ATIVIDADES DE CUNHO EDUCACIONAL E INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Documentos relacionados
As contribuições das práticas laboratoriais no processo de Ensino-Aprendizagem na área de Química

Palavras-chave: Aprendizagem. Experimentação. Descoberta.

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DA TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DA 1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE

USO DA EXPERIMENTAÇÃO E CONCEPCÃO DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DE ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE ARARUNA/PB SOBRE A MESMA

JOGOS EDUCATIVOS NO ENSINO MÉDIO: CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS PARA UTILIZAÇÃO EM SALA DE AULA

TRILHA DOS ÁCIDOS E BASES: A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DE QUÍMICA

A UTILIZAÇÃO DO JOGO "DADO PERIÓDICO" COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO ENSINO DA QUÍMICA. Apresentação: Pôster

A EXPERIMENTAÇÃO NO COTIDIANO DA ESCOLA PLENA DE TEMPO INTEGRAL NILO PÓVOAS EM CUIABÁ-MT

IDENTIFICAÇÃO DAS ANIMAÇÕES\ SIMULACÕES EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ATRAVÉS DA GESTALT NO ENSINO DE FÍSICA

EXPERIMENTOTECA: UM RECURSO DIDÁTICO PARA AUXILIAR A APRENDIZAGEM NO ENSINO DE QUÍMICA

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS NO ENSINO DE QUÍMICA

APLICAÇÃO DA DIDÁTICA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de ciências, Metodologias, Palestra educativa.

MELHORIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE NOVAS ABORDAGENS PARA AS AULAS PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

A AULA EXPERIMENTAL NO ENSINO DE QUÍMICA E A CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NESSE PROCESSO

ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO INVESTIGATIVO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO EXPERIMENTAL DE QUÍMICA

JOGOS DE TABULEIRO: ferramenta pedagógica utilizada na construção do conhecimento químico

HIDROCARBONETOS NO DIA A DIA NA VISÃO DE ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

ENSINO E CONCEPÇOES DE ALUNOS SOBRE TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA

OFICINA TEMÁTICA: A EXPERIMENTAÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE

PROPOSTA DE EXPERIMETANÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO: PREPARAÇÃO DE PERFUME

Uso da massa de modelar como alternativa didática para construção de modelo atômicos.

Palavras-chave: Ensino de Química; Contextualização; Laboratório de Química; Conceitos Científicos; Experimentação. 1. INTRODUÇÃO

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

A APLICAÇÃO DO JOGO LÚDICO COMO FACILITADOR DO ENSINO DE TERMOQUÍMICA

LABQUÍMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO USO DE UM JOGO DE COMPUTADOR PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

O USO DA MODELAGEM PARA CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS SOBRE ELEMENTO QUÍMICO E SUBSTÂNCIA NO ENSINO DE QUÍMICA RESUMO

CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA TRABALHAR O CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS DEMONSTRATIVOS NAS AULAS DE QUÍMICA

A IMPORTÂNCIA DAS AULAS EXPERIMENTAIS PARA O ENSINO DE FÍSICA

Desenvolvimento e aplicação de jogos didáticos como facilitador no processo ensino/aprendizagem

APRENDENDO E ENSINANDO NO ESTAGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

APLICAÇÃO DA METOLOGIA LÚDICA COMO FACILITADORA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE NÚMEROS INTEIROS NO ÂMBITO DA ESCOLA MUNICIPAL JOAQUIM CALADO

GT - 9 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. Janaildo Soares de Sousa Universidade Federal do Ceará UFC

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA ANÁLISE SOBRE PERCEPÇÃO DOS ALUNOS

Janaildo Soares de Sousa Universidade Federal do Ceará UFC

JOGO MEMÓRIA DAS INTEGRAIS COMO FERRAMENTA PARA APRENDIZAGEM DAS INTEGRAIS NO CÁLCULO INTEGRAL 1. Wélida Neves Martins; Thiago Beirigo Lopes

