2 Luiz Gonzaga Pinheiro Solicite nosso catálogo completo, com mais de 300 títulos, onde você encontra as melhores opções do bom livro espírita: literatura infantojuvenil, contos, obras biográficas e de autoajuda, mensagens espirituais, romances palpitantes, estudos doutrinários, obras básicas de Allan Kardec, e mais os esclarecedores cursos e estudos para aplicação no centro espírita iniciação, mediunidade, reuniões mediúnicas, oratória, desobsessão, fluidos e passes. E caso não encontre os nossos livros na livraria de sua preferência, solicite o endereço de nosso distribuidor mais próximo de você. Edição e distribuição Editora EME Caixa Postal 1820 CEP 13360 000 Capivari SP Telefones: (19) 3491 7000/3491 5449 vendas@editoraeme.com.br www.editoraeme.com.br
mensagens de espiritualidade Capivari-SP 2013
4 Luiz Gonzaga Pinheiro 2013 Luiz Gonzaga Pinheiro Os direitos autorais desta obra são de exclusividade do autor. A Editora EME mantém o Centro Espírita Mensagem de Esperança, colabora na manutenção da Comunidade Psicossomática Nova Consciência (clínica masculina para tratamento da dependência química), e patrocina, junto com outras empresas, a Central de Educação e Atendimento da Criança (Casa da Criança), em Capivari-SP. 1ª edição maio/2013 3.000 exemplares Capa André Stenico DIAGRAMAÇÃO Victor Augusto Benatti Revisão Maria Izabel Braghero de Camargo Ficha catalográfica elaborada na editora Pinheiro, Luiz Gonzaga, 1948- Aconchego Mensagens de Espiritualidade / Luiz Gonzaga Pinheiro. 1ª ed. mai. 2013 Capivari, SP : Editora EME. 168 p. ISBN 978-85-66805-03-1 1. Espiritismo. 2. Textos espiritualistas. 3. Reflexões morais. I. Título. CDD 133.9
Aconchego Mensagens de espiritualidade 5 Sumário Introdução...9 A alegria de Jesus...13 A fé e as montanhas...15 O direito e a justiça...17 A poesia suave de Jesus...19 Aconchego...21 Adeus...23 Anjo na Terra...25 Bezerra e Chico...29 Aos que buscam o centro espírita...31 Aprendizagem...35 Armas invencíveis...37 Caminhar...39 Certezas...41 Céu e mar...45 Coisas que aprendi com a vida...47 Conselhos e lembretes úteis em um centro espírita...49 Em louvor à ciência...51
6 Luiz Gonzaga Pinheiro Em oração...55 Endeusamento...57 Escola vida...59 Esquecimento...63 Flores...67 Fragmentos I...69 Fragmentos II...73 Francisco...77 Frases sobre a vida...79 Frases soltas...81 Guerreiros...83 Índios...85 Janelas...87 Jeito de criança...91 Liberdade...93 O amor...95 O aprendiz de escritor...97 O caçador de frases...101 O homem racional...105 O perispírito e suas modelações...107 O que é o amor?...111 O trabalho espiritual...113 Os corpos e o tango...115 Parceria...117 Parentescos...119 Passeio sob as estrelas...121 Ponto de exclamação...123 Recomendações sobre o passe...125
Aconchego Mensagens de espiritualidade 7 Reminiscências...127 Sabor e saber...129 Saudade...133 Singeleza...135 Sobre caminhos e caminhantes...139 Sobre deuses e mendigos...141 Sonho de aluno...145 Substituindo velhas frases...147 Talvez...151 Trilhas divinas...153 Um grande amor...155 Um jardim para um velho amigo...157 Urgência...159 Velhas rimas...161 Verdades práticas...163 Conclusão...165
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Aconchego Mensagens de espiritualidade 9 Introdução Quem lê a obra de Kardec, notadamente, a Revista Espírita, pode sentir a beleza e a leveza dos sentimentos que transbordam através das palavras escritas por poetas, filósofos, religiosos e homens comuns. Ali a poesia desliza suave escorrendo do mundo espiritual através de inúmeros representantes dessa arte milenar, suavizando impactos tais como a morte, a dor, o sofrimento e o desencanto. O papel da poesia é realçar a beleza mostrando-a onde muitos não a enxergam; revelar o lado iluminado que cada instante e gesto possui. Por isso ela jamais poderia estar ausente da codificação. Aqui no Brasil, Chico Xavier começou sua missão mediúnica editando o Parnaso de Além-Túmulo. Autores como Auta de Sousa, Cruz e Sousa, Antero de Quental, Augusto dos Anjos, Casimiro Cunha, Castro Alves, dentre outros,
