Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera em Corredeiras de Riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo

Documentos relacionados
Universidade Federal de Juiz de Fora Pós-Graduação em Ciências Biológicas Mestrado em Comportamento e Biologia Animal. Emanuel de Almeida Gonçalves

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

BOLETIM DO MUSEU NACIONAL NOVA SÉRIE RIO DE JANEIRO - BRASIL

Laboratório de Pesquisas Ecológicas e Educação Científica- Universidade Estadual de Goiás, UnUCET. 3

A sazonalidade ambiental afeta a composição faunística de Ephemeroptera e Trichoptera em um riacho de Cerrado do Sudeste do Brasil?

Rafael Schmitt USO DE MICROHABITATS POR IMATUROS DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA EM RIACHOS DE CLIMA SUBTROPICAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AQUÁTICOS TROPICAIS

Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera assemblages in Miranda River basin, Mato Grosso do Sul State, Brazil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS-UNIFAL-MG PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS MURILO HENRIQUE TANK FORTUNATO

Guia on-line: Identificação de larvas de Insetos Aquáticos do Estado de São Paulo: Plecoptera. Ordem Plecoptera Burmeister 1839 (Arthropoda: Insecta)

LISTA DE ESPÉCIES DA ORDEM EPHEMEROPTERA (INSECTA) OCORRENTES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL 1

Estrutura das comunidades de larvas de Trichoptera KIRBY, 1813 (Insecta) em riachos do Parque Estadual de Campos do. Jordão, São Paulo, Brasil

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

Levantamento de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera para as Unidades de Conservação do Espírito Santo

CONHECENDO OS ARTRÓPODES DO SEMIÁRIDO

Novos registros e notas sobre distribuição geográfica de Trichoptera Kirby, 1813 (Insecta) do Estado de Mato Grosso, Brasil

Notas na criação de Anacroneuria debilis (Pictet, 1841) (Plecoptera: Perlidae) no Rio de Janeiro, Brasil

Chaves de identificação de larvas para famílias e gêneros de Trichoptera (Insecta) da Amazônia Central, Brasil

Ordem Trichoptera Kirby 1813 (Arthropoda: Insecta)

Ordem Ephemeroptera (Arthropoda: Insecta)

Biomonitoramento na bacia hidrográfica do rio Uberabinha - conceitos e subsídios

A COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS EM DOIS TRECHOS DO RIO MORATO (GUARAQUEÇABA, PR): ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E OCUPAÇÃO ESPACIAL

Novos registros de Ephemerelloidea (Insecta: Ephemeroptera) para o estado de São Paulo Dias, LG et al.

Distribuição espacial da comunidade de macroinvertebrados bentônicos de um riacho tropical (Sudeste do Brasil)

Distribuição espacial de insetos aquáticos em igarapés de pequena ordem na Amazônia Central

Abundância e Distribuição Espacial e Sazonal de Imaturos de Plecoptera (Insecta) do Rio Marambaia, Ilha da Marambaia, Mangaratiba - RJ

Leptophlebiidae ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: hábitats, meso-hábitats e hábitos das ninfas (Insecta: Ephemeroptera)

SISTEMÁTICA E BIOGEOGRAFIA. Resumo 1: TAXONOMIA DE LEPTOCERIDAE NEOTROPICAIS. Adolfo R. Calor 1 & Claudio G. Froehlich 1

DISTRIBUIÇÃO DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA EM RIACHOS DO ALTO URUGUAI GAÚCHO

Checklist dos Trichoptera (Insecta) do Estado de São Paulo, Brasil

EFEITO DE PEQUENAS VARIAÇÕES NA ALTITUDE E NA ORDEM DE RIACHOS SOBRE A ESTRUTURA DE COMUNIDADES DE INSETOS AQUÁTICOS

Construindo bases cientificas para utilização de macroinvertebrados como indicadores

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Distribuição espacial das guildas tróficas e estruturação da comunidade de Ephemeroptera (Insecta) em córregos do Cerrado de Mato Grosso, Brasil

Juliana Simião FERREIRA, Ronaldo ANGELINI

Marcia R. Spies 2, Claudio G. Froehlich 2 & Carla B. Kotzian 3

CESAR NASCIMENTO FRANCISCHETTI EPHEMEROPTERA (INSECTA) DO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE, MINAS GERAIS, BRASIL: BIODIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

