). Localização dos encanamentos de descarga de águas. Limites máximos de descarga de óleo em caso de avaria. Dimensões do rombo padrão, para estudo das condições de avaria. Limite máximos de comprimento e volume para os tanques de carga. 5.2 Aplicação Todos os navios e em particular aos navios tanques para transporte de óleos e seus produtos derivados e navios químicos. 5.3 Estrutura Anexo I. Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Óleos Detalha os critérios de descarga e medidas para o controlo da poluição por óleos e substâncias oleosas. Além de indicações técnicas contém o conceito de áreas especiais que são consideradas vulneráveis à poluição por óleo. As descargas de óleos nessas áreas são completamente proibidas, salvo excepções menores muito bem especificadas. Anexo II. Nocivas Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Substâncias Líquidas Detalha os critérios de descarga e medidas para o controlo da poluição por substâncias líquidas transportadas a granel. Classifica as substâncias e contem normas e procedimentos operacionais detalhados. Foram avaliadas e listadas cerca de 250 substâncias. A descarga dos seus resíduos é apenas autorizada para instalações de recepção até certas concentrações (que variam com a categoria da substância) e condições são cumpridas. Não é permitida qualquer 41

descarga de substâncias nocivas a menos de 12 milhas da costa mais próxima. Condições mais restritivas são aplicadas nas áreas especiais. Anexo III. Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Substâncias Prejudiciais Embaladas Contém requisitos gerais para a emissão de normas detalhadas sobre embalagem, marcação, etiquetagem, documentação, armazenamento, limitações de quantidade, excepções e notificações para prevenir a poluição por substâncias prejudiciais. Este anexo deveria ser implementado através do Código Internacional de Mercadorias Perigosas (IMDG), que foi alterado para incluir os poluentes marinhos. Anexo IV. Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Esgoto de Navios Contém requisitos para controlar a poluição do mar por esgoto de navios. Anexo V. Regulamentos para a Prevenção da Poluição por Lixo de Navios Lida com diferentes tipos de lixos e especifica as distâncias da costa e o modo pelo qual eles podem ser eliminados. Os requisitos são particularmente exigentes numa série de áreas especiais mas talvez o aspecto mais importante deste Anexo seja a completa interdição de deitar ao mar qualquer tipo de plástico. Anexo VI. Regulamentos para a Prevenção da Poluição Atmosférica por Navios Contem requisitos para o controlo da poluição atmosférica por navios. Estabelece limites para a emissão de várias substâncias e especifica os requisitos para o teste, inspecção e certificação de motores diesel marítimos, para garantir que estão em conformidade com os limites de NOx. 5.4 Definições Segregated Ballast tanks (SBT) - Tanques e sistemas de encanamentos completamente segregados para o lastro, evitando a mistura de óleo na água quando se utilizavam tanques de carga para lastro. Obrigatório em todos os navios tanques com porte superior a 20 000 t e navios de produtos com porte superior a 30 000 t. Crude Oil Washing (COW) - Sistema de lavagem dos tanques de carga por meio de máquinas de lavagem de alta pressão, utilizando o próprio óleo da carga, aquecido. Obrigatório em todos os navios tanques com porte bruto superior a 20 000 t. 42

Dedicated Clean Ballast Tanks (CBT) - Tanques em que a água de lastro embarcada após o transporte de óleo, se descarregada do navio em águas tranquilas não produziria rasto visível à superfície ou na linha de costa. Se o lastro for descarregado através de um monitor o teor em óleo não deve ser superior a 15 ppm. Protective Location (PL) Slop Tank Disposições sobre a localização e dimensões dos tanques de lastro segregado em relação aos de carga. Obrigatório em todos os navios tanques com porte superior a 20 000 t e navios de produtos com porte superior a 30 000 t. Tanque especialmente destinado à recolha de drenos de tanques, produtos resultantes da lavagens de tanques e outras misturas oleosas. 5.5 Tanques de Lastro Segregado, Tanques Dedicados de Lastro Limpo e Lavagem por Óleo Ver Anexo I /Regra 13. Exigidos para todos os navios novos: Para transporte de crude com porte superior a 20.000 t Para transporte de produtos com porte superior a 30.000 t A capacidade destes tanques deve ser tal que o navio possa operar em segurança nas condições de lastro e satisfazer os critérios seguintes: A imersão na ossada a meio navio não deve ser inferior a T m 2.0 + 0. 02L O caimento, a ré, não deve ser superior a d 0. 015 L A imersão na PPAR deve garantir a total imersão do hélice 5.6 Requisitos para Lavagem por Crude (COW) Ver Anexo I / Regra 13B. 43

5.7 Localização Protectiva e Espaços de Lastro Segregado Ver Anexo I / Regra 13E. O arranjo de tanques de lastro segregado e outros espaços que não para óleo devem ser tal que se verifique a expressão: em que: PA C = PA S = ( 2 ) PAC + PAS J Lt B + D Área lateral do costado em [m 2 ] para cada tanque de lastro segregado, baseado nas dimensões projectadas Área do fundo em [m 2 ] para cada tanque de lastro segregado L T = Comprimento em [m] da zona de carga B = Boca máxima do navio em [m] D = Pontal na ossada em [m] J = 0.45 p/ DW=20.000t 0.30 p/ DW 200.000 t 44