LEVANTAMENTO E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE HELMINTOS EM HUMANOS NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, RJ Vitor Andrey Duarte de Araújo

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Transcrição:

LEVANTAMENTO E ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE HELMINTOS EM HUMANOS NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, RJ Vitor Andrey Duarte de Araújo ABSTRACT The intestinais helmintos constitute a serious problem of public health in diverse regions of the world. The distribution of the intestinal helmintos was studied in Seropédica s population, RJ, from January 10 th, 2004 up to July 10 th of the same year. 2.843 coproparasitologics were analyzed through the Hoffman, Pons and Janer methods, arising from José Cristino and José Bueno Lopes Health Centers and Aprígio Barboza de Souza Maternity Hospital. The helmintos that have been found were: Ascaris lumbricoides (5,2%), Strongyloides stercoralis (0,7%), Trichuris trichiura (0,7%), Enterobius vermiculares (0,6%), Hymenolepis nana (0,2%) and Ancylostomids (0,1%). The 6-11 age bracket has presented the highest number of parasitized individuals (2,1%). There was a decrease in the helmintos prevail between 24 and 78 years, probably due to the answer. It did not have correlation enters the prevalence of the parasites and the sex of the host. RESUMO Os helmintos intestinais constituem um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo. Foi estudada a distribuição dos helmintos intestinais na população de Seropédica, RJ, de 10 de janeiro de 2005 a 10 de julho de 2005. Foram analisados 2.843 coproparasitológicos, com método de Hoffmann, Pons e Janer, oriundos dos Postos de Saúde Sílvio José Cristino e José Bueno Lopes e do Hospital Maternidade Aprígio Barbosa de Souza. Os helmintos encontrados foram: Ascaris lumbricoides (5,2%), Strongyloides stercoralis (0,7%), Trichuris trichiura (0,7%), Enterobius vermiculares (0,6%), Hymenolepis nana (0,2%) e Ancilostomideos (0,1%). A faixa etária entre 6 e 11 anos apresentou maior número de indivíduos parasitados (2,1%). Houve uma queda na prevalência de helmintos na faixa etária entre 24 e 78 anos, provavelmente devido à resposta imunológica. Não houve correlação entre a prevalência parasitária e o sexo do hospedeiro. 1. INTRODUÇÃO Os helmintos intestinais constituem um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo. Sua presença está associada, quase sempre, ao baixo desenvolvimento econômico, carência de saneamento básico e falta de higiene. Há vários trabalhos na literatura que corroboram esse fato, dentre eles podemos citar Ludwig et al (1999) que estabeleceram uma correlação entre as condições de saneamento básico e a freqüência de parasitoses num período de 2 anos, no município de Assis (SP). Eles

observaram uma diminuição da prevalência das parasitoses intestinais com o aumento do número de ligações de água e esgoto, evidenciando uma relação inversa entre a prevalência de exames positivos e população atendida por melhorias de saneamento básico. Segundo Santos et al (1993), de acordo com a OMS, de cada quatro habitantes do planeta, um está parasitado por algum tipo de helminto. Dentre estes parasitas, chamam a atenção o Ascaris lumbricoides (L. 1771) Stiles, 1901 e o Trichuris trichiura Linnaeus,1758 como vermes de elevada freqüência na população pediátrica (MACHADO et al., 1999). Pesquisas realizadas na América Latina, África e Ásia demonstraram que a ancilostomíase e a ascaridíase encontravam-se entre as vintes infecções mais fatais e com elevada taxa de morbidade (ALVES et al, 1998). A descoberta de que a população de células T auxiliadoras (CD4+) é heterogênea e constituída por subpopulações de células denominadas linfócitos T auxiliares do tipo 1 (Th1) e linfócitos T auxiliares do tipo 2 (Th2) tem contribuído para um melhor entendimento da resposta imune nas doenças parasitárias. Embora os mecanismos de defesa contra helmintos não sejam totalmente conhecidos, existem evidências de que a resposta Th2, através da síntese de IL-4, IL-5, e conseqüente produção de IgE, eosinofilia e mastocitose está envolvida na destruição do parasito (PORTO et al., 2002). No Brasil, a freqüência de infecção por enteroparasitas varia de acordo com a região estudada e com a população, nas quais as taxas em geral não são significativamente elevadas quando comparadas com às da população pediátrica (SATURNINO et al., 2003). Na literatura, existem diversos trabalhos de estudos epidemiológicos na população do município em diversos estados brasileiros, onde os helmintos registrados parasitando os humanos podemos destacar o Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Enterobius vermiculares, ancilostomídeos, Hymenolepis nana, Taenia sp. e Shistosoma mansoni como mais abundantes respectivamente. O presente trabalho tem por objetivo verificar a prevalência de helmintos encontrados em exames de fezes nos Postos de Saúde da Prefeitura Municipal de Seropédica Sílvio José Cristino e José Bueno Lopes, e no Hospital Maternidade Aprígio Barbosa de Souza, RJ; verificar a possível influência da prevalência de helmintos quanto à idade e também verificar a possível relação da prevalência de helmintos quanto ao sexo do hospedeiro. 2

