PARTE 4 REGIMES PAUTAIS A. REGIMES PREFERENCIAIS

Documentos relacionados
Com base nas notificações efetuadas pelas Partes para a Comissão Europeia, os quadros em anexo especificam:

Com base nas notificações efetuadas pelas Partes para a Comissão Europeia, os quadros em anexo especificam:

Com base nestas comunicações, os quadros em anexo indicam a data de aplicação da acumulação diagonal.

ANEXO. Proposta de Decisão do Conselho

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

A INDÚSTRIA TÊXTIL E VESTUÁRIO PORTUGUESA

5803/17 PB/sf DGG 3B. Conselho da União Europeia. Bruxelas, 16 de fevereiro de 2017 (OR. en) 5803/17. Dossiê interinstitucional: 2016/0327 (NLE)

ANEXO. Documento que acompanha. proposta de Decision do Conselho

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO. que revoga determinados actos obsoletos do Conselho

Jornal Oficial da União Europeia L 219. Legislação. Atos não legislativos. 61. o ano. Edição em língua portuguesa. 29 de agosto de 2018.

MANUAL DE ORIGENS PARTE II - ORIGEM PREFERENCIAL. Direção de Serviços de Tributação Aduaneira

Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2018/604 DA COMISSÃO

PUBLIC DGC 2B LIMITE PT. Bruxelas, 12 de junho de 2015 (OR. en) UE-OLP 1851/15. Dossiê interinstitucional: 2015/0018 (NLE) LIMITE

Membros da IFC. Corporação Financeira Internacional. Data de afiliação

Alfândegas Delegações Aduaneiras Postos Aduaneiros Operadores Económicos ENTRADA EM VIGOR DO SISTEMA DE EXPORTADOR REGISTADO (REX)

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 21 de Novembro de 2007 (22.11) (OR. en) 15523/07 Dossier interinstitucional: 2007/0254 (ACC) UD 118

Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

(Atos legislativos) REGULAMENTOS

Alteração 1 Anneleen Van Bossuyt em nome da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores ALTERAÇÕES DO PARLAMENTO EUROPEU *

ORGANIZAÇÕES REGIONAIS

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2018/724 DA COMISSÃO

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2018/886 DA COMISSÃO

REGULAMENTO DELEGADO (UE) 2016/1612 DA COMISSÃO de 8 de setembro de 2016 que prevê a ajuda à redução da produção de leite

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

ASSUNTO: Organização comum de mercado no sector das matérias gordas regimes de importação de azeite

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

PARLAMENTO EUROPEU Documento de sessão ADENDA. ao relatório

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

L 293/62 Jornal Oficial da União Europeia

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2017) 64 final - ANEXO 1.

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

A Tutela Internacional das Denominações de Origem O Acordo de Lisboa de 1958

PROPOSTA DE DECISÃO. PT Unida na diversidade PT. Parlamento Europeu B8-0240/

Jor nal Oficial L 54. da União Europeia. Legislação. Atos não legislativos. 56. o ano 26 de fevereiro de Edição em língua portuguesa.

(Texto relevante para efeitos do EEE) (2013/519/UE)

VISTOS CONSULARES. Afeganistão Sim Sim. África do Sul Não Não. Albânia Sim Sim. Alemanha Não Não. Andorra Não Sim. Angola Sim Sim

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

Conselho da União Europeia Bruxelas, 18 de julho de 2017 (OR. en)

A7-0373/7. Alteração 7 Juan Fernando López Aguilar em nome da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos

Jornal Oficial da União Europeia L 290/3

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Alfândegas Delegações Aduaneiras Postos Aduaneiros Operadores Económicos ENTRADA EM VIGOR DO SISTEMA DE EXPORTADOR REGISTADO (REX)

Jornal Oficial da União Europeia L 326/3

DECRETO N.º 286/XIII. Aprova medidas de contingência a aplicar na eventualidade de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2017/989 DA COMISSÃO

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2017/717 DA COMISSÃO

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de DIRECTIVA DO CONSELHO. que revoga a Directiva 72/462/CEE. (apresentada pela Comissão)