Aprovação do curso e Autorização da oferta. PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO FIC de Química Experimental no Cotidiano. Parte 1 (solicitante)

Materiais e métodos:

ESTEQUIOMETRIA PARA APRENDER: JOGO DIDÁTICO UTILIZADO NO ENSINO DE QUÍMICA

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE BIOLOGIA NO CAMPO SOCIAL E CIENTÍFICO. ÁREA TEMÁTICA: Ensino de Ciências

UTILIZAÇÃO DA EXPERIMENTAÇÃO PROBLEMATIZADORA COMO METODOLOGIA FACILITADORA NA APRENDIZAGEM DO CONTEÚDO DE ÁCIDOS E BASES

ENSINO ADAPTADO DA TABELA PERIÓDICA E DA SUA RELAÇÃO COM OS NÚMEROS QUÂNTICOS PARA DEFICIENTES VISUAIS

Palavras-chaves: Ensino, Experimentos, Newton, Física. 1. INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL PARA O LABORATÓRIO DE FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO

PESQUISA DESCRITIVA DE PUBLICAÇÕES NO CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS

A IMPORTÂNCIA DE AULAS EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE QUÍMICA

LABORATÓRIO PROBLEMATIZADOR COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE FÍSICA: DA ONÇA AO QUILOGRAMA

AS NOVAS TECNOLOGIAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA E NA INCLUSÃO DIGIAL

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

ABORDAGEM DO CONTEÚDO DE CINÉTICA QUÍMICA EM UMA TURMA DE 3º ANO EJA: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR BOLSISTAS DO PIBID

ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA DA QUIMICA DA ÁGUA PARA ALUNOS DA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

A UTILIZAÇÃO DO JOGO BINGO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE QUÍMICA

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA MELHORIA DA ABSORÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ANOMALIAS CROMOSSOMICAS

ISOQUÍMICO: UM JOGO DIDÁTICO PARA O ENSINO DAS SEMELHANÇAS ATÔMICAS

UNINDO O LÚDICO E A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA CONSTRUÇÕES DE MATERIAIS DIDÁTICOS

ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) FORMAÇÃO INICIAL DE UM DOCENTE

A TABELA PERIÓDICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA

APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA ATRAVÉS DO PIBID E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BIOLOGIA E A INTERDISCIPLINARIDADE COMO POSSIBILIDADE NO ENSINO

Carlos Antonio Camilo dos Santos Francilene Francisca de Andrade Lúcia de Fátima Farias da Silva Rosemere Dantas Barbosa Nascimento.

Josenildo Isidro dos Santos Filho 1 ; Wesley Oliveira de Andrade 2 ; Francisco de Assis da Silveira Gonzaga 3

AULAS DE FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: UMA METODOLOGIA DE AULAS DE FÍSICA DANDO ÊNFASE NOS EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS

CONCEPÇÃO DOS ESTUDANTES EM FORMAÇÃO NA LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFCE IGUATU- SOBRE A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA.

CURSO DE FARMÁCIA Reconhecido pela Portaria MEC nº 220 de , DOU de PLANO DE CURSO

Milla Nunes de Sousa ¹; Natacha Oliveira de Souza ²; Elite Lima de Paula Zarate³.

A INFLUÊNCIA DA MATEMÁTICA NOS BORDADOS

ATIVIDADES DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE MONITORIA DA DISCIPLINA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES QUANTO AO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS EM BIOLOGIA

O Projeto Vida Saudável e a contextualização do ensino de Química.

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

A Prática Profissional terá carga horária mínima de 400 horas distribuídas como informado

FICHA IV - ESPECÍFICA POR SUBPROJETO. Ensino-aprendizagem

EXPLORANDO A QUÍMICA DAS PROTEÍNAS COM ABORDAGEM CONTEXTUALIZADA E INVESTIGATIVA PARA O ENSINO DE QUÍMICA.