2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Amostras Coprológicas Foram analisados resultados de 2843 exames parasitológicos de fezes, realizados pelos Postos de Saúde da Prefeitura Municipal de Seropédica Sílvio José Cristino e José Bueno Lopes, e no Hospital Maternidade Aprígio Barbosa de Souza, localizados no Estado do Rio de Janeiro, durante o período de 10 de janeiro de 2005 a 10 de julho de 2005. Estas amostras coprológicas eram recebidas aleatoriamente, de acordo com os pedidos médicos, o que quer dizer que os pacientes que procuravam os Postos de Saúde não apresentavam queixas relacionadas exclusivamente a parasitoses intestinais. O material foi coletado pelo paciente em recipiente próprio, contendo ou não o líquido conservante MIF (mercuriocromo a 2%, 0,8 ml, Formaldeído a 40%, 50 ml, Glicerina, 10 ml, água destilada, 900mL). 2.2. Análises Parasitológicas das Amostras Coprológicas Todas as amostras analisadas foram submetidas aos exames coproparasitológicos de sedimentação espontânea, Hoffman, Pons e Janer (LUDWIG et al., 1999). A análise dos dados obtidos foi feita através de observação dos mapas de resultados diários dos laboratórios, sendo descritos o sexo, a idade e o número de registro dos pacientes que apresentavam algum tipo de parasitose e a correlação entre o número de casos totais. Após o levantamento, foram separados os casos de helmintíases. 2.3. Amostra da População Hospedeira Os indivíduos analisados tinham idade entre 0 e 78 anos e 1087 eram do sexo masculino e 1756 eram do sexo feminino. Para melhor análise estatística e para verificar possíveis correlações entre a prevalência e a idade, a amostra foi dividida em 6 classes de intervalos de idade, como seguem abaixo: 1ª classe - 0 a 5 anos; 2ª classe - 6 a 11 anos; 3ª classe - 12 a 23 anos; 4ª classe - 24 a 35 anos; 5ª classe - 36 a 47 anos; 6ª classe - 48 a 78 anos. 3

2.5. Análises Estatísticas O coeficiente de correlação de Pearson (r) foi aplicado para detectar possível correlação existente entre a prevalência parasitária e a idade do hospedeiro. Para este teste, os dados sofreram uma prévia transformação angular dos valores de prevalência e também a separação das amostras dos hospedeiros em seis intervalos de classe. Em relação ao sexo, foi aplicado teste qui-quadradoχ 2, com tabela de contingência 2 x 2 para determinar a influência do sexo do hospedeiro em relação à prevalência parasitária de cada espécie de parasito. O nível de significância utilizado foi p 0,05. 3. RESULTADOS 3.1. Espécies de Helmintos Encontrados em Exames Coproparasitológicos em Humanos no Município de Seropédica, RJ 3.1.1. Aspectos Epidemiológicos NEMATODA ASCARIDOIDEA Railliet & Henry, 1915 ASCARIDIDAE Baird, 1853 Ascaris lumbricoides Linnaeus, 1758 A prevalência de Ascaris lumbricoides nas amostras examinadas foi de 5,17%. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observou-se uma tendência ao acréscimo progressivo da prevalência entre as idades de 0 a 23 anos, e um decréscimo a partir dos 24 anos, sendo o helminto mais prevalente observado nos coprológicos examinados da região. TRICHINELLOIDEA TRICHURIDAE Railliet, 1915 Trichuris trichiura (L., 1771) Stiles, 1901 A prevalência de Trichuris trichiura nas amostras examinadas foi de 0,67%. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observa-se maior prevalência entre as idades de 6 a 11 anos. 4

