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Transcrição:

PARLAMENTO EUROPEU 1999 2004 Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação Social e os Desportos 30 de Maio de 2001 PROVISÓRIO 2001/2086(COS) PROJECTO DE RELATÓRIO sobre o terceiro relatório da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social sobre a aplicação da Directiva 89/552/CEE "Televisão sem Fronteiras" (COM(2001)9 C5-0190/2001 2001/2086(COS)) Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação Social e os Desportos Relatora: Ruth Hieronymi PR\441215.doc PE 303.761

PE 303.761 2/10 PR\441215.doc

Í N D I C E Página PÁGINA REGULAMENTAR... 4 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO... 5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS... 9 OPINIÃO MINORITÁRIA... PARECER DA COMISSÃO DO MEIO AMBIENTE, DA SAÚDE PÚBLICA E DA POLÍTICA DO CONSUMIDOR... PARECER DA COMISSÃO DOS ASSUNTOS JURÍDICOS E DO MERCADO INTERNO PR\441215.doc 3/10 PE 303.761

PÁGINA REGULAMENTAR Por carta de 16 de Janeiro de 2001, a Comissão enviou ao Parlamento o seu relatório ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social sobre a aplicação da Directiva 89/552/CEE "Televisão sem Fronteiras" (COM(2001)9 2001/2086(COS)). Na sessão de 14 de Maio de 2001, a Presidente do Parlamento comunicou que enviara o relatório à Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação Social e os Desportos, competente quanto à matéria de fundo, e à Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor, à Comissão dos Assuntos Jurídicos e do Mercado Interno, e à Comissão da Indústria, do Comércio Externo, da Investigação e da Energia, encarregadas de emitir parecer (C5-0190/2001). Na sua reunião de 6 de Março de 2001, a Comissão para a Cultura, a Juventude, a Educação, os Meios de Comunicação Social e os Desportos designara relatora Ruth Hieronymi. Na(s) sua(s) reunião(ões) de, a comissão procedeu à apreciação do relatório da Comissão e do projecto de relatório. Na mesma/última reunião, a comissão aprovou o projecto de resolução legislativa por votos a favor, contra e abstenção(ões)/por unanimidade. Encontravam-se presentes no momento da votação (presidente/presidente em exercício), (e...) (vice-presidente(s)), (relator(a)),,... (em substituição de ), (em substituição de, nos termos do nº 2 do artigo 153º do Regimento),... e.... (A exposição de motivos será apresentada oralmente em sessão plenária.) O(s) parecer(es) da Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Política do Consumidor e da Comissão dos Assuntos Jurídicos e do Mercado Interno encontram-se apensos ao presente relatório. O relatório foi entregue em. O prazo para a entrega de alterações ao presente relatório constará do projecto de ordem do dia do período de sessões em que for apreciado/expira às. horas do dia. PE 303.761 4/10 PR\441215.doc

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO Resolução do Parlamento Europeu sobre o terceiro relatório da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social sobre a aplicação da Directiva 89/552/CEE "Televisão sem Fronteiras" (COM(2001)9 C5-0190/2001 2001/2086(COS)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta o terceiro relatório da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social sobre a aplicação da Directiva 89/552/CEE "Televisão sem Fronteiras" (COM(2001)9 C5-xx), Tendo em conta a Directiva 97/36/CE do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Directiva 89/552/CEE do Conselho relativa à coordenação de certas disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros relativas ao exercício de actividades de radiodifusão televisiva, Tendo em conta a quarta comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a aplicação dos artigos 4º e 5º da Directiva 89/552/CEE "Televisão sem Fronteiras" (COM(2000)442), Tendo em conta a sua resolução de 6 de Setembro de 2000 sobre a comunicação da Comissão intitulada "Princípios e orientações para a política audiovisual da Comunidade na era digital" (COM(1999) 657 - C5-0144/2000-2000/2087(COS)), Tendo em conta a sua resolução de 5 de Outubro de 2000 (A5-0258/2000) sobre a comunicação da Comissão "Controlo Parental dos Programas de Televisão" (COM(1999)371 - C5-0324/1999-1999/2210(COS)), A. Considerando que o sector audiovisual não só se reveste de importância fundamental para a democracia, a liberdade de expressão e o pluralismo como representa também, devido ao seu impacto em termos de emprego e de inovação tecnológica, um sector de ponta para a economia e o emprego na União Europeia; B. Considerando que, na era digital, a regulamentação do sector audiovisual deve ter em conta as sinergias e interacções entre a televisão tradicional e os novos sistemas de transmissão de imagem e som e que, portanto, continua a ser necessário um procedimento suficientemente aberto e flexível; C. Considerando que, apesar da rapidez da revolução digital, é provável que a televisão tradicional continue a ser, durante algum tempo, o suporte mais importante no sector audiovisual para uma grande parte das famílias europeias; D. Considerando que, de modo geral, a Comissão julga satisfatória a aplicação da directiva "Televisão sem Fronteiras" e que o sector audiovisual, bem como os cidadãos, puderam PR\441215.doc 5/10 PE 303.761

