1 Professor responsável: Anne Cristine Chinellato Horário de atendimento aos alunos: sextas 10h-12h Sala: 310 Bloco Delta SBC Duração em semanas: 12 Distribuição da carga: 4-0-4 (Teoria-Prática-Estudo) Recomendação: Estude!!!!! Turma: DAESTG025-17SB Site: https://sites.google.com/site/anneufabc/home/pi
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3 Propriedade Intelectual - Definições É o conjunto de direitos que incidem sobre as criações do intelecto humano. Sistema criado para garantir a propriedade ou exclusividade resultante da atividade intelectual nos campos industrial, científico, literário e artístico. Possui diversas formas de proteção: patentes, marcas, desenhos industriais, modelos de utilidade, direitos de autor, indicações geográficas, programas de computador e segredos industriais dentre outros.
4 Formas de proteção: - Know-how Relacionado com o conhecimento tácito. - Segredo Industrial Relacionado ao modelo de negócio de sigilo de negociações entre as partes.
5 Direito Autoral Proteções Sui Generis
6 Formas de proteção: Direito de Exclusão Reconhecimento do direito de excluir terceiros de usar, vender ou fabricar por um tempo determinado. Contrato Social entre inventor e sociedade - Estímulo ao avanço tecnológico: decorrente da exclusividade: investimento + lucro; revelação da informação.
7 Formas de proteção: Direito territorial! Só vale no país onde está protegido
8 Propriedade Intelectual: definições Propriedade Intelectual a) Direitos Autorais b) Proteção Sui Generis c) Propriedade Industrial
9 Formas de proteção: Direito Autoral DIREITO AUTORAL (LEI 9.610/98) Tem como principal objetivo a proteção da expressão de ideias, reservando para seus autores o direito exclusivo sobre a reprodução de seus trabalhos.
10 Direito de autor Direito Autoral - São direitos concedidos aos autores de obras intelectuais tais como obras artísticas, artigos científicos, livros, composições musicais, programas de computador (legislação específica - Lei 9.609/98 - Lei do Software). Objeto da Proteção obras intelectuais expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte; Concessão do Direito nasce com a criação da obra; Registro facultativo, não sendo constitutivo de direito. É um meio de se provar a autoria; Validade do Direito 70 anos após morte autor ou 50 anos (software), contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à data de criação ou publicação (ou falecimento).
11 Formas de proteção: Direito Autoral Programas de Computador (softwares) Lei 9.609/98 é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural e codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza [...], para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados. Proteção: a parte textual, a redação do programa de computador (código fonte, objeto); NÃO abrange o conteúdo técnico e funcional. Aqui no Brasil! Em outros países pode ser diferente!!!!!!!
12 Formas de proteção: Direito Autoral Tirinha de Ravick, blog os amorais
Formas de proteção: Proteção sui generis: Propriedade Intelectual 13 Proteção sui generis Proteção de cultivares Plantas geneticamente modificadas (novas variedades de plantas) UPOV (International Union for the Protection of New Varieties of Plants) e TRIPS (Trade-related aspects of intellectual property rights) Topografia de Circuito Integrado Limitado ao desenho do circuito integrado.
14 Formas de proteção: Conhecimentos Tradicionais Envolvem saberes empíricos, práticas, crenças e costumes passados de pais para filhos das comunidades indígenas ou de comunidade local quanto ao uso de vegetais, microorganismos ou animais cujas amostras contêm informações de origem genética. O acesso é controlado, no território nacional, para evitar usos indevidos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou bioprospecção. A propriedade desses conhecimentos é geralmente mantida coletivamente. No Brasil existe o DECRETO Nº 8.772/16, que regulamenta o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado. Proteção sui generis
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 15 Propriedade Industrial Propriedade Industrial: são direitos concedidos ao titular de tecnologias industriais e marcas. Marcas Indicação Geográfica Desenho Industrial Patentes de Invenção de Modelo de Utilidade
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 16 Propriedade Industrial Propriedade Industrial: Marcas São palavras ou símbolos que identificam um produto e/ou serviço; Servem para a diferenciação do produto e/ou serviço; Indicação de qualidade e/ou serviços: ISO, INMETRO; Proteção da qualidade do produto e/ou serviços e da empresa; Agregação de valor ao produto e/ou serviço; Criação de mercado de marca (licenciamento, cessão e franquia).
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 17 Propriedade Industrial Propriedade Industrial: Indicação Geográfica Identificação de um produto de uma certa cidade ou região; Possibilidade de aumento da competitividade dos produtos; Diferenciação de produtos; Discussão entre preservar a qualidade e reputação de bens tradicionais. IG: Concessão do governo aos produtores de uma determinada região. Pertence a uma entidade jurídica (associação, cooperativa...) ligada aos produtores.
