ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE E ARMAZENAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS NAS ZONAS URBANA E RURAL DA CIDADE DE ITAPETIM-PE

Documentos relacionados
A SECA NO SEMIÁRIDO POTIGUAR E O USO DAS CISTERNAS DE PLACAS

DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E HÍDRICO DA MICRORREGIÃO DO ALTO CAPIBARIBE, PE

Adriana da Silva Santos 1 ; Francisco Marto de Souza 2 ; Fernanda Silva de Souza 3 ; Ellen Caroline Santos Lima 4 ; Camile Dutra Lourenço Gomes 5

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA E USO DE RECURSOS FINANCEIROS NO SEMI-ÁRIDO DA PARAÍBA

A PROBLEMÁTICA DA SEMIARIDEZ NO SERTÃO PARAIBANO

DIAGNÓSTICO DA UTILIZAÇÃO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO SERTÃO PARAIBANO

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO SERTÃO DO NORDESTE EM PERIODO DE SECA. Resumo

DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO BÁSICO RURAL NO MUNICÍPIO DE PORTO DO MANGUE/RN, SEMIÁRIDO BRASILEIRO

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL NO MUNICÍPIO DE OURICURI PARA AUXILIAR NA CAPTAÇÃO DE ÁGUAS DAS CHUVAS

PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS BENEFICIÁRIOS DE CISTERNAS DE PLACAS DO SÍTIO ZABELÊ, NOVA OLINDA-CE

UTILIZAÇÃO DA ESTATÍSTICA PARA DIAGNÓSTICO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E O ACESSO À ÁGUA DOS MORADORES DA ZONA URBANA DE ESPERANÇA - PARAÍBA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DAS CISTERNAS NO SÍTIO QUEIMADA DA EMA ZONA RURAL DE CAMPINA GRANDE-PB

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DAS RESERVAS DE ÁGUA DE CHUVA NO MUNICIPIO DE AGUIAR NA PARAÍBA

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O CONVÍVIO COM AS SECAS NO SEMIÁRIDO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO MÉDIO PIRANHAS- PB

ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DAS CHUVAS DOS TELHADOS DO IFCE CAMPUS QUIXADÁ

A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO E SUA INFLUÊNCIA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE-PB: UM OLHAR SOBRE O RACIONAMENTO

PERCEPÇÃO, MANEJO, E USO DA ÁGUA DE CHUVA EM COMUNIDADES RURAIS DO SEMIÁRIDO PARAIBANO

PERCEPÇÃO DOS MORADORES DE CATOLÉ DE BAIXO QUANTO AO PROGRAMA 1 MILHÃO DE CISTERNAS

POLÍTICA PUBLICA DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO: CONSTRUÇÃO E VIABILIDADE DE CISTERNAS NA REGIÃO DE IRECÊ-BA

ANÁLISE DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO A ÁGUA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

ANÁLISE TEMPORAL DO REGIME PLUVIOMÉTRICO NO MUNICÍPIO DE CATOLÉ DO ROCHA-PB

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS E LEVANTAMENTO PARASITOLÓGICO DE COMUNIDADES RURAIS EM SÃO JOÃO DO CARIRI - PB

AVALIAÇÃO DO CONCEITO SOBRE ASPECTOS DA QUALIDADE DA ÁGUA E CRISE HÍDRICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE ITAPETIM-PE

PERCEPÇÃO DE BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA CISTERNAS: ACESSO À ÁGUA EM IBARETAMA, CEARÁ

ANÁLISE DO VOLUME DE ÁGUA CAPTADA NUM TELHADO DE UMA RESIDÊNCIA EM SÃO BENTINHO-PB

O ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO BAIRRO ÁREA VERDE EM SANTARÉM/PA

PERCEPÇÃO E OPINIÃO SOBRE O USO DE CISTERNAS DE PLACAS COMO MÉTODO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVAS NO SÍTIO GUARIBAS, CRATO/CE

ESTRATÉGIAS DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO: UM CASO PARTICULAR

PERFIL DOS USUÁRIOS DE ÁGUA ARMAZENADA EM CISTERNAS DO SEMIÁRIDO CEARENSE

DIAGNÓSTICO DOS MODELOS DE CAPTAÇÃO E ARMAZANAMENTO DE ÁGUA NAS COMUNIDADES CARUATÁ DE DENTRO E MALHADACOMPRIDA, CABACEIRAS- PB.

10o SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CAPTAÇÃO E MANEJO DE ÁGUA DE CHUVA Belém - PA - Brasil CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA EM CISTERNAS RURAIS EM ANOS DE SECA

USOS DADOS A ÁGUA DAS CISTERNAS DA COMUNIDADE DE LAGINHA MUNICÍPIO DE PRATA, PB.

