RELATÓRIO ANUAL DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - 2011



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Transcrição:

RELATÓRIO ANUAL DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - 2011 INTRODUÇÃO: O objetivo deste relatório é apresentar os resultados, do ano de 2011, de qualidade dos efluentes da estação de tratamento de esgotos de Jurerê Internacional, tratados pelo Sistema de Águas e Esgotos da empresa Habitasul Empreendimentos Imobiliários Ltda, em conformidade ao Decreto n 5440, de 4 de maio de 2005. A Habitasul Empreendimentos Imobiliários Ltda, através do seu Sistema de Água e Esgotos SAE, possui as certificações de qualidade e meio ambiente ISO 9001 e ISO 14001, respectivamente. O SAE é composto pela Estação de Tratamento de Água - ETA e a Estação de Tratamento de Esgoto - ETE. Possui dois laboratórios, um na ETA, que analisa a água produzida para consumo, e um para as análises do efluente doméstico bruto e tratado, localizado na ETE. DESCRIÇÃO DA EMPRESA: Razão social: Habitasul Empreendimentos Imobiliários Ltda Setor: Sistema de Águas e Esgotos SAE CNPJ: 87.919.437/0002-92 Endereço: Av. das Raias, 308 Bairro: Jurerê Município: Florianópolis Estado: Santa Catarina Fones: (48) 3261-5500 Responsável Técnico: Eng Sanitarista Luiz Fernando Lemos, Msc. Diretor Geral: Eng o Civil Carlos Berenhauser Leite RESPONSABILIDADE PELA FISCALIZAÇÃO: Órgão: Vigilância Sanitária Municipal e FATMA Página 1 de 6

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: A Estação de Tratamento de Esgotos ETE, da Habitasul, que atende o Residencial Jurerê Internacional, localiza-se no bairro Jurerê em Florianópolis/SC. O setor de atendimento ao consumidor se localiza em escritório administrativo na Estação de Tratamento de Águas ETA. Os dados e informações complementares sobre a qualidade da água encontram-se no site www.jurere.com.br/sae, bem como, em informativo encaminhado mensalmente às residências, anexo à conta de água. DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO E COLETA DE ESGOTOS SANITÁRIOS: A Estação de Tratamento de Esgotos - ETE utiliza tratamento biológico por sistema de lodos ativados por batelada - SBR (Sequencing Batch Reactors). A rede de coleta de esgotos opera em dois diferentes processos, o primeiro de coleta convencional através de sistema de coleta por gravidade das residências até os reservatórios (elevatórias) de esgotos e destes, por bombeamento, até a estação de tratamento de esgotos. A partir da etapa Amoraeville, 2001, foi implantado o sistema de coleta a vácuo. Este sistema, mais avançado, funciona através de uma central de vácuo (elevatória) que coleta os esgotos por sucção depositando-o em um tanque metálico, de onde são posteriormente bombeados para E.T.E. para serem tratados. Este sistema é mais eficiente que o convencional, pois diminui as possibilidades de contaminação do lençol freático. A capacidade de processamento da E.T.E. pelo sistema SBR é de 35 litros por segundo, em uma rede de esgotos com aproximadamente 14.418 metros de extensão. O SAE dispõe, ainda, de geradores próprios de energia elétrica, movidos a diesel, que asseguram a continuidade da operação da E.T.E e das elevatórias de esgotos, independentemente de quedas de energia. Coleta de esgotos a vácuo Uma das obras de infra-estrutura que têm importância fundamental em questões como a preservação ambiental e segurança, é o sistema de coleta de esgotos a vácuo. Ele garante a não-contaminação do lençol freático, que é o depósito natural de água no subsolo, pois a tubulação funciona totalmente estanque, descartando-se a possibilidade de possíveis vazamentos de esgoto. Outra de suas vantagens é que não há necessidade de ligações elétricas nas casas, mas sim somente na estação de vácuo. Descrição das etapas do sistema de tratamento de esgotos O sistema de tratamento é composto das seguintes etapas: Página 2 de 6

