Ano 1 Elaborado por: Luísa Estriga Setembro, 2011 Acção de Formação e Orientações Técnicas para a Época 2011/12
25-Aug-2010 Fac. Desporto - U.P. 2
Sistematizar metodologias de observação e avaliação Produzir conhecimento Estudar a influência de factores Avaliar o esforço físico típico Estudar as competências dos observadores Elaborar material pedagógico de apoio Emitir recomendações 3
2009-2010 Estudo da PO1 Percepção de competência e de desempenho QUESTIONÁRIOS (elite vs não elite) Avaliação epidemiológica da qualidade das decisões dos árbitros e identificação de factores contextuais influenciadores Estudo preliminar Concluído 2010-2011 Estudo da PO1 Super-Taça de Portimão Avaliação epidemiológica da qualidade das decisões dos árbitros - continuação Determinação da adequação dos registos dos observadores Quantificação e tipificação do esforço físico dos árbitros de elite Em fase de conclusão 2011-2012 Estudo da PO1 Super-Taça de Portimão Continuação dos estudos anteriores Estudo dos mecanismos cognitivos dos árbitros Em fase de planeamento 4
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Avaliação das exigências bioenergéticas e neuromusculares da arbitragem de um jogo (determinação do tipo de esforço aeróbio e anaeróbio) 9
Sistema de filmagem aérea: Determinação das quantidades cinemáticas de modo semi-automático (distâncias percorridas, velocidades, zonas preferências) Utilização de cardio-frequencímetros e acelerómetros Determinação do esforço cardio-respiratório e exigências musculares 10
Velocidades, acelerações, frequência cardíaca e ECG) 11
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60% não excedem os 4.5km/h 28% entre 4.5km/h e 9km/h 7% não excedem os 15km/h Intensidade moderada 18
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900 kcal/h a 1100 kcal/h por jogo Modesto 20
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Teste de corrida no tapete: Determinação do ritmo cardíaco (HR basal e HR max.) Lactato sanguíneo (determinação do limiar anaeróbico) VO2max Velocidade de corrida Teste: Patamares de 3 min, com incrementos de 1km/h, termina quando for atingida a exaustão, intervalos de 30 segundos 23
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Necessário ter limiar anaeróbio de 9km/h Ser capaz de atingir velocidades de 20km/h (trivial) Ser capaz de suportar uma sucessão de jogos 25
Vários modos de obter energia Lento mas eficiente e sustentável AERÓBIO Rápido (poderoso) mas não sustentável ANAERÓBIO ANAERÓBIO gera ácido láctico LIMIAR ANAERÓBIO O maior esforço ainda sustentável indefinidamente Mede-se estudando o lactato Em regime ANAERÓBIO o lactato cresce explosivamente 26
ritmo cardíaco (bpm) lactato (mm) 250 16 200 HR lactato 14 12 150 10 8 100 6 50 4 2 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 velocidade (km/h) 0 27
INDICADOR DE ESFORÇO DIFERE DE PESSOA PARA PESSOA EVOLUI COM O TREINO É FALÍVEL MAS SIMPLES E MELHOR QUE NADA 28
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DETERMINADO O NÍVEL MÍNIMO: 9.2 NO SHUTTLE TEST GENERALIZAR AVALIAÇÕES: ALGUÉM DISPONÍVEL? FORNECER INFORMAÇÃO INDIVIDUAL ENSINAR AS BASES DO AUTO-TREINO TREINAR OS CASOS EXTREMOS (INTERNACIONAIS, ) 32
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shuttle run level Nível proposto Nível exigido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 weeks 34
É importante estar bem preparado fisicamente TREINE! 3 x por semana 35
2009-10 (PO1): Estudo preliminar 6 jogos Resultados finais 15 jogos 2010-11: Super-Taça 9 jogos PO1 20 jogos 37