RHABDITOIDEA Travassos, 1920 STRONGYLOIDIDADE Chitwood & McIntosh 1934 Strongyloides stercoralis Stiles & Hassall, 1902 A prevalência de Strongyloides stercoralis nas amostras examinadas foi de 0,7%. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observa-se maior prevalência entre as idades de 12 a 23 anos. OXYUROIDEA Railliet, 1916 OXYURIDAE Cobbold, 1864 Enterobius vermiculares (L., 1758) Leach, 1853 A prevalência de Enterobius vermiculares nas amostras examinadas foi de 0,6%. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observa-se maior prevalência entre as idades de 6 a 11 anos. ANCYLOSTOMATOIDEA Chabaud, 1965 ANCYLOSTOMATIDAE Looss, 1905 A prevalência de Ancilostomídeos nas amostras examinadas foi de 0,14%, sendo o helminto menos prevalente encontrado nos coprológicos examinados na região. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observa-se uma homogeneidade entre as idades Quanto a sua presença (0,03%), e nas faixas etárias entre 0 e 5 anos e 24 e 35 anos não foi encontrada esta forma parasitária. EUCESTODA Southwell, 1930 HYMENOLEPTOIDEA HYMENOLEPTIDAE Railliet & Henry, 1909 Hymenolepis nana Siebold, 1852 A prevalência de Hymenolepis nana nas amostras examinadas foi de 0,21%, sendo o único cestóide encontrado nos coprológicos examinados da região. Quanto à distribuição do parasito em relação à idade, observa-se maior prevalência entre as idades de 12 a 35 anos. 5

3.2. Prevalência de Helmintos Encontrados em Exames Coproparasitológicos em Humanos no Município de Seropédica, RJ Dentre os 2843 parasitológicos examinados, 7,28% dos indivíduos apresentaram pelo menos um tipo de helmintíase, onde 2636 com nenhuma infecção, 200 com um e 7 com duas espécies respectivamente. (Figura 1). Os ovos de Ascaris lumbricoides obtiveram maior prevalência dentre as demais espécies encontradas, totalizado (5,17%), enquanto os demais obtiveram prevalência de Strongyloides stercoralis 0,7%, Trichuris trichiura 0,67%, Enterobius vermiculares 0,63%, Hymenolepis nana 0,21% e Ancilostomídeos 0,14% (Tabela 1). 3.2.1. Influência da Idade dos Hospedeiros na Prevalência Parasitária Quanto à prevalência de helmintos observada em diferentes faixas etárias durante o período de estudo, verifica-se que na faixa etária de 6 a 11 anos encontra-se mais elevada (2,27%). Na faixa de 12 a 23 anos continua elevada (1,92%), porém com tendência ao decréscimo que se mantém com o aumento da faixa etária, verificando freqüências relativamente baixas para os maiores de 24 anos e menores de 5 anos (Figura 2). De acordo com a correlação de Pearson (r) entre a prevalência parasitária e a idade do hospedeiro, obteve-se o valor r=-0,52 (p<0,05) significando uma correlação negativa entre a idade e a prevalência, ou seja, quanto menor a faixa de idade, maior a prevalência. 3.2.2. Influência do Sexo dos Hospedeiros na Prevalência Parasitária Considerando o acometimento dos helmintos em relação ao sexo dos indivíduos parasitados, observa-se que os indivíduos do sexo feminino estavam parasitados por 60,39% dos helmintos encontrados nas análises e os indivíduos do sexo masculino por 39,61% dos helmintos encontrados (Figura3). De acordo com o teste qui-quadrado, obtevese o valor χ ²=0,06, p=0,8007, não mostrando qualquer correlação entre a prevalência e o sexo do hospedeiro. 6