Jornal Oficial da União Europeia L 77/25

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

TEXTOS APROVADOS. Introdução de medidas comerciais autónomas de emergência para a Tunísia ***I

L 143 da União Europeia

A8-0277/14 ALTERAÇÕES DO PARLAMENTO EUROPEU * à proposta da Comissão

(5) As medidas previstas no presente regulamento estão em conformidade com o parecer do Comité para o Comércio da Fauna e da Flora Selvagens,

REGULAMENTO DELEGADO (UE) 2015/1971 DA COMISSÃO

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

ANEXO. Proposta de Decisão do Conselho

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

L 228/52 Jornal Oficial da União Europeia

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

Relatório Mundial de Saúde 2006

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

ANEXO. Anexo. Proposta de Decisão do Conselho

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Jornal Oficial da União Europeia L 304/1. (Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade)

Jornal Oficial da União Europeia L 103 I. Legislação. Atos legislativos. 62. o ano. Edição em língua portuguesa. 12 de abril de 2019.

NORMAS DE PROCEDIMENTO PARA EMISSÃO DO CERTIFICADO DE ORIGEM ACE 53 BRASIL - MÉXICO APROVADO PELO DECRETO Nº DE 23/09/2.002

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

NOMES DE PAÌSES EM PORTUGUÊS. Lista da ONU

Comprometendo-se a proteger a Comunidade do comércio desleal e ilegítimo apoiando a actividade económica legítima.

Bruxelas, 18 de Novembro de 2005 (OR. en) ASSOCIAÇÃO ENTRE A COMUNIDADE EUROPEIA E A TURQUIA CE-TR 108/05

Mercados. informação regulamentar. Tunísia Condições Legais de Acesso ao Mercado

Conselho da União Europeia Bruxelas, 23 de maio de 2017 (OR. en)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 14 de junho de 2016 (OR. en)

DGAIEC - Missão. As Alfândegas na União Europeia Carta de Missão Comum

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS. Proposta de REGULAMENTO DO CONSELHO

Benfica Telecom Tarifário 2014 em vigor a partir de 1/1/2014

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO. de

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

TEXTOS APROVADOS. Obrigações relativas ao imposto sobre o valor acrescentado para as prestações de serviços e as vendas à distância de bens *

(Texto relevante para efeitos do EEE)

ADENDA AO MANUAL SOBRE A APLICAÇÃO PRÁTICA DO REGULAMENTO INN

Os Impactos Aduaneiros do BREXIT

(Texto relevante para efeitos do EEE)

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

(Actos não legislativos) REGULAMENTOS

A forma e prazo de exercício da opção encontram-se regulados na Portaria n.º 215/2017, de 20 de julho.

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO. relativa à celebração da Convenção regional sobre regras de origem preferenciais paneuromediterrânicas

ANEXO. Proposta de Decisão do Conselho

ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2015) 597 final - ANEXOS 1 a 5.

Transcrição:

PARTE 4 REGIMES PAUTAIS A. REGIMES PREFERENCIAIS 1. Introdução Os regimes pautais preferenciais aplicam-se às mercadorias originárias de vários países ou grupos de países, com os quais a União Europeia celebrou Acordos Comerciais ou relativamente aos quais a União concede de forma autónoma uma determinada preferência pautal. A origem das mercadorias declaradas para beneficiarem de um regime preferencial deve ser comprovada mediante a apresentação dos documentos justificativos a seguir indicados: PAÍSES, GRUPO DE PAÍSES OU TERRITÓRIOS Países ACP: -Reg. 2016/1076 que veio reformular o Reg. 1528/07 Reg. sobre Acesso ao Mercado (RAM) - Acordo CARIFORUM - Acordo CE/Pacífico - *Alguns países no quadro de outros grupos regionais aplicam já o respectivo Acordo de Parceria Económica PTU EEE Suíça Israel Noruega Islândia Ilhas Feroé Antiga República Jugoslava da Macedónia Território da Cisjordânia e da Faixa de Gaza Turquia (só para os produtos agrícolas do anexo I do Tratado e produtos abrangidos pelo ex Tratado CECA) Andorra (só para produtos agrícolas) África do Sul México Ceuta e Melilha Líbano Jordânia Chile Egito Argélia Tunísia Marrocos Albânia Bósnia-Herzegovina Sérvia Montenegro PROVAS DE ORIGEM Certificado de Circulação de Mercadorias EUR. 1 Ou Declaração feita pelo exportador numa fatura, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente designada por declaração na fatura). OBSERVAÇÕES A declaração na fatura pode ser efetuada: a) Por qualquer exportador no que diz respeito a qualquer remessa que consista numa ou mais embalagens contendo produtos originários cujo valor total não exceda 6.000 =C b) Por um exportador autorizado 1