Registo do desempenho dos árbitros em vídeo Colocação de câmaras evitando a oclusão de imagens e observar a totalidade do campo 38
Jogos estudados: Escolhidos de forma aleatória e sem pré-aviso Filmagens independentes efectuadas pela equipa de investigação 39
Ausência de qualquer contacto entre investigadores e duplas no local dos jogos Os peritos/avaliadores manter-se-ão em anonimato Os resultados apenas serão divulgados em agregado anonimato garantido às duplas ou clubes envolvidos Os resultados poderão ser facultados aos directamente interessados 40
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Correcção da distância ao local da falta Interrupção de jogo Lançamento de reposição Lançamento de linha lateral Falta atacante 9m Cartão amarelo ao banco Cartão vermelho Jogo Passivo Pé Passos 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 42
Correcção da distância ao local da falta Correcção do local da falta Interrupção de jogo Violação da área Lançamento de reposição Lançamento de baliza Lançamento livre (outras faltas) Falta atacante 7m 9m Lei da vantagem 2 min Cartão vermelho Cartão amarelo Advertência Jogo Passivo Dribles Passos 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 eventos 43
Frequency 80 70 60 50 40 30 20 10 0 44
7 metros 9 metros 2 min Vermelho Amarelo usência de falta 26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 45
9m amarelo adv. passivo 7m 2' eventos 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 9m Total 2 min 7 m 14 12 10 8 6 4 1.0 0.5 0.0 Ad. Passivo 2 Amarelo 0 0 10 20 30 40 50 60 46 1ª parte 2ª parte
9m amarelo adv. passivo 7m 2' total erros 1.0 4 0.9 0.8 0.7 3 3 0.6 2 0.5 0.4 2 0.3 0.2 0.1 1 1 0.0 0 10 20 30 40 50 60 0 47
total erros erros graves total eventos 3.5 14 3.0 12 2.5 10 2.0 8 1.5 6 1.0 4 0.5 2 0.0 0 10 20 30 40 50 60 0 48
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% erros graves erros 30% 20% 10% 0% 0 5 10 15 20 49
Eventos Erros graves 1% 1% 5% 16% 1% 59% 21% 11% 66% % 8% 5% 1% 1% 50
resultado Jogo Nº de eventos Eventos excluindo golos Nº erros Nº omissões favorecendo casa favorecendo visitante Nº erros graves Graves favorecendo casa 30 35 A 147 82 5 8 2 9 6 2 32 29 B 169 108 5 6 7 4 5 3 24 22 C 143 97 5 17 12 7 10 6 32 32 D 189 125 11 41 19 20 14 7 40 30 E 194 124 8 21 18 7 15 12 23 23 F 163 117 12 17 12 14 19 8 33 30 G 216 153 15 21 22 9 23 15 20 20 H 144 104 9 7 11 6 9 8 25 20 I 164 119 13 10 11 9 19 10 29 23 J 184 132 11 31 32 9 15 10 42 21 L 196 133 13 21 16 11 17 8 51
resultado Jogo Nº de eventos Eventos excluindo golos Nº erros Nº omissões favorecendo casa favorecendo visitante Nº erros graves Graves favorecendo casa 24 27 M 180 129 13 16 17 10 19 10 22 25 N 171 124 15 16 19 6 17 12 28 22 O 159 109 12 13 13 10 10 6 26 27 P 151 98 13 8 6 14 14 2 29 26 Médias 171 117 11 17 14 10 14 8 Soma 2570 1754 160 253 217 145 212 119 2570 eventos 171 intervenções (técnicas e disciplinares) por jogo = 1 intervenção de 21s em 21s (incluindo golos) 117 intervenções por jogo = 1 intervenção de 30 em 30 s (excluindo golos) 52
Jogo Incorrecções totais A 9% 16% B 7% 10% C 15% 23% D 28% 42% E 15% 23% F 18% 25% G 17% 24% H 11% 15% I 14% 19% J 23% 32% L 17% 26% Totais sem golos Erros graves Graves sem golos % erros que é grave 4% 7% 46% 3% 5% 45% 7% 10% 45% 7% 11% 27% 8% 12% 52% 12% 16% 66% 11% 15% 64% 6% 9% 56% 12% 16% 83% 8% 11% 36% 9% 13% 50% 53
