Nota de Imprensa Mostra Especial Manoel de Oliveira 100 anos encerra a programação de março no Cine Santander Cultural Desenvolvida em homenagem ao mais longevo realizador em atividade e com entrada franca, a mostra reúne um conjunto expressivo da obra do diretor português, com muitos filmes inéditos Porto Alegre, 16 de março O Cine Santander Cultural apresenta a Mostra Especial Manoel de Oliveira 100 anos, de 20 a 29 de março, em três sessões diárias e com entrada franca. O mais longevo realizador em atividade nasceu no Porto, em 10 de novembro de 1908. É um dos diretores que mais filma desde os anos 1990; às vezes até dois filmes por ano. A Mostra Especial reúne um conjunto expressivo, muitas das obras inéditas ou quase, como o documentário Douro, faina fluvial, verdadeiro objeto de culto, de 1931. Sua primeira ficção, Aniki-Bóbó, de 1942, hoje considerado um clássico, aborda questões sociais candentes como a dos meninos de rua. Estes dois filmes serão exibidos uma única vez em película. Os filmes que correspondem à prolífera produção dos anos 90 e 2000, pouco ou nunca exibidos em Porto Alegre, como Non ou A vã glória de mandar e A caixa, também estão na programação. Títulos baseados em livros de sua grande amiga, a escritora Agustina Bessa- Luís, como Vale Abraão e O princípio da incerteza também compõe a Mostra Especial. A escritora aparece no raro Porto da minha infância, documentário que dialoga com Douro. No total são doze filmes, incluindo O céu de Lisboa, em que ele é um dos participantes. A Mostra Especial Manoel de Oliveira 100 anos, que tem no elenco Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Chiara Mastroianni, Pedro Abrunhosa, Lima Duarte, Ricardo Trepa Michel Piccoli, Leonor Baldaque, Catherine Deneuve, John Malkovich, Stefania Sandrelli e Irene Papas, chega a Porto Alegre depois de passar por Pirenópolis, Belém, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo (Cinemateca Brasileira e CCSP). MOSTRA ESPECIAL MANOEL DE OLIVEIRA 20 março sexta-feira 15h00 Non ou A vã glória de mandar 17h00 A caixa 19h00 O princípio da incerteza 21 março - sábado 15h00 Vou para casa 17h00 A carta 19h00 Aniki-bóbó 22 março - domingo 15h00 O céu de Lisboa Wim Wenders 17h00 Um filme falado
19h00 Douro, faina fluvial + Porto da minha infância 24 e 25 março - terça e quarta-feira 15h00 Um filme falado 17h00 A carta 19h00 Palavra e utopia 26 março quinta-feira 15h00 Porto da minha infância 17h00 Non ou A vã glória de mandar 19h00 Vou para casa Cineclube Projeto com Márcia do Canto 27 março sexta-feira 15h00 A carta 17h00 Porto da minha infância 19h00 O princípio da incerteza 28 e 29 março - sábado e domingo 15h00 A caixa 17h00 Non ou A vã glória de mandar 19h00 Vale Abraão * Douro, faina fluvial e Aniki-bóbó serão exibidos em película uma única vez, sem legendas em português. Os outros filmes serão exibidos em DVD com legendas em português, com exceção de Porto da minha infância e O princípio da incerteza. Entrada franca. EXIBIÇÕES ÚNICAS E RARAS DOURO, FAINA FLUVIAL Portugal, 1931, 35 mm, pb, 18 min, silencioso, livre Primeiro filme de Manoel de Oliveira, feito com uma câmera dada por seu pai. Sob a influência de Berlim - Sinfonia de uma grande cidade (1927, Walter Ruttmann), o documentário capta aspectos sociais e naturais das margens do rio Douro na cidade do Porto: a agitada circulação, o carregamento e descarregamento dos barcos; o rio, seu ambiente e o ritmo humano; a ponte e os bairros ribeirinhos. ANIKI-BÓBÓ 1942, 35 mm, pb, 102 min, livre O título alude a uma fórmula mágica que, nas brincadeiras de crianças, permite determinar quem é a polícia e quem é o ladrão. Filmado em Ribeira, bairro popular da cidade do Porto. NON OU A VÃ GLÓRIA DE MANDAR 1990, 35 mm, cor, 110 min, 14 anos Durante a última guerra colonial portuguesa, um subtenente relembra um conto épico sobre Portugal, seu país. Sua platéia é formada por companheiros de batalha, que estão de patrulha numa selva africana. O conto fala de algumas grandes derrotas e o subtenente conclui sua história em 25 de abril de 1974: o dia da Revolução. Cannes 1990: menção especial do júri + melhor filme (crítica).
