I N F O R M AT I VO E S P E C I A L n º 1 8 3 º T R I M E S T R E D E 2 0 1 4
Tempo de mudanças Com a definição do quadro sucessório que mobilizou o País e afetou a atividade econômica no período, o segmento de turismo aguarda com grande expectativa as mudanças que deverão vir para estimular o setor que ainda vive a ressaca da Copa. Mudança, aliás, foi palavra exaustivamente repetida pelos então candidatos à Presidência. E é isso que desejamos nesse momento, a começar pela promoção do Brasil no Exterior, com um novo modelo mais eficaz e que de fato promova os vários destinos do País. É hora de se investir no mercado internacional para que o País possa aproveitar a percepção positiva dos turistas após a Copa, sem esquecer da promoção no mercado doméstico. Uma boa medida para o fortalecimento da nossa atividade seria a manutenção do atual ministro Vinícius Lages, cujo comprometimento com o avanço do turismo é nítido. É um técnico muito bem-avaliado e conhecedor das nossas demandas. A Resorts Brasil já se posicionou, ao lado de outras entidades, em favor da permanência de Lages a partir de uma carta de apoio enviada ao presidente do Senado e ao Vice-Presidente da República. O cenário nacional aponta para uma atitude de cautela, diz o estudo do SENAC realizado para este boletim. A análise enfatiza alguns dos vários pontos que deverão levar o segmento de resorts a uma situação de alerta, como, por exemplo, a dificuldade no controle da inflação, a possibilidade do aumento dos custos da folha de pagamento e a escassez de feriados no segundo semestre, entre outros pontos relevantes. Em novembro, a entidade realizará o I Encontro de Competitividade que certamente contribuirá para um 2015 melhor para os resorts. Luiz Daniel Guijarro Presidente
ESPAÇO SENAC Um dos pontos críticos na gestão dos meios de hospedagem, em épocas de baixo crescimento econômico que tende a gerar menor intenção de gastos pela demanda, é a estratégia de comercialização e distribuição das vendas. O processo deve ser claro para quem os opera. Caso se opte pela política de economia de escala, a prioridade se dará pela otimização do volume de vendas, pois o lucro virá desse montante. Nesse caso, a prioridade sobre os custos é fundamental. Normalmente, políticas que priorizam o máximo uso da capacidade hoteleira, aliado à administração austera de custos, costumam ser bem-sucedidas. A economia de escala atende o cliente básico, que não exige um tratamento demasiadamente diferenciado. No entanto, deve-se atentar para o fato de esse cliente possuir uma sensibilidade sobre a alteração de preços bastante aguçada. Pequenos descontos são levados em consideração na hora da compra. Esse tipo de cliente cada vez mais faz a opção pela compra on-line, seja por meio das OnLine Travel Agencies- OTA s, seja pelos meta sites e agregados. No caso da opção pela política denominada de valor agregado, o ganho costuma vir da margem de lucro da venda unitária. Nesse caso, o serviço é diferenciado e o cliente possui necessidades únicas. O oferecimento de um produto distinto aos demais é de fundamental importância. Em geral, as taxas de ocupação perdem prioridade perante a melhora da diária média, da receita média, do RevPar e do TrevPar. O TrevPar é especialmente valorizado, já que as receitas podem vir de inúmeros serviços agregados, que não os gerados somente pelos pernoites. O ponto essencial é fazer o cliente compreender que está consumindo um produto diferenciado e que, por consequência, tem também um custo diferenciado. Esses clientes, em sua maioria, são menos sensíveis aos preços, o que faz os resorts que operam com esse conceito serem menos sensíveis às alterações do cenário econômico do momento. As políticas de revenue management são mais eficazes em mercado com alta taxa de ocupação anual, mas assim mesmo são passíveis de serem aplicadas nos dois tipos de conceitos acima, mesmo que a ocupação anual não seja elevada. Investir na capacitação adequada dos colaboradores da área de distribuição e promoção de vendas é investir no próprio futuro do negócio de resorts. Gastos com capacitação costumam ser investimentos duradouros.
