MARIA HELENA COTTA CARDOZO PRESIDENTE

Documentos relacionados
MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por LEILA ZONER BONTORIM.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEGUNDA CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por MOYSÉS BUENO DA COSTA.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES QUARTA CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por POSTO DE GASOLINA CANÁRIO LTDA. CÂNDIDO RODRIGUES NEUBER PRESIDENTE

Processo n o : /99-21 Recurso n o : Acórdão n o :

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEGUNDA CÂMARA

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso especial interposto pela FAZENDA NACIONAL.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. De Ofício ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 28 de janeiro de 2014

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por EDNA MARIA LIBERATO DE CARVALHO.

MINISTÉRIO DA FAZENDA CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Especial do Procurador

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

2ª Turma/DRJ/Brasília-DF Lectra Sistemas do Brasil Ltda

Processo n o : / Recurso n o : Acórdão n o : Recorrente : JARI CELULOSE S/A Recorrida : DRJ em Belém - PA

MARIA HELENA COTTA CARDOZO

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

CÂNDIDO RODRIGUES NEUBER PRESIDENTE MÁRCIO MACHADO CALDEIRA RELATOR

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEXTA CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por UNIMED NORTE FLUMINENSE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO.

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por MÁRCIO BELTRÃO SIQUEIRA.

OCTAVIO CAMPOS FISCHER RELATOR

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

Recurso parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES SEGUNDA CÂMARA

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO. De Ofício ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 5 de novembro de 2014

CONSELHO DE CONTRIBUINTES RJ. Recorrente: COORDENADOR DA COORDENADORIA DE REVISÃO E. Recorrido: ENGESEG - EMPRESA DE VIGILÂNCIA COMPUTADORIZADA LTDA.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA

RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

Decisão: 3º Conselho de Contribuintes / 1a. Câmara / ACÓRDÃO em 24/08/2006. Recorrente: RACE - COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES PRIMEIRA CÂMARA

Processo nº : / Recurso nº : Acórdão nº :

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por PAULO ROBERTO MAGLIANO CARNEIRO DA CUNHA.

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

ANELISE DAUDT PRIETO Presidente da Câmara. ANDRÉ LUIZ BONAT CORDEIRO Relator. Recorrente: J. L. UTZIG. Recorrida DRJ-SANTA MARIA/RS

Coordenação Geral de Tributação

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos.

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 18 de julho de 2012

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /99-71

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/crp/cf/ses

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO IRPF LUIZ CARLOS NUNES DA SILVA FAZENDA NACIONAL.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 19 de novembro de 2013

JUDITH DO AMARAL MARCONDES ARMANDO

Processo n o : /99-91 Recurso n o : Acórdão n o :

MARIA HELENA COTTA CARDOZO PRESIDENTE

Processo n o : /00-69 Recurso n o : Acórdão n o :

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Voluntário ª Câmara / 2ª Turma Ordinária Sessão de 12 de setembro de 2012

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por: DRJ EM BELÉM-PA.

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS Gabinete do Desembargador Ney Teles de Paula

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

MINISTÉRIO DA FAZENDA SEGUNDA SEÇÃO DE JULGAMENTO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ. IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA Assunto: Processo Curso: DIREITO

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Embargos ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 17 de julho de 2012

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

Recurso provido parcialmente.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES TERCEIRA CÂMARA

Acórdão-6ªC RO

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

Recurso especial negado. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por DE MILLUS VENDAS DOMICILIARES LTDA,

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

ACÓRDÃO RO Fl. 1. JUÍZA CONVOCADA LAÍS HELENA JAEGER NICOTTI Órgão Julgador: 1ª Turma

LFF Nº /CÍVEL

A C Ó R D Ã O 5ª T U R M A

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por CARLOS MARIANO LOBO RIBEIRO.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de agosto de 2014

MINISTÉRIO DA FAZENDA

MINISTÉRIO DA FAZENDA PRIMEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 2ª Turma Ordinária

ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADOR JOÃO PEDRO SILVESTRIN Órgão Julgador: 4ª Turma

VOTO: I - R E L A T Ó R I O

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO MUNICÍPIO

MINISTÉRIO DA FAZENDA CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA TURMA

MINISTÉRIO DA FAZENDA

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente

Processo n o : / Recurso n o : Acórdão n o :

Superior Tribunal de Justiça

CÂNDIDO RODRIGUES NEUBER PRESIDENTE ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBE RELATOR

(7 0Q MARCO AURELIO óreira ALVES Relator

AGRAVO N.º /03, DA DÉCIMA OITAVA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DES.ª VILMA RÉGIA RAMOS DE REZENDE

MINISTÉRIO DA FAZENDA

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de março de 2014

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

EMENTA: CONSÓRCIO - DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGAS - CORREÇÃO MONETÁRIA - JUROS - TERMO INICIAL.

Transcrição:

Recurso nº. : 140.207 Matéria : IRPF - Ex(s): 1999 Recorrente : JÚLIO ZUCKI Recorrida : 3ª TURMA/DRJ-FLORIANÓPOLIS/SC Sessão de : 06 de julho de 2005 IRPF - RESTITUIÇÃO DE IRRFONTE - O diretor de empresa que teve imposto de renda retido na fonte só fará jus a restituição, se a fonte pagadora o houver recolhido. Recurso negado. JÚLIO ZUCKI. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por ACORDAM os Membros da Quarta Câmara do Primeiro Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, NEGAR provimento ao recurso, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente julgado. MARIA HELENA COTTA CARDOZO PRESIDENTE JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO RELATOR FORMALIZADO EM: Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros NELSON MALLMANN, PEDRO PAULO PEREIRA BARBOSA, MEIGAN SACK RODRIGUES, MARIA BEATRIZ ANDRADE DE CARVALHO, OSCAR LUIZ MENDONÇA DE AGUIAR e REMIS ALMEIDA ESTOL.