REFLEXÃO SOBRE OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTO DA CIDADE DE POMBAL PB

PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DECORRENTES DA SECA NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRINHAS, PARAÍBA

USO SUSTENTÁVEL DE CISTERNAS NO SERTÃO PARAIBANO: UM ESTUDO DE CASO

QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO PROCESSO FÍSICO

ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO CAMPUS DE CAMPINA GRANDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

O USO DE BARRAGENS SUBTERRÂNEAS PARA GESTÃO HÍDICA NO SEMIÁRIDO

ÁGUA E CIDADANIA: PERCEPÇÃO SOCIAL DOS PROBLEMAS DE SAÚDE CAUSADOS PELA ÁGUA NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE - PB

REGIÃO SEMIÁRIDA E SUAS PARTICULARIDADES: CONVIVÊNCIA COM A SECA E ESTRATÉGIA DE CONSERVAÇÃO DOS AFLUENTES

Capacidade de captação da água de chuva em cisternas de comunidades da zona rural do município de Petrolina, Pernambuco. Resumo

ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DAS CHUVAS EM CISTERNAS: MUDANÇAS NA ROTINA DAS FAMÍLIAS BENEFICIADAS

CONHECIMENTO E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS DE ALUNOS DE BREJINHO, PERNAMBUCO, RELACIONADOS AOS RECURSOS HIDRÍCOS DO SEMIÁRIDO

CISTERNAS DE PLACAS NO ASSENTAMENTO JIBOIA SEMIÁRIDO BAIANO

ANALISE ESPACIAL DAS TECNOLOGIAS SOCIAIS HÍDRICAS NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA

IMPLANTANDO SABERES SOBRE A CRISE HÍDRICA DO SEMIÁRIDO NORDESTINO EM ESCOLAS PÚBLICAS DE CAMPINA GRANDE, PB.

ANALISE DOS IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE CONVIVÊNCIA COM A SECA NA COMUNIDADE UMBUZEIRO DOCE, MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA PB

PLANEJAMENTO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA A PARTIR DE UM TELHADO DE 75 M2 NO MUNICIPIO DE AREIA

ANÁLISE TEMPORAL DO REGIME FLUVIOMÉTRICO DO RIO PIANCÓ AO LONGO DE 41 ANOS: ESTUDO DE CASO DA ESTAÇÃO PAU FERRADO

MÉTODOS E MEDIDAS UTILIZADAS POR PRODUTORES AGROECOLÓGICOS PARA A CAPTAÇÃO E USO DA ÁGUA NO MUNICÍPIO DE SUMÉ-PB: UMA ABORDAGEM SUSTENTÁVEL

ANÁLISE DA VARIAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE PIRANHAS PB: SÉRIE HISTÓRICA DE 1911 À 2016

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE MT: MENSURAÇÃO DO VOLUME PARA ATENDER AOS MÚLTIPLOS USOS

ESCASSEZ E DESPERDÍCIO DE ÁGUA DE CHUVA EM COMUNIDADES DO SEMI-ÁRIDO DO NORDESTE

DIAGNÓSTICO DOS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS DECORRENTES DAS CISTERNAS CALÇADÃO NA COMUNIDADE MACAMBIRA, TAVARES-PB.

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA GESTÃO DA ÁGUA CAPTADA DA CHUVA E ARMAZENADA EM CISTERNAS, NA REGIÃO DO MÉDIO SERTÃO PARAIBANO

ESTUDO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA EM PRÉDIOS PÚBLICOS: UM PROJETO PILOTO PARA PRÉDIOS DO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA

A OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS: OS CRITÉRIOS DE USO PARA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NOS ESTADOS DA PARAÍBA E PIAUÍ.

ANÁLISE DOS INDICES PLUVIÓMETRICOS NO RESERVATÓRIO HIDRICO NO SEMIÁRIDO

AVALIAÇÃO DO SANEAMENTO EM DISTRITO RURAL DO VALE DO JEQUITINHONHA, MINAS GERAIS.

Mesa Redonda Desafios da captação de água de chuva no Semi-Árido brasileiro

DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS PERFURADOS NO MUNICÍPIO DE ARARUNA PB

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL DO TERRITÓRIO RURAL DO MÉDIO PIRANHAS E DO VALE DO PIANCÓ

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA NO SEMIÁRIDO: CISTERNAS DE PLACA

INFLUÊNCIA DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO NA VARIAÇÃO VOLUMÉTRICA NO AÇUDE EPITÁCIO PESSOA

POTENCIAL DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA: ALTERNATIVA DAS CISTERNAS CALÇADÃO EM BARRA DE SANTANA, PB.