CENÁRIO A economia global não apresentou alterações significativas das informadas no boletim do segundo semestre. As economias maduras mostraram relativa melhora de desempenho, mas sem repor as perdas ocorridas em períodos anteriores. Tal cenário pode causar efeitos diferenciados: se de um lado pode conter os investimentos em novos negócios dada a fraca recuperação do mercado, do outro pode apresentar oportunidades de exploração de novos mercados às empresas que possuem políticas de investimento mais agressivas. As economias emergentes tendem ao aumento do ritmo inflacionário, gerando risco de crescimento econômico abaixo da média registrada nos últimos anos. Caso típico é o da China, cujo PIB deve crescer em torno de 7,4%, segundo prevê o Banco Mundial. Esse valor é significativo, mas abaixo das taxas obtidas em anos anteriores. Os reflexos desse cenário poderão ser sentidos nos resorts brasileiros, gerando maior dificuldade em captar demandas internacionais, tendo em vista a contenção dos gastos por parte da demanda turística global. Por outro lado, a maior visibilidade do país no cenário global e a boa impressão deixada pela realização da Copa do Mundo de Futebol Fifa devem ser o contraponto ao fato anteriormente exposto. O resultado dessa visibilidade deverá ser sentido a partir do primeiro trimestre de 2015, ao se observar o aumento, ou não, de participação do turista estrangeiro no mix de segmentos do setor. O cenário nacional aponta para a atitude de cautela. A reeleição do atual governo se deu com margem pequena de votos, dando o indicativo de que governo federal deverá gerenciar o processo político com forte oposição. Tal cenário sempre gera certo incômodo ao mercado, que deverá levar um tempo para se acomodar. O apontamento para o mercado, de forma clara, sobre qual a direção que a política econômica deverá tomar, é condição sine qua non para essa acomodação dos agentes financeiros. O crescimento econômico esperado pelo empresariado, segundo o Boletim Focus de 31/10/2014, é de apenas 0,24%, e o ritmo inflacionário é objeto de atenção: a inflação esperada é de 6,38%, muito próxima ao teto da meta do governo federal. A resistência inflacionária levou o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a elevar a taxa Selic em 0,25%, alçando-a a 11,25% ao ano, gerando certa surpresa no mercado. Esse aumento deve se refletir na contenção dos créditos no médio prazo. Na gestão cotidiana dos resorts, os reflexos deverão ser sentidos no aumento dos gastos com serviços controlados e monitorados, como combustível, gás, energia elétrica e demais serviços básicos, que devem sofrer aumento percentual de dois dígitos nos próximos meses. O item alimentos e bebidas tem mostrado comportamento estável, ao recuar aos valores médios dos demais itens medidos na composição da cesta do IPCA-15. Esse item, de forma global, recuou até julho de 2014, -1,7%, em relação aos 12 meses anteriores, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO. O risco nas negociações de acordos coletivos que gerem aumentos salariais incompatíveis com o cenário econômico nacional que se apresenta no médio prazo permanece e serve como alerta para os empreendedores do setor de resorts. Recomenda-se também extrema cautela nos gastos cotidianos e a venda focada no melhor custobenefício para a empresa. Tais atitudes são fundamentais para a travessia de um período de incertezas, que deverá pairar no mercado até o primeiro trimestre de 2015.
DESEMPENHO GERAL TAXA DE OCUPAÇÃO A taxa de ocupação do terceiro trimestre de 2014 teve oscilações importantes. O mês de julho foi especialmente afetado, com recuo de -16,1%. Nesse mês específico ao contrário do mês antecessor (julho/2014), as demandas internacionais geradas pelo evento Copa do Mundo não supriram a ausência do consumidor doméstico, que se retraiu, esperando alto custo das diárias (um aumento que, na realidade, não se sucedeu). O mês de agosto/2014 apresentou leve recuperação de 1,9%. Setembro/2014 gerou um valor mais substancial, com elevação de 4,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas não foi suficiente para repor a baixa ocupação de julho/2014. Assim, o terceiro trimestre do ano encerrou com um recuo da taxa de ocupação trimestral de -3,3% em relação ao mesmo período