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 18 Propriedade Industrial Propriedade Industrial: Desenho Industrial Forma plástica ornamental de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na configuração externa e que sirva de tipo de fabricação industrial. Diferenciação de produto; Geração de inovação; Setores: automobilístico, vestuário, eletrônico.
19 Formas de proteção: Propriedade Industrial: Patentes - Patente de Invenção e de Modelo de Utilidade Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação para fazer uso comercial de suas invenções. Patentes: Motivação à invenção; Incentivo ao uso das invenções; Criação de mercado de tecnologia: venda, cessão; Verificação de rotas tecnológicas. Propriedade Industrial
Formas de proteção: Propriedade Intelectual Propriedade Industrial: Invenção 20 Propriedade Industrial Solução nova para um problema técnico existente dentro de um determinado campo tecnológico e que possa ser fabricada. As invenções podem ser referentes a produtos industriais (compostos, composições, objetos, aparelhos, dispositivos, etc.) e a atividades industriais (processos, métodos, etc.). As Patentes de Invenção conferem proteção às criações de caráter técnico, visando um efeito técnico peculiar.
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 21 Propriedade Industrial Propriedade Industrial: Modelo de utilidade - Nova forma ou disposição conferida em objeto, envolvendo ato inventivo que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.
Formas de proteção: Propriedade Intelectual 22 Propriedade Industrial
Formas de proteção: Propriedade Intelectual Período de duração 23 Propriedade Industrial
24 Propriedade Industrial Foco da primeira parte do curso!
25 Propriedade Intelectual - Definições Capital Intelectual - soma de conhecimentos em uma organização, sendo o principal responsável pela vantagem competitiva da mesma. Ativos Bens econômicos, com a propriedade de manter ou ampliar a riqueza, possuindo capacidade de produzir valor para seus proprietários Ativos oferecem retorno e risco: variação de valor ao longo do tempo; Ativos possuem níveis diferentes de liquidez: condições de serem comercializados.
26 Propriedade Intelectual - Definições Configuração dos Ativos
27 A Importância dos ativos intangíveis Segundo estudo conjunto feito pelo Citibank e a empresa de consultoria Interbrand, as maiores empresas do mundo concentram grande parte de seu capital nos Ativos Intangíveis (patentes, marcas, desenho industrial...): IBM - 89% do seu valor patrimonial; COCA-COLA - 95% do seu valor patrimonial; KELLOGS - 94% do seu valor patrimonial; AMERICAN EXPRESS - 81% do seu valor patrimonial; Na MICROSOFT e APPLE o valor dos ativos intangíveis é cerca de 12 vezes maior do que o dos ativos tangíveis.
28 A Importância dos ativos intangíveis CAPITAL INTELECTUAL Em 1994 a IBM passou a licenciar as patentes que não transformava em produto. Em 2003, a receita gerada pelo licenciamento de patentes alcançou 1,1 bilhão de dólares. A IBM ficou na primeira posição pelo 24º ano consecutivo, com 8.088 patentes concedidas a seus inventores em 2016.
29 Exportações americanas e propriedade intelectual Em 1947, menos de 10% das exportações eram cobertas por proteção de propriedade intelectual. Em 1986, essa participação havia crescido para 37%. Em 1994, mais de 50% das exportações americanas possuíam conexão com direitos de Propriedade Intelectual. Fonte: U. S. Department of Commerce, Relatórios Estatísticos Anuais, in "Patent Wars".
30 Propriedade Intelectual: governança sob perspectiva jurídica Instrumento legal (título outorgado pelo Estado); Efetividade de gerenciamento; Disponibilidade de mecanismos de aplicação de sanções; Monopólio temporário concedido pelo Estado; Definir as regras do jogo (concessão, uso, direito de exploração...) Direito de propriedade intelectual baseado na lei nacional. Registrabilidade do direito de propriedade intelectual em cada país.
31 Propriedade Intelectual: governança sob perspectiva econômica Apropriação do investimento em conhecimento e inovação: retorno do investimento. Barreira à entrada: proteção comercial. Incentivo e difusão do conhecimento tecnológico: Diferenciação e diversificação de produto e/ou serviço; Estímulo a concorrência entre os players.
32 Custo Propriedade Intelectual: governança sob perspectiva econômica Manutenção do registro do direito no escritório nacional e de outros países; Sobre investimento em P&D&I; Variável de acordo com o gap tecnológico de cada país (ou empresa). Benefícios Indução à invenção e ao desenvolvimento tecnológico; Incentivo à comercialização da propriedade intelectual.