beneficiar da integração da directiva no sistema jurídico da União Europeia, dado que foi garantida, no essencial, a livre circulação das emissões televisivas na Comunidade; E. Considerando que a aplicação das disposições da Directiva "Televisão sem Fronteiras" é da competência das autoridades nacionais encarregadas do sector audiovisual e que o diálogo previsto pela directiva entre os órgãos comunitários e as instituições nacionais se revelou extraordinariamente útil e eficaz; F. Considerando que o diálogo com o Conselho da Europa e com outras instituições internacionais competentes no domínio visado contribui igualmente para promover e alargar o intercâmbio e o debate sobre as disposições aplicáveis no sector audiovisual a nível de toda a Europa; G. Considerando que a citada comunicação da Comissão, elaborada em conformidade com a obrigação expressamente formulada pela Directiva, se limita a analisar a aplicação geral da Directiva "Televisão sem Fronteiras" entre 1997 e 2000, período explicitamente descrito como "de transição"; H. Considerando que a Comissão previu uma nova consulta sobre a directiva "Televisão sem Fronteiras", bem como a revisão do respectivo texto, e deseja apresentar uma proposta nesse sentido o mais tardar em finais de 2002, devendo as consultas preparatórias dessa proposta ter lugar no início de 2002; I. Considerando que a Comissão está já a efectuar trabalhos preparatórios intensos para essa consulta e encomendou, em 2001, três grandes estudos sobre as novas técnicas publicitárias, o apoio às obras europeias e a evolução da tecnologia e do mercado no sector audiovisual; J. Considerando que tais estudos, oportunos e de grande envergadura, lançarão as bases necessárias para associar o público interessado aos trabalhos preparatórios da revisão da Directiva "Televisão sem Fronteiras", no quadro de um diálogo transparente e pertinente; K. Considerando que, graças a esses estudos, se disporá pela primeira vez de uma visão de conjunto das disposições nacionais em vigor na Comunidade em matéria de protecção da juventude no sector audiovisual; 1. Insta a Comissão, o Conselho e os Estados-Membros a terem em conta os aspectos seguintes: a) congratula-se com a opinião globalmente positiva da Comissão sobre a aplicação actual da Directiva "Televisão sem Fronteiras", que constitui a base jurídica para a evolução do sector audiovisual europeu; b) toma nota das informações da Comissão quanto à aplicação do artigo 3º bis (acontecimentos de grande importância para a sociedade), à aplicação dos artigos 4º e 5º da Directiva "Televisão sem Fronteiras" (relatório da Comissão (COM(2000)442)) e às disposições dos artigos 10º a 20º em matéria de publicidade, bem como dos artigos 22º a 22º ter relativos à protecção de menores e ao controlo parental; PE 303.761 6/10 PR\441215.doc

c) deseja que todos os Estados-Membros e países candidatos reforcem os seus esforços de adaptação no momento de aplicação da Directiva "Televisão sem Fronteiras" e, simultaneamente, se preparem para a nova fase operacional da directiva, prevista para depois de 2002; d) apoia a intenção da Comissão de propor uma revisão formal da Directiva "Televisão sem Fronteiras" antes de finais de 2002, tal como a directiva prevê e o Parlamento Europeu expressamente exigiu; e) entende que, para esse fim, continua a ser necessário um diálogo estruturado e eficaz com o sector audiovisual, as instituições nacionais, os operadores e os utilizadores; f) congratula-se com o facto de a Comissão ter realizado trabalhos preparatórios de grande envergadura com vista ao diálogo público sobre os resultados da aplicação da directiva em todos os Estados-Membros; g) congratula-se em particular com o facto de a Comissão ter encomendado três grandes estudos sobre as novas técnicas publicitárias, sobre o apoio às obras europeias e sobre as evoluções tecnológicas e comerciais no sector audiovisual; h) espera com interesse os resultados desses estudos e congratula-se por a Comissão organizar um debate sobre os mesmos em vários seminários, no âmbito de um diálogo transparente, focalizado e de dimensão comunitária; i) espera que os resultados desses estudos e o diálogo focalizado não só possam ser úteis à revisão da Directiva "Televisão sem Fronteiras", como também, de forma exemplar, tornem possível, para todo o sector audiovisual, um procedimento transparente de análise da eficácia das bases jurídicas nacionais e comunitárias; j) considera portanto prematuro iniciar antecipadamente o debate sobre o futuro do sector audiovisual e salienta a importância de a União adoptar uma posição coerente e coesa no que respeita ao equilíbrio entre a garantia da diversidade cultural europeia e as exigências do mercado mundial; k) entende que é oportuna a estratégia da Comissão para a protecção dos menores, que confirma a competência dos Estados-Membros, e congratula-se com a apresentação do estudo, encomendado pela Comissão, sobre a incidência da publicidade televisiva e das televendas nos menores em todos os Estados-Membros (99/139-102855); l) nesta base, convida os Estados-Membros a reforçarem o diálogo e a cooperação sobre as questões de protecção da juventude, de forma a encontrar soluções comuns e a tornar menos heterogéneo, na medida do possível, o complexo sistema de regras e costumes actualmente em vigor no espaço audiovisual europeu; m) considera necessário, na pendência da revisão da Directiva "Televisão sem Fronteiras", que os Estados-Membros e a Comissão defendam, no seio das diferentes instâncias internacionais, o princípio do valor cultural e democrático particular do sector audiovisual, tendo em conta a evolução das trocas mundiais e o progresso tecnológico; PR\441215.doc 7/10 PE 303.761