de 2013. A antecipação dos eventos corporativos segmento que hoje tem significativa representação no mix de segmentos do setor foi um dos fatores motivadores da queda de desempenho. A não incidência de nenhum feriado prolongado durante o período de agosto e setembro também deixou forte contributo para que o quadro não mostrasse uma evolução significativa. Na mesma medida, a taxa de ocupação do quarto trimestre do ano não deverá apresentar significativa melhora, tendo em vista que a baixa incidência de feriados prolongados deverá persistir. A exceção é o feriado da Consciência Negra, que deverá ocorrer em várias localidades que são tradicionais geradoras de demanda para os resorts. Por outro lado, o segmento de viagens corporativas segue na expectativa das novas políticas econômicas a serem adotadas pelo governo reeleito. Assim, a cautela desse segmento se reflete em um menor número de viagens corporativas até que se defina tal quadro. A figura 1 mostra o comparativo do período analisado, no que tange à taxa de ocupação. Figura 1 Desempenho geral taxa de ocupação no 3º trimestre 2013/2014
A figura 2 mostra a variação mensal de desempenho, onde se pode observar que, embora a queda trimestral foi de -3,3%, a tendência linear linha verde pontilhada é de melhora gradativa. Tal fato se deve mais ao fraco desempenho de julho/2014, do que uma possível recuperação acima da média, em agosto/2014 e setembro/2014. Figura 2 Variação e tendência linear taxa de ocupação no 3º trimestre 2013/2014 Ressalte-se que a tendência linear não deve ser entendida como uma projeção. O item é um comparativo de desempenho a ser aplicado em trimestres semelhantes e indica quais meses podem ter sido os maiores influenciadores do desempenho geral do período. A tendência linear mostra probabilidade de melhora desse item no curto prazo, ou seja, no quarto trimestre/2014.
Receita média A receita média teve comportamento diferenciado em relação à taxa de ocupação. Em julho/2014, se manteve estável em relação ao período anterior, resultando em leve alta de 0,2%. Agosto/2014 gerou expressiva alta de 5,2% e que foi contrabalanceada pela queda de -4,2% em setembro/2014. O resultado do crescimento nominal do índice ficou estável, com leve elevação de 0,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, ao se aplicar os fatores indexadores dos respectivos meses o IPCA 15, a resultante foi uma queda na receita média real de -6,4%. Mesmo com esse cenário, ressalte-se que os valores acima da expectativa obtidos no segundo trimestre de 2014 mantêm o desempenho geral do ano superior a 2013. O resultado da receita média, analisado de forma isolada, não causou significativa afetação nos dados acumulados anuais. Entretanto, pelo motivo de ausência de feriados prolongados, a receita média pode ser afetada mais agressivamente no quarto trimestre do ano. Some-se a esse cenário a questão de o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ainda se manter em níveis baixos, gerando uma propensão a conter gastos, devido às incertezas do cenário político-econômico. O restabelecimento da confiança do consumidor e a melhora das intenções de gastos com as viagens nacionais podem afetar, de forma positiva, os dados. Algumas regiões podem ter os dados de receita média melhorados, devido à maior visibilidade no contexto internacional, proporcionada pela Copa do Mundo, notadamente na região Norte e faixa litorânea do Nordeste do país. Outro fator que pode motivar a maior presença de turistas estrangeiros é o da desvalorização do real, tornando os pacotes dos resorts brasileiros mais competitivos no contexto de seus principais concorrentes de fim de ano: Caribe e Flórida. A figura 3 mostra o comparativo entre os terceiros trimestres de 2013 e 2014. Figura 3 Desempenho geral receita média sem indexação no 2º trimestre 2013/2014
A figura 4 mostra a variação mensal de desempenho desse item e sua tendência linear. Figura 4 Variação e tendência linear receita média no 3º trimestre 2013/2014 A tendência linear de desempenho é de queda em relação ao mesmo período do ano anterior e, caso algum fator setorial ou macro ambiental favorável não ocorra, a probabilidade de os valores do quarto trimestre tende a ser menos expressiva do que o mesmo período do ano de 2013.
