BOLETIM INFORMATIVO Nº 60

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Transcrição:

Boletim Informativo _ Dezembro de 2013 Av. da República, 62 F, 5º 1050 197 LISBOA Tel: 21 780 80 60 Email: embopar@embopar.pt www.embopar.pt BOLETIM INFORMATIVO Nº 60 Dezembro de 2013 Notícias Comissão quer reduzir o uso de sacos de plástico A Comissão Europeia adoptou, no passado dia 4 de Novembro, uma proposta de Directiva que obriga os Estados-Membros a reduzirem a utilização de sacos de plástico leves. Os Estados-Membros podem escolher as medidas que considerem mais adequadas, incluindo a aplicação de taxas, o estabelecimento de metas nacionais de redução ou mesmo a proibição, sob certas condições. Os sacos de plástico leves são muitas vezes utilizados apenas uma vez, mas podem permanecer no ambiente durante centenas de anos, muitas vezes na forma de partículas microscópicas nocivas sobretudo para a vida marinha.

Boletim Informativo Dezembro de 2013 Para o Comissário Europeu responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik, trata-se de um problema ambiental muito grave e de grande visibilidade. Todos os anos, na Europa, mais de 8 mil milhões de sacos de plástico vão para o lixo, provocando elevados danos ambientais. Alguns Estados-Membros já alcançaram bons resultados na redução do uso de sacos de plástico. Segundo a Comissão, se outros Estados-Membros seguissem este exemplo, poderíamos reduzir até 80 % a actual utilização global na União Europeia. Do ponto de vista técnico, a proposta altera a Diretiva relativa a embalagens e resíduos de embalagens, acrescentando dois elementos principais. Primeiro, os Estados-Membros são obrigados a adoptar medidas destinadas a reduzir a utilização de sacos de plástico com uma espessura inferior a 50 mícrons, na medida em que estes são reutilizados menos frequentemente do que os sacos de plástico mais espessos, sendo imediatamente descartados depois de usados. Em segundo lugar, essas medidas podem incluir a utilização de instrumentos económicos, tais como aplicação de taxas, estabelecimento de metas nacionais de redução e restrições de comercialização (sujeitas às regras do mercado interno). As elevadas percentagens de redução registadas em alguns Estados-Membros da UE, através da introdução de taxas e de outras medidas, mostram que os resultados podem ser atingidos através de instrumentos eficazes. A proposta vem no seguimento das medidas adoptadas por alguns Estados- Membros a título individual e dos apelos efectuados pelos Ministros do Ambiente da UE para que a Comissão avaliasse as possibilidades de acção a nível da UE. Tal facto sucede após extensas consultas públicas que encontraram um amplo apoio para uma iniciativa neste domínio ao nível da UE. As características que tornaram os sacos de plástico um êxito comercial (pouco peso e resistência à degradação) contribuíram também para a sua proliferação no meio ambiente. Estes escapam aos fluxos de gestão de resíduos e acumulam-se no nosso ambiente, principalmente sob a forma de lixo marinho. A partir do momento em que são deitados fora, os sacos de plástico podem durar centenas de anos. O lixo marinho é cada vez mais reconhecido como um dos principais problemas mundiais, representando uma ameaça para os ecossistemas marinhos e para os animais, designadamente os peixes e as aves. Há também provas de grande acumulação de resíduos nos mares europeus. Em 2010, estima-se que 98.600 milhões de sacos de plástico tenham sido colocados no mercado da UE, o que significa que cada cidadão da UE utilizou cerca de 198 sacos de plástico por ano. Os dados relativos à utilização são muito variados entre os diversos Estados-Membros, revelando uma utilização anual per capita de sacos de plástico leves que, 2