2. Encarrega a sua Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão, bem como aos parlamentos dos Estados-Membros. PE 303.761 8/10 PR\441215.doc

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Existe uma relação directa entre a importância cada vez maior da indústria audiovisual, devida também ao progresso tecnológico, e o grande interesse que os operadores e utilizadores manifestam para com a regulamentação do sector. As tecnologias digitais são capitais para desenvolver o potencial de crescimento do audiovisual. Em 1997, este empregava mais de 1 milhão de pessoas na Europa e as suas receitas deverão aumentar 70% até 2005. É sabido que 98% dos lares possuem um televisor e, no novo ambiente económico, o impacto social da televisão é cada vez maior, sobretudo para as crianças. Efectivamente a televisão é uma indústria diferente de todas as outras. Ela desempenha um papel essencial nas sociedades democráticas modernas. Qualquer análise da política audiovisual da Comunidade deve ter em conta o facto de a regulamentação deste sector estar cada vez mais nas mãos de organismos ou instituições independentes dos governos. O principal objectivo da Directiva 97/36/CE "Televisão sem Fronteiras" era, e continua a ser, o estabelecimento de um quadro jurídico capaz de promover a livre circulação dos serviços de difusão audiovisual no interior do mercado único e garantir determinados interesses gerais, como a promoção da diversidade cultural e a protecção dos consumidores e dos menores. Tal como indicado claramente na introdução da comunicação COM(2001)0009, o artigo 26º da Directiva prevê que, até o mais tardar 31 de Dezembro de 2000, a Comissão submeta ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social um relatório sobre a Directiva. O terceiro relatório sobre a aplicação da Directiva visa descrever a situação durante um período de transição (Julho de 1997 e Dezembro de 2000). Espera-se uma proposta de revisão da Directiva para Junho de 2002 e a Comissão já lançou vários estudos em diversas matérias abrangidas pela directiva, a fim de obter em resposta informações importantes sobre a evolução do mercado audiovisual. O Parlamento felicita-se com o facto de a Comissão fazer uma avaliação globalmente positiva da Directiva "Televisão sem Fronteiras" e espera que o conjunto dos Estados-Membros, bem como os países candidatos, reforcem o compromisso de assegurarem a sua aplicação durante este período de transição. Nesta fase delicada, o Parlamento não tem intenção de intervir directamente na evolução futura da regulamentação audiovisual, pois considera ainda prematuro emitir um parecer sobre a revisão da Directiva "Televisão sem Fronteiras". No entanto, salienta a importância de manter a abordagem seguida até agora de uma posição coerente sobre os principais aspectos cobertos pela directiva, em particular no que respeita à diversidade cultural, ao pluralismo e à protecção dos menores. O PE exorta os Estados-Membros e os países candidatos a lançarem um vasto debate sobre esta questão e convida a Comissão a proceder a uma consulta séria e a um diálogo transparente com os operadores, os utilizadores e os organismos de regulamentação. O Parlamento está pronto para contribuir para essa tarefa, de modo a preparar em tempo útil e ao mais alto nível a revisão da Directiva "Televisão sem Fronteiras" PR\441215.doc 9/10 PE 303.761

e permitir que esta continue, com êxito, a ser o instrumento jurídico fundamental para a evolução do sector audiovisual europeu. PE 303.761 10/10 PR\441215.doc