ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS SOBRE DIABETES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

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Transcrição:

ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS SOBRE DIABETES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA Maria Gleiciane Gomes Jorge 1, Lorena Victória Lima de Andrade 2, Paula Marciana Pinheiro de Oliveira 3 Resumo: Objetivou-se avaliar o conhecimento sobre Diabetes de Pessoas com Deficiência Auditiva em Associações de Deficientes dos municípios de Redenção e Barreira. Tratou-se de pesquisa exploratória, descritiva, cuja técnica bola de neve foi utilizada para aplicação de jogo com pessoas com deficiência auditiva da Associação de Pais e amigos dos deficientes de Redenção (APADR) e da Associação dos deficientes de Barreira/CE. A coleta de dados foi concretizada de janeiro a abril de 2016 mediante três etapas: na primeira, após anuência do Comitê de Ética em Pesquisa, foram realizadas visitas domiciliares e efetivado convites aos sujeitos do estudo. Na segunda etapa, por sua vez, foi aplicado questionário e jogo educativo (tecnologia assistiva) sobre diabetes. A terceira e última etapa referiu-se à aplicação de estratégias educativas sobre diabetes (atividade de extensão relacionada à pesquisa). Para análise dos dados foram realizadas médias, frequências absolutas e relativas das questões objetivas. Os aspectos éticos foram respeitados e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Com os resultados, observou-se que esta clientela teve dificuldade com relação ao conteúdo, talvez sanada pela tecnologia educativa aplicada. Não foi aplicado pós-teste, pelo tempo disponibilizado para concretização do estudo. Foi perceptível que ao se confrontar com outras deficiências, a auditiva é a que enfrenta mais dificuldades de inclusão social, uma vez que a audição é um sentido essencial para se obter a linguagem e empregá-la. A enfermagem possui papel fundamental por ser responsável pela promoção da saúde, articulação entre os membros da equipe de saúde e a comunidade, para a concretização das ações em saúde que atendem as reais necessidades das Pessoas com Deficiência auditiva. Palavras-Chave: Promoção da Saúde; Enfermagem; Pessoas com Deficiência Auditiva; Diabetes Mellitus. 1 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto da Saúde, e-mail: gleycyanegomes@hotmail.com 2 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto da Saúde, e-mail: lorennahvick@hotmail.com 3 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto da Saúde, e-mail: paulapinheiro@unilab.edu.br

INTRODUÇÃO Por deficiência entende-se toda perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gera limitação para o desempenho de atividades. Especificamente a deficiência auditiva, é caracterizada pela perda total ou parcial da capacidade de ouvir, e revela-se como surdez leve e moderada e surdez severa ou profunda. Assim como na visual, as pessoas com deficiência auditiva podem ser afetadas na sua aprendizagem e no seu desenvolvimento integral (BRASIL, 2008). A sociedade, também constituída por pessoa com deficiência auditiva e ouvintes, deve ter conhecimento das legislações que se tratam do acesso do surdo ao Sistema Único de Saúde (SUS), bem como da necessária capacitação de profissionais da saúde para o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Isto facilita a comunicação e reduz a desinformação. Para os profissionais, é necessário conhecer e se apropriar das leis, mas sobretudo, estar sensibilizado quanto ao seu papel de cidadãos e promotores da saúde, fazendo com que a legislação seja cumprida (FERNANDES et al., 2009). Na saúde, tema em foco, a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência dispõe de diretrizes para a promoção da qualidade de vida dessas pessoas dentre estas capacitação de recursos humanos (BRASIL, 2008). Neste contexto, a profissão de enfermagem pode ser considerada serviço de tecnologia essencial para a pessoa em situação vulnerável e é recurso humano a ser capacitado para assistência de qualidade a esta parcela da população. Com relação às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como o diabetes, constituem as principais causas de óbitos no mundo e têm contribuído de forma negativa para mortes de pessoas ainda jovens. Neste caso, pessoas com deficiência também podem estar incluídas. Além da perda de qualidade de vida com alto grau de limitação nas atividades de trabalho e lazer, existem consequentes intercorrências no aspecto econômico para as famílias, comunidades e a sociedade em geral (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). Numa sociedade excludente, certos fatores, como a comunicação, barreiras atitudinais, estruturais, dificultam a inclusão dessas pessoas. Por isso, a tecnologia assistiva é estratégia a ser adotada pelos profissionais e é usada para identificar recursos e serviços que colaboram para facilitar e auxiliar tanto as pessoas com deficiência como idosos. Seu intuito é promover a inclusão na sociedade e permitir a estas pessoas melhor capacidade funcional. Em virtude do exposto, objetivou-se Identificar o conhecimento sobre Diabetes de Pessoas com Deficiência Auditiva em Associações de Deficientes dos municípios de Redenção e Barreira.