ESTÁGIO DOCENTE: UMA ATIVIDADE DE FORMAÇÃO CONTINUADA E DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS APLICADAS NO ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL: UM ESTUDO COM DISCENTES E DOCENTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A VISÃO DA DISCIPLINA DE FÍSICA PELA ÓTICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO IFPI Apresentação: Pôster

Thiago Pereira da Silva¹ Universidade Estadual da Paraíba- Campus I

GRADUAÇÃO: CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS CEFD

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS SÃO GABRIEL

USANDO A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DO CONTEÚDO DE CORROSÃO: DETERIORAÇÃO DE METAIS

ENGENHARIA MECÂNICA EM

NOVAS METODOLOGIAS DE ENSINO: UMA PESQUISA SOBRE O USO DO SOFTWARE GEOGEBRA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

Integralização de Carga Horária Regulamento Institucional Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte

DESENVOLVIMENTO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA

CURSO DE QUÍMICA EXPERIMENTAL: ABORDANDO A QUÍMICA DAS BEBIDAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO." Apresentação: Pôster

A IMPLANTAÇÃO DO LÚDICO AO ENSINO DA TABELA PERIÓDICA (TP)

Atividades desenvolvidas na E.E.E.M. Dr Luiz Mércio Teixeira

IMPACTO DA MONITORIA NA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA BÁSICA DO CURSO DE FARMÁCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

PIBID: Química no ensino médio- a realidade do ensino de química na escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, na cidade de Mossoró-RN.

DIFICULDADES RELATADAS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NO PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA: ESTUDO DE CASO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM GRAJAÚ, MARANHÃO 1

APLICAÇÃO DA FÍSICA EXPERIMENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JOSÉ GONÇALVES DE QUEIROZ

ENGENHARIA ELETRICA EE

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

ABORDAGEM HISTÓRICA DA TABELA PERIÓDICA NO 9º ANO: PERCEPÇÔES NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

Transcrição:

ATIVIDADES DE CUNHO EDUCACIONAL E INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DE QUÍMICA LUCENA, Flávia Raquel Xavier; CUNHA, Luana Reine; MEDEIROS, Maria das Graças Negreiros (Flávia Raquel Xavier de Lucena; Luana Reine Cunha; Maria das Graças Negreiros de Medeiros). (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA (IFPB)) E-mail: mgnegreiros@gmail.com Resumo: O presente artigo tem como objetivo relatar a aplicação de uma ferramenta metodológica nas aulas de química no ensino médio que facilite a aprendizagem dos conteúdos teóricos ministrados em sala de aula, considerando que o desinteresse dos alunos por essa matéria é significativa. Uma disciplina tão importante, que ajudaria na compreensão de muita das coisas presentes no cotidiano, desde a composição do ar até mesmos na composição dos produtos de limpeza pessoal, presentes no dia a dia desses discentes e eles não sabem como são produzidos. No desenvolvimento dessa pesquisa se utilizou como mecanismo de ferramenta aulas práticas aliada as teóricas, empregando desde materiais específicos de laboratórios, como materiais de baixo custo e/ou matérias reutilizáveis, buscando assim promover um estímulo para o aluno aprender química no ensino médio. A realização dessa pesquisa foi desenvolvida de forma qualitativa, com aplicação em campo, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa, com os alunos das turmas do 1º e 2º ano do curso técnico de Contabilidade, perfazendo um total de 40 (quarenta) alunos. PALAVRAS CHAVE: Ensino de Química; Aulas práticas; Aprendizagem. INTRODUÇÃO Os docentes de química, em grande maioria, ministram suas aulas através do método tradicional, que é a exposição oral, não cedendo espaço para alternativas inovadoras de ensino. No

