Considerações e Indicativos para a Assembleia Nacional de 1 /8/2012 Estamos escrevendo mais um importante capítulo na história da nossa categoria. As recentes medidas autoritárias que o governo procura implementar demonstram inequivocamente a efetividade do nosso movimento. Por outro lado, não é admissível atitudes como o Decreto n. 7777/2012 e a Portaria MF/260/2012, de viés autoritário e inconstitucional, que atentam não só contra as atribuições dos Auditores-Fiscais, mas contra os interesses do Estado e contra a segurança jurídica, necessitando de uma pronta reposta, em todos os níveis, por parte do conjunto dos servidores públicos. A atual forma de mobilização, com operação-padrão na zona primária e crédito zero na zona secundária, vem surtindo efeitos, seja através do aumento do volume de cargas nas áreas de fronteira, portos e aeroportos, conforme amplamente repercutido pela mídia nacional, seja através dos gerenciais da RFB, que apontam para um a redução expressiva do volume de ações fiscais finalizadas no âmbito das 10 Regiões Fiscais. Nosso movimento é justo e visa à defesa do reconhecimento da nossa importância para o Estado brasileiro. O governo não pode se mostrar insensível e deve valorizar aqueles que contribuem para o pleno desenvolvimento econômico e social do país. O momento é decisivo e os Auditores-Fiscais devem manter-se unidos, mobilizados e preparados para intensificar o movimento reivindicatório, com o aprofundamento da mobilização. Para tanto, a presente assembleia vem apresentar, para discussão e deliberação por parte dos Auditores-Fiscais, os indicativos retirados das discussões realizadas com a categoria, inclusive na última Plenária Nacional. Esclarecemos, por oportuno, que sob qualquer forma de mobilização que venha a ser definida pela Classe, deverão ficar excepcionados à operação padrão na Aduana os procedimentos de desembaraço relativos a medicamentos e perecíveis, bem como as situações EMERGENCIAIS, as quais já fazem parte da cultura aduaneira, tais como: jornais e periódicos, cadáveres, animais vivos, etc. Indicativo 1 Com atitudes que seguem em sentido diametralmente contrárias ao processo democrático, o atual Governo, ao invés de dar seguimento às negociações iniciadas há mais de ano com o sindicato, optou por editar medidas ilegais e truculentas como forma de se contrapor ao atual movimento reivindicatório dos Auditores-Fiscais, materializadas no Decreto Presidencial de nº 7.777/2012 e na Portaria MF n 260/2012. O Sindifisco Nacional tem feito a sua parte como representante da categoria, apresentando a nossa pauta reivindicatória e comparecendo às reuniões agendadas pelos interlocutores do Governo. Entretanto, após inúmeras tentativas de se implementar uma efetiva negociação, não nos restou outra opção que não a mobilização, como forma de denunciar à sociedade a maneira negligente que, não só os Auditores-Fiscais, mas todo o conjunto de servidores públicos têm sido tratados em relação às suas legítimas reivindicações. Em vez de buscar o entendimento, o Governo optou por utilizar do poder da caneta, de forma totalmente autoritária e ilegal, legislando sobre o direito de greve dos servidores públicos (usurpando prerrogativa do Legislativo), abrindo a possibilidade de compartilhamento de atribuições constitucionalmente privativas e ameaçando com procedimento disciplinar específico os que ocupam cargos de chefia.
