A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

Documentos relacionados
Avaliação Institucional para as Instituições de Ensino Superior

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. (Ensino Politécnico)

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. (Ensino Universitário)

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO AACEF

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DO PEDIDO DE ACREDITAÇÃO PRÉVIA DE NOVOS CICLOS DE ESTUDOS APAPNCE 2018

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO AACEF

A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º Âmbito de aplicação e objeto. Artigo 2.º Princípios gerais e garantias. Artigo 3.º Vertentes de avaliação

A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

Regulamento Interno de Funcionamento do Gabinete de Gestão e Qualidade (GGQ)

Normas para a Avaliação Externa. Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

AUDITORIA DE SISTEMAS INTERNOS DE GARANTIA DA QUALIDADE GUIÃO PARA A AUTOAVALIAÇÃO

PROCEDIMENTO PARA A ACREDITAÇÃO PRÉVIA DE UM NOVO CICLO DE ESTUDOS

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

ESTRUTURA DE TERMOS DE REFERÊNCIA

Grelha de Análise e Seleção de Candidaturas. Tipologia de Operações: Cursos de Educação e Formação (CEF) Nota Metodológica

ESTRUTURA DE TERMOS DE REFERÊNCIA

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO/ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDO EM FUNCIONAMENTO (AACEF) (Ensino Universitário)

NOTA METODOLÓGICA. AVISO n.º POCH TIPOLOGIA DE OPERAÇÃO: CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE JOVENS (CEF)

Plano de Actividades Ano de 2012

PROCEDIMENTO PARA A VALIDAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR DE PÓS-AVALIAÇÃO. Versão janeiro 2018

PERA/1718/ Relatório preliminar da CAE

PROCESSO DE AUDITORIA DE SISTEMAS INTERNOS DE GARANTIA DA QUALIDADE

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. (Ensino Universitário)

CAPÍTULO I. Âmbito de aplicação. Artigo 1.º Objeto e âmbito

Regulamento de Avaliação de Desempenho dos Docentes

CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE PARA A ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDOS

PROCEDIMENTO PARA A ATIVIDADE E VALIDAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DO VERIFICADOR SGSPAG

REGULAMENTO COMISSÃO DE AUDITORIA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL, CAIXA ECONÓMICA BANCÁRIA, S.A.

CAPÍTULO I Disposições Gerais

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO 2017/2018

PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E OPERACIONAL, REVISÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE E CONCEÇÃO DE SERVIÇOS

Regulamento de Avaliação de Desempenho dos Docentes

NCE/14/01721 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS DOCENTES DO ISVOUGA - INSTITUTO SUPERIOR DE ENTRE O DOURO E VOUGA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALLIS LONGUS PLANO DE AÇÃO DE MELHORIA

REGULAMENTO DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE 2º CICLO

Instrução n. o 1/2017 BO n. o

AVISO n.º POCH

Regulamento de Avaliação de Desempenho dos Docentes do ISDOM - Instituto Superior D. Dinis

Manual do Sistema Interno de Garantia da Qualidade

Projeto de alteração ao Regulamento de Avaliação e Frequência dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais do Instituto Politécnico de Leiria

PERA/1718/ Relatório final da CAE

Avaliação do desempenho do docente -2011/2012

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 23 de janeiro de Série. Número 8

REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES CAPÍTULO I

Regulamento da Comissão de Ética do Instituto Superior de Ciências Educativas

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ENSINO SECUNDÁRIO

AVALIAÇÃO DO CONTRATO

CONSELHO DE ÉTICA DA UNIVERSIDADE DO MINHO REGULAMENTO INTERNO

GUIÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. (Ensino Politécnico)

AUDITORIA DA A3ES AO SISTEMA INTERNO DE GARANTIA DA QUALIDADE DO IST

RECONHECIMENTO PRÉVIO DE FORMAÇÃO ACADÉMICA

CAPITULO I Disposições Gerais

4912 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012

Regulamento da Comissão de Ética da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco

REGULAMENTO DO SEGUNDO CICLO DE ESTUDOS EM SUPERVISÃO PEDAGÓGICA (Educação de Infância/1.º Ciclo do Ensino Básico)

A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

Normas regulamentares do Mestrado em Estudos Clássicos

Anteprojeto de decreto-lei sobre os consórcios entre. instituições de ensino superior públicas