726 Baetidae (Ephemeroptera) na Região Sudeste do Brasil: Novos Registros... Salles et al. Sul tem sido historicamente negligenciado e no Brasil não t

BIOMONITORAMENTO DO CORREGO SÃO LUIZ EM CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA-PA

FAUNA DE BAETIDAE (INSECTA: EPHEMEROPTERA) DO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE, MINAS GERAIS, BRASIL

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

CARACTERIZAÇÃO DA ENTOMOFAUNA AQUÁTICA DE UM TRECHO DO RIO TAQUARA NO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA TAQUARA, DUQUE DE CAXIAS

AVALIAÇÃO DE UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO ATRAVÉS DA ANÁLISE DE MACROINVERTEBRADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA AQUÁTICA E PESCA

O quase código da vida, quase... Lucas Henrique de Almeida*; Pitágoras da Conceição Bispo

Aquatic macroinvertebrate diversity and composition in streams along an altitudinal gradient in Southeastern Brazil

A UTILIZAÇÃO DE BELOSTOMATIDAE E NAUCORIDAE (HEMIPTERA:NEPOMORPHA) NA AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DE HÁBITATS EM IGARAPÉS DO LESTE MARANHENSE.

Efeitos dos fatores ambientais sobre a fauna de Ephemeroptera (Insecta) em. riachos da Serra de Paranapiacaba, sudeste do Brasil.

Ephemeroptera (Insecta) from Pernambuco State, northeastern Brazil

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

Estrutura e composição da comunidade de Trichoptera (Insecta) de rios e áreas alagadas da bacia do rio Suiá-Miçú, Mato Grosso, Brasil

Primeiro levantamento da fauna de Ephemeroptera (Insecta) do Espírito Santo, sudeste do Brasil

Primeiro levantamento da fauna de Ephemeroptera (Insecta) do Espírito Santo, Sudeste do Brasil

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE NÁIADES DE EPHEMEROPTERA, COM CHAVE PARA FAMÍLIAS OCORRENTES NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DE BOTUCATU DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA

DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL E ESPACIAL DE PLECOPTERA EM UM CÓRREGO NO PARQUE ECOLÓGICO QUEDAS DO RIO BONITO, SUL DE MINAS GERAIS

Chec List Journal of species lists and distribution

COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TRICHOPTERA (INSECTA) EM RIACHOS SUBTROPICAIS

Utilização da estrutura de comunidades de macroinvertebrados bentônicos como indicador de qualidade da água em rios no sul do Brasil

Universidade Federal do Tocantins, Ciências Naturais.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

Efeito do Sedimento Fino de Origem Terrestre sobre a Fauna de Macroinvertebrados Bentônicos em Riachos

Chec List Journal of species lists and distribution

ASSEMBLEIAS DE EPHEMEROPTERA, PLECOPTERA E TRICHOPTERA EM RIACHOS TROPICAIS

Baetidae (Insecta: Ephemeroptera) from the state of Rondônia, Northern Brazil

Similarity and diversity between aquatic insect populations in streams of first and second order, south of Brazil

ENTOMOFAUNA AQUÁTICA E SUA DISTRIBUIÇÃO NA MICROBacia DO CÓRREGO BARREIRO DO CAMPUS DA UEG, ANÁPOLIS, GOIÁS*

EPHEMEROPTERA (INSECTA) DO LESTE MATOGROSSENSE, BRASIL: DIVERSIDADE, DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL E ESTUDOS ECOLÓGICOS DA TEORIA NEUTRA E TEORIA DE NICHO

AS ESPÉCIES DE EPHEMEROPTERA (INSECTA) REGISTRADAS PARA O BRASIL

Ephemeroptera (Insecta) ocorrentes no Leste do Estado do Mato Grosso, Brasil

Composição e distribuição da fauna de Ephemeroptera (Insecta) em área de transição Cerrado-Amazônia, Brasil

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Influência da ação antrópica sobre a fauna de macroinvertebrados aquáticos em riachos de uma região de cerrado do sudoeste do Estado de São Paulo

FREDERICO FALCÃO SALLES A ORDEM EPHEMEROPTERA NO BRASIL (INSECTA): TAXONOMIA E DIVERSIDADE

Baetidae (Insecta, Ephemeroptera) em córregos do cerrado matogrossense sob diferentes níveis de preservação ambiental