TrevPar O TrevPar do terceiro trimestre foi o índice mais preocupante, no sentido de refletir o cenário final do cruzamento de dados entre taxa de ocupação e receita média. O desempenho trimestral do crescimento nominal foi de -3,2%, sem a aplicação do fator indexador. O índice apresentou forte oscilação, com queda de -15,9% em julho/2014 e crescimento de 7,1% em agosto/2014, para cair levemente em setembro/2014, em -0,8%. Aplicando-se o fator indexador, o resultado da queda real trimestral foi de -9,5%, com destaque para a queda real em julho/2014 de -21,4%. O desempenho abaixo da média desse mês, em específico, influenciou o resultado trimestral, podendo, eventualmente, gerar impacto negativo nos valores finais do ano. O desempenho esperado para o quarto trimestre é de ligeira queda em relação ao ano anterior. As vendas dos pacotes de fim de ano seguem em níveis abaixo do registrado em 2013. Contribui para esse cenário o fato de as agências de turismo emissivo parcelarem as vendas dos pacotes para destinos internacionais em 12 ou mais vezes, pelo cartão de crédito. O período exigirá esforço extra das equipes de distribuição de vendas, que deverão buscar alternativas para a captação da demanda. Não deve ser descartada a hipótese de se captar eventos corporativos, mesmo em período de alta temporada, a fim de se distribuir de forma mais ampla os gastos fixos originários da operação cotidiana dos resorts. Os gastos fixos dos resorts, historicamente, são mais elevados que os das outras tipologias de meios de hospedagem, e seu rateio por um universo maior tende a causar impactos positivos mais efetivos. A partir de dezembro/2014 devem se iniciar os voos comerciais regulares das companhias aéreas Azul (AD) e American Airlines (AA), destino EUA, a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos (VCP). Esse fato deverá facilitar o deslocamento, para o exterior, por parte de uma significativa parcela de clientes residentes no interior do Estado de São Paulo, podendo, enventualmente, interferir de modo negativo na efetivação de vendas de fim de ano. Os pontos-chave são: cautela nos gastos, uso da criatividade nas vendas e prática do revenue management eficiente. A figura 5 mostra o comparativo de desempenho entre os dois períodos de 2013 e 2014. Figura 5 Desempenho geral TrevPar sem indexação no 2º trimestre 2013/2014
A variação e a tendência linear indicam forte oscilação do desempenho, mas também mostram uma recuperação moderada nos meses de agosto/2014 e setembro/2014, contrapondo aos dados negativos de julho/2014. Mesmo assim, devido às questões conjunturais da demanda doméstica, a probabilidade de o quatro trimestre ter desempenho superior ao ano anterior é pequena. Figura 4 Variação e tendência linear TrevPar no 3º trimestre 2013/2014 A tendência linear é apenas um indicativo do possível comportamento de consumo, e deve ser considerada, ponderando tanto o macroambiente do mercado quanto os fatores setoriais da área de turismo. No caso do terceiro trimestre de 2014, como julho/2014, ele gerou um desempenho abaixo do esperado e seus dados influenciaram todo o trimestre.
DESEMPENHO POR AMBIENTE Receita média e taxa de ocupação por ambiente A taxa de ocupação e a receita média por ambiente apresentaram, de forma geral, oscilação dentro da média esperada. Agosto/2014 e setembro/2014 foram satisfatórios, mas o fraco desempenho de julho/2014 se reflete nos dois ambientes, como poderá ser observado. Nos resorts de praia, destacam-se o fraco desempenho da taxa de ocupação de julho/2014 (- 18,2%) e a queda da receita média em setembro/2014 (-10,9%). Nessa tipologia de ambiente, o desempenho mais satisfatório foi o de agosto, com melhora da taxa de ocupação em 6,1% e da receita média em 1,8%. Essa tipologia foi a que sofreu maior influência do efeito de curto prazo do pós-copa do Mundo já que, em boa parte, estão situados próximos às cidades-sede. No caso dos resorts localizados no campo, as oscilações foram de menor monta. Os destaques foram a queda da taxa de ocupação em setembro/2014 (-10,9%), mas que foi compensada pela melhora da diária média em 10,6%, mantendo o desempenho estável. O mês de melhor desempenho foi o de agosto/2014, com crescimento da taxa de ocupação em 15,4% e da receita média em 5,2%. A figura 7 mostra o desempenho. Figura 7 Receita média e taxa de ocupação por ambiente no 3º trimestre 2013/2014
TrevPar por ambiente Como resultado final, o TrevPar por ambiente oscilou nas duas categorias. Nos resorts de praia, o fraco desempenho de julho/2014 foi mais sentido (-17,4%), sendo o principal contribuinte para que o desempenho trimestral nesse item fosse - 4,8% inferior ao mesmo trimestre do ano anterior. O maior espectro de oscilação apresentado durante o período foi de R$ 142,00 (R$ 382,00 e R$ 240,00). Figura 8 TrevPar por ambiente praia no 3º trimestre 2013/2014 Fonte: pesquisa direta Antonio Carlos Bonfato/ Centro Universitário Senac e Resorts Brasil. De forma geral, os resorts localizados no campo foram menos afetados pelas oscilações da demanda. Os bons desempenhos de agosto/2014 e setembro/2014, com crescimento de 10,5% e 10,2%, respectivamente, tiveram forte influência para que o desempenho geral do trimestre fosse 6,4% superior ao ano de 2013. O maior espectro de oscilação apresentado durante o período foi de R$ 117,00 (R$ 382,00 e R$ 265,00). Figura 9 TrevPar por ambiente campo no 3º trimestre 2013/2014 Fonte: pesquisa direta Antonio Carlos Bonfato/ Centro Universitário Senac e Resorts Brasil.