Jogo Incorrecções totais M 18% 25% N 16% 23% O 14% 21% Média 16% 24% Totais sem golos Erros graves Graves sem golos % erros que é grave 10% 14% 55% 6% 9% 40% 9% 14% 67% 6% 12% 51% 24% de intervenções(técnicas e disciplinares) INCORRECTAS por jogo ½ destes não são graves 14 erros graves por jogo (12% das intervenções) 54
Não se verifica a influência deste factor Mas factor equipa/claque/treinador parece ter influência Em 20% dos jogos verificou-se um sancionamento objectivamente assimétrico 55
Jogo Assimetria A -3 B -2 C 0 D N/A E -1 F 3 G 4 H 7 I -4 J -1 L N/A M N/A N N/A O -4 Assimetria de erros graves maior que diferença no marcador? 33% dos jogos analisados tiveram uma diferença no marcador igual ou inferior à assimetria de erros graves estes favoreceram sempre as equipas A e B a equipa A foi favorecida em todos os jogos analisados P 9 33% 56
JOGO % erros não neutros que favoreceram a casa Significância erros graves que favorecem a casa Significância A 18% 3% 33% 34% B 64% 27% 60% 50% C 63% 18% 60% 38% D 49% 50% 50% 60% E 72% 2% 80% 2% F 46% 42% 42% 32% G 71% 1% 65% 11% H 65% 17% 89% 2% I 55% 41% 53% 50% J 78% 0% 67% 15% L 59% 22% 47% 50% M 63% 12% 53% 50% N 76% 1% 71% 7% O 57% 34% 60% 38% P 30% 6% 14% 1% média 60% 33% 56% 20% 57
O problema não é errar (nem erram muito) É errar SISTEMATICAMENTE em certas faltas em certos momentos ou locais a favor de certas equipas Isto é matematicamente demonstrável Ocorreu em 20% dos jogos que observamos na PO1 58
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Todos os jogos (9) foram filmados com 2/3 câmaras Registo em áudio da avaliação dos observadores em tempo real 4 câmaras Análise dos relatórios dos observadores 60
Edição de um resumo de cada jogo: erros, situações ambíguas, ausência de acordo entre os investigadores Recurso a tecnologias de processamento digital de imagem (câmara lenta, zoom digital, reconstrução 3D ) 61
As situações seleccionadas foram apresentadas individualmente aos árbitros e peritos/observadores e registadas as opiniões 62
O material produzido foi facultado aos formadores para análise conjunta com o grupo de trabalho (árbitros, observadores e quadros de arbitragem) 63
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Jogo Dif intervenções erros omissões favorece casa favorece fora graves graves favorece casa graves favorece fora A 3 171 12 7 7 12 11 5 4 B -5 183 14 9 7 15 11 3 8 C 0 163 6 8 6 7 4 0 4 D 3 159 11 12 9 14 9 3 6 E 1 155 13 11 11 13 6 4 2 F -6 160 14 12 15 9 8 4 2 G 11 178 14 13 13 13 12 7 4 H -4 163 6 13 11 7 8 5 3 I 8 144 8 12 9 10 11 4 7 1.2 164 11 11 10 11 9 3.9 4.4 68
Jogo graves graves favorece casa graves favorece fora graves marcados graves por marcar graves omissos prob graves assimetria A 11 5 4 5 3 3 50% -2 B 11 3 8 4 2 5 11% 0 C 4 0 4 2 1 1 6% 4 D 9 3 6 2 2 5 25% -999 E 6 4 2 1 2 3 34% 1 F 8 4 2 3 3 2 34% -999 G 12 7 4 1 4 7 27% -8 H 8 5 3 0 3 5 36% -999 I 11 4 7 2 3 6 27% -999 9 3.9 4.4 2.2 2.6 4.1 36% -999 69
Intervenções Erros Graves Influência Sistemática P01 117 24% 12% 33% 13% Portimão 117 19% 8% 30% 0.0% 70
Jogo visualizadas não-consenso A 46 37 B 42 33 C 43 37 D 40 30 E 40 33 F 37 22 G 42 30 H 33 22 I 43 28 média 41 30 72
interpretações diferentes 73
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Antes e depois dos jogos Esteja bem informado relativamente a actualizações e recomendações Analise outros jogos Analise o seu próprio desempenho 75
António Tulha Pedro Sequeira Alexandre Melo Jorge Costa Catarina Sampaio Marco Guimarães Gustavo Conselho de Arbitragem FAP Observadores e os árbitros Eduardo Ana Seabra Pedro Vieira Aldina Sofia João Alves 76
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