VALE ABRAÃO 1993, 35 mm, cor, 203 min, 12 anos Ema, uma mulher excepcionalmente bela, casa com Carlos Paiva, mas não o ama. Obcecada pelo luxo, manipula a atração que exerce sobre os homens, mantendo amantes que a divertem. Por esse comportamento, acaba sendo chamada de "Bovarinha". Rodado na região do Douro, norte de Portugal. Cannes 1993 - Quinzena dos Realizadores: menção especial + prêmio Confédération Internationale des Cinémas Art et Essai. Mostra de São Paulo 1993: melhor filme (crítica). A CAIXA 1994, 35 mm, cor, 93 min, 14 anos Um cego pede esmolas à porta de sua casa, em Lisboa. Todo o dinheiro que ganha é colocado em uma caixa, que já foi roubada uma vez. Quando a caixa é roubada pela segunda vez, todos os freqüentadores do lugar tornam-se suspeitos: o amigo do genro, a velha e seu sobrinho, três amigos beberrões. A chegada de um segundo cego, com uma caixa semelhante, alvoroça a todos, preparando uma tragédia. Cannes 1994 - Quinzena dos Realizadores: seleção oficial. PALAVRA E UTOPIA 2000, 35 mm, cor, 130 min, 12 anos Em 1663, o padre António Vieira é convocado a comparecer diante da Inquisição portuguesa. Ele precisa explicar as idéias que defende, ao questionar a escravidão, a situação dos índios e as relações império-colônia. Perante os juízes, padre Vieira passa a limpo seu passado desde a juventude passada no Brasil e os anos de noviciado na Bahia. Veneza 2000: melhor filme (crítica). Huelva 2000: prêmio do júri + melhor filme (crítica). VOU PARA CASA Je rentre à la maison, 2001, 35 mm, cor, 90 min, 12 anos Paris, início de 2000. Gilbert Valence é um ator de teatro cujo talento e carreira bem sucedida sempre lhe renderam os papéis mais cobiçados. Com a morte da mulher, filha e genro em um acidente, Gilbert se vê diante da complicada situação de conciliar a criação do neto, recémorfão, e seguir a carreira artística. Cannes 2001: seleção oficial. Mostra de São Paulo 2001: melhor filme (crítica). Haïfa 2001: melhor filme. Cineclube Projeto 26 de março quinta-feira - 19h00 Márcia do Canto - atriz, diretora de teatro e psicopedagoga PORTO DA MINHA INFÂNCIA 2001, 35 mm, cor, 92 min, 12 anos Manoel de Oliveira volta à sua cidade natal, o Porto, cenário de diversas de suas fitas. Desta vez, decide filmar a cidade não com os olhos de um documentarista, mas sob a ótica da memória. É a cidade de sua infância, que sobrevive apenas em recordações, testemunhos, sinais, palavras de canções e antigas fotografias. Termina refazendo a mesma imagem que usa para abrir Douro, faina fluvial.