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA AQUÁTICA E PESCA NAYARA MONTEIRO BARREIROS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA POR MEIO DE PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS EM UM RIACHO DO SUL DO BRASIL

Conclusões e Considerações Finais

Juliana Simião Ferreira 1,3 ; Adriana Rosa Carvalho 2,3

Invertebrados bentônicos: relação entre estrutura da fauna e características do mesohabitat

Diversidade e Variação Espacial de. Ephemeroptera, Plecoptera, Trichoptera (Insecta) para a Bacia do Rio São Mateus

AVALIAÇÃO RÁPIDA DA QUALIDADE

Edina Costa Delonzek 1 * Ana Carolina de Deus Bueno Krawczyk 2

LEVANTAMENTO DE MACROINVERTEBRADOS NAS VALAS DO ARROIO CRESPO NO MUNICÍPIO DE CHIAPETTA - RS 1. Raqueli Dettenborn Heiser 2, Kelin Luiza Vincenci 3.

MELLIS LAYRA SOARES RIPPEL TAXONOMIA DE PLECOPTERA (INSECTA) DE TAQUARUÇU, TOCANTINS

COMPOSIÇÃO DA MACROFAUNA BENTÔNICA DURANTE O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR DO RIO MANDU EM POUSO ALEGRE, MG.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E EVOLUÇÃO

BIOMONITORAMENTO DAS ÁGUAS PELO USO DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS: OITO ANOS DE ESTUDOS EM RIACHOS DA REGIÃO DO ALTO URUGUAI (RS)

Fauna of Leptophlebiidae Banks (Insecta: Ephemeroptera) on fragments of the Atlantic Forest from west region of Santa Catarina State, Brazil

INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE AS COMUNIDADES DE MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS EM LAGOAS DE INUNDAÇÃO DO RIO ARAGUAIA

PRIMEIRO WORKSHOP DO PROJETO. Levantamento e Biologia de Insecta e Oligochaeta Aquáticos de Sistemas Lóticos do Estado de São Paulo

MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS ASSOCIADOS A TRONCOS SUBMERSOS EM CÓRREGOS NO SUDESTE BRASILEIRO

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA TRABALHO PRÁTICO Nº 5 INTERACÇÕES DA COMUNIDADE. Relações tróficas dos macroinvertebrados

Faunistic Catalog of the Caddisflies (Insecta: Trichoptera) of Parque Nacional do Itatiaia and its Surroundings in Southeastern Brazil

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

Transcrição:

ISSN 1983-0572 Publicação do Projeto Entomologistas do Brasil www.ebras.bio.br Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera em Corredeiras de Riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo Gabriel de Paula Paciencia¹, Elisa Yokoyama¹, Pitágoras Conceição Bispo², Vera Lúcia Crisci-Bispo² & Igor Vinicius Takebe¹ 1. Universidade de São Paulo, e-mail: gabrielpaciencia@usp.br, elisayokoyama@usp.br, igortakebe@yahoo.com.br. 2. Universidade Estadual Paulista, e-mail: pcbispo@gmail.com (Autor para correspondência ), criscibispo@bol.com.br. EntomoBrasilis 4 (3): 114-118 (2011) Resumo. A fauna de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) do Parque Estadual Intervales tem sido levantada desde a década de 1990. Como resultado desse esforço de coleta, no presente trabalho, apresenta-se a lista de gêneros de EPT em corredeiras de riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo. ECOLOGIA Palavras-Chave: Ambientes Lóticos; EPT; Insetos Aquáticos; Mata Atlântica; Serra de Paranapiacaba. Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera in Riffles from Streams of Intervales State Park, São Paulo State Abstract. The fauna of Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera (EPT) from Intervales State Park has been recorded since the 1990s. As a result of these sampling efforts, we present in this study a list of EPT genera in riffles from streams of Intervales State Park, São Paulo State. Keywords: Aquatic Insects; Atlantic Rainforest; EPT; Lotic Environments; Paranapiacaba Mountains. Os ambientes aquáticos continentais abrigam uma grande diversidade de insetos aquáticos, sendo que as ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (usualmente conhecidas como EPT) compreendem uma fauna bastante diversa, sobretudo, em riachos de baixas e médias ordens (Bispo & Oliveira 2007). São organismos sensíveis às perturbações ambientais e ocorrem principalmente em águas limpas e bem oxigenadas. Em virtude disso, o grupo EPT tem chamado muita atenção pelo seu potencial como indicador da qualidade ambiental. Nos últimos 15 anos, houve um aumento no o número de estudos taxonômicos (Bispo & Fr o e h l i c h 2007; Ca l o r 2008; Go n ç a l v e s et al. 2010) e ecológicos (Bispo et al. 2006; Bi s p o & Oliveira 2007; Cr i s c i-bispo et al. 2007a, b) sobre a fauna brasileira de EPT, o que tem contribuído com o entendimento da diversidade e dos fatores determinantes de sua estruturação faunística. Os insetos aquáticos, principalmente EPT, do Parque Estadual Intervales (PEI) têm sido estudados desde o início da década de 1990, e as informações morfológicas (Polegatto & Fr o e h l i c h 2001), taxonômicas (Bispo & Fr o e h l i c h 2004; Robertson & Ho l z e n t h a l 2006) e ecológicas (Crisci-Bispo et al. 2004; Cr i s c i-bispo et al. 2007a, b) têm sido publicadas em diversos trabalhos. O PEI é uma unidade de conservação criada em 1995 sob administração da Fundação Florestal (Estado de São Paulo) e está inserido na Mata Atlântica, a qual pode ser vista como um mosaico diversificado de ecossistemas. Atualmente restam apenas cerca de 7,3% da cobertura florestal original, tendo sido identificada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas do mundo (IBAMA 2011). No Estado de São Paulo, grande parte da Mata Atlântica remanescente está protegida em unidades de conservação como o PEI, o que aumenta a importância destas unidades na proteção da biodiversidade. O levantamento de táxons em unidades de conservação é fundamental, pois permite documentar a diversidade e obter importantes subsídios para a proteção e gestão eficientes dessas unidades. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os registros de táxons de EPT em corredeiras de riachos do PEI acumulados em mais de dez anos de coletas. Material e Métodos O material analisado foi coletado em riachos do Parque Estadual Intervales (PEI) (24 12-24 25 S; 48 03-48 30 O), Serra de Paranapiacaba, Estado de São Paulo, entre os municípios de Ribeirão Grande, Eldorado, Guapiara, Iporanga e Sete Barras. O PEI, juntamente com o Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira e o Parque Estadual Carlos Botelho, formam um importante corredor ecológico de Mata Atlântica (Figura 1). As coletas foram realizadas de 1999 até 2010. Para este trabalho, foram considerados apenas táxons coletados em riachos de 1a - 4a ordens (sensu St r a h l e r 1957) no mesohabitat de corredeira. Os estágios imaturos da fauna de EPT foram identificados em nível de gênero com auxílio dos trabalhos de Do m í n g u e z et al. (2001); Da-Si l v a (2002) e Sa l l e s et al. (2004) para Ephemeroptera, Fr o e h l i c h (1969, 1984); Do r v i l l é & Fr o e h l i c h (1999) e Olifiers et al. (2004) para Plecoptera e Wi g g i n s (1998); An g r i s a n o & Ko r o b (2001) e Pe s et al. (2005) para Trichoptera. O material coletado foi identificado, fixado em álcool 80% e está depositado na coleção do Laboratório de Biologia Aquática da Faculdade de Ciências e Letras UNESP de Assis. www.periodico.ebras.bio.br

