O PAPEL DA ENGENHARIA MECÂNICA NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS ENERGIA GEOTÉRMICA

Documentos relacionados
MINERAIS HIDROGEOLÓGICOS ENERGÉTICOS. de acordo com a finalidade

2014/2015. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Curso de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica. Projeto FEUP. Energia Geotérmica

GEOTERMIA SISTEMAS GEOTÉRMICOS DE BAIXA ENTALPIA E SUA APLICAÇÃO

O que é uma Energia Renovável?

Tipos de Usinas Elétricas

O Papel da Engenharia Mecânica nas Energias Renováveis Energia dos mares e oceanos

Engenharia mecânica em casa

Poupe entre 50% a 70% na sua factura

Física e Química A 10.º ano

Tipos de Usinas Elétricas

Fontes renováveis e não-renováveis de energia. Amanda Vieira dos Santos Giovanni Souza

Energias Renováveis: Eólica e Hídrica

Os recursos geotérmicos em Portugal: desafios, oportunidades e constrangimentos António Trota. Departamento de Geociências. FCT Universidade dos

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

A água subterrânea como fonte térmica na climatização de edifícios situação em Portugal e perspectivas futuras

A aplicação da Engenharia Mecânica nas Energias não Renováveis

Fontes de energia - Usinas PROF.: JAQUELINE PIRES

Apresentação. Realizamos manutenções preventivas e corretivas de equipamentos e painéis.

Energias Renováveis Eólica e Hídrica

DE ONDE VEM A ENERGIA? Energia eletromagnética, Energia Mecânica e Energia térmica

Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Fonte Características Vantagens Desvantagens

BOMBA DE CALOR INVERTER AQUAPURA A++ IDEAL PARA PAVIMENTO RADIANTE CLIMATIZAÇÃO COM VENTILOCONVECTORES AQUECIMENTO COM RADIADORES

USINA TERMOELÉTRICA DO NORTE FLUMINENSE,MACAE, RIO DE JANEIRO

Sumário. Módulo Inicial. Das Fontes de Energia ao Utilizador 25/02/2015

Filipa Alves Aveiro, 28 de novembro 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural

Gestão sustentável dos recursos. 2.1 Recursos naturais: utilização e consequências

PREPARAÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA. A solução apropriada para água quente.

3. Revisão bibliográfica

Recursos Energéticos e Meio Ambiente. Professor Sandro Donnini Mancini. 8 Motores e Turbinas. Sorocaba, Março de 2016.

Geominho Perfurações Geológicas do Minho, Lda.

Energía Eólica. Nathalia Cervelheira Michelle Carvalho Neldson Silva Maick Pires. Sinop-MT 2016

Workshop Técnico Eficiência Energética em Edificações: Contribuições do Gás LP

Energia. Fontes e formas de energia

AQS Água quente sanitária. É a água aquecida, usada para banhos, preparação ou confeção de alimentos.

Recursos energéticos. Recursos renováveis e não renováveis

3. Um gás ideal passa por dois processos em um arranjo pistão-cilindro, conforme segue:

ENERGIA. Em busca da sustentabilidade

O calor é o nosso elemento. Climatização e a.q.s. de alta eficiência com energia inesgotável

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

Fontes de Energias Renováveis e Não Renováveis. Aluna : Ana Cardoso

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

PEA 3496 Energia e Meio Ambiente: Sistemas Energéticos e seus Efeitos Ambientais. Prof. Marco Saidel. Centrais Termelétricas

ENERGIA RENOVÁVEIS ÍVISSON REIS

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA

2º Lei da Termodinâmica. Trabalho realizado por: Eunice Fernandes nº8 Maria Inês Martins nº22

Energia Solar MIEEC03_1

Aula 6 Dimensionamento de grandes equipamentos de usinas termoelétricas

O que é Energia Maremotriz?