PAÍSES, GRUPO DE PAÍSES OU TERRITÓRIOS Moldávia Kosovo 1 Peru Colômbia Equador Geórgia Ucrânia Honduras Nicarágua Panamá Costa Rica El Salvador Guatemala PROVAS DE ORIGEM OBSERVAÇÕES Coreia do Sul - Declaração feita pelo exportador numa fatura, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente designada por declaração na fatura). A declaração na fatura pode ser efetuada: c) Por qualquer exportador no que diz respeito a qualquer remessa que consista numa ou mais embalagens contendo produtos originários cujo valor total não exceda 6.000 =C d) Por um exportador autorizado Síria CCM EUR. 1 Ou Formulário EUR. 2 Os formulários EUR. 2 só podem ser emitidos para remessas postais cujo valor não ultrapasse 850 =C SPG * Na importação na Comunidade: Certificado de origem FORM. A Ou Declaração na fatura efetuada por qualquer exportador para remessas cujo valor não exceda 6.000 =C Na exportação da Comunidade: CCM EUR. 1 Ou Declaração na fatura efetuada: Por exportadores comunitários autorizados Por qualquer exportador para remessas cujo valor não exceda 6.000 =C *A partir de 01.01.2017 o atestado de origem será também utilizado, tendo em vista a substituição progressiva das provas de origem utilizadas no quadro das relações comerciais com países S.P.G. Estes atestados podem ser emitidos: Na importação na UE: - por qualquer exportador para remessas cujo valor não exceda 6.000 - por exportador registado (REX) para remessas de valor superior a 6.000 Na exportação da UE: Nas mesmas circunstâncias em caso de acumulação bilateral de origem * Deverá ser sempre consultada a Pauta para se determinar quais os países ACP que aplicam já o respectivo Acordo de Parceria Económica e quais os produtos negociados no âmbito do mesmo Através da celebração de Protocolos de Origem Pan-euro-mediterrânicos entre a UE e os parceiros pan-europeus e os países da Bacia do Mediterrânico, foi estabelecida a possibilidade de acumulação diagonal de origem, a qual pressupõe a utilização de provas de origem específicas onde seja indicado que a origem foi adquirida pela aplicação das regras de acumulação pan-euro-mediterrânica. Assim, os países que constam do quadro abaixo poderão, à medida que forem celebrando os referidos Protocolos de Origem Pan-euro-mediterrânicos, o que será assinalado com um *, utilizar nas trocas com a CE, para além do certificado EUR1 e da Declaração na fatura, o certificado EUR-MED e a Declaração na fatura EUR-Med; 1 No caso do Kosovo, a declaração na fatura por um exportador autorizado só pode ser emitida por exportadores comunitários autorizados no âmbito da acumulação bilateral. 2