Analisando-se o desempenho geral do TrevPar por ambiente, nota-se a mesma tendência já observada em outros períodos. O desempenho dos resorts localizados no campo tende a ser mais estável em relação aos resorts de praia. Nesse terceiro trimestre, esse fato também se confirma. A oscilação dos resorts de campo foi 17,6% menor em relação aos resorts de praia. No entanto, é importante ressaltar que, embora os resorts de campo oscilem menos, a maior oscilação dos resorts de praia aponta que esses resorts estão mais propensos a terem uma alavancagem grande em determinados momentos. Se, por um lado, a oscilação menor dos resorts de campo possibilita uma maior previsibilidade de desempenho, facilitando o forecast, por outro lado, os resorts de praia estão propensos a gerar alavancagem financeira mais forte em períodos específicos, resultando em picos de receitas extremamente elevados. A figura 10 aponta essas características intrínsecas aos dois ambientes, bem como mostra o desempenho mensal de cada um deles, em relação ao seu grupo, no ano anterior. Figura 10 Desempenho mensal do TrevPar por ambiente no 3º trimestre 2013/2014
DESEMPENHO POR TIPO DE PENSÃO Receita média e taxa de ocupação por tipo de pensão As taxas de ocupação e as receitas médias, quando divididas por tipo de pensão praticada, apresentaram resultados e comportamentos diferenciados. Os resorts que operam no sistema all inclusive oscilaram de maneira forte. Assim como na análise por tipo de ambiente, o destaque negativo foi o fraco desempenho do mês de julho/2014 com significativa queda de - 20,3% na taxa de ocupação e de -4,7% na receita média. No entanto, agosto/2014 e setembro/2014 apresentaram melhora significativa da taxa de ocupação (18,8% e 10,9%, respectivamente). Esses ganhos foram em parte anulados pelo desempenho da receita média de setembro/2014, que decresceu em -19,9%. Os resorts que operam outros tipos de pensão oscilaram menos e os destaques foram a queda de ocupação em setembro/2014 de -13,1% e a estabilidade das receitas médias, que variaram pouco em relação ao ano anterior, com crescimento positivo em todo o período (2,6%; 1,4% e 0,4%, respectivamente). A figura 11 mostra o desempenho de ambas as tipologias de pensão: Figura 11 Receita média e taxa de ocupação por tipo de pensão no 3º trimestre 2013/2014
TrevPar por tipo de pensão Quando se analisa o TrevPar de forma separada, nota-se a maior oscilação dos resorts que operam no sistema all inclusive. O fraco desempenho de julho/2014, que apresentou queda significativa de -23,9%, foi parcialmente reposto pelo destacável desempenho de agosto/2014, com crescimento forte de 26,1%. No entanto, nova queda em setembro/2014 (-11,2%) acabou por fechar o período em queda, com o terceiro trimestre apresentando desempenho de -3,0% inferior ao mesmo período do ano anterior. O maior espectro de oscilação apresentado durante o período foi de R$ 138,00 (R$ 368,00 e R$ 230,00). A figura 12 mostra o desempenho do TrevPar nos dois tipos de pensão analisados. Figura 12 TrevPar por tipo de pensão All Inclusive no 3º trimestre 2013/2014 Fonte: pesquisa direta Antonio Carlos Bonfato/ Centro Universitário Senac e Resorts Brasil. Na análise do TrevPar dos resorts que operam outros tipos de pensão, observa-se uma menor oscilação dos dados analisados. O desempenho negativo de julho/2014 (-7,4%) foi parcialmente compensado pelos saldos positivos nos meses de agosto/2014 e setembro/2014, com melhora em 2,3% e 2,4%, respectivamente. Assim, o saldo final do terceiro trimestre apresentou ligeira queda da ordem de 0,9% em relação ao terceiro trimestre de 2013. O maior espectro de oscilação apresentado durante o período foi de R$ 119,00 (R$ 386,00 e R$ 267,00). A figura 13 mostra os valores mensais. Figura 13 TrevPar por tipo de pensão Outros no 3º trimestre 2013/2014 Fonte: pesquisa direta Antonio Carlos Bonfato/ Centro Universitário Senac e Resorts Brasil.
