Incentivos à Internacionalização A sobrevivência e o crescimento das empresas portuguesas está cada vez mais dependente do sucesso que conseguirem no Mercado Mundial Michael Porter, 1993
Incentivos à Internacionalização Sobrevivência / Crescimento
Razões para Internacionalizar Procura das economias de escala com aumento do volume de produção; Maior ameaça dos concorrentes internacionais com a abertura dos mercados à escala global; Diminuta dimensão do mercado nacional para produtos específicos; O alargamento do ciclo de vida de um produto; Reprodução no exterior do sucesso obtido com produtos ou tecnologias.
Caminhos para a Internacionalização Exportação ou Investimento Directo
Vantagens do Investimento Directo Possibilidade de obtenção de custos de produção mais baixos (exemplo: mão de obra). Maior proximidade entre a produção e o consumidor (redução de custos de transporte). Maior adaptação do produto às necessidades do consumidor local. Atendimento personalizado do cliente com a criação de delegações ou sucursais. Subsídios, benefícios fiscais e facilidades de financiamento concedidos em alguns países.
Regime dos Benefícios Fiscais à Internacionalização Decreto-Lei n.º 250/2009, de 23 de Setembro Regulamenta Artigo 41.º, n.ºs 4 a 7, do Estatuto dos Benefícios Fiscais Artigo 22.º do Código Fiscal do Investimento
Benefícios Fiscais à Internacionalização Artigo 41.º (E.B.F.) Benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual 4 Os projectos de investimento directo efectuados por empresas portuguesas no estrangeiro, de montante igual ou superior a (euros) 250.000, de aplicações relevantes, que demonstrem interesse estratégico para a internacionalização da economia portuguesa, podem beneficiar de incentivos fiscais, em regime contratual, com período de vigência até 5 anos, a conceder nos termos, condições e procedimentos definidos em regulamentação própria, de acordo com os princípios estabelecidos nos n.ºs 5 a 7. (Redacção do Decreto Lei 249/2009, de 23 de Setembro, com efeitos a 1 de Janeiro de 2009)
Código Fiscal do Investimento Capitulo II Benefícios fiscais com vista à internacionalização Artigo 22.º Condições de acesso dos projectos com vista à internacionalização 1 Podem ter acesso a benefícios fiscais em regime contratual e condicionado os projectos de investimento de montante igual ou superior a (euro) 250.000, em aplicações relevantes que preencham cumulativamente as seguintes condições: (Continua)
CFI artigo 22.º (Continuação) a) Demonstrem interesse estratégico para a internacionalização da economia portuguesa; b) Demonstrem ter viabilidade técnica, económica e financeira; c) Não se localizem em países, territórios ou regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, previstos na Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro; d) Não impliquem a diminuição dos postos de trabalho em Portugal. 2 Os benefícios fiscais, os critérios de determinação do crédito fiscal e as aplicações relevantes relativos a projectos de internacionalização são definidos em diploma próprio.
Decreto Lei n.º 250/2009, de 23 de Setembro Define: Quais os benefícios fiscais; Quais os critérios de apuramento do crédito fiscal; Quais as aplicações relevantes.
Decreto Lei 250/2009, de 23 de Setembro Características dos benefícios fiscais Contratuais (em regra) Condicionados (interesse estratégico para a internacionalização da economia) Temporários (até 5 anos)
Sectores de Actividade Indústria extractiva e transformadora; Turismo ou actividades de interesse turístico; Actividades e serviços informáticos e conexos; Actividades agrícolas, piscícolas, agro-pecuárias e florestais; Investigação e desenvolvimento de alta intensidade tecnológica; (continua)
Sectores de Actividade (Continuação) Tecnologias da informação e produção de audiovisuais e multimédia; Ambiente, energia e telecomunicações; (especificamente para a internacionalização) Actividades associadas aos pólos de competitividade e tecnologia; Construção de edifícios, obras públicas, actividades de engenharia e de arquitectura com elas conexas; Transportes e logística.
Requisitos do Projecto Valor igual ou superior a 250.000; Interesse estratégico para a internacionalização da economia portuguesa; Viabilidade técnica, económica e financeira; (continua)
Requisitos do projecto (continuação) Não se concretize em zona franca, país, território ou região com regime de tributação claramente mais favorável (Paraísos Fiscais); Não implique a diminuição de postos de trabalho em Portugal.
