PRIME Uma Retrospectiva. Internacionalização do Calçado. Manuel Carlos. 4 de Fevereiro de 2010 Centro de Congressos de Lisboa

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Risco do país: C (AAA = risco menor; D = risco maior)

Transcrição:

PRIME Uma Retrospectiva 2000-2009 Internacionalização do Calçado Manuel Carlos 4 de Fevereiro de 2010 Centro de Congressos de Lisboa

PNDES Plano Estratégico Calçado 2010-02-04 2

PNDES Década anterior a 1998 O futuro Conjunto de incertezas 2010-02-04 3

Programa Operacional da Economia - POE Ano 2000 Deverá referir-se que o sector português do calçado regista a especialização mais elevada da Europa relativamente a todos os sectores e a todos os países, ou seja, este sector tem um peso relativo na estrutura produtiva portuguesa não comparável a nenhum outro em qualquer país da União Europeia. 2010-02-04 4

PNDES Plano Estratégico Calçado 2010-02-04 5

Plano Estratégico 1978 - Diagnóstico Um enredamento intersectorial que, nos inputs, permite um abastecimento irregular em qualidade, quantidade e preços, e que, nos outputs, sofre a irracionalidade de um mercado interno atomizado; uma concorrência não-salutar que resulta do predomínio de unidades de produção infradimensionadas, muitas das quais em regime préindustrial; uma gestão carecida de métodos e técnicas modernas, uma organização deficiente e, como efeito, uma produtividade relativamente baixa. Não é possível dizer, claramente, onde residem as causas e onde estão os efeitos num círculo que, parcialmente pelo menos, é vicioso e do qual o sector precisade sair por um esforço próprio e um substancial auxílio exógeno. 2010-02-04 6

Plano Estratégico 1983... posta a questão tecnológica em termos de futuro,... esboça-se uma profunda transformação das condições tecnológicas de produção. Segundo a Presidential Comission on Innovation (U.S.A.) o fim da década de 80 ficará assinalado pela automatização da indústria de calçado.... inovações já perfiladas no horizonte imediato, a saber: - A aplicação dos sistemas CAD...; - A aplicação do computador às operações de corte...; - A aplicação do computador às operações de costura, associado a técnicas de alta frequência; - A aplicação do sistema CAM (computer-aid-manufacturing) permitindo a automação da produção através da introdução da micro-electrónica; - A automação das operações de corte de couro através da associação de um mecanismo sensor (scanner) que avalia a peça de couro, localizando os defeitos,... e determina o corte que maximiza o rendimento da pele; -... 2010-02-04 7

Plano Estratégico Calçado 2000-2006 Visão:... fazer da indústria portuguesa do calçado a líder europeia do sector, assentando numa elite de empresas das mais modernas do mundo. Propostas: -Substituição dos apoios destinados à modernização das empresas pelo reforço dos apoios à internacionalização; -Forte investimento em I&DI: Projecto FATEC; Projecto SHOEMAT. 2010-02-04 8

Taxas de Crescimento do PIB e das exportações mundiais 12% PIB 10% Exportações 8% 6% 4% 2% 0% 1720-1820 1820-1870 1870-1913 1913-1950 1950-1973 1973-1980 1980-1990 1990-2000 2000-2005 Fonte: de Melo 1997, WTO, APICCAPS 2010-02-04 9

Peso das exportações no PIB - Mundo 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 1720 1820 1870 1913 1929 1950 1973 1990 2000 2005 Fonte: OCDE, WTO, APICCAPS 2010-02-04 10

A Produção de Calçado no mundo 1985-2007 7.9% 16.4% 6.1% 34.1% 1.3% 3.6% 84.6% 45.4% Dos quais a China 63.5% 17.3% 0.1% 0.5% Total mundial 16 074 milhões de Pares em 2007 Total mundial 8 832 milhões de Pares em 1985 Fonte: Satra, APICCAP 2010-02-04 11

Exportações Portuguesas de Calçado 1.600 1.400 Em presas Capital Estrangeiro Em presas Capital Nacional 1.200 Milhões de Euros 1.000 800 600 400 200 0 2000 2008 Fonte: INE, APICCAPS 2010-02-04 12

Processo de Internacionalização do Calçado 700 600 Empresas Participações +121% 500 400 300 +72% 630 200 100 0 489 +65% +57% 285 145 88 138 1999 2006 2010 Fonte: APICCAPS 2010-02-04 13

Investimento no sector do Calçado Investimento / VAB média para o período 2000-2006 F rance 7,7 Germany 9,1 H ungary 8,0 Italy 9,0 P o land 14,0 P o rtugal 14,8 Spain 7,8 United Kingdo m 4,2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 % Fonte: Eurostat 2010-02-04 14

Projectos mobilizadores de I&DT FATEC SHOEMAT Objectivo: Desenvolvimento de novos Equipamentos e Tecnologias Objectivo: Desenvolvimento de novos Materiais e componentes Investimento: 10 132 mil Euros Investimento: 3 420 mil Euros Incentivo: 5 937 mil Euros Incentivo: 2 218 mil Euros Período de Execução : Julho de 2002 a Junho de 2005 Período de Execução : Outubro de 2003 a Agosto de 2006 Consórcio envolvendo 17 Entidades: SCTN (4); Empresas de base tecnológica (5), Empresas de Calçado, componentes e Curtumes (8) Consórcio envolvendo 20 Entidades: SCTN (7); Empresas de materiais e componentes (10), Empresas de Calçado (3) 2010-02-04 15