PAÍSES, GRUPO DE PAÍSES OU TERRITÓRIOS * Suíça * EEE * Ilhas Feroé * Argélia * Marrocos * Tunísia * Egito * Líbano * Jordânia Síria * Israel * Cisjordânia e Faixa de Gaza * Turquia 2 PROVAS DE ORIGEM Certificado de Circulação de mercadorias EUR-MED Declaração feita pelo exportador numa fatura, nota de entrega ou qualquer outro documento comercial que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada (normalmente designada por declaração na fatura EUR-MED ) OBSERVAÇÕES A declaração na fatura EUR-MED pode ser efetuada: a) Por qualquer exportador no que diz respeito a qualquer remessa que conste numa ou mais embalagens contendo produtos originários cujo valor total não exceda 6.000 euros; b) Por um exportador autorizado. Os regimes preferenciais não devem ser invocados quando as mercadorias possam beneficiar de direitos aduaneiros erga omnes mais favoráveis. As mercadorias abrangidas pelos regimes preferenciais podem estar sujeitas a proibições e restrições. 2. Andorra (ADR) 1. Nos termos do Acordo entre a União Europeia e o Principado de Andorra (Decisão 90/680/CEE do Concelho de 26 de novembro de 1990, JO nº L 374, de 31.12.90), em vigor desde 1 de julho de 1991, dever-se-á ter em consideração o seguinte: a) Os produtos dos Capítulos 1 a 24 originários de Andorra, nos termos da Decisão 1/99 de 6 de maio de 1999 (JO L 191, de 23.07.1999) estão isentos de direitos aduaneiros quando acompanhados da prova de origem indicada no quadro anterior. b) Os produtos dos Capítulos 25 a 97 provenientes de Andorra, abrangidos pelas disposições da União Aduaneira previstas no citado acordo, estão isentos de direitos aduaneiros desde que acompanhados de um documento T2, T2L ou documento equivalente. Porém, os produtos agrícolas transformados mencionados no Regulamento (CE) n.º 3448/93 estão isentos do elemento fixo dos direitos, mas continuam sujeitos ao elemento agrícola estipulado por aquele regulamento. c) As mercadorias declaradas como provenientes de Andorra cuja origem ou procedência não seja provada serão tributadas pelas taxas do regime geral. 3. São Marinho (SMR) As trocas comerciais entre a União Europeia e a República de São Marinho não estão sujeitas a direitos de importação ou de exportação, incluindo as imposições de efeito equivalente. Nos termos do Acordo Provisório de Comércio e de União Aduaneira, aprovado pela Decisão 92/561/CEE do Conselho, de 27 de novembro de 1992 (JO nº L 359 de 9.12.92), em vigor desde 1 de dezembro de 1992, deverá ter-se em consideração o seguinte: 2 Somente para produtos agrícolas e produtos CECA. 3

- A União Aduaneira estabelecida abrange os produtos dos Capítulos 1 a 97 da Pauta Aduaneira Comum, com exceção dos produtos referidos no Tratado que instituiu a Comunidade Económica do Carvão e do Aço. - As disposições do Acordo aplicam-se às mercadorias produzidas na União ou na República de São Marinho, bem como às mercadorias provenientes de países terceiros que se encontrem em livre prática na Comunidade ou na República de São Marinho. - As formalidades de desalfandegamento, e nomeadamente, a colocação em livre prática dos produtos provenientes de países terceiros destinados à República de São Marinho, são asseguradas pela União Europeia, em nome e por conta da República de São Marinho. 4. Turquia No caso da Turquia, a prova de que os produtos se encontram em condições de beneficiar do disposto no Acordo de União Aduaneira é feita mediante a apresentação de um certificado A.TR. Contudo, como os produtos CECA e agrícolas do Anexo I do Tratado não estão abrangidos pela União Aduaneira, mas por um Acordo de Comércio Livre, a prova de que aqueles produtos são originários da Turquia é feita através da apresentação dos documentos constantes dos quadros anteriores. 5. Sistema de Preferências Generalizadas (SPG) O Regulamento (CE) n.º 978/2012 3 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, regulamenta a execução das orientações em relação à aplicação do Sistema de Preferências Pautais Generalizadas, sendo aplicável desde 1 de janeiro de 2014. De notar que o sistema deverá continuar a ser aplicado por um período de dez anos a contar da data de aplicação das preferências previstas no referido regulamento, exceto no que respeita ao regime especial a favor dos países menos avançados que deve continuar a aplicar-se sem qualquer termo de vigência. No Regulamento (CE) n.º 978/2012 do PE e do Conselho, encontram-se estabelecidos os seguintes regimes: Um regime geral; Um regime especial em favor dos países menos avançados (Tudo menos Armas - TMA); Um regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governação (SPG+). O SPG traduz-se numa suspensão total ou parcial dos direitos aduaneiros, com caráter temporário e não obrigatório, que a União concede unilateralmente a determinados países e territórios, tendo em conta, por um lado, o grau de desenvolvimento industrial e a competitividade de cada um e, por outro, a sensibilidade dos setores produtivos da União. Este regime pautal é concedido mediante a apresentação das provas de origem referidas no quadro anterior. 3 Anexo I Regulamento (CE) n.º 978/2012 do PE e do Conselho, de 25 de outubro (publicado no JOUE L 303 de 31/10/2012). 4