33 Determinantes dos Regimes de Propriedade Intelectual Variação do sistema de país para país; Deliberação segundo a política de desenvolvimento econômico do país; Abrangência mais efetiva de proteção sobre os direitos: Proteção de todos os tipos de direito de propriedade intelectual, Extensão do direito, Extensão do período de proteção, One size fits all: regime único. Proteção fragilizada: Procedimentos administrativos rudimentares; Mecanismos legais frágeis: fiscalização e sanções.
34 Convergência da Operacionalização Internacional da Propriedade Intelectual Uniformidade. - Diminuição de custo de transação; - Necessidade de conformidade mínima; - Delineamento de tratados internacionais: Convenção da União de Paris - 1883 Acordo de Madrid Marca - 1891 Convenção de Berna Direito de Autor - 1886 Tratado de Cooperação em Matéria de Patente (PCT) - 1970
35 Convergência da operacionalização internacional da Propriedade Intelectual Gerenciamento pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) ou World Intellectual Property Organization (WIPO). Relações Comerciais Organização Mundial do Comércio (OMC) ou World Trade Organization (WTO): Rodada Uruguai (1986-1994): Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) na OMC. Acordo de Marrakech (1994) Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS)
36 Ambiente da Propriedade Intelectual e Industrial no Brasil Geração Locus da geração (agentes econômicos e não econômicos); Fomento; Consultoria e informação tecnológica; Agentes intervenientes: Geração Concessão Mercado NITs (Núcleo Inovação Tecnológica ou Agências de Inovação): gerenciamento.
37 Ambiente da Propriedade Intelectual e Industrial no Brasil Concessão Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) Fundado em 1970; Autarquia subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Concessão de direitos de propriedade industrial e averbação/registro de contratos de transferência de tecnologia; Disponibilização de informação tecnológica;
38 Mercado Ambiente da Propriedade Intelectual no Brasil Concorrência Desleal; Contrafação (produtos iguais sem pagamento de royalties ) Defesa da Concorrência; Manutenção de Direito; Averbação de Contratos de Transferência de Tecnologia, licenciamento de direitos de propriedade intelectual.
39 Mercado Ambiente da Propriedade Intelectual no Brasil Averbação de Contratos de Transferência de tecnologia, licenciamento de direitos de propriedade intelectual Tipos de contratos: Serviços de Assistência Técnica Fornecimento de tecnologia Licenciamento de patentes Licenciamento de Desenho Industrial Licenciamento de Marcas Franquia
40 Ambiente da Propriedade Intelectual no Brasil Marco Regulatório da Propriedade Intelectual Lei de franquias - Lei 8.955/1994 Regulamentação das franquias Defesa da Concorrência - Lei 8.884/1994 Estabelece os parâmetros da defesa da concorrência no Brasil Lei de Propriedade Industrial - Lei 9279/1996 Regulamentação dos direitos de propriedade industrial e de averbação de contratos de transferência de tecnologia
Ambiente da Propriedade Intelectual no Brasil 41 Marco Regulatório da Propriedade Intelectual Lei de Cultivares - Lei 9.456/1997 Regulamenta a proteção para plantas; Lei de Programa de Computador (Software) - Lei 9609/1998 Regulamenta a proteção de software Lei de Direitos Autorais Lei 9610/1998 Regulamenta o direito de autor no Brasil
42 Ambiente da Propriedade Intelectual no Brasil Marco Regulatório da Propriedade Intelectual Lei de Inovação - Lei 10973/2004 Incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo; Estímulo à inovação nas empresas; Estímulo ao inventor independente; Estímulo à participação das Instituições de Ciência e Tecnologia no processo de inovação das empresas. Lei do Bem - Lei 11196/2005 Incentivos fiscais à investimentos de P&D e inovação tecnológica.
43 Breve Histórico da C&T no Brasil
44 Contexto do desenvolvimento científico, tecnológico e inovação O Brasil aparece no mapa da ciência mundial, mas é quase inexistente no mapa da tecnologia mundial resultado direto do pequeno número de profissionais ativos em P&D nas empresas. Ou seja, o pequeno número de cientistas que trabalha no setor de negócios afeta diretamente o número de patentes originadas no Brasil.
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46 Fonte(s): Elaboração: Atualizada em: 01/09/2015 Organisation for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators, 2015/1 e Brasil: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
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52 Fonte(s): Escritório Americano de Marcas e Patentes (USPTO, na sigla em inglês). Acessado em 20/05/2016. http://www.uspto.gov/web/offices/ac/ido/oeip/taf/appl_yr.htm ; http://www.uspto.gov/web/offices/ac/ido/oeip/taf/cst_utlh.htm Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Nota(s): período ano calendário (01/01 a 31/12). Atualizada em: 28/06/2016