Setembro - Dezembro 2011 - www.periodico.ebras.bio.br EntomoBrasilis 4(3) Figura 1. Parque Estadual Intervales (PEI) e os parques do entorno, Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (PETAR) e Parque Estadual Carlos Botelho (PECB) localizados na Serra de Paranapiacaba, Estado de São Paulo. Resultados e Discussão A fauna brasileira de EPT tem sido estudada de forma isolada desde o século XIX, no entanto, apenas nos últimos 20 anos houve um importante avanço no conhecimento taxonômico e ecológico da fauna de insetos aquáticos (e.g. Ba p t i s t a et al. 1998, 2001; Silveira et al. 2006), incluindo a fauna de EPT (e.g. Froehlich 1994; Oliveira & Fr o e h l i c h 1997; Bi s p o & Fr o e h l i c h 2004; Bi s p o et al. 2006; Bi s p o & Oliveira 2007; Crisci-Bispo et al. 2007a,b). O PEI possui uma fauna de EPT bastante representativa em relação à fauna brasileira. Para o Brasil, há registro de dez famílias, 67 gêneros e 230 espécies de Ephemeroptera (Salles et al. 2011), entre as quais 37% dos gêneros e 60% das famílias ocorrem no PEI. No caso de Plecoptera, há o registro de duas famílias, oito gêneros (Stark et al. 2009) e 143 espécies (Lecci & Fr o e h l i c h 2006) no Brasil, sendo que as duas famílias e 87% dos gêneros ocorrem no PEI. A fauna brasileira de Trichoptera compreende 16 famílias, 60 gêneros (Paprocki et al. 2004) e 479 espécies (Calor 2011), dos quais 87% das famílias e 46% dos gêneros foram registrados no PEI. É importante ressaltar que os dados sobre a fauna de EPT do PEI são baseados apenas em coletas feitas em corredeiras. Portanto, mais estudos, incluindo a fauna de outros mesohabitats, podem acrescentar novos registros, ampliando a representatividade da fauna de EPT do PEI em relação à fauna brasileira. Após mais de dez anos de coletas, foram registrados representantes de 22 famílias e 59 gêneros de EPT em corredeiras de riachos do PEI (Tabela 1). Seis famílias e 25 gêneros pertencem à ordem Ephemeroptera, sendo Leptophlebiidae a família com maior número de gêneros (10), seguida de Baetidae (7) e Leptohyphidae (5). As famílias Caenidae, Euthyplociidae e Oligoneuriidae foram representadas por apenas um único gênero. Para Plecoptera, sete gêneros das duas famílias ocorrentes no Brasil foram registradas, sendo quatro de Gripopterygidae e três de Perlidae. Para Trichoptera, foram registradas 14 famílias e 28 gêneros, sendo Hydroptilidae a família com maior número de gêneros (6), seguida de Leptoceridae e Polycentropodidae ambos com quatro gêneros cada. Hydropsychidae foi representada por três gêneros e Philopotamidae por dois. As famílias Anomalopsychidae, 115 Calamoceratidae, Ecnomidae, Glossosomatidae, Helicopsychidae, Hydrobiosidae, Odontoceridae, Sericostomatidae e Xiphocentronidae foram representadas apenas por um gênero, destas, apenas Glossosomatidae e Odontoceridae apresentam mais de um gênero registrado para o território nacional. Entre os Ephemeroptera, as famílias Leptophlebiidae e Baetidae são as que frequentemente apresentam o maior número de gêneros em riachos (Oliveira & Fr o e h l i c h 1997; Bi s p o & Oliveira 2007; Ri g h i -Ca v a l l a r o et al. 2010), concordando com os dados do presente trabalho. Em relação a Plecoptera, em riachos de regiões montanhosas do Centro Oeste (Bi s p o & Oliveira 2007) e do Sudeste do Brasil (Oliveira & Fr o e h l i c h 1997) foram registrados, respectivamente, cinco e quatro gêneros dessa ordem. Por outro lado, Ri g h i -Ca v a l l a r o et al. (2010), estudando riachos do Mato Grosso do Sul, registraram apenas um gênero. Portanto, a fauna de Plecoptera do PEI possui alta riqueza de gêneros (7). No caso de Trichoptera, diversos trabalhos mostram que há uma alternância das três famílias mais diversas da ordem em relação ao maior número de gêneros em diferentes regiões. Por exemplo, Hydroptilidae foi a família com maior riqueza de gêneros em riachos do Mato Grosso do Sul (Ri g h i -Ca v a l l a r o et al. 2010), o que também ocorreu no PEI. Por outro lado, Leptoceridae apresentou-se mais diversa em riachos do Brasil Central (Bi s p o & Oliveira 2007) e Hydropsychidae em riachos de Campos do Jordão (SP) (Oliveira & Fr o e h l i c h 1997). Segundo Cr i s c i-bi s p o et al. (2007a), os gêneros Massartella Lestage, Campylocia Needham & Murph, Phylloicus Muller e Triplectides Kolenati são considerados característicos de remanso. No entanto, para o presente estudo, estes gêneros foram registrados também em corredeiras. Uma possível explicação para isso é o fato das corredeiras apresentarem um fluxo turbulento (irregular) da água, o qual interage com o substrato criando microcorrentezas com diferentes velocidades e direções. Entre as pedras e atrás de obstáculos são formados microhabitats com correntezas menores onde é possível observar o acúmulo de areia e folhas. Nesses microhabitats, organismos característicos de remanso encontram condições adequadas, mesmo em corredeiras. Por isso, no PEI, observamos organismos característicos de remanso representados por baixas densidades em corredeiras.

Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera em Corredeiras de Riachos do... A riqueza padronizada de gêneros de EPT do PEI é menor do que a riqueza de outras regiões como a bacia do Rio das Almas (Pirenópolis, GO) e do Parque Estadual de Campos do Jordão (Campos do Jordão, SP) (Bi s p o & Oliveira 2007). Adicionalmente, para o PEI, Bi s p o & Oliveira (2007) verificaram que riachos de menor ordem (1a - 2a ordens) apresentaram riqueza (padronizada para 450 indivíduos) similar aos de ordem intermediária (3a - 4a ordens), discordando dos dados obtidos em Paciencia et al. riachos de Pirenópolis e de Campos do Jordão, onde as riquezas foram maiores em riachos de baixas ordens. Os resultados apresentados reúnem dados de mais de dez anos de coletas e, apesar de se concentrarem no nível de gênero, podem ser um importante ponto de partida para entender a diversidade de EPT no PEI, fornecendo dados importantes que poderão subsidiar futuras estratégias de conservação na referida unidade de conservação. Tabela 1. Lista de gêneros de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera registrados no Parque Estadual Intervales entre 1999 e 2010. Táxons Autor(es) Táxons Autor(es) EPHEMEROPTERA Baetidae TRICHOPTERA Anomalopsychidae Americabaetis Kluge, 1992 Contulma Flint, 1969 Baetodes Needham & Murphy, 1924 Calamoceratidae Camelobaetidius Demoulin, 1966 Phylloicus Müller, 1880 Cloeodes Traver, 1938 Ecnomidae Cryptonympha Lugo-Ortiz & McCafferty, 1998 Austrotinodes Schmid, 1955 Tupiara Salles, Lugo-Ortiz, Da-Silva & Francischetti, 2003 Glossosomatidae Zelusia Lugo-Ortiz & McCafferty, 1995 Itauara Müller, 1888 Caenidae Helicopsychidae Caenis Stephens, 1835 Helicopsyche Siebold, 1856 Euthyplociidae Hydrobiosidae Campylocia Needham & Murphy, 1924 Atopsyche Banks, 1905 Leptohyphidae Hydropsychidae Leptohyphes Eaton, 1882 Blepharopus Kolenati, 1859 Leptohyphodes Ulmer, 1920 Leptonema Guérin, 1843 Traverhyphes Molineri, 2001 Smicridea McLachlan, 1871 Tricorythodes Ulmer, 1920 Hydroptilidae Tricorythopsis Traver, 1958 Hydroptila Dalman, 1819 Leptophlebiidae Leucotrichia Mosely, 1934 Askola Peters, 1969 Metrichia Ross, 1938 Farrodes Peters, 1971 Neotrichia Morton, 1905 Hagenulopsis Ulmer, 1920 Rhyacopsyche Müller, 1879 Hermanella Needham & Murphy, 1924 Zumatrichia Mosely, 1937 Hylister Domíguez & Flowers, 1989 Leptoceridae Massartella Lestage, 1930 Grumichella Müller, 1879 Miroculis Edmunds, 1963 Nectopsyche Müller, 1879 Needhamella Domíguez & Flowers, 1989 Oecetis McLachlan, 1877 Thraulodes Ulmer, 1920 Triplectides Kolenati, 1859 Ulmeritus Traver, 1956 Odontoceridae Oligoneuriidae Barypenthus Burmeister, 1839 Lachlania Hagen, 1868 Philopotamidae Chimarra Stephens, 1829 PLECOPTERA Wormaldia McLachlan, 1865 Gripopterygidae Polycentropodidae Gripopteryx Pictet, 1841 Cernotina Ross, 1938 Guaranyperla Froehlich, 2001 Cyrnellus Banks, 1913 Paragripopteryx Enderlein, 1909 Polycentropus Curtis, 1835 Tupiperla Froehlich, 1969 Polyplectropus Ulmer, 1905 Perlidae Sericostomatidae Anacroneuria Klapálek, 1909 Grumicha Müller, 1879 Kempnyia Klapálek, 1914 Xiphocentronidae Macrogynoplax Enderlein, 1909 Xiphocentron Brauer, 1870 116