5.1. Regime Geral Os «Países beneficiários do SPG», são os países beneficiários do regime geral incluídos na lista do Anexo II do Regulamento (CE) n.º 978/2012 do PE e do Conselho. Este regime vem enunciado na Pauta de Serviço com a sigla SPGL. 5.2. Regime Especial em favor dos Países Menos Avançados (PMA) Estão compreendidos nesta categoria os países assinalados no Anexo IV do Regulamento (CE) n.º 978/2012, os quais beneficiam de tratamento preferencial em relação a determinados produtos. Depois da independência do Sudão do Sul e do reconhecimento deste Estado pelas Nações Unidas como PMA em Dezembro de 2012, foi o mesmo introduzido entre os beneficiários da iniciativa Tudo Menos Armas em Maio de 2013, com aplicação retroativa a janeiro de 2013. Estes países estão identificados na Pauta de Serviço através da sigla SPGA. 5.3. Regime Especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governação Incluem-se neste regime os países assinalados no Anexo III do Regulamento (CE) n.º 978/2012, bem, os quais beneficiam de tratamento preferencial, em relação a determinados produtos. Estes países estão identificados na Pauta de Serviço através da sigla SPGE. 5.4. Suspensão Temporária de todas as preferências pautais Existe a possibilidade de suspensão temporária das preferências pautais em caso de violação séria e sistemática dos princípios fundamentais em matérias de Direitos Humanos e Direitos Laborais ou por uma série de outros motivos como práticas comerciais desleais ou deficiências graves nos controlos aduaneiros. Para além disso, os beneficiários do SPG+ podem também ser suspensos temporariamente no caso da legislação nacional de um país beneficiário deste regime deixar de incorporar as convenções internacionais pertinentes ou se essa legislação não for efetivamente implementada. 5.5. Outras informações relativas ao SPG Os países excluídos do regime «SPG» são identificados pela respetiva sigla, precedida da abreviatura «excl.». 5.6. Países que não podem beneficiar do SPG Os governos dos países que pretendam beneficiar do sistema de preferências generalizadas devem previamente notificar a Comissão do nome das autoridades competentes para a emissão dos certificados de origem Form. A. Os países e territórios que ainda não notificaram a Comissão e cujas mercadorias não podem, portanto, beneficiar do regime preferencial SPG são os seguintes: *Burkina Faso Camarões *Chade *Comores *Guiné *Libéria 5

