Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Câmpus Ibirubá Regimento Disciplinar Discente Ibirubá, novembro de 2013
CAPÍTULO I Art. 1º O presente regulamento disciplinar do corpo discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio grande do Sul Câmpus Ibirubá tem por objetivo e finalidade subsidiar o corpo discente para o cumprimento das normas que regem a Instituição no que se refere a direitos, deveres e penalidades, em consonância com a legislação vigente. CAPÍTULO II DO CORPO DISCENTE Art. 2º O corpo discente é constituído pelos alunos regularmente matriculados nos cursos e/ou disciplinas isoladas, com trancamento de matrícula ou inscritos em atividades e programas de ensino, pesquisa ou extensão da Instituição, quaisquer que sejam suas formas e duração, em todos os níveis de ensino. Parágrafo Único - Nenhum membro do corpo discente poderá eximir-se do cumprimento das normas dispostas neste regulamento alegando desconhecê-las. CAPÍTULO III DOS DIREITOS Art. 3º São direitos do corpo discente: I - Receber educação de acordo com os princípios constitucionais e legislação em vigor; II - Usufruir dos benefícios que a Instituição proporciona; III - Ser tratado com respeito, atenção e urbanidade, assim como ter sua integridade física e moral preservada no âmbito do Câmpus;
IV - Frequentar as dependências do Câmpus, observando as normas de acesso e permanência; V - Frequentar biblioteca, instalações esportivas e demais setores e departamentos da instituição, desde que sem prejuízo dos trabalhos escolares e nos horários preestabelecidos; VI - Ter acesso às informações sobre as atividades desenvolvidas na instituição, procedimentos adotados, normas e regulamentos vigentes e modalidades de assistência oferecidas ao aluno; VII - Participar de atividades curriculares e extracurriculares oferecidas ao aluno, desde que atendidas as normas da Instituição; VIII - Participar de eleições e atividades de órgãos de representação estudantil quando aluno de curso regular, votando e sendo votado, conforme regulamento vigente; IX - Solicitar auxílio aos professores para o equacionamento de dificuldades encontradas nos estudos nas diferentes disciplinas; X - Solicitar à instância competente solução para eventuais dificuldades que interfiram no processo educativo; XI - Ter acesso aos resultados das avaliações; XII - Promover e organizar eventos na Instituição com o devido deferimento das coordenações competentes; XIII - Representar o IFRS - Câmpus Ibirubá em atividades artísticas, culturais, esportivas, religiosas, científicas e técnicas, entre outras, quando autorizado pelos pais ou representante legal e acompanhado de servidor designado para tal, obedecidas às normas vigentes; XIV - Requerer transferência, cancelamento ou trancamento de matrícula conforme estabelecido em legislação vigente; XV - Apresentar sugestões para a melhoria dos recursos humanos, materiais e do processo ensino-aprendizagem; XVI - Conhecer o registro de infração de eventual penalidade, tendo garantido o direito de defesa. XVII - Realizar provas e avaliações em horário especial em caso de faltas justificadas conforme Regimento Discente da Instituição.