Setembro - Dezembro 2011 - www.periodico.ebras.bio.br EntomoBrasilis 4(3) Agradecimentos PCB agradece à FAPESP (nº 98/11074-3; 02/07216-4 e 04/09711-8) e CNPq (nº 473246/2004-0 e 477349/2007-2) pelo constante apoio. Parte deste trabalho teve o apoio da FAPESP dentro do programa BIOTA (nº 1998/05073-4). Os autores agradecem ao CNPq e à CAPES pelas bolsas recebidas, ao L. S. Lecci pela edição de imagem do mapa e aos funcionários do Parque Estadual Intervales pelo apoio logístico durante mais de dez anos de trabalho na região. Referências Angrisano, E.B & P.G. Korob, 2001. Trichoptera, p. 55-92. In: Fernández H.R. & E. Domínguez (Eds.). Guía para la determinacíon de los artrópodos bentónicos sudamericanos. Tucumán, Universidad Nacional de Tucumán, 282 p. Baptista, D.F., L.F.M. Dorvillé, D.F. Buss & J.L. Nessimian, 1998. O conceito de continuidade de rios é válido para rios tropicais de Mata Atlântica no sudeste brasileiro? Oecologia Brasiliensis, 5: 209-222. Baptista, D.F., L.F.M. Dorvillé, D.F. Buss & J.L. Nessimian, 2001. Spatial and temporal organization of aquatic insect assemblages in the longitudinal gradient of a tropical river. Revista Brasileira de Biologia, 61: 295-304. Bispo, P.C. & C.G. Froehlich, 2004. Perlidae (Plecoptera) from Intervales State Park, São Paulo State, Southeastern Brazil, with Descriptions of New Species. Aquatic Insects, 26: 97-113. Bispo, P.C. & C.G. Froehlich, 2007. Stoneflies (Plecoptera) from northern Goiás State: new record of Kempnya oliverai (Perlidae) and a new species of Tupiperla (Gripopterygidae). Aquatic Insects, 29: 213-217. Bispo, P.C. & L.G. Oliveira, 2007. Diversity and structure of Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera (Insecta) assemblages from riffles in mountain streams of Central Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 24: 283 293. Bispo, P.C., L.G. Oliveira, L.M. Bini & K.G. Sousa, 2006. Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera from riffles in mountain streams of Central Brazil: environmental factors influencing the distribution and abundance of immatures. Brazilian Journal of Biology, 66: 611-622. Calor, A.R., 2008. A new species of Notalina Mosely, 1936 (Trichoptera: Leptoceridae) from Chapada dos Veadeiros National Park, Goiás state, Brazil. Biota Neotropica, 8: 175-178. Calor, A.R., 2011. Checklist dos Trichoptera (Insecta) do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 11 (1a): 317-328. Crisci-Bispo, V.L, P.C. Bispo & C.G. Froehlich, 2004. Triplectides larvae in empty cases of Nectopsyche (Trichoptera, Leptoceridae) at Parque Estadual Intervales, São Paulo State, Brazil. Revista Brasileira de Entomologia, 48: 133-134. Crisci-Bispo, V.L., P.C. Bispo & C.G. Froehlich, 2007a. litter in a mountain stream of the Atlantic rainforest from southeastern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 24: 545-551. Crisci-Bispo, V.L., P.C. Bispo & C.G. Froehlich, 2007b. two Atlantic Rainforest streams, Southeastern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 24: 312 318. Da-Silva, E.R., F.F. Salles & M.S. Baptista, 2002. As brânquias do gênero Leptophlebiidae (Insecta: Ephemeroptera) ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro. Biota Neotropica, 2: 1-4. Domínguez, E., M.D. Hubbard, M.L. Pescador, & C. Molineri, 2001. Ephemeroptera, p. 17-53. In: Fernandez, H.R & E. Domínguez (Eds.). Guía para la determinacíon de los artrópodos bentónicos sudamericanos. Tucumán, Universidad Nacional de Tucumán, 282 p. Dorvillé, L.F.M. & C.G. Froehlich, 1999. Additional characters to distinguish the nymphs of the perlid genera from Southeastern Brazil (Insecta, Plecoptera). Aquatic Insects, 21: 281-284. Froehlich, C.G., 1969. Studies on Brazilian Plecoptera 1. Some Gripopterygidae from the Biological Station at Paranapiacaba, State of São Paulo. Beitraege zur Neotropical Fauna, 6: 17-39. Froehlich, C.G., 1984. Brazilian Plecoptera 4. Nymphs of perlid genera from southeastern Brazil. Annales de Limnologie. International Journal of Limnology, 20: 43-48. Froehlich, C.G., 1994. Brazilian Plecoptera 8. On Paragripopteryx (Gripopterygidae). Aquatic Insects, 16: 227-239. Gonçalves, I.C., E.R. Da-Silva & J.L. Nessimian, 2010. A new species of Thraulodes Ulmer (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) from Southeastern Brazil. Zootaxa, 2438: 61 68. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA): site oficial. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br> Acesso em: 24 abr. 2011. Lecci, L.S. & C.G. Froehlich, 2006. Plecoptera. http://sites. ffclrp.usp.br/aguadoce/plecoptera/plecindex.htm. In: Levantamento e biologia de Insecta e Oligochaeta aquáticos de sistemas lóticos do Estado de São Paulo. http://sites.ffclrp.usp.br/aguadoce (última atualização: junho 2008). Olifiers, M.H., L.F.M. Dorvillé, J.L. Nessimian & N. Hamada, 2004. A key to brazilian genera of Plecoptera (Insecta) based on nymphs. Zootaxa, 652: 1-15. Oliveira, L.G. & C.G. Froehlich, 1997. Diversity and community structure of aquatic insects (Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera) in a mountain stream in Southeastern Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia, 9: 139-148. Paprocki, H., R.W. Holzenthal, & R.J. Blahnik, 2004. Checklist of the Trichoptera (Insecta) of Brazil I. Biota Neotropica, 4: 1-22. Pes, A.M.O., H. Neusa, & J.L. Nessimian, 2005. Chaves de identificação de larvas para famílias e gêneros de Trichoptera (Insecta) da Amazônia Central, Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, 49: 181-204. Polegatto, C.M. & C.G. Froehlich, 2001. Functional morphology of the feeding apparatus of the nymph of Farrodes sp. (Ephemeroptera: Leptophlebiidae). Acta Zoologica, 82: 165 176. Righi-Cavallaro, K.O., M.R. Spies & A.E. Siegloch, 2010. Miranda River basin, Mato Grosso do Sul State, Brazil. Biota Neotropica, 10: 253-261. Robertson, D.R. & R.W. Holzenthal, 2006. The Neotropical caddisfly genus Canoptila (Trichoptera: Glossosomatidae). Zootaxa, 1272: 45-59. Salles, F.F., R. Boldrini, J.C.M. Nascimento, E.A. Raimundi & Y.F. Shimano, 2011: Ephemeroptera do Brasil, site oficial. Disponível em: <http://sites.google.com/site/ephemeropterabr> Acesso em: 05 mai. 2011. Salles, F.F., E.R. Da-Silva, J.E. Serrão, M.D. Hubbard & C.N. Francischetti, 2004. As espécies de Ephemeroptera (Insecta) registradas para o Brasil. Biota Neotropica, 4: 1-4. Silveira, M.P., D.F. Buss, J.L. Nessimian & D.F. Baptista, 2006. Spatial and temporal distribution of benthic macroinvertebrates in a southeastern brazilian river. Brazilian Journal of Biology, 66: 623-632. Stark, B.P., C.G. Froehlich & M. del C. Zúñiga, 2009. South American Stoneflies (Plecoptera). In: Adis, J., J.R. Arias, S. Golovatch, K.M. Wantzen & G. Rueda-Delgado (Eds.). Aquatic Biodiversity of Latin America (ABLA). Sofia-Moscow, Pensoft, 154p. Strahler, H.N., 1957. Quantitative analysis of watershed geomorphology. American Geophysical Union Transactions, 33: 913-920. Wiggins, G.B., 1998. Larvae of the North America caddisfly genera (Trichoptera). Toronto, University of Toronto Press. 457p. 117

Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera em Corredeiras de Riachos do... Paciencia et al. Recebido em: 10/05/2011 Aceito em: 25/08/2011 ************* Como citar este artigo: Paciencia, G.P., E. Yokoyama, P.C. Bispo, V.L. Crisci-Bispo & I. V. Takebe, 2011. Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera em Corredeiras de Riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo. EntomoBrasilis, 4(3): 114-118. www.periodico.ebras.bio.br/ojs Aponte a câmera do celular, que possua leitor de QRCode, para acessar o artigo. 118