Peneiras Para o tratamento preliminar, o sistema é composto por peneiras para retenção de sólidos e materiais flutuantes. Caixa de areia Retém areias e outros detritos inertes e pesados que se encontram nos efluentes (seixos, partículas metálicas, etc.). A remoção protege as bombas, evita entupimentos e obstruções de canalizações, e impede o depósito de material inerte nos outros dispositivos do tratamento. Tratamento biológico O sistema de tratamento biológico é o de lodos ativados por batelada SBR, onde a remoção dos constituintes poluentes é realizada pela ação de microorganismos e processos físicos de decantação. O esgoto bruto é encaminhado aos reatores biológicos: 2 tanques de concreto e, a partir de dezembro de 2011, mais 1 de aço. O efluente é tratado pela ação de microorganismos, formando flocos. Os flocos formados sedimentam clarificando o efluente. Desinfecção O efluente clarificado recebe a adição de cloro, promovendo a desinfecção, de tal forma que garanta valores baixos de coliformes. Tratamento de lodo Os flocos sedimentados, que formam o lodo, de tempos em tempos precisam ser removidos para um sistema de leitos de secagem. O lodo, após seco, é encaminhado para disposição em aterro sanitário industrial, devidamente licenciado pelos órgãos ambientais. Destino dos efluentes da ETE depois de tratados Irrigação Depois de desinfetado, o efluente líquido é bombeado para disposição por irrigação em área verde, licenciada e ambientalmente monitorada. A descarga controlada de efluentes por irrigação, seja por aspersão (sprinklers) ou espalhamento superficial sobre o solo, serve como suporte para o crescimento vegetal e é capaz de produzir resultados melhores do que qualquer outro sistema de tratamento sobre o solo. Assim, embora o principal objetivo desse sistema de irrigação seja o de disposição do efluente líquido, também é interessante lembrar que existem objetivos importantes como o da preservação ambiental, através da recarga do lençol freático. Página 3 de 6

MONITORAMENTOS E CONTROLES OPERACIONAIS REALIZADOS: São realizados todos os controles necessários ao sistema. Devido à disposição final ser a irrigação, ou seja, disposição no solo, não existe uma legislação específica a este processo. Desta forma, estaremos comparando os resultados aos limites estabelecidos na legislação pertinente, apenas como base. Abaixo segue tabela 1 com os monitoramentos realizados e suas freqüências: Tabela 1: Monitoramentos realizados em 2011 Pontos de Freqüência Legislação Laboratório monitoramento Saída do tratamento Mensal - Externo Green Lab Lençol freático da Estabelecido Interno SAE Mensal área de irrigação FATMA Externo Green Lab Além das análises demonstradas na tabela acima, a estação de esgoto é controlada semanalmente quanto aos aspectos operacionais. Resultados das análises Nas tabelas 2 e 3 encontram-se os resultados mensais obtidos no ano de 2011 para as amostras da saída do tratamento e para as amostras coletadas no lençol freático da irrigação, respectivamente. Página 4 de 6

Tabela 2: Resultados das análises realizadas na entrada e saída da ETE em 2011. PARÂMETROS VMP para saída N de amostras realizadas (ano) Nº de amostras anômalas detectadas (ano) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez DBO(e) (mg/l) 12-76,0 80 185 100 120 58 60 20 70 40 70 100 DBO(s) (mg/l) 60 (a) 12 0 39,0 20,0 44 14 19 18,0 26 8 13 7 60 30 Eficiência remoção de DBO (%) (a) ou 80% de remoção 0 48,7 75,0 76,2 86,0 84,2 69,0 56,7 60,0 81,4 82,5 14,3 70,0 DQO(e) (mg/l) 12-219,0 352 621 321 395 198 67 233,0 136,0 227,0 340 DQO(s) (mg/l) 12-129,0 82,4 146 47 63 59 87 26 43,0 24,0 200 101 Oleos e Graxas (e) (mg/l) 12-12,20 8,8 10,5 10,7 17,7 11 26,2 < 1,0 3,2 14 < 1,0 17,4 Oleos e Graxas (s) (mg/l) 30 12 0 <1,0 2,3 < 1,0 < 1,0 < 0,01 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0 ph (e) 12-7,20 7,70 7,20 7,10 7,40 7,40 6,90 7,00 7,30 7,10 7,06 6,90 ph (s) 6,0-9,0 12 0 7,30 7,70 6,90 6,50 7,30 7,10 6,70 6,60 7,20 6,80 7,30 7,00 Sólidos sedimentaveis (e) (ml/l) 12-4,00 10,0 1 3,00 1,60 0,3 0,4 0,4 1,00 1,80 0,50 0,50 Sólidos sedimentaveis (s) (ml/l) 1,0 12 1 6,00 < 0,10 0,30 < 0,10 < 0,10 < 0,1 0,31 0,1 < 0,10 < 0,1 0,3 4 Laudo de Analise: (e) entrada; (s) saída VMP - Valores máximos permitidos para lançamento após tratamento. Página 5 de 6

Tabela 3: Média anual dos resultados das análises realizadas no lençol freático da irrigação em 2011. PARÂMETROS VMP NEUTRO P1 P2 P3 P4 P5 PH 6-9 7,85 7,04 6,90 7,13 7,60 7,69 NITROGÊNIO TOTAL mg/l 10 1,74 3,55 2,38 2,47 2,13 2,48 FERRO mg/l 15 0,526 0,028 0,703 0,029 0,65 0,106 COLIFORMES TOTAIS nmp/100ml 20.000 1825,8 2460,8 1675,8 10516,7 3181,7 9363,3 COLIFORMES FECAIS nmp/100ml 4.000 269,2 264,2 230 645,8 235,8 235,8 VMP - Valores máximos permitidos para lançamento após tratamento. Página 6 de 6