XVIII - Propor sugestões que favoreçam um ambiente agradável e adequado ao desenvolvimento das várias dimensões do educando. XIX - Pleitear os programas de benefícios disponibilizados pela instituição obedecendo a critérios e prazos estabelecidos. XX - Usufruir dos atendimentos pedagógicos, psicológicos e assistenciais, respeitando os critérios e possibilidades da instituição. XXI - Sanar suas dificuldades de aprendizagem, preferencialmente com o professor da respectiva disciplina em que registrar baixo rendimento e/ou apresentar dúvidas. XXII - Receber gratuitamente as primeiras vias dos seguintes documentos: Histórico Escolar, Documento de Conclusão de Curso e Diploma. XXIII - Solicitar aproveitamento de estudos concluídos com êxito, desde que atendidas às disposições constantes na Resolução nº 083, de 28 de julho de 2010, do Conselho Superior do IFRS. XXIV - Aos discentes de Nível Médio Modalidade Integrada, é direito solicitar autorização, à Coordenação de Assistência ao Educando, para sair da instituição antes do horário estabelecido para o final de cada turno, desde que acompanhado de justificativa do representante legal. CAPÍTULO IV DOS DEVERES Art.4º São deveres do corpo discente: I - Assinar, na ficha de matrícula, acompanhado de seu responsável legal, o Termo de Responsabilidade comprometendo-se pelo bom uso e conservação do Patrimônio da União, utilizado durante o período em que permanecer como aluno do IFRS - Câmpus Ibirubá, bem como o conhecimento dos regulamentos e normas internas da Instituição; Parágrafo Único Em caso de depredação comprovada, o DAE (Departamento de Assistência ao Educando) e/ou Coordenação de Ensino notificará o responsável e registrará na Ficha do aluno que estará sujeito à aplicação de medidas socioeducativas
internas, conforme Art. 8º e Art. 11º, inciso II, alínea "a" e terá um prazo de 15 (quinze ) dias para o conserto do bem depredado, ou então, o ressarcimento em espécime ao erário público. A avaliação e o valor a ser pago ficarão por conta do DAE e/ou Coordenação de Ensino e da Direção de Administração e Planejamento. II - Participar efetivamente das atividades de ensino, com assiduidade e pontualidade, objetivando o melhor aproveitamento; III - Portar todo o material necessário para o desenvolvimento das atividades. IV - Comparecer, quando convocado, às reuniões de órgãos colegiados, diretorias, departamentos e coordenações, para conhecimento ou deliberação de interesse da comunidade escolar. V - Colaborar na conservação, preservação, higiene e manutenção dos ambientes e do patrimônio da Instituição; VI - Usar identificação do Câmpus em visitas e viagens técnicas ou culturais. VII - Manter silêncio nas imediações das salas de aula, laboratórios, bibliotecas e demais dependências da Instituição durante a realização de atividades educacionais. VIII - Responsabilizar-se pelo seu material escolar e pertences particulares. IX - Receber novos colegas e visitantes com cordialidade e respeito, favorecendo a adaptação e integração ao Câmpus. X - Manter um clima de respeito mútuo e convivência sadia, com todos os colegas e servidores da Instituição. XI - Manter conduta compatível com o ambiente educacional em todas as atividades da Instituição, preservando a integridade física e moral das pessoas. XII - Justificar, junto a Coordenação de Ensino, a ausência nas atividades letivas através da apresentação de atestado médico, obrigações com o serviço militar, falecimento de parente (1º e 2º graus), convocação pelo Poder Judiciário ou Justiça Eleitoral, convocação do Câmpus para participar de atividade e/ou evento, representação escolar externa, ou outros previstos em lei, em até três dias após a expedição do mesmo. XIII - Zelar pelo bom uso e conservação dos livros didáticos, devolvendo-os em condição de reutilização ao final do período letivo, ficando a rematrícula condicionada à devolução dos mesmos.
XIV - Devolver à Instituição, em caso de cancelamento de matrícula ou transferência os livros do Banco do Livro e biblioteca. XV - Cumprir as normas de utilização de ambientes e equipamentos, bem como as orientações sobre prevenção de acidentes, no Câmpus. XVI - Apresentar-se à Instituição em trajes adequados, de acordo com as atividades em que estiver participando. XVII Utilizar os equipamentos de proteção individual nas atividades práticas que exijam seu uso. XVIII - Cumprir e fazer cumprir as normas, instruções e regulamentos da Instituição. XIX - Apresentar autorização do responsável legal para participar de eventos representando a Instituição. XX Apresentar justificativa do responsável legal para as saídas antecipadas. XXI Registrar as saídas e entradas atrasadas junto à assistência estudantil. XXII Comunicar ao órgão competente da Instituição seu afastamento ou desligamento. XXIII - Realizar todas as atividades escolares que lhe forem propostas, observando prazos e datas. XXIV - Cuidar da higiene pessoal e contribuir para manter o ambiente do Câmpus limpo e sadio. XXV - Observar os padrões adequados de vestuário e de conduta quando estiver representando a Instituição. XXVI - É dever do discente menor de idade entregar os comunicados da instituição aos seus responsáveis quando solicitado, e devolvê-los com assinatura dos responsáveis no prazo estabelecido no comunicado. CAPÍTULO VI DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Art. 5º A aplicação de medidas socioeducativas previstas neste Regimento não exclui a responsabilização civil ou penal do discente infrator, ou do responsável legal quando se tratar de estudante menor de idade. Art. 6º Considera-se falta disciplinar toda a ação ou conduta que contrarie as disposições deste Regimento, instruções ou portarias baixadas pela Direção Geral (ou a quem esta delegar ou for hierarquicamente responsável pelo setor), desde que de acordo com os princípios constitucionais e as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente. Parágrafo Único Para efeito das medidas disciplinares, as faltas disciplinares são classificadas, conforme sua gravidade em: Faltas Leves, Faltas Médias, Faltas Graves e Faltas Gravíssimas. Art. 7º Na aplicação da sanção, sempre serão considerados as circunstâncias atenuantes ou agravantes conforme constam nos artigos 9º e 10º deste regimento. Art. 8º São circunstâncias atenuantes: I - Ter bom rendimento escolar (todas as notas acima de 50% de rendimento); II - Boa conduta disciplinar; III - Ser infrator disciplinar primário; IV Ser assíduo às atividades escolares; Art. 9º São circunstâncias agravantes: I Conduta indisciplinar frequente por parte do aluno; II - Ser reincidente em infração disciplinar de natureza grave ou gravíssima; III - Cometer a infração com dolo; IV Infrequência nas atividades escolares. Art. 10 Constituem medidas socioeducativas, podendo ser aplicadas isoladas ou cumulativamente: I Orientação oral, com registro na ficha do aluno.
