12º ENCONTRO REGIONAL DE HOMOLOGADORES RN PB

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Transcrição:

12º ENCONTRO REGIONAL DE HOMOLOGADORES RN PB 21 e 22 de Fevereiro de 2013

A homologação é importante como garantia de direitos sociais e humanos? A homologação é relevante como um direito individual e/ou coletivo?

O ato de homologação, exceto quando o trabalhador: passou em um concurso; conseguiu um emprego melhor; se aposentou com mais vantagem do que se manter no emprego;...trata-se de um ato de exclusão social!

Constituição Federal 1988: Se aplica de modo imediato os incisos da CF concluídos com a locução na forma da lei? De maneira geral, são incisos considerados como NÃO autoaplicáveis; A proporcionalidade do aviso prévio, com base no tempo de serviço, dependia da legislação regulamentadora, posto que o art. 7º, inc. XXI, da CF/1988 não é auto-aplicável. ).

Outros exemplos de direitos trabalhistas constitucionalizados, que seguem inoperantes passados mais de 24 anos: Artigo 7º, XX: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; Artigo 7º, XXIII: adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Artigo 7º, XXVII: proteção em face da automação, na forma da lei.

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o 3º deste artigo. (Regulamento) 4º - O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei. Convenção 158 da OIT

Decisão do STF pela omissão do legislador, em 22/06/2011, suspendeu o julgamento conjunto dos quatro Mandados de Injunção (autuados sob nº 943, 1010, 1074 e 1090) relacionados ao aviso prévio. Com impasse no julgamento, justamente da forma adequada para os parâmetros de efetivação do aviso prévio - 10 dias a mais por ano, numa proposta, variação segundo a idade do trabalhador, noutra proposta. Notícias da imprensa dão conta de que os próprios deputados e senadores se espantaram com a consequência de sua inércia, especialmente no que diz respeito à proposta de acréscimo de dez dias por ano de serviço. Se as notícias são precisas ou não, o fato é que, a contar do julgamento de 22/06/2011, em menos de três meses foram feitas todas as votações nas duas casas legislativas, ultimadas em 21/09/2011, seguindo-se da sanção presidencial em 11/10/2011 e publicação da lei em 13/10/2011.

Admite-se, ainda, a premissa de que a dificuldade de suportar um ou dois meses de desemprego, sem fonte de renda, seja maior do que a dificuldade de um empreendimento suportar um ou dois meses com uma vaga ociosa, com retração na linha de produção. Esse raciocínio se faz necessário, a fim de que seja introduzida a constatação de que o próprio artigo 7º da Constituição previu o direito do empregado de receber aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, mas não previu o direito do empregador de o receber. O artigo 7º diz respeito a direitos dos trabalhadores e não a direitos trabalhistas em geral ou direitos do empregador. Em suma, a legislação brasileira não contempla a figura do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço para o empregador.

De acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as demissões vêm aumentando nos últimos dois anos. No acumulado de janeiro a julho (2012), 11,8 milhões de trabalhadores perderam o emprego, mais que o dado divulgado em julho do ano passado, quando o governo contabilizou 11,3 milhões de demissões.

Principais causas de desligamento, segundo dados do Ministério do Trabalho: 1. Rescisão sem justa causa por iniciativa do empregador (52,1%); 2. Por iniciativa do empregado (19,4%); 3. Término de contrato (19,2%); 4. Transferência do empregado dentro da mesma empresa (5,9%) e; 5. Rescisão com justa causa, por iniciativa do empregado ou do empregador (1,3%). Fonte: Agência Brasil

As demissões aumentaram na observação do acumulado dos últimos 12 meses: De agosto de 2011 a julho de 2012 ocorreram 20,1 milhões de demissões. No mesmo período de 2010 e 2011, as demissões somaram 19,1 milhões. No mês de julho desse ano, foram criados mais de 1,7 milhões de empregos formais. No entanto, houve, aproximadamente 1,6 milhões de demissões.

A construção civil e a agricultura aparecem como setores que mais promovem a rotatividade de mão de obra. Os desligamentos superaram as admissões entre operários de 2001 a 2009 (de 115,3% a 108,2%). Considerando a taxa descontados casos relacionados a transferências, aposentadorias, mortes e demissões voluntárias, a variação é de 97,4% para 86,2%. DIEESE

Taxa geral de rotatividade e descontadas (transferências, aposentadorias, mortes e demissões voluntária) para cada setor em 2009: 1º) construção civil: taxa do setor - 108%; taxa descontada - 86% 2º) setor agrícola: taxa do setor - 98%; taxa descontada - 74% 3º) comércio: taxa do setor - 58%; taxa descontada - 42% 4º) serviços: taxa do setor - 54%; taxa descontada - 38% 5º) indústria de transformação: taxa do setor - 50%; taxa descontada - 37% 6º) indústria extrativa mineral: taxa do setor - 27%; taxa descontada - 20% 7º) serviços industriais de utilidade pública: taxa do setor - 25%; taxa descontada - 17% 8º) administração pública: taxa do setor - 15%; taxa descontada - 11%. DIEESE

Indústria de transformação: 1. Alimentos e bebidas: taxa do subsetor - 63%; taxa descontada - 44% 2. Calçados: taxa do subsetor - 59%; taxa descontada - 46% 3. Madeira e mobiliário: taxa do subsetor - 53%; taxa descontada - 39% 4. Borracha, couro e fumo: taxa do subsetor - 51%; taxa descontada - 39% 5. Têxtil: taxa do subsetor - 51%; taxa descontada - 36% DIEESE

Participação dos trabalhadores desligados na movimentação de cada ano analisada por meio da identificação dessas pessoas na movimentação dos dois exercícios anteriores da Rais: Notou-se que 19,1 milhões de vínculos da movimentação de 2008 e 15,0 milhões da movimentação de 2007 foram ocupados por trabalhadores demitidos em 2009. Da mesma forma, 17,8 milhões dos vínculos de 2007 e 14,4 milhões de 2006 foram ocupados por trabalhadores desligados em 2008. O mesmo ocorreu com 15,4 milhões de vínculos da movimentação de 2006 e 12,3 milhões de 2005, ocupados por desligados em 2007. DIEESE

José Reginaldo Inácio Secretário de Educação da CNTI educacao@cnti.org.br www.cnti.org.br