2

Recurso nº. : 140.207 Recorrente : JÚLIO ZUCKI R E L A T Ó R I O Foi lavrado contra o contribuinte acima referenciado, o Auto de Infração de fls. 3/6, para dele exigir o imposto suplementar de R$ 6.613,72, mais encargos legais, relativo ao exercício de 1999, ano-calendário 1998, em face da revisão de sua IRPF, onde constatou-se a dedução indevida de IRRF, tendo sido glosado o valor não recolhido pela fonte pagadora, Cristal Blumenau S/A, onde o contribuinte é sócio diretor. Inconformado, o contribuinte apresenta impugnação de fls. 01/02, onde reconhece ser diretor da empresa Cristal Blumenau S/A, e que o IRRF realmente não fora recolhido, mas que encontra-se parcelado através da adesão da empresa ao Programa de Recuperação Fiscal REFIS. Junta às fls. 08/21 cópia do Termo de Opção pelo REFIS, a DCTF e a DIRF. Ao final requer a desconsideração do lançamento, pois entende que a empresa encontra-se regularizada com a opção pelo REFIS. Requer ainda a substituição do valor de R$ 8.023,47, informado em sua declaração de rendimentos como IRRF, pelo valor de R$ 7.050,38 que consta na DIRF apresentada pela fonte pagadora. Justificou a diferença de valores como decorrente de interpretação dúbia dos conceitos de caixa e de competência do imposto de renda e de ajustes promovidos na folha de pagamento por determinação da fiscalização do INSS. A 3ª Turma de Julgamento da DRJ em Florianópolis, às fls. 46/50, considera 3

o lançamento procedente, de acordo com o determinado no art. 8º, do Decreto-lei nº 1736, de 20/12/1979, que regulamenta a respeito da responsabilidade dos sócios, acionistas, diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, bem como, o determinado pelos itens 1 e 2 da Instrução Normativa SRF nº 28, de 22/03/1984, que dispõe sobre a suspensão de eventual restituição de IR, quando não recolhida à Fazenda Nacional, o imposto de renda que retiveram na fonte. Cita, ainda, acórdão emanado por este Conselho. Cientificado em 30/032004, em 29/04/2004 a herdeira do contribuinte, junta comprovante de assento de casamento à fl. 65, e cópia da certidão de óbito à fl. 64, interpõe recurso de fls. 54/57, onde em síntese alega: 1. que o artigo 12, da Lei nº 9.250, não faz qualquer ressalva de impedimento para a dedução do imposto retido na fonte; 30/09/2002; 2. que a IN SRF nº 28/84, fora revogada pelo art. 46 da IN nº 210, de 3. que o contribuinte não participava da administração da empresa, pois o seu posto de trabalho era alocado na produção, apesar da posição de diretor da empresa; 4. que a falta do recolhimento do imposto de renda retido na fonte, é obrigação da fonte pagadora, e esta deveria ser, primeiramente, intimada a apresentar as justificativas devidas; 5. Junta jurisprudência proferida pelo TRF da 4ª Região, de 12/04/2000. 4

É o Relatório. 5

V O T O Conselheiro JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO, Relator dele conheço. O recurso preenche os pressupostos de admissibilidade, razão pela qual Trata-se de recurso formulado pelo contribuinte, contra decisão proferida pela C. Terceira Turma de Julgamento da DRJ em Florianópolis/SC, que julgou procedente o lançamento que está a exigir-lhe o recolhimento do IRPF, exercício de 1999, ano calendário de 1998, acrescido dos encargos legais, em decorrência de glosa sobre imposto de renda retido na fonte. Consoante se colhe dos autos, a glosa relativa ao IRFonte, se deu em decorrência de a fonte pagadora, a empresa Cristal Blumenau S/A, da qual o recorrente é diretor, não haver efetuado o recolhimento do imposto retido. Em suas razões defensórias, o contribuinte argumenta que embora não tenha a fonte pagadora efetuado o recolhimento, requereu ela o parcelamento do débito através de Adesão ao Refis, conforme Termo de Opção de fls. 08, firmado em 13/04/2000, sendo que os débitos relativos ao IRRF código 0561 relativos ao primeiro trimestre de 1988, estão listados às fls. 39/41. 6

Entretanto o simples fato de haver a fonte pagadora aderido ao REFIS, por si só não é suficiente, na medida em que existe a necessidade de tais valores serem efetivamente pagos, o que pelo visto não vem ocorrendo, conforme se verifica do documento de fls., 44, que mostra não ter havido recolhimentos nos meses de fevereiro de 2003 a janeiro de 2004. Assim, cai por terra a alegação do recorrente no sentido de que os valores devidos haviam sido parcelados através de opção ao REFIS, já que não basta parcelar os débitos, havendo também a necessidade de pagar pontualmente as parcelas, sendo que, dado a sua qualidade de diretor da empresa que figura como fonte pagadora, não pode alegar condição de terceiro de boa fé. A respeito, a Instrução Normativa SRF nº28, de 1984, não deixa qualquer dúvida, como também a jurisprudência deste Primeiro Conselho de Contribuintes, é pacífica no sentido de que, é incabível a dedução, na Declaração Anual de Ajuste, de IRFonte quando o beneficiário for titular, sócio ou diretor a fonte pagadora. Destarte, entendo que o órgão lançador agiu de forma correta, como também o fez a autoridade julgadora de primeira instância, cuja decisão não está a merecer qualquer reparo. Sob tais considerações, voto no sentido de negar provimento ao recurso. Sala das Sessões DF, em 06 de julho de 2005 7

JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO 8