10 Luiz Gonzaga Pinheiro deixaram seus testemunhos sobre a imortalidade, não apenas suas vidas, mas, sobretudo, na sua arte. Augusto dos Anjos, dificílimo de ser imitado, deixou em seis versos apenas o resumo da saga do princípio inteligente na construção do seu corpo astral e da sua humanização, o que este autor que vos escreve gastou dez anos e duzentas páginas para explicar no livro O perispírito e suas modelações. Vejamos esta façanha bela e culta, grafada no poema Vozes de uma sombra: Donde venho? De eras remotís simas; das substâncias elementaríssimas; emergindo das cósmicas matérias. Venho dos invisíveis protozoários; da confusão dos seres embrionários; das células primevas, das bactérias. Auta de Sousa, que desencarnou com apenas 24 anos de idade, ao psicografar através de Chico Xavier, o soneto Nossa Senhora da Amargura, chorou durante toda a escrita, no que Chico comentou: não sei se eu chorava pelos olhos dela ou se ela chorava pelos meus olhos. Castro Alves, coincidentemente morto aos 24 anos, também deixou no Parnaso a sua marca inconfundível: Oh! Bendito o que semeia livros. Livros à mão cheia, e manda o povo pensar. O livro, caindo n alma, é germe que faz a palma, é chuva que faz o mar!. Reportando-se à reencarnação, em outra ocasião escreveu com sua pena imortal a belíssima estrofe: Há mistérios peregrinos, no mistério dos destinos, que nos mandam
Aconchego Mensagens de espiritualidade 11 renascer. Da luz do Criador nascemos, múltiplas vidas vivemos, para à mesma luz volver. A poesia ou os textos poetizados têm, portanto, extremado valor na divulgação doutrinária, pois atingem os leitores naquilo em que têm de melhor, seus sentimentos. Ao adocicar o tema, envolvê-lo com o veludo da emoção positiva, a poesia retira dele a possível aridez e a suposta aresta que podem entravar o gargalo da confiança, pois se é verdade que alguns se rendem sem resistência à beleza, outros exigem largas provas e perquirições antes de se darem por satisfeitos. Todavia, estes últimos, tocados no sentimento por uma descrição verdadeira e bela, afrouxam as rédeas do raciocínio e se entregam ao conjunto, do qual se enamoraram de pronto, guardando-o na memória como se guarda em cofre uma valiosa joia. Beleza nunca é demais. Jamais é supérflua ou desnecessária. Os textos deste livro foram escritos para o leitor que adota este pensamento como um lema de sua vida; que faz da beleza uma companhia para a existência inteira. Afinal, dizem os bons Espíritos. A vida a tudo encaminha para o bem e para o belo. Este é o destino de todos.
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Aconchego Mensagens de espiritualidade 13 A alegria de Jesus Ainda não entendi o motivo pelo qual os religiosos e as pessoas em geral se lembram mais da dor de Jesus crucificado do que da sua alegria, da sua poesia e da sua humanidade. Apesar de sentir a dor dos seus irmãos, Jesus sabia não haver injustiça na Lei. A Lei permite a intervenção da caridade. Ele viera também para ministrar aquele ensinamento. Alguns o mostram austero e tristonho como se um ser superior não pudesse sorrir, ser gentil e participar das alegrias mundanas. Seu primeiro milagre foi em um casamento. Aquele casal era realmente abençoado. Teve naquele dia uma festa material e outra espiritual, representada pela presença do Mestre, que começou seu apostolado entre cantos e risos. Jesus passou pela Terra, tão humano quanto qualquer um de nós. Suas emoções, sentimentos e desejos eram su
14 Luiz Gonzaga Pinheiro periores aos de qualquer habitante, mas mesmo assim ele procurava não demonstrar superioridade. Homem feito participava das conversas, das alegrias, do folclore do povo; comia e bebia na casa de quem o convidasse e aprendia com eles, pois até mesmo um sábio pode aprender com os mais simples. O Mestre era dotado de um bom humor espontâneo, próprio do espírito não preocupado com o proselitismo ou o fanatismo. Não ameaçava com o fogo do inferno, preferindo mostrar o bem, o belo, o infinito que deveríamos atingir. Dava especial atenção às crianças, às mulheres, aos enfermos, aos obsidiados, definindo-se claramente a favor dos mais sofridos. Sorria com os olhos, com os lábios, com as mãos, com o coração. Mas, às vezes, entristecia por causa da ignorância do mundo. Não me admiraria se dissessem que ele ria de piadas, apanhava flores, fazia poemas ou ficava longo tempo vendo o pôr do sol ou a lua cheia. Também não me espantaria se o retratassem mergulhando no mar ou brincando de lançar água ou areia sobre seus companheiros como fazem as crianças. Só não acreditaria se me dissessem que o viram agredir alguém ou maltratar a natureza. Porque maltratar já não fazia parte do seu coração generoso. Entre a cruz da paixão e a luz da ressurreição, lembremos do Jesus alegre, humano, divino, andarilho, luminoso, caridade em movimento e amor à flor da pele.