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO EM CATOLÉ DO ROCHA-PB UTILIZANDO A TEORIA DA ENTROPIA

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - RECURSOS HÍDRICOS

A ATUAL SITUAÇÃO HÍDRICA E AS ALTERNATIVAS DA POPULAÇÃO PARA CONVIVER COM A ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE CUITÉ, SEMIÁRIDO PARAIBANO

CONSTATAÇÃO DA VARIAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE SOUSA/PB: A PARTIR DA SÉRIE HISTÓRICA DE 1914 Á 2015

Análise situacional a partir da utilização de dados secundários. 12 de dezembro de 2016

A CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE DE AGROECOSSISTEMAS: A PROBLEMÁTICA DA ÁGUA NO SEMIÁRIDO

DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO BÁSICO REALIZADO NOS BAIRROS VILA DA AMIZADE, OLARIA NORTE E SÃO LUIZ I, NO MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA PA

ANÁLISE DA VARIAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRINHAS PB A PARTIR DE SÉRIES HISTÓRICAS

Mateus Costa Santos 1 Fernanda Viana de Alcantara 2

MAPEAMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DOS GRADUANDOS DA ENGENHARIA DE PROUÇÃO DA FACULDADE CENECISTA FARROUPILHA Sustentabilidade e Cidadania

DIAGNOSTICO DO USO E REUSO DA ÁGUA NAS LAVANDERIAS TÊXTIL DE TORITAMA, PE.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O LIXO EM ZONA RURAL DO MUNICIPIO DE ARROIO GRANDE-RS EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O LIXO EM ZONA RURAL DO MUNICIPIO DE ARROIO GRANDE-RS

DIMENSIONAMENTO SUSTENTÁVEL DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

SECA PROLONGADA CASTIGA POPULAÇÃO DO CAMPO NA REGIÃO DO SERIDÓ

ANÁLISE SOBRE A AGROECOLOGIA NA VISÃO DE JOVENS DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL OLIMPIA SOUTO.

DIAGNÓSTICO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS RESULTANTES DA IMPLANTAÇÃO DE UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFCG EM POMBAL PB

A INFLUÊNCIA DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS SOBRE O SANEAMENTO BÁSICO NA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ARARUNA- PB

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA NOS ASSENTAMENTOS SANTO ANTONIO E FREI DAMIÃO I NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS PB

ÁGUA FONTE DE VIDA E EXISTÊNCIA: O USO DAS CISTERNAS COMO FONTE ALTERNATIVA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA, NO DISTRITO DE MORORÓ, BARRA DE SANTANA-PB.

ANÁLISE DE GRUPOS POPULACIONAIS RURAIS VULNERÁVEIS ÀS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA: UM ESTUDO DE CASO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

ESTUDO PRELIMINAR DA QUALIDADE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA DE CISTERNA DE POLIETILENO EM QUATRO MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

Estudo das medidas sanitárias no processo de distribuição da água vendida por carroceiros e a percepção dos usuários do Bairro Campo Novo, Quixadá-CE.

PROGRAMA DE BOLSA ACADÊMICA DE EXTENSÃO PBAEX / EDIÇÃO 2016 CAMPUS ANEXO III

1. Seu município enfrenta problemas com a seca? 118 Sim... 95% 6 Não... 5%

Eixo Temático ET Gestão Ambiental DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NA COMUNIDADE RURAL SANTANA II, MONTEIRO-PB

DIAGNÓSTICO DOS TIPOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DOMICILIAR NO ESTADO DA PARAÍBA

ESTRATÉGIAS DE CONVIVÊNCIA COM A ESCASSEZ HÍDRICA EM COMUNIDADES RURAIS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

A PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS E A AMEAÇA DA DESSERTIFICAÇÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

REALIDADE DO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE UMA COMUNIDADE RURAL DO MUNICÍPIO DE BOQUEIRÃO-PB

B) Aponte duas causas para o aumento do consumo mundial de água das últimas décadas do século XX até os dias atuais.

PREJUÍZOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO RIO PIRANHAS EM JARDIM DE PIRANHAS-RN: PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DESTE AFLUENTE

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO POTENCIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NA REGIÃO METROPOLITANA DO CARIRI CEARENSE

O CASO DE PERNAMBUCO

HORTO FLORESTAL OLHO D ÁGUA DA BICA COMO RECURSO PARA AS LAVADEIRAS DE ROUPA DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

Transcrição:

ESTUDO SOBRE ACESSIBILIDADE E ARMAZENAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS NAS ZONAS URBANA E RURAL DA CIDADE DE ITAPETIM-PE 1 Cassio José Sousa Barbosa; 2 Leandro Paes de Brito; 3 Jéssica Maria Alexandre Soares. 1 Escola de Referência em Ensino Médio Teresa Torres - EREMTT. E-mail: <cassiojsb@yahoo.com.br>; 2 Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail <leandropaes500@hotmail.com>; 3 Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail <jessicamaryitapetim@hotmail.com>. INTRODUÇÃO A vida, como a conhecemos, tem a água como um dos elementos indispensáveis, sendo sua ausência ou escassez o suficiente para levar ao colapso comunidades bióticas inteiras. Por esse motivo, regiões semiáridas possuem seres vivos adaptados a suportarem longos períodos de estiagem. Em se tratando dos seres humanos, o acesso a esse elemento fundamental é, inclusive, previsto na legislação (BRASIL, 2005). Sabemos que a distribuição desse valioso recurso se dá de forma desigual pelos biomas do Brasil e do mundo. Em relação à realidade brasileira, a região semiárida localizada no nordeste está entre as áreas com menor distribuição dos recursos hídricos por habitante, enquanto regiões como a amazônica detêm cerca de 80% da água doce (OLIVEIRA & ALMEIDA, 2008). No semiárido, portanto, a obtenção e armazenamento da água são pontos extremamente importantes para a manutenção do bem estar social. No ano de 2011, o governo federal iniciou o Programa Água Para Todos buscando promover o acesso irrestrito à água em nosso país, tendo a população do semiárido como sua prioridade e apresentando como uma de suas metas a construção de cisternas como meio de armazenamento nas residências (ANDRADE & NUNES, 2004). Tal medida, de caráter apenas paliativo, foi bem recebida pela população do semiárido e as cisternas continuam sendo uma das principais formas de armazenamento de água para os que vivem na região. Uma compreensão mais ampla de como a população urbana e rural da cidade de Itapetim-PE (cidade localizada em região semiárida) tem acesso aos recursos hídricos e de que forma é feito seu armazenamento é o principal foco desta pesquisa buscando, assim, entender os paradigmas e dificuldades das realidades urbana e rural do município a cerca desse recurso indispensável à vida.

METODOLOGIA O estudo foi realizado na cidade de Itapetim, alto sertão de Pernambuco, localizada em área de semiárido, cidade na qual o censo demográfico de 2010 contabilizou 13.881 habitantes. Destes, 5.455 residindo em zona rural e 8.426, em zona urbana (IBGE, 2010). Nesse sentido, a pesquisa tomou como amostra da população local os estudantes da única escola de ensino médio existente na cidade (Escola de referência em ensino médio Teresa Torres). Os dados foram coletados ao longo do mês de setembro de 2016. A pesquisa utilizou questionários estruturados que foram aplicados a 84 alunos dos três anos do ensino médio. Desse total, 65,5% residem em zonas urbanas do município (na própria cidade ou em distritos) e 34,5%, na zona rural. Os alunos entrevistados receberam uma explicação prévia das justificativas, objetivos e metodologia da pesquisa. Foram orientados a participar de livre e espontânea vontade, sabendo ainda que sua identidade e de seus parentes seriam preservadas. As questões abordam quatro linhas distintas, são elas: Local da residência, acesso à água encanada, formas de abastecimento e formas de armazenamento. Após a aplicação, os dados foram tabulados no software Excel e receberam tratamento quanti-qualitativo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos passaram por tratamento quali-quantitativo e foram organizados com o auxílio do software Excel. Na figura 1, vemos um questinamento a cerca do modo como as residências recebem água, ou melhor, se há ou não água encanada tanto em áreas urbanas quanto em áreas rurais. Figura 1 - A sua residência recebe água encanada?