TABELA 1: PREVALÊNCIA DE HELMINTOS EM EXAMES COPROLÓGICOS DE HUMANOS DO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, RJ. Helmintos Prevalência parasitária (%) Número de parasitos Ascaris lumbricoides 5,17 147 Strongyloides stercoralis 0,7 20 Trichuris trichiura 0,67 19 Enterobius vermiculares 0,63 18 Himenolepis nana 0,21 6 Ancilostomídeos 0,14 4 Em Geral 7,52 214 I n d i v í d u o s 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 2636 200 7 0 1 2 Riqueza Parasitária Figura 1. Relação entre a riqueza parasitária e o número de indivíduos examinados. 7

P r e v a l ê n c i a 2,5 2 1,5 1 0,5 0 0,98 2,27 1,92 0,8 0,86 0,63 0 a 5 6 a 11 12 a 23 24 a 35 36 a 47 48 a 78 Idade (anos) Figura 2. Prevalência total de helmintos em humanos, em relação à faixa etária, no município de Seropédica, RJ. 39,61% Feminino Masculino 60,39% Figura 3. Percentual de helmintos em relação ao sexo dos hospedeiros. 4. DISCUSSÃO 4.1. Quanto à Prevalência de Helmintos Fazendo um paralelo com os resultados obtidos por outros autores que realizaram este tipo de trabalho em outros municípios do país, a prevalência dos helmintos encontrados no presente trabalho (7,28%) encontra-se relativamente mais baixa do que a encontrada em 8

outros levantamentos. Carvalho et al (2002) encontraram uma positividade de 18,1% para helmintos intestinais em três mesorregiões no estados de Minas Gerais. Coelho et al (1999) encontraram uma prevalência de 15,4% para helmintos intestinais do município de Sorocaba, SP. De acordo com os dados do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (2004), a rede de esgoto sanitário do município de Seropédica chega a 11,5% dos domicílios, outros 48,3% têm fossa séptica, 12,8% fossa rudimentar, 21,8% estão ligados a uma vala e 1,7% são lançados diretamente em um corpo receptor, rio ou lago. O esgoto coletado não passa por tratamento e é lançado no rio, o que evidencia que as condições do saneamento básico influenciam nos altos índices de prevalência das helmintíases. Quanto à prevalência e o tipo de helmintíase observada no presente trabalho, a que se caracterizou como a mais prevalente foi a da espécie Ascaris lumbricoides (5,17%), coincidindo com a encontrada por Ludwig et al (1999) na cidade de Assis, SP (5,5%) e com Machado et al (1999) na cidade de Mirassol, SP (entre 5 e 6,7). Como as demais espécies alcançaram baixos índices, entendemos então que a diferença entre os nematóides pode estar relacionada com fatores ambientais, como a maior capacidade de produção de ovos pelas fêmeas de A. lumbricoides e/ou uma maior precocidade de aquisição deste helminto (COSTA MACEDO et al., 1998). 4.2. Prevalência de Helmintos em Relação à Idade do Hospedeiro Um dos fatores associados às helmintoses intestinais está relacionado à idade dos indivíduos. À medida que aumentam as idades dos indivíduos, diminui-se a prevalência de helmintos. Esta tendência foi a mesma encontrada por Costa Macedo et al (1999), os quais observaram que as proporções tendem a diminuir com a idade e levantando uma hipótese de que esta diferença estaria relacionada ao nível de conhecimento sobre os mecanismos de transmissão desta parasitose, a uma melhor educação sanitária e um maior nível de escolaridade nas faixas mais elevadas. Ludwig et al (1999) também observaram uma tendência ao decréscimo da prevalência parasitária com o aumento da faixa etária, verificando freqüências relativamente baixas para os maiores de 18 anos, postulando que o decréscimo na prevalência com o passar das idades, principalmente para o A. lumbricoides, estaria condicionado não só a uma mudança de hábitos, mas também ao desenvolvimento de imunidade progressiva e duradoura contra tais parasitos. Ferreira et al (1991) 9