presente momento, a presença da experimentação nas aulas de química não é evidenciada, pois muitos professores não se desvinculam do modelo tradicional de ensino ou os que seguem um método diversificado não encontram infraestruturas adequadas na escola que leciona, devido à ausência de laboratórios/equipamentos e recursos didáticos nas escolas. Os conteúdos que são abordados nessa disciplina possuem aspectos que requerem a abstração por parte dos alunos e que, na maioria das vezes, são difíceis de serem compreendidas. De maneira que, as práticas laboratoriais são utilizadas como ferramentas, permitindo que o alunado consiga assimilar os conceitos, relacionando a teoria com a prática. Segundo Schwahn e Oaigen (2009), o uso de atividades experimentais pode vir a ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos e ideias discutidas em sala de aula. Já para Amaral (1996) a própria essência da química é introduzir essas atividades experimentais aos alunos, aonde estas, propiciam aos estudantes uma melhor compreensão cientifica dos fenômenos ocorridos na natureza. A química por particularidade própria é uma ciência experimental. Trabalhar com as substancias, fazer com que os alunos aprendam a observar um experimento cientifico, fazer com que os alunos descrevam o que observaram durante a reação, tudo isto leva a um conhecimento/aprendizado definido (QUEIROZ, 2004). As práticas experimentais no ensino da química não são inovadoras nos países desenvolvidos, que usam dessa técnica desde o século passado, mostram que após a utilização destas, ocorreu um avanço significativo, em relação ao ensino-aprendizagem da química. No Brasil, essa prática é recente, manifesta-se como auxiliadores no ensino dos novos licenciados em Química que se utilizam dessa ferramenta para a construção de conhecimentos e tentando facilitar o aprendizado da química do cotidiano de maneira mais divertida e relevante, além disso, buscando sempre uma interdisciplinaridade de conteúdo, já que muitos assuntos estão interligados entre si. A utilização dessa prática laboratorial como instrumento para o ensino da química chega a desenvolver a criatividade dos alunos, estimulando-os para estudarem mais sobre o conteúdo abordado e visto na pratica, assim mostrando que vai além de uma simples aula, possibilitando o aluno a pensar, interpretar e entender o que realmente acontece na teoria, através da investigação, vivenciação e experimentação, chegando a atrair a atenção desse alunado para uma aprendizagem ativa.

Russel (1994) afirma que quanto mais integrada à teoria e a prática, mais sólida se torna a aprendizagem de Química, ela cumpre sua verdadeira função dentro do ensino, contribuindo para a construção do conhecimento químico, não de forma linear, mais transversal. Ou seja, não fornece o ensino baseado apenas na vivencia em sala de aula, mas sim, no dia-a-dia dos alunos, associando com a experimentação. Nesse contexto, no ensino de ciências com enfoque na química, as práticas laboratoriais são auxiliadoras no ensino-aprendizagem, utilizados como instrumento para o aperfeiçoamento e entendimento da teoria, conceitos e símbolos dos assuntos da disciplina com a prática. Tal ideia se concretiza a partir da afirmação de Alvez (2007) de que o ensino de Química especificamente, a experimentação deve contribuir para a compreensão de conceitos químicos, podendo distinguir duas atividades: a prática e a teoria. O projeto tem como objetivo buscar uma ferramenta metodológica para auxiliar os alunos na compreensão dos assuntos da disciplina de química de uma maneira mais dinâmica e interativa, através de atividades complementares, como exemplo as práticas laboratoriais. O tema em questão tem como finalidade a utilização da ferramenta para facilitar o processo de ensino-aprendizagem da química, que sofre com as dificuldades na assimilação dos conteúdos, devido aos métodos de aula que os professores se apropriam, sendo na maioria das vezes aulas tradicionais. Pretende-se assim que o aluno consiga observar a relevância do conteúdo estudado e atribuindo um sentido a este, possibilitando a uma aprendizagem significativa e, portanto, duradoura. METODOLOGIA O projeto foi desenvolvido partindo de uma abordagem qualitativa e com aplicação em campo (MARCONI; LAKATOS, 2002), bem como foi tomada como referencial teórico as aulas ministradas pelo professor de Química das turmas em questão. O método de ensino-aprendizagem utilizado neste trabalho teve como prioridade a experimentação em laboratórios que foram capazes de desenvolver nos alunos novas habilidades e competências, estimulou a imaginação, a curiosidade dos mesmos e fortaleceu o processo de construção do conhecimento (SOUSA; LIMA, 2012). Sendo este desenvolvido no IFPB junto com o professor da disciplina de Química das turmas do 1º e 2º ano do curso técnico de Contabilidade, que atendem aproximadamente 40 (quarenta) alunos.