*Mali República das Ilhas Marshall Nauru *Niger *Ruanda *Seychelles e Dependências *Somália *Tonga *Tuvalu * Regime especial a favor dos Países Menos Avançado (PMA) B. SUSPENSÃO DOS DIREITOS AUTONÓMOS As suspensões pautais autónomas são uma exceção à regra geral que constitui a Pauta Aduaneira Comum, na medida em que permitem a importação de mercadorias com direito aduaneiro nulo ou reduzido, sem limite de quantidade. As suspensões pautais autónomas são concedidas para matérias-primas ou produtos semiacabados não existentes no interior da Comunidade, independentemente da sua origem. Embora não tendo um limite temporal, as suspensões são reavaliadas semestralmente no âmbito do Comité do Código Aduaneiro Comunitário Secção Economia Pautal, podendo ser objeto de alteração. As modificações nas suspensões entram em vigor nos dias 1 de janeiro ou 1 de julho de cada ano. No caso de uma mercadoria estar associada a uma suspensão, o declarante deve manifestar a intenção de beneficiar da suspensão pautal através do preenchimento, em conformidade com o Manual do DAU, das casas 34, 46, 47, 39 e 44. Em conformidade com o Anexo V do Manual do DAU, na casa 36 deverá ser inscrito o código 110 (suspensão pautal - «S»), 115 (suspensão pautal com destino especial - «SDE»), 118 (suspensão pautal com certificado relativo à natureza especial da mercadoria) ou o código 119 (suspensão pautal com certificado de navegabilidade). Quando a suspensão é concedida mediante o cumprimento de determinadas condições, será associada à taxa dos direitos uma nota. No que respeita aos produtos da pesca e da aquicultura a referida suspensão poderá estar dependente do cumprimento de preços de referência identificados pela sigla Fxxx ver Parte 11 conforme exemplo: 0302 51 10 20 - Destinados à transformação SDE F073 + (CD 238 ) (EU 001 ) (TM 119 ) (CA 003 ) R 104/00 As mercadorias abrangidas por uma suspensão pautal podem estar sujeitas a proibições e restrições. C. CONTINGENTES PAUTAIS AUTÓNOMOS, CONVENCIONAIS (OMC) E PREFERENCIAIS Os saldos dos contingentes podem ser consultados em: http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/quota_consultation.jsp?lang=pt Introdução O princípio subjacente aos contingentes pautais é semelhante ao enunciado para as suspensões pautais, ou seja, as importações efetuadas ao abrigo de um contingente pautal beneficiam de um direito aduaneiro reduzido ou nulo. No entanto, nos contingentes, esse benefício é atribuído até que a quantidade estabelecida se esgote. 6

A criação das suspensões e contingentes pautais autónomos foi objeto de uma Comunicação da Comissão (2011/C 363/02), publicada em Jornal Oficial C 363 de 13 de dezembro de 2011. A gestão da maioria dos contingentes pautais comunitários é assegurada pela Direção- Geral dos Impostos Indiretos e União Aduaneira (DG TAXUD) da Comissão em colaboração com as administrações aduaneiras dos Estados membros (com base no princípio do primeiro a chegar, primeiro a ser servido ). Tipos de contingentes Existem três tipos genéricos de contingentes pautais: Contingentes pautais autónomos (erga omnes), criados unilateralmente pela União, através de regulamento do Conselho, são válidos para mercadorias de qualquer origem; Contingentes pautais convencionais no quadro da OMC (ex. GATT); Contingentes pautais resultantes dos acordos firmados entre a União e países terceiros (ACP, países mediterrâneos, etc.). Estes acordos preveem regras de origem próprias constantes dos Protocolos anexos aos respetivos acordos. As mercadorias, eventualmente associadas a determinadas origens, que podem beneficiar de direitos reduzidos ou nulos em função de contingentes pautais encontramse assinaladas com a letra «K». Quando o contingente estiver associado ao destino especial aparece a sigla «KDE». As mercadorias abrangidas por este regime podem estar sujeitas a proibições e restrições. Base Jurídica As disposições jurídicas em matéria de gestão dos contingentes pautais na base do princípio do primeiro a chegar, primeiro a ser servido constam dos artigos 308º-A a 308º-C das DAC, que fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário, e em várias disposições específicas de alguns Regulamentos do Conselho e da Comissão relativos a acordos pautais preferenciais específicos. Serviços responsáveis pela gestão Os serviços responsáveis pela gestão dos contingentes pautais são a Direção Geral dos Impostos Indiretos e União Aduaneira da Comissão (DG TAXUD) e um serviço central das autoridades aduaneiras designado para o efeito em cada Estado membro, no caso de Portugal, a Direção de Serviços de Tributação Aduaneira da AT. Formalidades do pedido 1. Solicitação do benefício do contingente O importador solicita a imputação a um contingente no momento da entrega da declaração aduaneira para introdução em livre prática, para tal, deve indicar o número de ordem do contingente solicitado na casa 39 do Documento Administrativo Único e ainda preencher em conformidade com o Manual do DAU as casas 34, 36, 37 e 44. Se o contingente for erga omnes, ou seja, válido para qualquer origem, não é necessária a apresentação de qualquer documento de origem, a menos que esteja expressamente previsto. 7