Além de não cumprir o disposto nos incisos VII (direito de greve) e X (revisão geral anual das remunerações) do art. 37 da Constituição Federal, o Governo preferiu o caminho da intimidação como tentativa de desmobilização da Classe. Tendo em vista todas as ilegalidades, inseguranças e arbitrariedades contidas nos referidos instrumentos, a DEN ingressará com ações judiciais contra os mesmos, bem como denunciará tais atos à OIT e à OMA. Por todos os motivos acima elencados a DEN e o CNM encaminham favoravelmente ao indicativo 1. Esclarecemos, por oportuno, que sob qualquer forma de mobilização que venha a ser definida pela Classe, deverão ficar excepcionados à operação padrão na Aduana os procedimentos de desembaraço relativos a medicamentos e perecíveis, bem como as situações EMERGENCIAIS, as quais já fazem parte da cultura aduaneira, tais como: jornais e periódicos, cadáveres, animais vivos, equipamentos de jornalistas que venham cobrir eventos, etc. Indicativo 2 Este indicativo foi retirado da Plenária Nacional realizada nos dias 26 e 27/06/2012, em Guarulhos/SP. Na ocasião não houve encaminhamentos por parte da plenária nem da DEN. De acordo com a maioria das DS na reunião telefônica ocorrida em 26/07/2012, apesar dos últimos atos do governo de hostilidade ao nosso movimento não podemos dar a ele a oportunidade de usar a paralisação fora da repartição como argumento para uma intervenção na aduana. Também foi levado em consideração que, diante da falta de resposta do governo em 31/07, prazo dado por ele próprio como final para a apresentação de uma contraproposta, nosso movimento cada vez mais parece fadado a ser de longo prazo, pois a sinalização é de que em 31/08 não será apresentada uma proposta satisfatória à Classe, o que nos obrigará a prosseguir no movimento após a data fixada na LDO, com a finalidade de forçar o governo a uma negociação de fato com os Auditores-Fiscais. Assim, teremos que agir com estratégia e sem atropelos para não desgastar prematuramente a Classe e alcançar nosso objetivo. Por esses motivos, a DEN e o CNM encaminham contra a greve fora da repartição por tempo indeterminado nesse momento. No próximo CDS, que se realizará de 07 a 10 de agosto, as lideranças sindicais irão avaliar a conjuntura e propor à categoria os próximos passos da nossa luta, inclusive quanto à oportunidade de encaminhamento de paralisação fora da repartição por prazo indeterminado, seja de forma intermitente ou continuada. Indicativo 3 Caso o indicativo 2 seja aprovado, a categoria deverá decidir qual a forma de realização das paralisações será implementada, se ininterrupta e integralmente fora da repartição a partir da data definida, ou se mantendo a operação padrão na zona primária e crédito zero na zona secundária nas segundas e sextas-feiras e fora da repartição e sem assinatura de ponto de terça a quinta-feira. Esta segunda opção foi encaminhada pela Plenária Nacional tendo como base uma proposta da DS/Anápolis sob a argumentação de que desta forma a administração não poderia cortar o ponto referente aos sábados e domingos, economizando os recursos do Fundo de Corte de Ponto e, por conseguinte, possibilitando a manutenção da mobilização por muito mais tempo. A DEN e o CNM encaminham favoravelmente à opção b.
Indicativo 4 Desde o dia 18/06/2012 os Auditores-Fiscais estão colocando em prática a operação padrão na zona primária e o crédito zero na zona secundária como uma forma alternativa ao movimento clássico de greve fora da repartição e sem a assinatura do ponto, como um meio de chamar a atenção da sociedade para o descaso do Governo para com nossas reivindicações e, desta forma, forçar a retomada das negociações de uma forma efetiva. Este movimento vem ganhando corpo em todo o país e seus resultados têm sido objeto de ampla divulgação, tanto pela mídia nacional, como por órgãos de imprensa locais e regionais, demonstrando de maneira inequívoca o sucesso desta estratégia no quesito de visibilidade. Por outro lado, esta mesma estratégia tem respaldado e incentivado os colegas a ingressarem firmemente no movimento, ao mesmo tempo em que os tem protegido de quaisquer prejuízos funcionais que possam ser intentados pela administração. Entretanto, apesar de todo o atropelo, prejuízos e repercussão causados, o governo mantém-se irredutível em sua posição de jogar nas costas dos servidores públicos federais o peso maior do arrocho fiscal que vem implementando, utilizando-se, mais uma vez, do argumento da crise financeira/econômica mundial e não reconhecendo, inclusive, todos os esforços dos Auditores-Fiscais da RFB na implementação de recordes seguidos de arrecadação, contribuição fundamental para a manutenção da nossa atual zona de conforto em relação ao equilíbrio fiscal e ao