O PREFEITO MUNICIPAL DE GUABIJU RS.

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3 - O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança ou do adolescente abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 4 - O direito à convivência familiar implica em ser Criança ou Adolescente, criados e educados no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária em ambiente livre de pessoas de má formação ou dependentes de bebidas alcoólicas ou entorpecentes. TÍTULO II DO ATENDIMENTO CAPÍTULO I SEÇÃO I DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Art. 3 - É criado, na forma do artigo 88, da Lei Federal n 8069, de 13-07-90, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMDCA como órgão deliberativo e controlador e de cooperação governamental, com finalidade de auxiliar a Administração na orientação, deliberação e controle de matéria de sua competência. Parágrafo Único O CMDCA ficará diretamente subordinado ao Prefeito Municipal e funcionará com os Conselhos Estadual e Federal dos Direitos da Criança e do Adolescente, articulando-se com seus congêneres municipais. Art. 4 - O CMDCA é o órgão encarregado do estudo e busca da solução dos problemas relativos à Criança e ao Adolescente, especialmente no que se refere ao planejamento e execução de programas de proteção e sócioeducativos a eles destinados e em regime de: I orientação e apoio sócio-familiar; II apoio sócio-educativo em meio aberto; III colocação familiar; IV abrigo; V liberdade assistida; VI semiliberdade; VII internação; 1 - O CMDCA manterá registro da inscrição e alteração dos programas das entidades governamentais e não governamentais, com seus regimes de atendimento, comunicando os registros ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária competente.

2 - As entidades não governamentais somente poderão funcionar depois de registradas no CMDCA, que comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade, desde que satisfeitos os seguintes requisitos: a) ofereçam instalações físicas em condições adequadas de habilitabilidade, higiene, salubridade e segurança; b) apresentem plano de trabalho compatível com os princípios desta Lei; c) estejam regularmente constituídas; d) seus quadros sejam constituídos por pessoas idôneas. SEÇÃO II DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO Art. 5 - Compete ao CMDCA propor: a) política social básica municipal; b) política e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que deles necessitem; c) serviços especiais de prevenção e atendimento médico e profissional às vítimas de negligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; d) serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos; e) proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e adolescente. Parágrafo Único O CMDCA executará o controle das atividades referidas no caput deste artigo, no âmbito municipal, visando a integrá-las com as atividades assemelhadas dos município limítrofes e da região. SEÇÃO III DOS MEMBROS DO CONSELHO Art. 6 - O CMDCA compor-se-á de 09 (nove ) membros, designados pelo Prefeito, sendo: I 05 ( cinco ) representantes da Prefeitura, a saber: a) 02 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Educação e Cultura; b) 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Administração; c) 01 (um) representante do Conselho Municipal de Desportos CMD; d) 01 (um ) representante da Secretaria Municipal da Fazenda;

II 04 (quatro ) membros, sem qualquer vinculação com a Prefeitura, das seguintes entidades: a) 01 (um) representante do 5 GPM Grupamento da Polícia Militar; b) 01 (um ) representante do Clube de Mães São Pedro; c) 01 ( um ) representante do Círculo de Pais e Mestres da E. E. de 1 e 2 Graus José Chiochetta; d) 01 ( um ) representante da FUNEG Fundação Ecológica Cultural e Social Guabijuense. 1 - As entidades com representação no CMDCA, indicarão três nomes, cada uma, dentre os quais o Prefeito nomeará o titular e o respectivo suplente para um período de dois anos, admitida a recondução. suplente. 2 - As entidades governamentais indicarão o titular e seu 3 - O Presidente do CMDCA será eleito por seus membros, anualmente devendo a escolha em um dos representantes arrolados no inciso I, deste artigo. 4 - Estarão impedidos de participar do CMDCA os cidadãos que se encontrarem em exercício de cargo eletivo ou candidato ao mesmo. Art. 7 - O desempenho da função de membro do CMDCA será gratuita e considerada de relevância para o Município. Parágrafo Único A ausência não justificada por três reuniões consecutivas ou seis intercaladas no período de um ano, implicará na exclusão automática do conselheiro, cujo suplente passará à condição de titular. Art. 8 - O CMDCA reunir-se-á no mínimo 01 ( uma ) vez por mês, ordinariamente, ou em caráter extraordinário quando convocado pelo Presidente. Art. 9 - O Prefeito poderá designar servidores para executar os serviços de Secretaria do CMDCA. Parágrafo Único As Secretarias e Departamentos Municipais darão ao CMDCA apoio técnico e administrativo necessário à realização de suas finalidades e execução de suas atribuições. Art. 10 - O CMDCA elaborará seu Regimento Interno a ser baixado por ato de Poder Executivo.