Benefícios Fiscais Crédito de Imposto
Crédito de Imposto Crédito fiscal dedutível em IRC, correspondente a 10% das aplicações relevantes, a deduzir à matéria colectável, não podendo ultrapassar: 25% do investimento total em cada exercício; 1.000.000 por exercício.
Majorações: Crédito de Imposto 10% para projectos de pequenas e médias empresas; 10% para projectos no âmbito de Acções Conjuntas de Internacionalização (nos termos a definir por Portaria do Ministério das Finanças); 5% para projectos de relevância excepcional para a economia. reconhecida por Resolução de Conselho de Ministros (com um limite máximo de 20% das aplicações relevantes).
Aplicações Relevantes Para efeitos da atribuição do crédito de imposto são relevantes as seguintes aplicações: Criação de sucursais ou outros estabelecimentos estáveis no estrangeiro; Aquisição de participações ou criação de sociedades no estrangeiro com uma participação directa mínima de 25% do capital social; Campanhas plurianuais de promoção em mercados externos (exemplos: lançamento ou promoção de bens, serviços ou marcas, incluindo as realizadas com feiras, exposições, etc).
Despesas Relevantes São relevantes para efeitos de cálculo dos benefícios fiscais as despesas relativas a: Aquisição de equipamento directamente relacionado e relevante para a actividade desenvolvida pela sucursal ou estabelecimento no exterior; Aquisição de participações em sociedades não residentes, excluindo as sociedades intra-grupo; (continua)
Despesas Relevantes (Continuação) Realização de capital social de sociedades no estrangeiro; Custos com a realização de campanhas plurianuais de promoção em mercados externos (de acordo com os limites comunitários Regulamento (CE) n.º 1998/2006 da Comissão, de 15 de Dezembro) ; Custos corporizados em activo fixo incorpóreo como assistência técnica, elaboração de estudos, patentes, licenças e alvarás (tem os mesmos limites comunitários de apoio para as empresas que não sejam PMEs).
Campanhas Plurianuais de Promoção (Importante) Relativamente às despesas efectuadas com as campanhas plurianuais de promoção externa, é automaticamente concedida a dedução do crédito de imposto sem necessidade de cumprimento dos procedimentos contratuais exigidos para as restantes despesas de investimento.
Excepções Não são aplicações relevantes: Terrenos; Edifícios não directamente relacionadas com o processo produtivo ou as actividades administrativas essenciais; Viaturas ligeiras ou mistas e outro material de transporte com valor superior a 20% das aplicações relevantes; Mobiliário e artigos de conforto ou decoração; Equipamentos sociais não obrigatórios por lei; Criação e aquisição de empresas comercias e criação e exploração de redes de distribuição no estrangeiro.
Liquidação de IRC A dedução do crédito de imposto é feita na liquidação de IRC: Do exercício em que foram realizadas as despesas relevantes; Do exercício em que for atingida a participação de 25%; Dos cinco exercícios seguintes quando não possa sê-lo integralmente no ano em que a despesa foi efectuada por insuficiência da matéria colectável.
Regra contabilística Por virtude da dedução deste benefício fiscal, a contabilidade da empresa deverá mencionar o valor do imposto que deixou de ser pago no anexo ao balanço e à demonstração de resultados relativos ao exercício em que se efectua a dedução.
Eliminação da Dupla Tributação dos Lucros Obtidos em Virtude da Realização do Investimento A dedução dos lucros distribuídos e anteriormente tributados é efectuada: No período de 5 anos após a conclusão do projecto de investimento; Quando os lucros decorram da realização do investimento; Quanto a lucros distribuídos por sociedade afiliada não residente em Portugal ou UE, sujeita e não isenta de imposto sobre lucros equivalente ao IRC. Cumulativamente com a dedução à colecta dos benefícios fiscais da internacionalização.
Artigo 42.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos por sociedades residentes nos países africanos de língua oficial portuguesa e na República Democrática de Timor-Leste
Convenção entre a República Portuguesa e o República de Cabo Verde para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Prevenir a Evasão Fiscal Primado do Convenção Internacional sobre o direito interno. No que ao investimento em Cabo Verde diz respeito, haverá que ter presente que a eliminação da dupla tributação em matéria de impostos sobre o rendimento decorre já da Convenção entre Portugal e Cabo Verde assinada na Praia em 22 de Março de 1999, em vigor desde 15/12/2000.
Cumulação de benefícios Os benefícios fiscais à internacionalização não são cumuláveis com outros benefícios fiscais no mesmo projecto de investimento.