Normas regulamentares do Mestrado em Filosofia

REGULAMENTO INTERNO DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DR. LOPES DIAS

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ADELAIDE CABETTE, ODIVELAS

NCE/10/02111 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

PROCEDIMENTO PARA A ATIVIDADE E RENOVAÇÃO DA QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR PCIP. Versão dezembro 2018

Projeto: Aferição da qualidade do sistema educativo na RAM

REGULAMENTO INTERNO DA COMISSÃO PARA A AVALIAÇÃO E QUALIDADE

Regulamento Interno dos Serviços Administrativos e Académicos da Escola Superior Artística do Porto

Regulamento de avaliação de desempenho dos docentes da Atlântica Escola Universitária de. Capítulo I. Princípios e estrutura. Artigo 1.

REGULAMENTO DO SEGUNDO CICLO. DE ESTUDOS EM DIDÁTICA (Português/Matemática/Ciências da Natureza)

7424-(58) Diário da República, 1.ª série N.º de dezembro de 2012

PRINCÍPIOS ORIENTADORES SOBRE O PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO A ADOPTAR NA AVALIAÇÃO DE DOCENTES CONTRATADOS POR PERÍODOS INFERIORES A SEIS MESES

REFERENCIAIS PARA OS SISTEMAS INTERNOS DE GARANTIA DA QUALIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (Versão de outubro de 2016, adaptada aos ESG 2015)

Reitoria. Universidade do Minho, 27 de julho de 2017.

6170/17 aap/ip 1 DGC 2B

NCE/11/01256 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

REGULAMENTO DO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DOS MANUAIS ESCOLARES CAPÍTULO I

NCE/12/00176 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

NCE/17/00132 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

REDE DE MUNICÍPIOS PARA A ADAPTAÇÃO LOCAL ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CARTA DE COMPROMISSO

NCE/17/00133 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

4. Assim, tem condições de acesso ao abrigo deste regime todo o estudante que:

Regulamento de Estágio dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais. Artigo 1º Âmbito

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO - ENSINO BÁSICO 1º CICLO

Fax: A presente versão do projecto de Regulamento da UP será objecto de sugestões:

Manual de Procedimentos. Volume 9.4 Área Para a Qualidade e Auditoria Interna

Regulamento da Comissão de Remunerações e Avaliação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA. Decreto-Lei n.º xx/2012

Adoção de Manuais Escolares

Transcrição:

A3ES ------------------------- Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior ------------------------- ----------------------------------------------------------------------------- MANUAL PARA O PROCESSO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO ENSINO SUPERIOR ----------------------------------------------------------------------------- V1.0 Janeiro 2017

1. INTRODUÇÃO Nos termos do regime jurídico da avaliação do ensino superior em Portugal, a avaliação tem por objeto a qualidade do desempenho dos estabelecimentos de ensino superior, medindo o grau de cumprimento da sua missão, através de parâmetros de desempenho relacionados com a respetiva atuação e com os resultados dela decorrentes, devendo ainda ter por referencial as boas práticas internacionais na matéria, devendo incidir, designadamente, sobre os estabelecimentos de ensino superior, as suas unidades orgânicas e os ciclos de estudos que os mesmos oferecem ou pretendam vir a oferecer (artigos 3º, nº 1 e 3 e 9º, nº 1, da Lei 38/2007, de 16 de agosto). Ainda de acordo com o referido regime jurídico, são objetivos da avaliação da qualidade do ensino superior, a melhoria da qualidade das instituições de ensino superior, a prestação de informação fundamentada à sociedade sobre as mesmas instituições e o desenvolvimento duma cultura institucional interna de garantia da qualidade. Prevê também que a acreditação visa a garantia do cumprimento dos requisitos mínimos que conduzem ao reconhecimento oficial dos estabelecimentos de ensino superior e dos seus ciclos de estudos, no quadro do sistema de garantia da qualidade do ensino superior, e é realizada com base na avaliação da qualidade (artigos 5º e 6º da mesma Lei nº 38/2007, de 16 de Agosto). De acordo com as prioridades decorrentes, por sua vez, das disposições do Decreto- Lei 74/2006, de 24 de março, que aprovou o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior e consagrou, ex novo, a acreditação dos ciclos de estudos conducentes à atribuição de graus académicos, a A3ES procedeu, no período de 2011/12 a 2015/16, ao 1º ciclo regular de avaliação/acreditação de todos os ciclos de estudos que se encontravam em funcionamento no momento de início de funções da Agência e que as instituições pretenderam manter. Estando esse primeiro escrutínio da oferta educativa em fase de conclusão, parece estarem reunidas as condições para se lançar o processo de avaliação institucional, como fecho natural de um ciclo completo de avaliação/acreditação que abranja as dimensões institucional e da respetiva oferta educativa. O presente manual pretende especificar os objetivos e a forma de organização e funcionamento do processo de avaliação institucional, incluindo, como documentos autónomos, os guiões de autoavaliação e os guiões de avaliação externa, diferenciados de acordo com a natureza universitária ou politécnica da Instituição, bem como orientações com vista a facilitar o respetivo preenchimento. 2