Boletim Informativo Dezembro de 2013 segundo se estima, varia entre 4 sacos na Dinamarca e na Finlândia, e 466 sacos na Polónia, Portugal e Eslováquia. SPV com nova campanha de sensibilização domésticos, 69% dos lares portugueses fazem regularmente a separação de embalagens usadas. Com a Missão Reciclar, a Sociedade Ponto Verde pretende contribuir para o aumento dos lares separadores e da taxa de reciclagem em Portugal. Com a iniciativa Missão Reciclar, a Sociedade Ponto Verde (SPV) pretende contribuir ainda mais para o aumento da taxa de reciclagem em Portugal, em particular no fluxo urbano (embalagens domésticas e do pequeno comércio), indo ao encontro das metas propostas no novo Plano Estratégico dos Resíduos Urbanos (PERSU 2020). Desde a sua criação em 1996, a Sociedade Ponto Verde já encaminhou para reciclagem mais de 6 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de 3 Pontes Vasco da Gama. Valorlux aumenta ecovalores em 2014 A acção é coordenada com os Municípios e os Sistemas Municipais, com o objetivo de continuar a criar condições para que um número cada vez maior de portugueses cumpra a sua missão cívica de separar os seus resíduos de embalagem para que estes sejam encaminhados para reciclagem. No âmbito desta acção, uma equipa da SPV irá, nos próximos meses, bater à porta dos lares portugueses, com a missão de converter em separadores totais (que separam todos os tipos de embalagens) os cidadãos que ainda não o fazem, e clarificar as regras de reciclagem. No total, a Missão Reciclar prevê a entrega de mais de 340 mil ecopontos domésticos. De acordo com o estudo Hábitos e Atitudes face à separação de resíduos A Valorlux, entidade gestora dos resíduos de embalagens do Luxemburgo, congénere da SPV, anunciou que irá aumentar os valores Ponto Verde (VPV) em 2014. A tabela de VPV é revista todos os anos, tendo em consideração os custos com a recolha e tratamento dos resíduos de embalagens e as receitas provenientes do denominado Valor de Retoma (VR), resultante da venda dos materiais usados e encaminhados para reciclagem. Como os valores de mercado estiveram em alta em 2011 e 2012, o aumento do VR compensou o impacto dos custos, possibilitando uma descida dos VPV em 2012 e 2013. Contudo, em 2013, o aumento da quantidade de embalagens usadas recolhida, conjugado com a queda dos 3

Boletim Informativo Dezembro de 2013 valores de mercado, não deixaram outra alternativa à entidade gestora senão aumentar os VPV. subida verificada nos anos anteriores, com a capitação a descer para níveis inferiores à média da União Europeia (EU). Os maiores aumentos verificam-se ao nível dos plásticos e das embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL). SCC reduz impacte ambiental das embalagens Com o intuito de reduzir custos e minorar o impacte ambiental das embalagens ao longo do respectivo ciclo de vida, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas implementou uma nova política orientada para as embalagens que se centralizou na redução do peso, na optimização de novas embalagens durante a fase de design, no abastecimento eficiente e na mitigação da pegada de carbono, apostando simultaneamente na harmonização das embalagens primárias e secundárias. Sem perda de integridade ou qualidade, a SCC, em 2012, conseguiu reduzir o peso das suas embalagens de vidro (garrafas) em 4.409 toneladas, correspondendo a uma diminuição de 1.426 toneladas/ano de emissões de CO2 produzidas pelos respectivos fabricantes. Portugal diminui produção de resíduos urbanos A produção de resíduos urbanos em Portugal inverteu, em 2011, a tendência de Em 2012 foram produzidos em Portugal Continental 4,53 milhões de toneladas de resíduos, menos 12,5% que em 2010 (quando o montante registado foi de 5,18 milhões de toneladas) e abaixo também dos 4,88 milhões registados em 2011, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Ambiente aquando da apresentação da proposta do PERSU II Plano Estratégico dos Resíduos Urbanos 2014 2020. Estes números evidenciam uma inversão da tendência de aumento da produção de resíduos urbanos que se verificou no período 2002-2010 (18%). A este facto, destaca a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) no relatório anual de 2012, não será alheia a situação macroeconómica do país, que reduziu o nível do consumo e, consequentemente, a produção de resíduos. A capitação acompanhou a tendência e ficou em números inferiores à média da União Europeia. Segundo a mesma fonte, a capitação situou-se em 454 kg/hab/ano, abaixo dos 486 de 2011 e dos 511 em 2010, tendo a média da UE 27 em 2011 sido de 500kg/hab/ano. Na UE, a produção per capita de resíduos, tem vindo a diminuir de forma sustentada, passando de 523kg/habitante ano em 2007 para 502 kg/habitante ano em 2011. 4