Parágrafo Único As deliberações do CMDCA serão tomadas por maioria absoluta de seus membros, formalizadas em Resoluções. Art. 11 - O Chefe do Poder Executivo determinará o local onde funcionará o CMDCA. Art. 12 - A despesa decorrente da aplicação desta Lei correrá à conta da dotação da rubrica: SECRETARIA DA SAÚDE 07 SECRETARIA DA SAÚDE E BEM ESTAR SOCIAL 3. 1. 2. 0 material de consumo 3. 1. 3. 2 outros serviços e encargos, do Orçamento vigente e por dotação específicas dos Orçamentos vindouros. CAPÍTULO II SEÇÃO I DO FUNDO MUNICIPAL PARA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Art. 13 - É criado o Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente FMCA vinculado ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, destinado a suportar as despesas dos programas de assistência, prevenção. Atendimento médico, jurídico, escolar e outras despesas eventuais das crianças e adolescentes, estabelecidos segundo deliberação do CMDCA. SEÇÃO II DOS RECURSOS DO FUNDO doação; públicos; 31.07.90. Art. 14 - Constituem recursos do FMCA: a) os aprovados em Lei Municipal, constantes dos orçamentos; b) os recebidos de entidades ou empresas privadas, em c) os auxílios e subvenções específicos concedidos por órgãos d) as multas previstas no art. 24 da Lei Federal n 8069, de SEÇÃO III DA ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO Art. 15 - O FMCA será administrado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, através de seu Presidente e de Tesoureiro por ele designado dentre os membros do CMDCA. Parágrafo Único A Secretaria Municipal da Fazenda manterá os controles contábeis e financeiros de movimentação dos recursos do FMCA, obedecido o previsto na Lei n 4320/64 e fará a tomada de contas dos recursos aplicados.

CAPÍTULO III DO CONSELHO TUTELAR SEÇÃO I DA CRIAÇÃO E NATUREZA DO CONSELHO TUTELAR Art. 16 - É criado o Conselho Tutelar do Município CTM encarregado de executar as medidas de política de defesa dos Direitos das crianças e dos adolescentes, conforme definida na Lei Federal n 8069, de 13.07.90 e estabelecida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Art. 17 - O Conselho Tutelar do Município é o órgão autônomo, não jurisdicional, composto por cinco membros, escolhidos pela comunidade local, para um mandato de três anos, permitida uma recondução. Art. 18 - O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar de que trata o art. 139 da Lei Federal n 8069, de 13 de julho de 1990, alterado pela Lei Federal n 8242, de 12 de outubro de 1991, reger-se-á por esta Lei e pelo Regulamento do CMDCA. SEÇÃO II DOS MEMBROS DO CONSELHO TUTELAR Art. 19 - São requisitos para candidatar-se e exercer as funções de membro do Conselho Tutelar: I reconhecida idoneidade moral; II idade superior a 21 anos; III residir no Município; IV ser eleitor; V escolaridade de nível primário. 1 - É vedado aos membros do Conselho: I receber, a qualquer título, honorários, exceto estipêndios legais; II exercer a advocacia na Vara da Infância e da Juventude; III exercer mandato público eletivo ou candidatar-se ao mesmo; IV divulgar, por qualquer meio, notícia a respeito de fato que possa identificar a criança, o adolescente ou sua família, salvo autorização judicial, nos termos da Lei Federal n 8.069/90. 2 - Os candidatos a membros do Conselho Tutelar farão sua inscrição no CMDCA, no prazo estipulado por este, apresentando os documentos que comprovem os requisitos exigidos.