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS ORIENTADORES A avaliação institucional incide sobre a qualidade de desempenho do estabelecimento de ensino superior globalmente considerado, bem como sobre cada uma das suas unidades orgânicas, tendo em vista proporcionar uma visão geral e integrada da Instituição e de cada uma das suas estruturas organizativas autónomas. O processo de avaliação institucional obedece aos objetivos consagrados na lei e já acima mencionados: proporcionar a melhoria da qualidade das instituições de ensino superior, prestar informação fundamentada à sociedade sobre o desempenho das instituições e desenvolver uma cultura institucional interna de garantia de qualidade. Os procedimentos a adotar terão esses objetivos em atenção, bem como alguns outros de natureza operacional, nomeadamente o papel pedagógico da avaliação, centrando-a na melhoria contínua da Instituição, o envolvimento das partes interessadas relevantes e a preocupação com a onerosidade do processo para as instituições, isto sem prejuízo da consistência necessária para a credibilização do mesmo processo. De acordo com o quadro enunciado, são objetivos específicos da avaliação institucional: Apreciar as políticas e instrumentos de gestão estratégica da Instituição e de autorresponsabilização pela qualidade das atividades desenvolvidas e resultados alcançados. Apreciar o cumprimento dos requisitos gerais e específicos para a criação e funcionamento de estabelecimentos de ensino superior, previstos no Capítulo II do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (artigos 39º a 46º da Lei 62/2007, de 10 de setembro), designadamente: - O grau de cumprimento das condições e requisitos legais em matéria de qualificação e especialização do corpo docente; - O grau de envolvimento do corpo docente em atividades de investigação e publicação em revistas científicas da especialidade com revisão por pares. Apreciar o grau de cumprimento da missão institucional através da análise de parâmetros de desempenho relacionados com a respetiva atuação e com os resultados dela decorrentes, nos termos estabelecidos pelos artigos 3º e 4º do Regime Jurídico da Avaliação do Ensino Superior (Lei 38/2007, de 16 de agosto), designadamente o grau de adequação da oferta educativa da Instituição à sua natureza e objetivos institucionais. Facultar uma base para a identificação de unidades ou subunidades orgânicas que possam ser objeto de processos simplificados de acreditação dos ciclos de estudos no 2º ciclo regular de avaliação/acreditação. Atualizar a base de dados da A3ES sobre a organização e funcionamento das instituições de ensino superior e os seus ciclos de estudos, com vista a aferir da evolução entretanto registada e o seu reflexo na evolução do sistema nacional de ensino superior. 3

Constituir, através da bateria de indicadores utilizada, suportada na informação que, por lei, a Instituição deve publicar anualmente, uma base para o estabelecimento de um procedimento simples e expedito de acompanhamento das avaliações 1. 3. ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL O modelo adotado para a avaliação institucional segue as quatro fases habituais nos processos de garantia externa da qualidade: Elaboração de um relatório de autoavaliação por parte da Instituição; Visitas in loco por parte da Comissão de Avaliação Externa (CAE); Elaboração pela CAE de um relatório preliminar de avaliação institucional, eventual apresentação de contradita pela Instituição e elaboração pela CAE do relatório final; Tomada de decisão por parte do Conselho de Administração da A3ES e divulgação do relatório. O Gestor de Procedimentos, que assessora a CAE, assegurará os contactos entre a Comissão e a Instituição ao longo das diferentes fases do processo. Especificam-se, de seguida, os principais procedimentos a desenvolver em cada uma das referidas fases. 3.1 Fase de autoavaliação O relatório de autoavaliação é apresentado através do preenchimento on-line do Guião para Elaboração do Relatório de Autoavaliação Institucional, no sistema de informação da A3ES. A informação e análises a disponibilizar incidirão sobre a Instituição no seu todo e sobre cada uma das suas unidades orgânicas. O modelo de Guião, disponível na página da Agência, é diferenciado conforme a natureza universitária ou politécnica do estabelecimento de ensino. O Guião foi concebido com a preocupação de minimizar a carga burocrática para a Instituição em avaliação e orientar as análises a efetuar no sentido da melhoria contínua. Nos casos em que existe informação disponível na base de dados da Agência os respetivos campos do guião são pré-preenchidos, sem prejuízo de a Instituição poder proceder à respetiva atualização, quando aplicável. O relatório de autoavaliação deverá refletir a capacidade da instituição para a autorreflexão e a avaliação crítica das suas políticas e atividades. As reflexões apresentadas deverão ser baseadas em evidência quantitativa e qualitativa. 1 A formulação atual dos European Standards and Guidelines estabelece a obrigatoriedade de as agências adotarem um processo consistente de follow-up das avaliações efetuadas (Padrão 2.3 dos ESG 2015). 4