METODOLOGIA Tratou-se de uma pesquisa do tipo exploratória, descritiva, realizada com pessoas com deficiência auditiva em Associações nos municípios de Redenção e Barreira/Ce. A coleta de dados foi concretizada de janeiro a abril de 2016 em três etapas. Na primeira, após anuência do Comitê de Ética em Pesquisa e Presidente/Coordenador da Associação, foi efetivado convite aos sujeitos do estudo das Pessoas com Deficiência auditiva, assim como, reservados locais e organizadas as atividades. Além disso, nesta etapa, foram elaborados instrumentos de coleta de dados e tecnologia educativa para aplicação em etapas posteriores. É importante mencionar que este estudo é de pesquisa com atividades também de extensão. A segunda etapa foi concernente à aplicação do questionário (identificação do conhecimento prévio da clientela sobre Diabetes) e esclarecimentos sobre como ia ser realizada a estratégia educativa. Para este momento, foi elaborado instrumento de coleta de dados. Para isso, utilizou-se literatura científica pertinente à temática. A terceira e última etapa constituiu-se da atividade de extensão, ou seja, estratégia educativa sobre Diabetes Melittus com a utilização também de tecnologia assistiva (tecnologia educativa acessível à pessoas com deficiência). Foi elaborado jogo de tabuleiro para trabalhar a temática proposta. Para participação no estudo, a pessoa com deficiência necessitava ter exclusivamente deficiência auditiva, ser associado(a) e com idade acima de 18 anos. Para análise dos dados foram realizadas médias, frequências absolutas e relativas das questões objetivas. Neste estudo, optou-se por trabalhar com a temática diabetes, os resultados sobre hipertensão foram abordados em outro estudo. em Pesquisa. Os aspectos éticos foram respeitados e o estudo está aprovado por Comitê de Ética RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente estudo foi desenvolvido com 23 Pessoas com Deficiência Auditiva, e os dados foram agrupados de acordo com variáveis sóciodemográficas e conhecimento sobre diabetes melittus. Tabela 1: Variáveis das Pessoas com Deficiência auditiva. Acarape, 2016. Variáveis N % Intervalo de Confiança Sexo Masculino 13 56,52% 34,49% - 76,81% Feminino 10 43,48% 23,19% - 65,51% Idade

18-29 anos 18 78,26% 56,30% - 92,54% 30-39 anos 5 21,74% 7,46% - 43,70% Deficiência Nascença 21 91,30% 71,96% - 98,93% Adquirida 2 8,70% 1,07% - 28,04% Nível de Escolaridade Fundamental Incompleto 3 13,04% 2,78% - 33,59% Fundamental Completo 1 4,35% 0,11% - 21,95% Médio Incompleto 8 34,78% 16,38% - 57,27% Médio Completo 10 43,48% 23,19% - 65,51% Pós-graduação 1 4,35% 0,11% - 21,95% Municípios Redenção 13 56,52% 34,49% - 76,81% Barreira 6 26,09% 10,23% - 48,41% Outros 4 17,39% 4,95% - 38,78% A tabela abaixo descreve o conhecimento desta clientela sobre a temática diabetes. Tabela 2: Conhecimento de pessoas com deficiência auditiva sobre Diabetes. Acarape, 2016. Questões Acertos Erros N % N % 1. O que é Diabetes Mellitus? 11 47,83% 12 52,17% 2. Como podemos prevenir o Diabetes Mellitus? 14 60,87% 9 39,13% 3. O Diabetes Mellitus tem cura? 6 26,09% 17 73,91% 4. O que não devemos consumir (diminuir na alimentação) 9 39,13% 14 60,87% quando temos Diabetes Mellitus? 5. Como pode ser feito o diagnóstico do Diabetes Mellitus? 15 65,22% 8 34,78% 6.Qual a classificação dos Diabetes Mellitus? 6 26,09% 17 73,91% 7.Quais as principais complicações do Diabetes Mellitus? 7 30,43% 16 69,57% 8.Como podemos controlar o Diabetes Mellitus? 17 73,91% 6 26,09% 9.Quais os tratamentos para o Diabetes Mellitus? 11 47,83% 12 52,17% Com esta tabela, pode-se concluir que houveram mais erros que acertos em quase todos os questionamentos, como conceito, cura do diabetes, alimentação, classificação, complicações e tratamento. Porém, em três perguntas houve maior número de acertos. CONCLUSÕES Foi possível averiguar que o público de pessoa com deficiência auditiva apresentou conhecimento fragmentado sobre diabetes sendo perceptível que eles precisam de intervenções e educação em saúde voltadas à esta temática. A carência de informações pode gerar comportamentos de riscos assim influenciando ao surgimento desta patologia. Visto que a enfermagem possui papel fundamental por ser responsável pela promoção da saúde, articulação entre os membros da equipe de saúde e a comunidade, deve-se saber que esta categoria é responsável para a concretização das ações em saúde que atendem as reais necessidades das Pessoas com Deficiência auditiva e também empoderamento destes indivíduos.

AGRADECIMENTOS A minha orientadora Paula Marciana Pinheiro de Oliveira, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira UNILAB; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós- Graduação PROPPG e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela bolsa disponibilizada; Associação de Pais e amigos dos deficientes de Redenção (APADR); Associação dos deficientes de Barreira; Pessoas com Deficiência auditiva, Intérpretes de Libras, Especialistas da temática e; acadêmicas Lorena Victória Lima de Andrade, Gisele Mendes da Silva e Ellen Jardani de Souza Medeiros. REFERÊNCIAS -BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. -BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). -DANTA, T.R.A.; GOMES T.M.; COSTA T.F; AZEVEDO T.R; BRITO S.S; COSTA. K.N.F.M Comunicação entre a equipe de enfermagem e pessoas com deficiência auditiva. RevEnferm Uerj, Rio de Janeiro, v. 2, n. 22, p.169-174, 2014 -FERNANDES, J.F.P. et al. Conhecimento de alunos deficientes auditivos e de seus educadores relacionado às doenças sexualmente transmissíveis. Rev. enferm. UERJ, v.17, n.3, p.338-43, 2009. -GÖDKE, F. A inclusão excludente dos trabalhadores com deficiência nos processos produtivos industriais. 2010. 173 f. Tese (Doutorado em Educação) - Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010. -WORLD HEALTH ORGANIZATION. Prevenção de doenças crônicas: um investimento vital. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2005.