Quadro dos investimentos e incentivos - PRIME Sector do Calçado Valores em milhares de euros Instrumento N.º Projectos Investimento Incentivo Distribuição Calçado Distribuição Total Projectos Empresariais (SIME, SIPIE, SIME Internacional, SIED, Proj. Aut. Formação Profissional) 80 31.049 13.265 23% 47% Projectos I&DI (Proj. Mobilizadores, IDEIA, NITEC, DEMTEC, Inov-Jovem) 17 14.376 8.356 15% 8% PIP Internacionalização 8 36.578 27.290 49% 6% Outros projectos da envolvente 15 10.341 6.401 12% 21% TOTAL Agregado 120 92.343 55.311 100% 100% Valor equivalente a 8,8 cêntimos por cada par exportado. 2010-02-04 16

Evolução da quota de mercado - Calçado Quota de Portugal no total dos 3 maiores produtores europeus (Portugal, Espanha e Itália) 18% Produção 17% Exportações 16% 15% 14% 13% 12% 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: CEC, APICCAPS 2010-02-04 17

Preço médio de exportação de Calçado - PORTUGAL Euros / par 25 20 15 10 5 0 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 Fonte: INE, APICCAPS 2010-02-04 18

Saldo Comercial por produtos - 2008 Milhões de Euros -8.000-7.000-6.000-5.000-4.000-3.000-2.000-1.000 0 1.000 2.000 MADEIRA E CORTIÇA E SUAS OBRAS CALÇADO MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS OBRAS CERÂMICA; VIDRO SUAS OBRAS PASTAS DE MADEIRA; PAPEL E CARTÃO OBJECTOS DE ARTE OU ANTIGUIDADES ARMAS E MUNIÇÕES GORDURAS E ÓLEOS PÉROLAS, METAIS PRECIOSOS IND. ALIMENTARES; BEBIDAS; TABACO PRODUTOS DIVERSOS PELES, COUROS, ETC PLÁSTICOS; BORRACHA E SUAS OBRAS APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA PRODUTOS DO REINO ANIMAL PRODUTOS DO REINO VEGETAL METAIS COMUNS E SUAS OBRAS MATERIAL DE TRANSPORTE PRODUTOS DAS IND. QUÍMICAS MATERIAL ELÉCTRICO PRODUTOS MINERAIS Fonte: INE, APICCAPS 2010-02-04 19

Índice de Balassa (X-M)/(X+M) - 2008-80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% CALÇADO MADEIRA E CORTIÇA E SUAS OBRAS CERÂMICA; VIDRO SUAS OBRAS MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS OBRAS PASTAS DE MADEIRA; PAPEL E CARTÃO OBJECTOS DE ARTE OU ANTIGUIDADES ARMAS E MUNIÇÕES IND. ALIMENTARES; BEBIDAS; TABACO GORDURAS E ÓLEOS PRODUTOS DIVERSOS PLÁSTICOS; BORRACHA E SUAS OBRAS MATERIAL DE TRANSPORTE MATERIAL ELÉCTRICO METAIS COMUNS E SUAS OBRAS PÉROLAS, METAIS PRECIOSOS PRODUTOS DAS IND. QUÍMICAS PRODUTOS DO REINO ANIMAL APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA PRODUTOS MINERAIS PRODUTOS DO REINO VEGETAL PELES, COUROS, ETC Fonte: INE, APICCAPS 2010-02-04 20

Vantagem Comparativa Revelada 2007 Calçado Madeira e Cortiça Cerâm ica e Vidro Têxtil Oleos e Gorduras Pasta de Madeira, Papel e Cartão Industria Alim entar, Bebidas e Tabaco Outros Produtos Plásticos e Borracha Armas e Munições Produtos do Reino Anim al Material de Transporte Mateis Comuns e Outros Material Eléctrico Produtos do Reino Vegetal Produtos Minerais Produtos Quím icos Peles e Couros Fotografia e Aparelhos Ópticos Objectos de arte e antiguidades Pérolas e Metais Preciosos 0 1 2 3 4 5 6 Fonte: UN, APICCAPS 2010-02-04 21

Vantagem comparativa Revelada - Calçado (2008) P o rtugal Italy C hina H o ng Ko ng Slo vakia B razil Spain B elgium D enmark T hailand A ustria N etherlands F rance Germany United Kingdo m USA 0 1 2 3 4 5 6 7 * Países com exportações superiores a 1 000 milhões USD Fonte: UN, APICCAPS 2010-02-04 22

Ano 2009 Como conclusão, e na linha do POE, este relatório de execução final do PRIME poderia afirmar o seguinte: Deverá referir-se que o sector português do calçado regista a especialização mais elevada da Europa e do Mundo relativamente a todos os sectores e a todos os países, ou seja, este sector tem um peso relativo na estrutura produtiva portuguesa não comparável a nenhum outro em qualquer país da União Europeia e no Mundo. 2010-02-04 23