Inicialmente, foram realizadas reuniões com o docente responsável pela disciplina da turma em questão, a fim de desenvolver uma parceria com o professor e colocar em prática as atividades propostas. E para a realização das atividades práticas sem recompensa, foram separados os alunos interessados nas aulas no laboratório, as quais ocorreriam em momentos opostos ao horário letivo e com experimentos voltados ao assunto que o professor da disciplina estará trabalhando ou que já foi trabalhado. Posteriormente, foi aplicado um questionário avaliativo como pré-teste e pós-teste das aulas experimentais. Com isso, através dos questionários, identificamos se as propostas de cunho educacionais de experimentos contribuíram para o ensino-aprendizagem dos estudantes. RESULTADOS E DISCUSSÕES No decorre do projeto, houve uma rejeição pela maioria dos alunos a aulas em laboratórios, em horários opostos das aulas letivas. Essa negação as aulas experimentais são impulsionadas pela desmotivação e falta de interesse do alunado na disciplina trabalhada em questão, quando não é fornecida nenhuma gratificação a eles, como pontos extras. Tal fato pode ser confirmado na teoria de Skinner da abordagem comportamental. Segundo Skinner, existe um tipo de comportamento que é o respondente, quando estimulamos ( condicionamos ) uma pessoa a fazer algo em troca de uma recompensa ( reforço ) no final e ao tirarmos tal recompensa desestimulamos ( extinção ) a pessoa a continuar a realização de tal ação. Logo, pelo fato das aulas em laboratórios não fornecerem nenhuma recompensa aos estudantes, como os pontos extras, não os motivam a frequentarem as práticas. Pode-se dizer ainda que essa rejeição por alguns estudantes beneficia os que querem realmente frequentaram as aulas em laboratórios para aprender e não por causa das recompensas, pois sabemos que os que vão apenas pelas gratificações são aqueles que bagunçam e não se interessam nenhum pouco em aprender o conteúdo, prejudicando os que estão presentes com o objetivo de adquirir conhecimentos a mais. A partir dos resultados dos questionários pré-testes e pós-testes, referente à aula sobre vidrarias de laboratório com a turma do 2º ano, são apresentados no gráfico 1 e 2, respectivamente. Com esses dados, averiguou-se que na primeira e segunda questão houve um aumento significativo na quantidade de acertos do pré-teste para o pós-teste, confirmando assim, a eficácia das aulas práticas para relacionar os nomes das vidrarias com as imagens respectivas e associar um

equipamento com a sua finalidade. Porém, na terceira questão, houve uma diminuição de acertos quando aplicado o pós-teste, mostrando que os alunos apresentam dificuldade mesmo com as aulas experimentais em associar várias vidrarias ao mesmo tempo com suas respectivas finalidades. Tal fato ocorre pelo défice de atenção dos estudantes em lerem e pensarem com cautela em cada alternativa, para assim associar corretamente cada equipamento do laboratório com sua finalidade, e não pela não eficácia das aulas prática, tendo em vista que quando se retrata apenas de um equipamento eles conseguem transmitir corretamente o nome e a finalidade. Gráfico 1. Resultados do questionário pré-teste Gráfico 2. Resultados do questionário pós-teste. Partindo dos dados obtidos nos questionários pré-teste e pós-testes, com a turma do 1º ano, referente ao conteúdo de substâncias, mistura e separação de misturas, encontrados nas tabelas abaixo. Com isso, averiguou-se que as aulas experimentais facilitaram o aprendizado dos alunos