constataram em seu trabalho que as maiores cargas parasitárias observaram-se entre indivíduos entre 6 a 25 anos de idade, com decréscimo na idade adulta. Coelho et al (1999) observaram que as parasitoses intestinais são mais freqüentes entre crianças da faixa etária dos 10 anos ou mais e em pré-escolares, cujos hábitos de higiene e saúde não estão suficientemente consolidados, estando em conformidade com o presente trabalho que apresentou resultado de maior prevalência de helmintos na faixa etária entre 6 e 11 anos.. 4.3. Prevalência de Helmintos em Realção ao Sexo do Hospedeiro Quanto ao acometimento das helmintoses em relação ao sexo do hospedeiro, foi constatado que não há correlação com a prevalência de helmintos, sendo a distribuição semelhante entre o sexo feminino e o masculino. Estas são as mesmas observações feitas por Ferreira et al (1991), e Machado et al (1999), que concluíram que as diferenças entre as prevalências não foram significativas, já que não há diferença de comportamento e hábitos de higiene entre o sexo masculino e feminino, principalmente nos primeiros anos de vida, em que as crianças estão vulneráveis à infecção por ainda não terem adquirido a resposta imunológia aos parasitos. 5. CONCLUSÕES Conclui-se que do total de 2843 amostras examinadas, a prevalência de positividade para helmintos na população do município de Seropédica foi de 7,52%, com a presença dos helmintos e suas respectivas prevalências, sendo as seguintes: Ascaris lumbricoides (5,17%), Strongyloides stercoralis (0,7%), Trichuris trichiura (0,67%), Hymenolepis nana (0,21%) e ancilostomideos (0,14%). Com relação à prevalência dos helmintos de acordo com as classes de idades separadas, observa-se uma tendência a um aumento significativo a partir do primeiro ano de vida estendendo-se até os onze anos de idade e se mantendo elevada até os vinte e três anos, tendo a partir daí uma diminuição na prevalência. Estes fatos devem estar associados à resposta imunológica do hospedeiro, com formação de anticorpos e células de memória após o contato com o parasita, que se dá principalmente na infância devido aos hábitos de higiene das crianças. 10

Não houve relação da prevalência dos helmintos com o sexo do hospedeiro, devido ao comportamento dos sexos masculino e feminino e a área de exposição aos helmintos serem semelhantes. A precariedade das condições de saneamento básico no município de Seropédica evidenciam uma correlação com o alto índice de infecção por Ascaris lumbricoides, devido à elevada ovipostura da espécie, com a ingestão dos ovos ocorrendo através de água e alimentos contaminados pelo esgoto, agravado pelo mau hábito de higiene das crianças. AGRADECIMENTO Ao prof. Anderson Dias Cezar Ph. D., pelas excelentes orientações para que este trabalho fosse realizado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVES, M. S.; VILELA, M. A. P.; BARBOSA, N. R.; ALVES, R. M. S. & REZENDE, M.C., Incidência de parasitoses em escolares da Escola de Educação Infantil Sant Ana Itatiaia, Juiz de Fora MG e sua possível correlação com a qualidade da água para consumo. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 30, n. 4, p. 185-187, 1988. CARVALHO, O. S.; GUERRA, H. L.; CAMPOS, Y. R.; CALDEIRA, L. R. & MASSARA, C. L., Prevalência de helmintos intestinais em três mesorregiões do estado de Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 35, n. 6, p. 597-600, nov./dez., 2002. COELHO, L. M. P. S.; SOBRINHO, T. A.; OLIVEIRA, S. M.; IKEGAMI, M. T.; YOSHIZUMI, A. M.; NAKAMOTO, A. Y. K.; BROTT, S. A.; FELBERG, S. & MAIORANO, M. R., Ovos e larvas de helmintos nos sanitários de pré-escolas municipais de Sorocaba, SP e suas freqüências nas fezes das crianças. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 32, n. 6, p. 647-652, nov./dez., 1999. COSTA-MACEDO, L. M.; MACHADO-SILVA, J. R.; RODRIGUES-SILVA, R.; OLIVEIRA, L. M. & VIANNA, M. S. R., Enteroparasitoses em pré-escolares de comunidades favelizadas da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 14, n. 4, p. 851-855, Rio de Janeiro, out./dez., 1998. 11

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