A oscilação dos resorts que operam outros tipos de pensão foi 13,8% menor do que os all inclusive. Assim, o comportamento dos resorts que operam no sistema all inclusive se assemelha aos resorts localizados no ambiente de praia: oscilam de maneira mais forte e tendem a ter alavancagens financeiras maiores em determinados períodos, bem como tendem a apresentar desempenhos abaixo da média mais expressivos, em épocas de baixa temporada. Também à semelhança dos resorts localizados em ambiente de campo, os resorts que operam outros tipos de pensão tendem a gerar números mais estáveis, fato que auxilia no planejamento das vendas, de forma mais precisa. No entanto, é importante ressaltar que a demanda doméstica tem como característica o comportamento de efetivar suas compras de pacotes de maneira menos antecipada do que a demanda estrangeira. Desse modo, o fato de a demanda doméstica ser, hoje, o principal consumidor dos resorts nacionais acaba por gerar oscilações de venda mais acentuadas nos resorts all inclusive. Essa característica comportamental pode também ocasionalmente incidir em outras tipologias de pensão. A figura 14 reflete esse comportamento. Figura 14 Desempenho mensal do TrevPar por ambiente no 3º trimestre 2013/2014
GLOSSÁRIO GLOSSÁRIO RESORTS BRASIL EM PERSPECTIVA Crescimento/queda nominal: crescimento bruto de receitas, sem se considerar o fator inflacionário do período de geração dos dados analisados. Crescimento/queda real: crescimento já descontada a inflação do período, por meio da aplicação de um fator indexador. No caso do informativo, usa-se o IPCA-15, índice oficial do Banco Central do Brasil. Receita média: valor agregado das receitas de determinado período, divididas pelas unidades habitacionais vendidas no mesmo período. Tendência linear: tendência de comportamento, para cima ou para baixo, dos índices comparados e analisados no decorrer do trimestre.
Expediente EXPEDIENTE RESORTS BRASIL Diretoria: Diretor Presidente: Luiz Daniel Guijarro Diretor Financeiro: Sergio Souza Diretor Marketing & Comunicações: Rafael Pires Diretor Relações Internacionais: João Carlos Pollak Diretor Regional Sudeste: Wellington Estruquel Diretor Regional Norte e Centro Oeste: Thais Berbert Diretor Regional Nordeste: Luigi Rotunno Diretor Regional Sul: Alberto Cestrone Suplente: Ivan Dias Diretor Executivo: Ricardo Domingues Assistente de Diretoria: Tatiane Moreno EXPEDIENTE SENAC/SP Presidente do Senac São Paulo: Abram Szajman Diretor Regional do Senac São Paulo: Luiz Francisco A. Salgado Superintendente Universitário e de Desenvolvimento: Luiz Carlos Dourado Reitor: Sidney Zaganin Latorre Diretor de Graduação: Eduardo Mazzaferro Ehlers Diretor de Pós-graduação e Extensão: Daniel Garcia Correa Diretor Administrativo: Esmeraldo Batista de Oliveira Diretora de Relacionamento e Serviços ao Aluno: Maria Stela Reis Crotti Diretora Centro Universitário Senac Águas de São Pedro: Cícera Carla Bezerra da Silva Diretora do Centro Universitário Senac Campos do Jordão: Camila Fernanda Barboza e Moraes Coordenador do Centro de Estudos Aplicados: Leandro Mastropasqua PROJETO RESORTS BRASIL EM PERSPECTIVA Área de Hospitalidade do Centro de Estudos Aplicados: Maristela de Souza Goto Sugiyama Coordenadores do Projeto: Antonio Carlos Bonfato e Márcia Akemi Takahashi Baltieri Apoio Técnico: Karin Aki Yaegashi
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