referente a tal assunto. Porém, a partir dos resultados obtidos na questão 4, percebeu-se que os alunos apresentam uma grande dificuldade em assimilar o conhecimento de separação de mistura com as atividades do cotidiano. Por exemplo, eles não conseguiram fazer uma assimilação do coar suco de laranja com a filtração, preparação de cafezinho de café solúvel com a solubilidade e a preparação do chá de saquinho com a extração. Quantidade de 7 Alunos Alunos Respostas Tabela 2. Resultados do questionário pós-teste. Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Certas 100 100 100 0 Erradas 0 0 0 100 Quantidad e de Alunos 7 Alunos De acordo com as informações obtidas nos questionários pré-testes e pós-testes, com a turma do 2º ano, referente ao conteúdo ácido-base, encontradas nas tabelas abaixo. Com isso, constatouse que as aulas experimentais facilitaram o aprendizado dos alunos referente a tal assunto e com a assimilação desse conteúdo com o cotidiano, este último pode-se ser averiguado no resultado obtido na questão 3. Respostas Tabela 1. Resultados do questionário pré-teste. Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Certas 71,4 85,7 14,3 14,3 Erradas 28,6 14,3 85,7 85,7 Gráfico 3. Resultados dos questionários pré-teste.

Gráfico 4. Resultados dos questionários pós-teste. CONCLUSÃO A partir de estudos realizados, pôde-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender conteúdo das ciências exatas, principalmente Química, pode ser superada e/ou minimizada através da utilização de aulas experimentais, que o auxilia na compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no cotidiano, já que proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Quanto ao professor, desenvolver atividades práticas em sala de aula estará colaborando para que o aluno consiga observar o conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o que o incentiva a uma aprendizagem significativa e, portanto, duradoura, além do mais o professor tem que ser muito dinâmico, para chamar atenção dos alunos no mundo de hoje, que é difícil, pois os alunos se interessam mais por novidades, principalmente com o avanço da era tecnológica, que se avança muito rápido, e sempre trazendo algo novo que seja, para os estudos como também para entreter as pessoas, de forma geral. Pode-se notar que os processos de ensino/aprendizagem de química nas salas de aula ainda não estão muito compatíveis com as necessidades dos alunos e com os preceitos que levam a uma significativa aprendizagem. Com isso, os alunos que tiveram essa experiência em participar das aulas práticas puderam assimilar melhor os assuntos, vendo em tempo real o que acontece com

algumas práticas químicas realizadas, foi visto o interesse destes pela aula, principalmente na hora deles participarem dos experimentos, e que essas práticas são sempre explicadas pelo professor em sala e sempre ligadas a temas do cotidiano. Assim trazendo ao aluno o interesse pela matéria, como também, chega a desenvolver a criatividade dos alunos, estimulando-os para estudarem mais sobre o conteúdo abordado e visto na pratica, assim mostrando que vai além de uma simples aula, possibilitando o aluno a pensar, interpretar e entender o que realmente acontece na teoria, através da investigação, vivenciação e experimentação, chegando a atrair a atenção desse alunado para uma aprendizagem ativa. Conclui-se que os experimentos são eficazes quando pode ser apresentado um determinado conteúdo, já quem tem conteúdos que só podem ser abordados a teorias vistas em sala, e que muito vem dá didática utilizada pelo professor em sala para chamar atenção do alunado. REFERENCIA ALVES, W. F. A formação de professores e as teorias do saber docente: contexto, dúvidas e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33. n. 2. p. 263-280. maio/ago. 2007 AMARAL, L. Trabalhos práticos de química. São Paulo, 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000. MARCONI, M. de A. e LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. RUSSELL, J.B. Química Geral. 2. ed. São Paulo, 1994. QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004 SCHWAHN, M. C. A., OAIGEN, E. R., Objetivos para o uso da experimentação no ensino de química: A visão de um grupo de licenciandos. SKINNER, B. F. (1984). Selection by consequences. Behavioral and Brain Sciences, 7, 477-481. doi:10.1017/s0140525x0002673x<http://journals.cambridge.org/action/displayabstract? frompage=online&aid=6715296&fileid=s0140525x0002673x>. Acesso em:14 jul.2016.