Para além da informação solicitada no Guião, a Instituição poderá facultar à CAE acesso on-line a material disponível que considere ser relevante para a avaliação. A CAE poderá, antes da visita ou durante a sua realização, solicitar elementos adicionais. Os modelos de Guião para Elaboração do Relatório de Autoavaliação (para o Ensino Politécnico e para o Ensino Universitário) incluem, como apêndice, um conjunto de orientações com o intuito de esclarecer o tipo de informação que se pretende em cada um dos campos do guião, de modo a facilitar o seu preenchimento. 3.2 Realização da visita de avaliação A visita de avaliação terá uma duração adequada à dimensão da Instituição e número de unidades orgânicas, com pelo menos um dia, seguindo um programa previamente acordado entre a Comissão de Avaliação Externa e a Instituição, preparado com base num programa-tipo a ser adaptado às especificidades da Instituição. A visita tem por finalidade verificar e complementar as impressões recolhidas pela CAE a partir da apreciação do relatório de autoavaliação, verificar in loco o funcionamento da Instituição e das suas unidades orgânicas e facultar o contacto com atores relevantes, com vista a obter as suas perceções e constatar o seu envolvimento no sistema de gestão estratégica e/ou operacional e de garantia da qualidade, e promover uma interação que possa constituir, ela própria, um contributo para a reflexão interna e o desenvolvimento da capacidade estratégica e melhoria da qualidade do funcionamento e resultados da Instituição. Na organização e realização da visita serão observadas as normas para a avaliação externa fixadas pela A3ES para as Comissões de Avaliação Externa (A3ES, 2012), com as adaptações que se justifiquem face à natureza específica do exercício de avaliação institucional. A visita termina com a apresentação de um relatório oral às autoridades académicas e a individualidades por estas convidadas a estar presentes, na qual serão referidas as conclusões preliminares da avaliação e os principais itens que fundamentam essas conclusões e serão tratados no relatório de avaliação externa. 3.3 Relatório de avaliação institucional O relatório de avaliação é apresentado através do preenchimento on-line do Guião para Elaboração do Relatório de Avaliação Institucional, no sistema de informação da A3ES. A avaliação incide sobre a Instituição no seu todo e sobre cada uma das suas unidades orgânicas. 5