restante do mundo. Como mais uma demonstração deste descaso, o Governo, além de baixar normas ilegais e autoritárias na tentativa de intimidação dos servidores em mobilização, resolve descumprir a data limite para apresentar uma proposta de recomposição salarial dos servidores públicos, por ele mesmo estabelecida como sendo o dia 31/07/2012, e emite nota adiando este prazo para a semana de 13 a 17/08/2012. Por tudo isto é chegada a hora de recrudescermos o nosso movimento, respondendo à altura a este desprestígio que nos é imposto. Tomando por base a efetividade da atual forma de mobilização, onde o Governo vem sentindo os seus efeitos, tanto nos gerenciais da RFB referentes à zona secundária, como nos entraves observados na zona primária, e não conseguindo lidar com esta situação, vindo inclusive a editar normas totalmente descabidas e sem nenhuma aplicabilidade prática como forma de tentar desmobilizar a categoria, a DEN e o CNM encaminham favoravelmente ao indicativo 4. Indicativo 5 Em reunião telefônica realizada pela DEN com as Delegacias Sindicais, em 26/07/2012, foi aprovada, por 19 votos a 15, a inclusão de um indicativo propondo um dia de paralisação, 08/08/2012, fora da repartição na zona secundária, com manutenção da operação padrão na zona primária. A DEN sugere aos colegas da zona secundária que pretendam participar do próximo concurso de remoção, que fiquem na cota dos 30% que irão permanecer na repartição. Isto porque referido concurso está muito próximo e, apesar da jurisprudência consolidada quanto à impossibilidade de haver efeitos funcionais em decorrência da greve, o Governo poderá não excepcioná-los, como medida de retaliação, o que obrigará a propositura de ações judiciais, as quais poderão não obter resultado favorável no prazo exíguo necessário para a participação neste pleito. Pelas mesmas razões expostas no indicativo 4 a DEN e o CNM encaminham favoravelmente ao indicativo 5.
Indicativo 6 Em atendimento ao 1º do art. 93 do Estatuto, este indicativo solicita a autorização da Assembleia Nacional para a utilização dos recursos do Fundo de Mobilização para custear as despesas relacionadas com a Campanha Salarial/2012, relativamente a todos os atos relacionados com a mobilização da categoria em caráter geral, entendendo-se como tal as despesas incorridas na realização de atos públicos (transporte, hospedagem e alimentação dos filiados), bem como o material utilizado nos mesmos (faixas, botons, bonés, bandeiras, etc), e todos os demais atos que contribuam para a divulgação externa do movimento, inclusive nas Delegacias Sindicais, excluídas as despesas de caráter aglutinativo e que dependam de decisões locais tais como: coffee break e almoços. Entende-se como de infraestrutura as despesas realizadas com pessoal de apoio e de jornalismo do sindicato para a organização, condução e divulgação dos atos públicos, locação de carros de som, palanques, etc. A DEN e o CNM encaminham favoravelmente ao indicativo 6.
INDICATIVOS PARA A ASSEMBLEIA NACIONAL DE 1 /8/2012 Favor encaminhar os resultados até dia 3 de agosto (sexta-feira), para assembleianacional@sindifisconacional.org.br, ou pelo fax 61-3322-5618. DS/Representação: Nº de Auditores-Fiscais da RFB presentes: Ativos: Aposentados: TOTAL: 1) Os Auditores-Fiscais repudiam o Decreto 7.777/12 e a portaria MF 260/2012. 2) Os Auditores-Fiscais decidem por alterar a forma de mobilização, a partir do dia 08/08/2012, para paralisação fora da repartição por tempo indeterminado na zona secundária, e paralisação/operação padrão na zona primária, com assembleias semanais para avaliação do movimento. 3) Caso o indicativo anterior seja aprovado, esta paralisação se dará: a) de forma direta e ininterrupta a partir da data indicada: b) na forma atual, operação padrão na zona primária e crédito zero na zona secundária, nas segundas e sextas-feiras e fora da repartição nas terças, quartas e quintasfeiras: c) abstenção: 4) Caso o indicativo 2 não seja aprovado, os Auditores-Fiscais manifestam sua intenção de acirrar o movimento na sua forma atual, operação padrão e crédito zero, até que o Governo se disponha a uma negociação efetiva sobre os pontos de pauta já apresentados.
5) Caso o indicativo 2 não seja aprovado, os Auditores-Fiscais decidem realizar, no dia 08/08/2012, um dia de paralisação fora da repartição na zona secundária, com manutenção da operação padrão na zona primária. 6) Os Auditores-Fiscais aprovam a utilização dos recursos do Fundo de Mobilização para custear as despesas com a campanha salarial 2012, relativas a ações estritamente relacionadas à mobilização da categoria em caráter geral, tais como realização de atos públicos e demais eventos que requeiram deslocamentos de pessoal, bem como a infraestrutura para tal.