II Advertência escrita, com comunicado e chamado aos pais. III - Suspensão das aulas com desenvolvimento de atividades pedagógicas junto ao Câmpus pelo período de até 3 (três) dias. IV - Transferência compulsória, medida adotada quando esgotados todos os recursos educativos, ficando o Câmpus comprometido a dar os subsídios necessários para a efetiva transferência do estudante. Art. 11 As faltas e as sanções disciplinares constarão na Ficha Individual do Aluno, sendo mencionada sua causa. Art. 12 Na aplicação das sanções disciplinares levar-se-á em consideração a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para colegas, servidores e Instituição, além de reincidências de faltas. Parágrafo Único - Caberá à Direção de Ensino e o DAE analisar e resolver os casos contemplados neste Regimento, estabelecer o tipo de falta e aplicar as sanções devidas. Art. 13 As faltas disciplinares discentes classificam-se em: I - Leves, passíveis de orientação verbal. A falta será considerada LEVE no caso do aluno que: a. Desrespeitar servidores e/ou colegas com palavras obscenas ou de baixo calão. b. Mantiver-se em atitude de desrespeito e desinteresse frente aos servidores e/ou colegas. c. Omitir-se de programações realizadas pela escola na Instituição ou fora dela. d. Descumprir o horário geral da Instituição. e. Descumprir as tarefas escolares. f. Outras, não constante nesse rol e que podem ser equiparadas. g. Sair da sala de aula sem permissão do professor, bem como a ela retornar sem autorização do DAE e/ou Coordenação de Ensino.
h. Fazer algazarra ou brincadeiras nos corredores e nas salas de aula, durante os intervalos das aulas. i. Exercer atividades comerciais, político-partidárias ou de propaganda no âmbito do Câmpus, excetuando-se os casos devidamente autorizados pela Direção. j. Utilizar o telefone celular, ou outro equipamento sonoro ou eletrônico de forma a interferir no bom andamento das atividades escolares, seja em aula, laboratórios ou outras atividades. k. Utilizar os microcomputadores ou outros equipamentos eletrônicos, pessoais e Institucionais, em atividades alheias às de ensino. l. Praticar esportes fora das áreas destinadas para tal. m. Exceder-se em manifestações enamoradas, impróprias ao ambiente escolar, nas dependências do IFRS - Câmpus Ibirubá. II - Médias, passíveis de advertência escrita previstas no ECA, art. 122, Inciso I. A falta será considerada MÉDIA no caso do aluno que: a. Pichar muros, paredes, ou causar danos em bens pertencentes à Instituição e à propriedade alheia b. Usar de desonestidade para eximir-se das atividades escolares. c. Promover eventos, sem autorização da Direção. d. Divulgar por qualquer meio de publicidade assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da Instituição e servidores e alunos, sem autorização. e. Agir de forma inconveniente aos bons usos e costumes em salas de aula e demais dependências da Instituição, ou fora, quando em visitas técnicas e/ ou excursões. f. Ausentar-se do Câmpus, sem autorização. g. Usar de meios ilícitos durante a realização de avaliações e/ou trabalhos escolares; III - Graves, passíveis de desenvolvimento de atividades orientadas junto à Instituição, prevista no ECA, art. 122, inciso III. São consideradas faltas GRAVES: a. Tentativa de adulteração de documentos. b. Praticar atos atentatórios à dignidade moral de colegas e servidores.