Se o contingente estiver aberto para determinadas origens, o pedido de imputação só pode ser feito mediante a apresentação da respetiva prova de origem. Identicamente, se o acesso ao contingente estiver dependente de certas condições (por exemplo, a apresentação de certificados de artigos feitos à mão ) o original desse documento deve ser apresentado no momento do pedido de imputação. Caso o benefício de um contingente esteja dependente de uma autorização de destino especial, aplicar-se-ão as normas comunitárias na matéria. 2. Constituição de uma garantia A constituição de uma garantia relativamente aos direitos normalmente aplicáveis depende do caráter crítico ou não crítico de um contingente. Quando um contingente for crítico a autorização de saída é concedida mediante a constituição de uma garantia (TPT ou uma determinada taxa preferencial) que será acionada caso não haja possibilidade de imputação ao contingente. No caso de contingentes não críticos, a autorização de saída não carece da prestação de uma garantia. Encaminhamento do pedido de imputação A aceitação de um pedido de imputação a um contingente pressupõe que a declaração aduaneira em causa já esteja aceite e registada. Posteriormente, a estância aduaneira irá verificar a declaração e confirmar que o pedido consta na aplicação informática dos contingentes. Caso seja necessário 4, a estância aduaneira pode suspender o pedido. Procedimento habitual de atribuição A resposta da Comissão, refletida na aplicação informática dos contingentes, pode ter três formas: A quantidade pedida está disponível a 100%: o direito nulo ou reduzido é aplicado para a totalidade da declaração de introdução em livre prática e a garantia, caso exista, é libertada; A quantidade solicitada só está disponível parcialmente: parte da declaração cuja quantidade foi disponibilizada é importada com direito reduzido ou nulo, a restante parte (que ficou fora do contingente) é introduzida em livre prática com o pagamento da taxa países terceiros ou, se for possível, outra taxa preferencial. O pedido é recusado visto o contingente se encontrar já esgotado: deverá procederse à cobrança dos direitos (que provavelmente estão garantidos). A Comissão procede à atribuição diária das quantidades solicitadas a partir das 14.00 horas (hora de Bruxelas). Porém, a Comissão pode atrasar a atribuição até que um Estado Membro, com dificuldades de comunicação, tenha efetivamente comunicado os seus pedidos. Nos termos do n.º 2 do artigo 308 -B do Regulamento (CEE) n.º 2454/93, os pedidos de saque são regularmente tratados no segundo dia após a aceitação da declaração aduaneira. Os pedidos comunicados mais de dois dias após a aceitação da declaração aduaneira são tratados prioritariamente no dia em que são recebidos pela DG TAXUD, por ordem cronológica (datas). 4 Por exemplo, se se suspeitar que o montante solicitado não tenha sido declarado corretamente. 8

A primeira atribuição de quantidades a pedidos de saque relativos a declarações aceites no início do ano ocorre no quarto dia útil da Comissão após 4 de janeiro. Esta regra aplica-se sem prejuízo do n.º 8 do artigo 308 -A do Regulamento (CEE) n.º 2454/93. A Comissão procede normalmente à atribuição de quantidades cada dia útil, com exceção dos dias feriados da Comissão em Bruxelas, dos Sábados e dos Domingos. A Comissão procede igualmente à atribuição de quantidades a cada dois dias úteis, entre 27 e 30 de dezembro. Pedidos de imputação a posteriori Após o desalfandegamento e após o pagamento dos direitos aduaneiros, os importadores podem ainda, mediante pedido, beneficiar de um contingente pautal. Esta possibilidade é, obviamente, vedada às declarações aduaneiras com data de aceitação anterior ou posterior ao período de validade do contingente. 9