3 - O CMDCA poderá impugnar os documentos apresentados, assinando prazo para a sua ratificação ou substituição pelos candidatos. 4 - O CMDCA, em decisão final e irrecorrível da maioria absoluta de seus membros poderá negar inscrição a candidato que não preencha qualquer requisito exigido. Art. 20 - O CMDCA, através de Resolução da maioria absoluta de seus membros e com ampla divulgação, estabelecerá a nominata das entidades locais que serão convidadas, através de seus representantes a compor a Assembléia que fará a escolha dos membros do Conselho Tutelar e de sus suplentes. 1 - O número de representantes será igual para cada entidade e seu total deverá ser, no mínimo, o triplo do número de candidatos. 2 - Não poderão fazer parte da Assembléia dos representantes, os membros do CMDCA e os candidatos ao Conselho Tutelar, com exceção do Presidente do CMDCA que Presidirá a Assembléia. 3 - Será dada ampla divulgação da nominata dos candidatos, bem como do local, data e horário da Assembléia. 4 - O Ministério Público será convidado a fiscalizar todo o processo, nos termos do art. 139, da Lei Federal n 8069/90, alterada pela Lei 8242/91. 5 - A escolha dos membros do Conselho Tutelar far-se-á através de indicação secreta dos representantes da Assembléia, presidida pela Presidente do CMDCA o qual designará comissão dentre os conselheiros do CMDCA, para proceder ao escrutínio das indicações, considerando-se escolhidos os cinco candidatos que obtiverem o maior número delas com seus suplentes. 6 - As impugnações e outras dúvidas surgidas durante e depois da escolha, serão resolvidas pelo Presidente juntamente com a comissão escrutinadora e com a fiscalização do representante do Ministério Público. 7 - O Regimento do CMDCA estabelecerá as demais medidas a serem consideradas para o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, especialmente quando o registro de candidatos, forma de composição da chapa, proclamação dos escolhidos e posse dos conselheiros. 8 - Para cada candidato o membro do Conselho Tutelar haverá um suplente.

Art. 21 - Perderá o mandato o Conselheiro que for condenado por sentença irrecorrível, pela prática de crime ou contravenção. Parágrafo Único Verificada a hipótese prevista neste artigo o CMDCA declarará vago o posto de membro do Conselho Tutelar, dando imediata posse ao suplente do Titular, que completará o mandato. Art. 22 - São impedidos de fazer parte do mesmo Conselho Tutelar, marido e mulher, ascendente e descendente, sogro e genro ou nora, cunhados durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Parágrafo Único Entende-se o impedimento do membro do Conselho Tutelar, na forma deste artigo, em relação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital local. SEÇÃO III DAS ATRIBUIÇÕES Art. 23 - São atribuições do Conselho Tutelar: I atender às crianças e adolescentes sempre que seus direitos forem ameaçados ou violados; II atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas em Lei; III promover a execução de suas decisões, podendo, para tanto: a) requisitar serviços públicos no âmbito do Município, nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações; IV encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou do adolescente; V encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária quanto a: a) encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; b) orientação, apoio e acompanhamento temporário; c) matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; d) inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicônomos; e) inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;

f) requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; g) abrigo em entidade; h) colocação em família substituta. VII expedir notificação; VIII requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente, quando necessário; IX assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente; X representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no artigo 220, 3, inciso II, da Constituição Federal. Parágrafo Único O Conselho Tutelar elaborará seu Regimento Interno, a ser baixado, em Resolução, pelo seu Presidente. Art. 24 - As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. Parágrafo Único As decisões do Conselho Tutelar serão tomadas por maioria absoluta de seus membros e baixadas pelo seu Presidente. Art. 25 - O Poder Executivo designará local para o funcionamento do Conselho Tutelar, fixando dias e horários para seu expediente. Art. 26 - O Poder Executivo poderá colocar servidores * a disposição do Conselho Tutelar, por solicitação deste, para exercer os trabalhos de secretaria. Art. 27 - O Conselho Tutelar será Presidido por um membro eleito pelos seus pares para um período de 01 ( um ) ano admitida a reeleição. Art. 28 - Os membros do Conselho Tutelar receberão, a título de representação, uma gratificação mensal correspondente a 15 URV ( QUINZE UNIDADES Reais de Valor ). Art. 29 - O desempenho da função de membro do Conselho Tutelar é considerado de relevância para o Município. Art. 30 - As Secretarias e Departamentos do Município * darão ao Conselho Tutelar o apoio técnico e administrativo necessário à realização de suas finalidades e atribuições, em consonância com os programas estabelecidos pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. TÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 31 - As despesas com a execução dos programas de atendimento à criança e ao adolescente terão a cobertura do Fundo* Municipal para Criança e o Adolescente, criado pelo artigo 13. Art. 32 - Dentro de 120 ( cento e vinte dias ) dias, contados da data da publicação desta Lei, o chefe do Poder Executivo convocará os órgãos e entidades a que se refere o artigo 6, que se reunirão para elaborar o Regimento Interno do CMDCA, ocasião em que elegerá seu Presidente. Art. 33 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 34 - Revogam-se as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal, 23 de março de 1994. Oscar Dall Palma Prefeito Municipal Registre-se e publique-se Delvino José Garda Secretário da Administração