Boletim Informativo Dezembro de 2013 ERSAR com novos estatutos Os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que preveem um reforço dos poderes e da independência do regulador, foram recentemente aprovados na Assembleia da República. A proposta de Lei que altera os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos foi entregue na Assembleia da República no início de 2013 pelo Governo e mereceu fortes críticas por parte da Associação Nacional de Municípios (ANMP), que defende a inconstitucionalidade da Proposta. Na prática, a ERSAR passará a ser responsável pela definição das tarifas do sector e por aplicar multas e fazer cobranças coercivas, vendo assim os seus poderes fortemente reforçados. O objectivo é aproximar a actuação da ERSAR da de outros reguladores como a ERSE (Entidade Reguladora de Serviços Energéticos) ou a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), que funcionam como entidades administrativas independentes e autónomas em relação ao poder executivo. Segundo a proposta legislativa do Governo, os estatutos que vigoraram até ao momento podem afectar a independência da regulação e não oferecem garantias de equilíbrio de mercado, por uma das partes acumular papéis, sendo em simultâneo agente e entidade que estabelece as regras de funcionamento do sector. O diploma pretende, assim, "reconhecer e acentuar a autonomia do regulador face ao poder executivo", mas também assegurar a "correcta protecção do utilizador dos serviços de águas e resíduos" contribuindo para "garantir o equilíbrio entre os preços socialmente aceitáveis e a necessidade de recuperação dos custos dos serviços". A ERSAR vai passar a "fixar as tarifas para os sistemas de titularidade estatal". As empresas do grupo Águas de Portugal e os municípios vão ter de seguir os pareceres vinculativos do regulador, que poderá impor um tarifário nos casos em que verificar incumprimento. As tarifas irão refletir questões como a recuperação dos custos dos serviços, estruturas tarifárias desenhadas em função do agregado familiar e a criação de uma tarifa social. Em intervenções públicas recentes o actual presidente da ANMP defendeu que a proposta aprovada, mais não faz do que alterar normas ao nível da elaboração dos tarifários, dotando a entidade reguladora de poderes vinculativos para fixar as tarifas dos sistemas municipais. Manuel Machado tem defendido que a ERSAR é uma entidade de supervisão e de fiscalização, não se podendo substituir às atribuições e competências que a Lei atribui aos municípios. Assim, a opinião da ANMP é a de que a fixação de tarifas pela 5

Boletim Informativo Dezembro de 2013 ERSAR entra em conflito com várias normas previstas na Constituição da República Portuguesa que impõem o respeito pela autonomia das autarquias locais, a autonomia patrimonial e financeira provenientes da cobrança pela utilização dos serviços municipais e o poder de regulamentação próprio das autarquias. Energia renovável atinge novo recorde Cerca de 60% do consumo de electricidade em Portugal, em 2013, foi oriundo de fontes renováveis, valor que representa um aumento de 20% em relação ao ano passado, segundo a Quercus. Para esta ONG ambientalista, que analisou os dados de produção de electricidade publicados pela REN, a produção de energia hídrica mais do que duplicou, ao passo que a produção de energia eólica aumentou quase 20% e a fotovoltaica disparou 25%, face a 2012. A Quercus afirma que este aumento de produção das renováveis em 2013 reduziu em 2,8 vezes o valor da electricidade importada e levou a um consequente decréscimo de 10% do total consumido. Francisco Ferreira, coordenador do grupo de energia e alterações climáticas da Quercus considerou que não se pode deixar de continuar a apostar nas energias renováveis e na eficiência energética, que permitem a recuperação da economia sem onerar o ambiente. Para tal, é preciso um investimento na sensibilização e um planeamento adequado do sector energético, também em prol de uma desejável política climática exigente. Se excluirmos o contributo da energia hídrica, pode-se concluir ainda que a produção de energia através de fontes renováveis em regime especial foi responsável por 32% de toda a eletricidade produzida em Portugal continental, sendo que em 2012 esta proporção tinha sido de 27%. Este aumento deveu-se, sobretudo, à energia eólica, que garantiu 23% da produção eléctrica. Com estes valores, a produção de energia eléctrica através de fontes renováveis em regime especial poupou ao Estado 850 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis e 40 milhões de euros em licenças de CO2. Em cada hora de consumo de eletricidade em 2013, dezanove minutos tiveram origem nestas centrais renováveis, dos quais catorze minutos foram produzidos pela energia eólica. 6

