3. Panorama das Crenças Religiosas e Cosmovisões

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Transcrição:

Em defesa da fé 3. Panorama das Crenças Religiosas e Cosmovisões Quadro de Religiões e Filosofias Mundiais Reclaiming the Mind Ministries 2009 Judaísmo 14.000.000 Siquismo 24.000.000 Novas Religiões 105.000.000 Religiões Tribais 230.000.000 Confucionismo 6.300.000 Zoroastrismo 2.700.000 Xintoísmo 2.700.000 Jainismo 4.300.000 Taoísmo 2.700.000 Budismo 350.000.000 Ateismo, Agnosticismo etc. 750.000.000 Cristianismo 2.100.000.000 Hinduismo 1.000.000.000 Islamismo 1.500.000.000 4. Pluralismo Religioso Brasileiro Nas últimas três décadas tem havido uma grande mudança no perfil religioso no Brasil, que, apesar de ainda ser o maior país católico do mundo, tem presenciado um enorme decréscimo em número de seguidores do catolicismo. Tendo uma grande parte deles migrado para o chamado baixo espiritismo (cultos afro-brasileiros [candomblé, umbanda, quimbanda]), e o alto espiritismo (kardecismo) etc. Ainda percebemos um grande número de pessoas identificadas como sem religião (que são quase duas 24

Curso Apologético vezes maior do que os chamados evangélicos não pentecostais na região sudeste), só perdendo em número para os católicos e os evangélicos pentecostais. Sem religião não são ateus, mas pessoas que, apesar de possuírem crenças definidas sobre vários aspectos de sua experiência espiritual, não fazem parte de nenhum sistema religioso definido por meio de dogmas e doutrinas. Abaixo temos uma estatística da mudança gradativa do perfil religioso brasileiro, com base no censo do IBGE. Católica Apostólica Romana 100% 90% Evangélica Espírita Outras Sem religião e sem declaração 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0 1872 1890 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 Fonte: Diretoria Geral de Estatística, Recenseamento do Brasil 1872/1890, e IBGE, Censo Demográfico 1940/1991 5. Compartilhando a Fé com Adeptos de Grupos não Cristãos Entre as várias características do cristianismo bíblico está a de que é e sempre será uma religião proselitista (que busca fazer seguidores em qualquer segmento, inclusive entre os demais grupos religiosos), pois Jesus claramente deu a seus discípulos essa ordem conhecida e expressa em Mateus 28.19,20. 25

Em defesa da fé A partir dessa perspectiva de reconhecimento da ordem de Cristo, faz-se necessário obter um conhecimento básico dos cânones (regras) da evangelização de adeptos de outras crenças e religiões, para que o nosso diálogo com tais pessoas se torne frutífero e promissor para o Reino de Deus. A nossa análise será dividida em duas partes fundamentais: Precauções que devem ser tomadas e Como agir diante de adeptos de grupos não cristãos. O estudo cauteloso dessas informações será de grande auxílio para que você consiga cumprir de forma eficaz a ordem de Pedro em sua primeira epístola, dando, assim, a qualquer que lhe pedir a razão de sua esperança (1Pe 3.15,16). 6. Precauções que devem Ser Tomadas 6.1. Aprenda o máximo que puder acerca do grupo que almeja evangelizar. Seus pontos fundamentais: terminologias, crenças básicas e conceitos fundamentais em relação a Deus, suas Escrituras, Jesus (sempre é um bom tema para um diálogo dessa natureza) etc. Outro ponto que não pode ser esquecido são as doutrinas bíblicas que você pretende abordar. Isso tudo contribuirá para que você não se ache despreparado em um diálogo e para que suas respostas não sejam evasivas, ou seu silêncio, ao ser questionado, não possua um efeito inverso, concedendo maior convicção ao adepto de que a fé dele é mais bem fundamentada do que a sua. 6.2. Lembre-se de que quem convence é o Espírito Santo, e não você (Jo 16.7-10). 6.3. Lembre-se de que você foi enviado para pregar o evangelho a todas as pessoas; inclusive aos adeptos dos grupos não ortodoxos (Mt 28.19-20). 6.4. Não pretenda fazer do encontro com o adepto apenas um teste de conhecimento e tentar humilhá-lo. Nosso intuito deve ser arrebatá-lo do erro (Jd 23). 26

Curso Apologético 6.5. Lembre-se de que Satanás também é quem está por trás de todo engano e cegueira espiritual (2Co 4.3, 4). 6.6. Interceda pelas pessoas que você deseja evangelizar para que todo impedimento seja superado (Ef 6.19, 20). 7. Como Agir Diante dos Adeptos de Grupos não Cristãos 7.1. Deixe a pessoa sentir-se à vontade. Seja cordial. 7.2. Seja um bom ouvinte. Não fique interrompendo o raciocínio da pessoa. Esse tipo de atitude pode inibi-la. 7.3. Não demonstre ser o dono da verdade, mas antes a deixe perceber que você está apenas buscando a verdade dos fatos. 7.4. Demonstre respeito pelo que ela crê, mesmo que não concorde com a sua crença. Por exemplo: se um muçulmano expõe para você a crença na poligamia celestial, nunca trate a sua fé com desdém, apesar de julgar tal crença um grande absurdo. 7.5. Não permita ao adepto de um grupo não ortodoxo se esquivar do assunto que foi iniciado. Por exemplo: se você está tratando da divindade de Jesus, não o permita fugir para outro assunto mesmo que seja relativamente próximo ao tema (a Trindade, por exemplo). 7.6. Trate um assunto por vez. 7.7. Procure sempre localizar ou documentar as suas afirmações para não transparecer a ideia de que o que foi declarado é apenas mera opinião pessoal. 7.8. Empregue mais perguntas do que afirmações a fim de não ignorar questões importantes e relevantes. As perguntas exigem uma resposta pensada, enquanto as afirmações nem sempre, ou não necessariamente. 27

Em defesa da fé 7.9. Nunca deixe que uma pergunta sua não seja respondida e não passe para outra questão antes de obter a resposta da indagação anterior. 7.10. Não ataque nenhuma doutrina do grupo em particular, deixei-o à vontade para lhe dirigir perguntas acerca de sua opinião sobre qualquer tema. Por exemplo: se você está trabalhando com um muçulmano, nunca inicie o diálogo criticando o profeta Mohamed. 28

verificação De aprendizagem CENSOS E METODOLOGIAS DE ABORDAGEM 1. De acordo com o censo de 2009, qual a maior religião do mundo? 2. Que grupo religioso mais perdeu seguidores de acordo com o último censo? 3. O cristianismo é uma religião proselitista? Em caso afirmativo, cite a base bíblica para tal comportamento. 4. Por que é importante aprender o máximo que puder acerca do grupo que almeja evangelizar? 5. Embora façamos a nossa parte, quem é o responsável pelo convencimento do discipulando? 6. O que nunca podemos esquecer de acordo com Mt 28.19-20? 7. Quem também é o principal responsável por todo engano e cegueira espiritual? 8. Cite três formas de agir que mais lhe chamam a atenção ao lidar com adeptos de grupos não Cristãos. 9. Por que é importante o uso de perguntas neste tipo de evangelização? 10. Por que é importante nunca criticar as crenças do grupo ao iniciarmos uma conversa? 29