Candidatura Candidatura electrónica junto da AICEP Portugal Global Formulário próprio; Memória descritiva do projecto; Plano global de investimento. Fonte: IAPMEI
Identificação da Promotora; Formulário Mapa de pessoal e composição accionista.; Balanços históricos dos três últimos exercícios; Demonstrações de resultados dos três últimos exercícios; (continua)
Formulário (continuação) Identificação do Projecto; Activos fixos corpóreos e incorpóreos; Investimento da Promotora com a execução do projecto; Nível de emprego na Promotora e no Projecto; Evolução das Vendas / Prestação de Serviços; Evolução do consumo das matérias primas e subsidiárias e/ou custos das existências vendidas; Demonstração de resultados previsional do Projecto; Mapa de Cash Flows; Plano de financiamento; Balanço previsional do Projecto; Demonstração de resultados previsional da Promotora; Balanço previsional da Promotora.
Memória Descritiva do Projecto Apresentação da Promotora do projecto; Caracterização da estratégia; Caracterização do projecto; Análise do projecto; Impacto do projecto na empresa nacional; Gestão do projecto.
Documentos: Pacto social da Promotora e respectivas alterações; Relatórios de gestão e demais documentos de prestação de contas, actas de aprovação de contas e o modelo 22 do IRC, referentes aos 3 últimos exercícios; Certidão actualizada do Registo Comercial; Certidões comprovativas de situação contributiva regularizada para com a Segurança Social e Finanças; Cópias das condições de financiamento bancário para o projecto.
Conselho Interministerial de Coordenação dos Incentivos Fiscais ao Investimento a conceder até 2020 Previsto no Código Fiscal do Investimento Presidido por um representante do Ministério das Finanças e da Administração Pública Integra: Um representante da AICEP; Um representante do IAPMEI; Um representante da DGCI; Um representante da DGAIEC (Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo).
Conselho Interministerial de Coordenação dos Incentivos Fiscais ao Investimento a conceder até 2020 Competências: Acompanhamento da aplicação do CFI; Avaliação prévia das candidaturas; Verificação do cumprimento das condições de acesso e de elegibilidade dos projectos; Pronúncia sobre o interesse do projecto quanto aos objectivos visados pelos benefícios fiscais; Avaliação das aplicações relevantes; Avaliação do enquadramento dos projectos de investimento; Análise do processo e remessa da proposta para aprovação; Emissão de parecer quanto aos benefícios fiscais; Verificação do cumprimento dos contratos de concessão de benefícios fiscais.
Contrato de Concessão dos Benefícios Contrato aprovado por Resolução do Conselho de Ministros onde obrigatoriamente constam: Os objectivos do contrato; As metas a cumprir pela Promotora; Os benefícios fiscais concedidos.
Âmbito Temporal Projectos de Investimento realizados: A partir de 1 de Janeiro de 2009 Até 31 de Dezembro de 2020
Alteração de Regime O Decreto Lei n.º 250/2009 vem revogar os artigos 4.º a 7.º e 14.º do Decreto Lei n.º 401/99, de 14 de Outubro.
Algumas das alterações: Alteração de Regime Prorroga a concessão de incentivos fiscais até 2020; Aumenta a Majoração das PMEs em 5%; Elimina a majoração dos investimentos nos PALOPs; Prevê as Acções Conjuntas de Internacionalização; Estabelece limites para a relevâncias de despesas com a realização de campanhas plurianuais de promoção ou em activos fixos incorpóreos; Exclui do âmbito de aplicação os investimentos em empresas comerciais e exploração de redes de distribuição.
A regulamentar: A designação dos membros do Conselho Interministerial de Coordenação dos Incentivos Fiscais ao Investimento a conceder até 2020. A definição do CAE's Correspondentes às actividades a que o diploma é aplicável; As Acções Conjuntas de Internacionalização.
Outros Incentivos Resolução do Conselho de Ministros n.º 115/2009, de 15 de Dezembro de 2009, decidiu, entre outros: - Criar um fundo de 250 milhões de Euros para apoiar operações de desenvolvimento de PMEs em mercados internacionais. - Criar 14 lojas de exportação para apoio técnico às empresas exportadoras (a 1.ª será em Leiria). - Promover, em sede de Orçamento de Estado para 2010, o reforço do sistema de benefícios fiscais ao investimento na internacionalização.
Fim Bons negócios em Cabo Verde Castanheira Martins