Boletim Informativo Dezembro de 2013 Ponto de situação do SIGRE 2013 1 Cobertura territorial Autarquias, sistemas municipais e empresas concessionárias aderentes (Smauts) Nº de entidades aderentes 32 Área coberta (%) 99,9 População abrangida (%) 99,9 CONTINENTE - ERSUC - ECOBEIRÃO - VALORLIS - VALORMINHO - RESULIMA - BRAVAL - LIPOR - SULDOURO - AMARSUL - ALGAR - AMCAL - GESAMB - ECOLEZÍRIA - Resiestrela - Resíduos do Nordeste - VALORSUL - Resinorte - TRATOLIXO - VALNOR - RESIALENTEJO - Suma Douro - AMBISOUSA - RESITEJO - AMBILITAL (Empresa Geral do Fomento - AdP) R.A.MADEIRA - Valor Ambiente R.A.AÇORES - A.M. Ilha São Miguel - C.M. Horta - C.M. Graciosa - Resiaçores (Terceira e Flores) - A.M. Ilha Pico - A.M. Ilha S.Jorge - A.M. Ilha S. Maria 7

Boletim Informativo Dezembro de 2013 2 Quantidades retomadas no fluxo urbano (ton.) comparação homóloga Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2012 178.216 98.948 55.361 18.437 864 4.625 356.451 2013 175.145 108.896 70.468 23.344 1.072 3.570 382.495-1,7% 10,1% 27,3% 26,6% 24,1% -22,8% 7,3% 8

Boletim Informativo Dezembro de 2013 3 Quantidades retomadas no fluxo não urbano (ton.) comparação homóloga Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2012 6.439 188.752 26.775 28.499 339 37.867 288.671 2013 3.650 207.084 30.792 31.164 765 37.195 310.650-43,3% 9,7% 15,0% 9,4% 125,7% -1,8% 7,6% 9

Boletim Informativo Dezembro de 2013 4 Quantidades retomadas totais (ton.) comparação homóloga Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2012 184.655 287.700 82.136 46.936 1.203 42.492 645.122 2013 178.795 315.980 101.260 54.508 1.837 40.765 693.145-3,2% 9,8% 23,3% 16,1% 52,7% -4,1% 7,4% 10

Boletim Informativo Dezembro de 2013 5 - Quantidades declaradas pelas empresas embaladoras Quantidades Quantidades TOTAL declaradas orçamentadas (ton.) (ton.) Vidro 355.231 352.318 Plástico 184.861 175.694 Papel/Cartão 308.107 307.357 ECAL 33.791 34.877 Aço 39.803 43.614 Alumínio 9.923 7.771 Madeira 39.911 41.769 Outros materiais 1.985 2.172 TOTAL 973.612 965.572 PGC Vidro 355.172 352.280 Plástico 167.300 160.181 Papel/Cartão 274.001 275.937 ECAL 33.791 34.877 Aço 32.007 35.559 Alumínio 9.727 7.617 Madeira 12.899 14.055 Outros materiais 1.803 2.008 TOTAL 886.700 882.514 IND Vidro 59 38 Plástico 17.561 15.513 Papel/Cartão 34.106 31.420 Aço 7.796 8.055 Alumínio 196 154 Madeira 27.012 27.714 Outros materiais 182 164 TOTAL 86.912 83.058 11

Boletim Informativo Dezembro de 2013 6 - Empresas embaladoras/importadoras aderentes 12