Na zona urbana, a grande maioria das residências recebe água encanada (96,5%), fato contrastante com o observado na zona rural, em que apenas 37,9% das residências recebem o precioso líquido por este meio. Deve-se salientar ainda que 62,1% das residências da zona rural não possuem água encanada, fato este corroborado por diversas outras pesquisas. Observa-se, pois, a urgência de ações que possam suprir as necessidades hídricas dessas populações. Figura 2- A água encanada é suficiente para todas as necessidades? Como visto na figura 1, a enorme maioria da população da zona urbana possui água encanada em casa. Mesmo assim, pode-se ver na figura 2 que, quando questionadas se essa água é suficiente para todas as necessidades, 30,9% das pessoas da zona urbana responderam que não, sendo necessária outra fonte de fornecimento. A água encanada é suficiente para as necessidades do lar para 69,1% dos entrevistados da zona urbana. Na zona rural, entre o pequeno grupo que possui água encanada, 63,6% dizem que a água que recebem é suficiente. Já para 36,4% a água encanada é insuficiente. Tabela 1 - Com relação ao abastecimento de água, como sua residência é abastecida? Água encanada Por carro pipa Por tração animal Por veículo particular Por transporte humano Outras formas Zona urbana 62,5% 4,5% 0,0% 14,8% 14,8% 3,4% Zona rural 28,9% 31,6% 15,8% 5,3% 18,4% 0,0% A tabela 1 apresenta os dados referentes às formas de abastecimento. Como cada residência pode ter mais de uma forma, foi dada a opção de os entrevistados marcarem quantas alternativas fossem condizentes com a sua realidade. Mais uma vez percebe-se que a água encanada é a principal forma de abastecimento na zona urbana, (62,5%). Já na zona rural, a principal forma de abastecimento é por meio de carro pipa (31,6%). O abastecimento por meio de tração animal, que está ausente na zona urbana, é relativamente comum na zona rural com 15,8% dos relatos. Na zona urbana temos ainda 3,4% dos entrevistados que citaram outras formas. Nesses casos havia um campo no questionário para especificar quais seriam essas outras formas. Todos relataram que seriam poços particulares (é prática comum em muitas residências da cidade a perfuração de poços, depois dos longos anos de estiagem vivenciados).

Tabela 2 - Como a água é armazenada na sua casa? Cisterna Caixa d'agua Tanque de alvenaria Tambores de plástico ou borracha Potes de barro Outras formas Não há armazenamento Zona urbana 13,7% 26,5% 25,6% 30,8% 3,4% 0,0% 0,0% Zona rural 33,3% 16,7% 17,9% 17,9% 14,1% 0,0% 0,0% Quanto ao armazenamento, temos diferenças pontuais. Cada entrevistado pôde relatar mais de uma forma de armazenamento, já que muitas residências possuem vários meios para armazenar água. Nas áreas urbanas, 30,8% dos entrevistados usam tambores plásticos ou de borracha. Esse método de armazenamento é seguido de perto por caixas d água e tanques de alvenaria, com 26,5% e 25,6% respectivamente, sendo esses os três métodos de armazenamento mais comuns em áreas urbanas. Quando analisamos as formas de armazenamento na zona rural, esses três métodos estão todos compreendidos entre 16 e 18%, ou seja, são médotos de armazenamento usados com relativa frequência, mas o principal método usado ainda é a cisterna com 33,3% dos entrevistados em contraste com apenas 13,7% dos habitantes de áreas urbanas que participaram desta pesquisa. Os potes de barro, embora seja uma forma de armazemanamento que nos últimos anos tenha sido substituida por recipientes mais eficientes e baratos, ainda assim, são bastante usados nas zonas rurais do município com 14,1% e também usados (embora com pouca frequência) nas zonas urbanas com 3,4%. Um fato que já era esperado, e confirmado pelos dados dessa pesquisa, é que em todos os casos há alguma forma de armazenamento. Nenhum dos 84 entrevistados relatou não ter formas de armazenamento em sua residência. Isso nos mostra, portanto, que os habitantes do semiárido têm plena consciência da importância do armazenamento de água. CONCLUSÕES Os dados desta pesquisa mostram que em muitas áreas o acesso à água encanada em quantidade suficiente é limitado, sendo necessário que muitas pessoas acabem recorrendo a outras formas de abastecimento (algumas delas com alto custo financeiro). O acesso às formas de armazenamento eficientes e adequadas também é uma preocupação eminente. Ao longo da revisão bibliográfica feita para esta pesquisa é evidente a escassez de pesquisas realizadas nessa área. Dessa forma, faz-se necessário um maior investimento em pesquisas que possam nos dá uma melhor compreensão sobre a dinâmica dos recursos hídricos em populações humanas residentes em áreas de semiárido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE J. A.; NUNES A. N. Acesso à água no semiárido brasileiro: Uma análise das políticas públicas implementadas na região. Revista espinhaço, 2014. BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Brasília: MMA, 2005. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/itapetim censo-demografico-2010:-sinopse->. Acesso em: 04/10/2016. OLIVEIRA, G. C. S. Perfil socioeconômico e potencialidades para captação de água da chuva na micro região do Alto do Capibaribe/PE. Dissertação: UFPE. 2012. OLIVEIRA, G. C.de S. & ALMEIDA, H. A. Diagnóstico socioeconômico e hídrico da comunidade Catolé de Casinhas, PE. In: XV ENG. Anais... São Paulo: AGB, 2008.