Saiba mais sobre. Recuperadores de Calor. e Salamandras

TERMODINÂMICA. Radiação Solar. Anjo Albuquerque

FÍSICA E MEIO AMBIENTE PROF MSC WILDSON W DE ARAGÃO

OLAVO AMORIM SANTOS VITOR LORDELLO

GEOTERMIA Energias renováveis 2012/2013. Miguel Centeno Brito

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia

Gestão de energia : 2010/2011

Módulo II Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência, Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot

ACTIVIDADE VULCÂNICA

Introdução ao Ciclo hidrológico

Bases Conceituais da Energia Q1/2017. Professor: Sergio Brochsztain. (sites.google.com/site/sergiodisciplinasufabc)

Hidrelétrica. Itaipu: MW (potência de geração) * 16,99% da energia consumida no Brasil * Em 2011: MWh.

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Mecânica

Termodinâmica II. Tecnologia e Processos

Saídas profissionais de um Engenheiro Mecânico:

Energia e Ambiente. Desenvolvimento sustentável; Limitação e redução dos gases de efeito de estufa; Estímulo da eficiência energética;

Principio de Funcionamento de um Sistema de Refrigeração

Ciclos Termodinâmicos de Refrigeração. STE Termodinâmica Aplicada II

Essa relação se aplica a todo tipo de sistema em qualquer processo

Centrais de aquecimento distrital

TERMODINÂMICA APLICADA

Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início

TERMODINÂMICA. Radiação Solar. Anjo Albuquerque

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

1. SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS

PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO A PARTIR DA REFORMA DO ETANOL

2

ÁREA DE ESTUDO: CÓDIGO 16 TERMODINÂMICA APLICADA, MECÂNICA DOS FLUIDOS E OPERAÇÕES UNITÁRIAS

Eficiência energética e hidráulica

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

GESTÃO AMBIENTAL E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

Os Motores em Engenharia Mecânica Motores Invulgares

Calorimetria PARTE II

FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL. Prof.º: Carlos D Boa - geofísica

CALOR & FRIO ALFÉA & PANAMÁ POUPANÇA & CONFORTO

1. Quais elementos devem ser avaliados antes da construção de uma piscina?

Programa Energia Inteligente Europa (EIE)

XX CONGRESSO ENGENHARIA 2020 UMA ESTRATÉGIA PARA PORTUGAL 17 a 19 de outubro de 2014 ALFÂNDEGA DO PORTO

Refrigeração e Ar Condicionado

Aula 8 A Energia e o Meio Ambiente

ATLANTIC EM AQS BOMBAS DE CALOR PARA AQS

4/Mar/2015 Aula 4 Processos termodinâmicos Capacidades caloríficas dos gases Energia interna de um gás ideal Capacidades caloríficas dos sólidos

GERAÇÃO DE ENERGIA ENGENHARIA ELÉTRICA GERAÇÃO TERMOELÉTRICA A GÁS NATURAL. Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

Energética Industrial

PISCINAS TÉRMICAS Desumidificação Aquecimento

1. Os seguintes dados são referentes à instalação motora a vapor mostrada abaixo.

Transcrição:

Ano letivo 2014/2015 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Supervisora: Teresa Duarte Monitora: Rita Afonso O PAPEL DA ENGENHARIA MECÂNICA NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS ENERGIA GEOTÉRMICA Equipa: 1M1_03 Ana Filipa Moreira de Sousa João Araújo Afonso José Pedro Macedo de Almeida Moutinho Ribeiro Mauro Filipe Rodrigues Domingues Rui Pedro Gonçalves Redol Simões

ÍNDICE 1. Energia não renovável vs. Energia renovável 2. Energia Geotérmica Exploração da Energia Geotérmica Vantagens e desvantagens Aproveitamento a nível nacional Aproveitamento a nível mundial 3. Conclusões E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 2

Energias não renováveis Recursos limitados A sua exploração polui o ambiente Energias renováveis Fontes de energia inesgotáveis OU que podem ser repostas a curto/médio prazo É não poluente E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 3

