DESCOBRIMENTO DO CEARAÁÁ

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António Furtado Gráfica Eborense Évora ,5 x 19 cm 12 p. 4. Lda Lisboa x 19,5 cm 183 p. 10 sua História: Vol. 1

Transcrição:

DESCOBRIMENTO DO CEARAÁÁ

TRATADO DE TORDESILHAS

Foi D. João II, conhecido como "Príncipe Perfeito quem bateu o pé, nas conversações com a Espanha, para estender, a nosso favor, a linha divisória que definiu as áreas de influência de portugueses e castelhanos no vasto mundo ainda em grande parte por descobrir exatamente a 370 léguas a ocidente do Arquipélago de Cabo Verde. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, reza que as terras situadas a oeste da linha pertencem aos espanhóis e as que estão a leste são de Portugal. A terra descoberta pela expedição comandada por Pedro Álvares Cabral está nesse último caso.

DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Foi o navegador Vasco da Gama quem primeiro foi e voltou às Índias, numa penosa viagem entre 1497 e 1499. Em Portugal, D. Manuel já era o novo Rei. E foi ele quem mandou providenciar a toque de caixa a preparação de uma vistosa esquadra com 13 embarcações - 10 caravelas e 3 naus - contratou 1.500 homens para repetir o roteiro de Vasco. Mas não o chamou para comandá-la.

Preferiu oferecer o comando daquela que foi a maior e a mais bem preparada esquadra para Pedro Álvares de Gouveia (ele só assumiu o Cabral um ano depois, com a morte de seu irmão mais velho), um fidalgo e diplomata, neófito na arte de navegar, por suas ligações com a poderosa Cruz de Cristo. Esta é a história que consta nos livros, mas...

...antes de Cabral, o Estado do Ceará ja escrevia seu nome na Historia do Brasil!

A Ponta do Mucuripe coincide com o Descobrimento do Brasil, uma vez que comprovado está ter sido por ela onde desembarcou o primeiro europeu em terras brasileiras. Entretanto por razões que a própria história não explica, ou nunca quis explicar, esse fato não ganhou ainda a dimensão que deveria. Está colocado nos livros sem muita profundidade, provavelmente em função dos interesses do colonizador.

A história do descobrimento do Brasil precisa ser recontada como ela realmente aconteceu e não como querem que ela tenha acontecido. Com todo o respeito a Pedro Álvares Cabral, não foi ele o primeiro europeu que pisou no Brasil: foram dois espanhóis, Vicente Pinzón e Diogo de Lepe. (Rodolfo Espínola)

O primeiro na ponta do Mucuripe, em janeiro de 1500 e o segundo, um mês depois, no cabo de Santo Agostinho, perto do Recife. Referidas viagens estão provadas através de documentos guardados no Arquivo Geral das índias, em Sevilha, na Espanha

Inicialmente não podemos deixar de observar que as viagens de Pinzón e de Cabral foram consequências da viagem de Cristóvão Colombo, em 1492, quando, na perspectiva de chegar às Índias, desembarcou na América. D. João II, então Rei de Portugal, como resposta à Espanha, liberou seus navios para descobrir o Caminho para as Índias.

Pinzón, por sua vez, deixou o porto de Palos de la Fronteira em 19 de novembro de 1499, navegando por outra rota, mais a sudoeste, margeando a costa ocidental da África. Passou pelas Canárias, fez escala técnica no Cabo Verde e veio bater em Santa Maria de la Consolación, local este que a moderna cartografia indica ser a Ponta do Mucuripe.

Vale lembrar que ainda hoje na Espanha Vicente Pinzón é lembrado e festejado pelo fato de ter sido o descobridor de duas Américas: a do Norte, com Colombo, em 1492, no comando Nina e, oito anos depois, a do Sul, em 1500, com a mesma embarcação, quando atingiu a Ponta do Mucuripe". Não existe, aliás, na história das grandes descobertas nenhum navegador que tenha em seu currículo façanha desta dimensão.

O jornalista Rodolfo Espínola defendia a monumentalização da Ponta do Mucuripe na perspectiva de destacar o desembarque do espanhol Vicente Pinzón e a revelação do cais construído por engenheiros americanos, entre 1942 e 1943. Segundo Espíndola, nesses países, principalmente na Europa e de modo especial em Portugal e na Espanha, existe um forte sentimento de preservação dos seus bens, sejam palácios, igrejas, ruas, monumentos, vestuários ou móveis. Aqui, ao contrário, contam-se nos dedos os monumentos que ainda sobrevivem em nossa cidade. Isto tem reflexos

E ainda existe uma terceira tese...

Em Portugal, os historiadores Jorge Couto e Joaquim Barradas de Carvalho defendem outra tese: não foi Pinzon nem Cabral. Foi o lusitano Duarte Pacheco Pereira, que teria passado - e não desembarcado - em algum lugar da região norte, provavelmente entre o Pará e a ilha do Marajó, em 1498.

Referida tese não encontra sustentabilidade pelo fato de não apresentar os mínimos elementos que a comprovem, como a data de partida e de chegada, tipo de embarcação utilizada, que escalas teria feito e com quem estava acompanhado. Não existe nada, apenas a descrição de Pereira, cheia de especulação, hipóteses,

Em 1534 houve a divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias, coube o Ceará ao Português Antônio Cardoso de Barros, que ao contrário dos espanhóis, nunca pôs os pés neste chão sagrado. Em 1539 foi designado Luís Melo da Silva para a tarefa não cumprida por Cardoso de Barros, este veio, ou melhor tentou; naufragou nos mares do Maranhão. No decorrer de todo o século XVI o Ceará esteve entregue as baratas, ou melhor, aos corsários piratas e toda sorte de aventureiros clandestinos que faziam comércio com os índios.

Curiosamente quando o Ceará entra oficialmente na História do Brasil encontrava-se Portugal sob o domínio espanhol que riscou do mapa a linha do famoso meridiano de Tordesilhas que de fato nunca ninguém seguiu a risca. Isto se deu no ano de 1603 e o desbravador não era português ou espanhol e sim o açoriano Pero Coelho de Sousa, desbravador audaz que obteve do 8º Governador Geral do Brasil, Diogo de Botelho, o Título de Capitão-Mor.

Fontes Bibliográficas http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/tratado-de-tordesilhas.shtml http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=401531 http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=725683 http://www.ceara.com.br/fortaleza/historiadefortaleza.htm