c. Praticar bullying, inclusive através de postagens na internet: vídeos, publicações e disseminação de informações ofensivas d. Desrespeitar as autoridades escolares e/ou agredir moralmente colegas e servidores. e. Comparecer ao Câmpus com sinais e sintomas de embriaguez e/ou efeitos de outras drogas. f. Praticar a retirada de equipamentos, produtos e outros, de qualquer setor, sem a prévia autorização do responsável pelo mesmo. g. Usar de forma indevida o nome ou símbolo da Instituição. h. Plagiar, total ou parcialmente, obras literárias, artísticas, científicas, técnicas ou culturais. i. Divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da Instituição e servidores, sem autorização. j. Outras não constantes nesse rol e que podem ser equiparadas. IV - Gravíssimas, passíveis de transferência compulsória. São consideradas faltas GRAVISSIMAS quando o aluno: a. Portar ou usar qualquer espécie de arma. b. Furtar ou roubar. c. Agredir fisicamente ou assediar moral ou sexualmente colegas e/ou servidores. d. Usar, portar, ou depositar entorpecentes, drogas ou bebidas alcoólicas nas dependências da Instituição ou quando a estiver representando. Art. 14 Será facultado ao IFRS Câmpus Ibirubá substituir as penalidades previstas no Art. 11º, incisos II e III, por atividades socioeducativas na própria instituição, com a documentação, registro e descrição da atividade por escrito e anuência e assinatura do responsável legal. Art. 15 Em caso de dano material ao patrimônio do IFRS Câmpus Ibirubá, além da sanção disciplinar aplicável, o infrator - ou turma responsável - estará obrigado a repor e/ou ressarcir as despesas correspondentes.
CAPÍTULO VI DO PROCESSO DISCIPLINAR Art. 16 Será instaurado Processo Disciplinar, sempre que necessário, para analisar, buscar a comprovação da existência dos fatos ou de seus autores, os graus de responsabilidade na prática da infração e resolver os casos omissos não contemplados neste Regimento. Para isso será designada uma comissão da qual participarão integrantes do Departamento de Assistência ao Educando e/ou Coordenação de Ensino e docentes. Parágrafo único. As decisões deverão ser votadas com quórum mínimo de cinquenta por cento (50%), sendo que a aprovação ocorrerá por maioria simples. Em caso de empate, o presidente tomará a decisão de desempate. Art. 17 O Processo Disciplinar desenvolver-se-á nas seguintes etapas: I - Instaurar a Comissão encarregada do processo. II - Estudar e buscar a comprovação dos fatos. III - Proceder ao indiciado (s) o direito de defesa (s), por escrito. IV - Apresentar relatório de conclusão à Direção Geral do IFRS Câmpus Ibirubá. Art. 18 É assegurado ao aluno o direito de acompanhar o Processo Disciplinar, pessoalmente, se maior de idade, ou por procurador legalmente constituído. Art. 19 Os depoimentos serão prestados oralmente e reduzidos a termo, não sendo lícito trazêlos por escrito. Art. 20 Tipificada a infração, será formulada a indiciação do (s) aluno (s), com especificação dos fatos a ele (s) imputado (s) e das respectivas provas. Art. 21 O indiciado será notificado por escrito pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita no prazo de dez dias úteis, assegurando-lhes vistas ao processo na Instituição.
Art. 22 No processo Disciplinar deve ser assegurada ampla defesa dos indiciados, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 23 A Comissão, antes de proferir seu julgamento, poderá encaminhar o processo ao Departamento Jurídico da Reitoria, para pronunciamento acerca dos aspectos processuais. Art. 24 Após o julgamento, o aluno terá 10 (dez) dias úteis, a contar do dia da ciência da sanção para recorrer da decisão. Art. 25 Do Processo Disciplinar poderá resultar: I Arquivamento do Processo; II Aplicação da sanção. Este Regimento entra em vigor a partir desta data. Ibirubá, 25 de novembro de 2013. Migacir Trindade Duarte Flores Diretora Geral Pro tempore Portaria nº 552/2012