O modelo de Guião, disponível na página da Agência, é diferenciado conforme a natureza universitária ou politécnica do estabelecimento de ensino. A versão provisória do relatório, preparada com base nas considerações apresentadas no relatório oral e nas notas compiladas pela CAE, é formalmente aprovada pelos membros da Comissão. A redação do relatório deverá observar as regras estabelecidas no Manual de Avaliação (A3ES, 2013; A3ES, 2014). O relatório é remetido à Instituição de ensino superior para apreciação e eventual pronúncia, no prazo de quinze dias úteis. A CAE aprecia a pronúncia apresentada, podendo rever o relatório provisório, se o entender necessário, competindo-lhe aprovar a versão final do relatório. 3.4 Decisão e divulgação do relatório O Conselho de Administração da Agência aprecia o relatório final da CAE e as conclusões aí formuladas, e decide em relação ao cumprimento dos requisitos para a acreditação da Instituição avaliada e das suas unidades orgânicas. A decisão será normalmente tomada em termos de acreditação ou não acreditação da Instituição alvo de avaliação e das suas Unidades Orgânicas, traduzindo um veredito de cumprimento ou não cumprimento dos requisitos legais exigíveis para o seu funcionamento. Poderá, contudo, ser tomada uma decisão de acreditação com condições, quer em relação à Instituição, quer em relação a uma ou mais Unidades Orgânicas, mediante a indicação explícita de recomendações essenciais a serem contempladas pela Instituição e do prazo para a implementação das medidas daí resultantes, findo o qual haverá lugar a uma verificação, por parte da Agência, sobre se as deficiências detetadas foram efetivamente ultrapassadas. Em resultado dessa verificação, será tomada uma decisão final de acreditação ou não acreditação da Instituição ou da(s) Unidade(s) Orgânica(s) em causa. O relatório final (incluindo a pronúncia da Instituição, caso exista) e a decisão do Conselho de Administração são divulgados no sítio da Internet da Agência. 3.5 Feedback e Follow-up Após a conclusão do processo de avaliação institucional, a Agência promoverá o levantamento de informação, através de inquérito, junto das instituições avaliadas e dos membros da CAE, com vista a identificar possíveis ocorrências ou anomalias e promover a melhoria dos procedimentos utilizados. Os resultados da recolha sistemática de informação sobre o funcionamento do processo, bem como as medidas de 6

aperfeiçoamento daí resultantes, serão objeto de divulgação a todas as partes interessadas. O período de vigência da acreditação institucional de um estabelecimento de ensino é de seis anos. Durante esse período a Agência promoverá um processo de acompanhamento da evolução da Instituição (follow-up) com base num conjunto de indicadores relativos a itens de informação em que a publicação de informação atualizada é obrigatória por lei. No caso de decisão condicional, a Instituição deverá elaborar um relatório de followup no final do prazo fixado, o qual deverá incluir uma autorreflexão em relação à evolução verificada no estado de desenvolvimento de cada uma das áreas em que foram estabelecidas condições a cumprir. REFERÊNCIAS A3ES (2012). Manual da Qualidade, Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, Lisboa. http://www.a3es.pt/sites/default/files/manual%20da%20qualidade.pdf. A3ES (2013). Manual de Avaliação, Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, Lisboa. http://www.a3es.pt/pt/acreditacao-e-auditoria/manual-de-avaliacao. A3ES (2014). Manual de Avaliação Avaliação de Ciclos de Estudo em Funcionamento (Versão Simplificada), Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, Lisboa. http://www.a3es.pt/pt/acreditacao-e-auditoria/manual-de-avaliacao. 7

APÊNDICE I A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO EXTERNA A Comissão de Avaliação Externa (CAE) terá uma composição adequada à dimensão e número de Unidades Orgânicas da Instituição a avaliar, incluindo membros com o seguinte perfil: Presidente da Comissão, com experiência de liderança a nível de topo numa instituição de ensino superior; Professor ou especialista com experiência em gestão estratégica e em avaliação; Professor ou especialista com experiência em avaliação institucional ou avaliação de sistemas internos de qualidade; Especialista estrangeiro perito em avaliação; Estudante com experiência em avaliação. Após a constituição da Comissão de Avaliação Externa, a Agência comunica à instituição de ensino superior a sua composição. A instituição, através dos seus responsáveis académicos, pode pronunciar-se sobre a composição da CAE antes da realização da visita e, eventualmente, deduzir oposição à inclusão de algum dos seus membros, caso se verifique a existência de alguma incompatibilidade para essa inclusão. Neste último caso, a Agência analisará as razões que sustentam essa oposição e, se tal se justificar, procederá à substituição do(s) membro(s) da Comissão, sobre o(s) qual(is) tenha sido deduzida fundada oposição. Os membros nacionais deverão participar numa ação de formação com a duração mínima de um dia. Em relação aos peritos estrangeiros, caso não seja possível a sua participação na formação, a Agência providenciará o envio de informação adequada, bem como a realização de uma reunião prévia de preparação para a visita. Os membros da CAE, na prossecução da avaliação, tomarão em linha de conta as indicações contidas no Manual de Avaliação sobre as funções a serem desempenhadas por cada membro da Comissão (A3ES, 2013; A3ES, 2014) e observarão as normas relativas a conflitos de interesse, confidencialidade, imparcialidade, objetividade e conduta pessoal constantes do Manual da Qualidade (A3ES, 2012).