ENERGIA GEOTÉRMICA Proveniente do calor do interior da Terra Disponível nos locais de atividade vulcânica Fazem-se perfurações através das quais se alcança o calor útil OU Existem zonas com nascentes de água quente espontâneas E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 4

Exploração Aquecimento Geotérmico Direto Bombas de Calor Geotérmicas Centrais de Energia Geotérmicas E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 5

AQUECIMENTO GEOTÉRMICO DIRETO Consiste no aproveitamento direto do calor libertado Com permutador Sem permutador E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 6

FUNCIONAMENTO SEM PERMUTADOR Bombeamento da água quente dos reservatórios geotérmicos através de condutas, diretamente para os locais de interesse Dissipação de energia que permite o aumento da temperatura do local Este processo volta a repetir-se ciclicamente Diminuição da temperatura da água que volta novamente para os reservatórios nos quais é aquecida novamente E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 7

FUNCIONAMENTO COM PERMUTADOR Bombeamento da água quente dos reservatórios geotérmicos através de uma conduta até um permutador de calor Este permutador contém um fluido que também pode ser água As águas subterrâneas regressam aos reservatórios para aquecer novamente O fluido do permutador absorve o calor da água e circula através da conduta nas infraestruturas pretendidas E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 8

BOMBAS DE CALOR GEOTÉRMICAS Utiliza o subsolo como fonte de calor Pode-se extrair calor do solo no inverno e injetar no verão Este processo pode ocorrer segundo um sistema aberto ou fechado E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 9

BOMBAS DE CALOR EM SISTEMA FECHADO O fluido presente nas condutas recebe o calor subterrâneo Este fluido circula até um local específico, onde ocorre a transferência de calor para um outro permutador O calor subterrâneo é distribuído por todo o ambiente através das condutas de aquecimento Este permutador transfere o calor subterrâneo para um sistema de compressão E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 10

BOMBAS DE CALOR EM SISTEMA ABERTO O fluido de troca de calor é a água subterrânea É necessária água subterrânea facilmente acessível e limpa Existem 2 poços: um para retirar a água quente e outro para injetá-la depois da transferência de calor para o reservatório E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 11

CENTRAIS DE VAPOR DIRETO OU SECO No poço de produção efetua-se a captura do vapor pressurizado que escapa do solo Este é enviado diretamente para uma turbina através de uma conduta A turbina é formada por uma série de pás anguladas encaixadas sobre um eixo O vapor pressurizado passa através da turbina e provoca que ela gire no seu eixo central, o que ira alimentar um gerador O vapor após arrefecimento transforma-se em água que é reencaminhada novamente para o reservatório E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 12

ENERGIA GEOTÉRMICA EM PORTUGAL O uso da energia geotérmica dá-se, essencialmente nos Açores. É o único local em Portugal onde é produzida eletricidade através desta fonte energética (alta entalpia). Na Madeira existem planos para o aproveitamento do potencial geotérmico dessa zona. No continente apenas existem aproveitamento geotérmico de baixa entalpia E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 13

ENERGIA GEOTÉRMICA NA ISLÂNDIA É o país com maior aproveitamento geotérmico Desde 1930, a cidade utiliza água quente natural para fornecer calor aos edifícios e casas. E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 14

VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens É uma das mais limpas fontes de energia É uma energia fiável As centrais requerem pouco espaço Pode abastecer facilmente comunidades isoladas Desvantagens É uma energia muito cara e pouco rentável Há emissões de ácido súlfurico que é nocivo à saúde Elevado custo no tratamento das águas vindas do interior da Terra Escassez de locais com potencial geotérmico E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 15

CONCLUSÕES Há uma procura crescente de novas formas de formas de produzir energia de forma sustentável. A energia geotérmica apresenta-se como uma solução limpa mas tem as suas devantagens E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 16

Obrigada pela atenção! E N E R G I A S R E N O V Á V E I S : E N E R G I A G E O T É R M I C A 17