Veneza 2001: seleção oficial fora de competição. O PRINCÍPIO DA INCERTEZA 2002, 35 mm, cor, 133 min, 14 anos António é rico e faz parte de uma família tradicional. José é o filho da empregada, que vigia todos os passos dos dois garotos com seu olhar protetor. Ao se tornarem adultos, os jogos do amor irão torná-los ainda mais cúmplices. António se casa com Camila, por quem José sempre foi apaixonado, e mantém como amante a perigosa Vanessa, sócia de José em negócios escusos. Para complicar ainda mais essas relações, só falta um personagem: o diabo, com quem todos terão que dialogar. Cannes 2002: seleção oficial. UM FILME FALADO 2003, 35 mm, cor, 96 min, 12 anos Rosa Maria, jovem professora de História, embarca com a filha em um cruzeiro. O navio sai de Lisboa e atravessa o mar Mediterrâneo com destino a Bombaim, na Índia, onde seu marido a espera. Durante a travessia, ela visita pela primeira vez lugares sobre os quais falava em suas aulas: Marselha, as ruínas de Pompéia, Ceuta, Atenas, as pirâmides do Egito e Istambul. Mas uma estranha ameaça perturba o cruzeiro e a vida dos passageiros quando o navio atravessa o Golfo Pérsico. Veneza 2003: melhor filme (Signis). A CARTA La lettre, 1999, 35 mm, cor, 107 min, 12 anos Depois de sofrer uma desilusão amorosa, uma jovem aceita se casar com um renomado médico, mesmo sem amá-lo. Tempos depois, ela redescobre a paixão ao conhecer um cantor. O peso desse amor proibido faz com que ela divida seu dilema com o próprio marido, que não suporta a terrível notícia e morre alguns meses mais tarde. Cannes 1999: prêmio do júri. O CÉU DE LISBOA Lisbon story, 1995, 35 mm, cor-pb, 100 min, 12 anos Phillip é um engenheiro de som que vai a Lisboa para ajudar seu velho amigo Friedrich a concluir seu filme. Ele atravessa a Europa de norte a sul, até a capital portuguesa, mas chega tarde: Friedrich desapareceu. Na grande casa onde vivia, o amigo não deixou mais do que um filme inacabado, contendo imagens sem som, filmadas nas ruas de Lisboa. Cannes 1995 - Un certain regard: seleção oficial. Cinema A área de Cinema do Santander Cultural exercita o debate, a profissionalização e a formação de platéia. Exibe o cinema de qualidade em mostras, com uma agenda de filmes de diversas nacionalidades e ainda seminários, sessões comentadas, lançamentos, pré-estréias, festivais e cursos. A programação é concebida e realizada numa parceria entre a Casa de Cinema de Porto Alegre e o Santander Cultural. Agendamento de grupos para programação regular ou horários especiais tem possibilidade de transporte gratuito por meio do telefone 51 3287.5940 Programação sujeita a alteração
85 lugares - Dolby Digital - Ar-condicionado Acesso para portadores de necessidades especiais Endereço Santander Cultural: Rua Sete de Setembro, 1028 Centro POA www.santandercultural.com.br Cinema A área de Cinema do Santander Cultural exercita o debate, a profissionalização e a formação de platéia. Exibe o cinema de qualidade em mostras, com uma agenda de filmes de diversas nacionalidades e ainda seminários, sessões comentadas, lançamentos, pré-estréias, festivais e cursos. A programação é concebida e realizada numa parceria entre a Casa de Cinema de Porto Alegre e o Santander Cultural. Sobre o Santander Cultural O Santander Cultural é instituição vinculada ao, que reúne os Bancos Santander e Real, voltado à integração e à difusão da diversidade das linguagens e dos conteúdos artístico-culturais, comprometido com a cultura contemporânea, com o conhecimento e com o desenvolvimento sócio-econômico. Atua nos campos das artes visuais, da música, do cinema e da reflexão, preocupado com a inserção dos diversos segmentos sociais, em parcerias com as áreas de produção cultural brasileira e internacional. Desde sua criação em 2001, o Santander Cultural apresentou 20 grandes mostras de artes visuais, milhares de exibições de filmes, festivais, seminários e cursos, e centenas de shows musicais, workshops e masterclasses. Foram 23 mil atividades em sete anos, com um público de cerca de 3 milhões de pessoas o equivalente a cerca de 1,2 mil visitantes por dia. As ações educativas, especificamente, obtiveram nesse período a participação de cerca de 350 mil estudantes e professores. Em parceria com uma rede de mais de 1,4 mil instituições, o Santander Cultural promove a cultura, a educação e a cidadania a partir de Porto Alegre, em sintonia com a pauta dos principais movimentos sócio-culturais mundiais, com ênfase na responsabilidade social e em busca da sustentabilidade. (51) 3287-5582 / 3287-5721 / 3287-5854 / 3287-5523 - Regional Sul e-mail: imprensasul@santander.com.br (11) 3174-6017/2743/8516 e-mail: imprensa@santander.com.br