PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROPOSTAS PELAS EMENDAS À MP 431 I Alteração do quantitativo mínimo de pontos da gratificação de desempenho dos servidores ativos, acompanhando a pontuação fixa estipulada de 50 pontos para aposentados e pensionistas, nos seguintes setores: HFA (art.77); Cultura (art. 8), Perito Federal Agrário (art. 36), administrativos PRF (art. 63), Reforma Agrária (art. 32), Previdência, Saúde e Trabalho (art. 40), PGPE (art. 2). JUSTIFICATIVA: Tendo em vista os acordos firmados pelo governo com as entidades representativas dos servidores, que estabeleceu a percepção de 50 pontos da gratificação dos setores acima mencionados para os aposentados e pensionistas, as emendas apresentadas fazem justiça aos servidores ativos que, persistindo a relação inicial da MP, poderia passar a perceber um percentual em gratificações inferior aos servidores aposentados e pensionistas da mesma carreira gerando assim uma distorção inconcebível na essência da própria gratificação. II Supressão do artigo 174, da MP 431/08 JUSTIFICATIVA: Com a revogação do parágrafo único do artigo 40 e a introdução do parágrafo 5º no artigo 41, da lei 8.112/90, a complementação de salário mínimo, que tinha como referência o vencimento básico, passa a ser o total da remuneração, o que em futuro próximo, quando da correção do salário mínimo, trará prejuízos justamente para os servidores públicos federais que possuem os menores valores de vencimentos, ou seja, os mais necessitados. III Alteração do artigo 54 da MP 431/08 (Gacen): Propõe nova redação: Art. 54. Fica instituída a Gratificação Especial de Atividade de Combate e Controle de Endemias GACEN, devida aos servidores dos Quadros Permanente do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde, regidos pela Lei no 8.112, de 1990, que se afastarem do seu local de trabalho para execução, em área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas, de atividades de combate e controle de endemias, mesmo quando descentralizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS. JUSTIFICATIVA: A modificação do artigo se justifica pela necessidade de evitar discriminação entre servidores que laboram de fato no combate e controle de endemias no país. Assim, todos os servidores que efetivamente exercem essas atividades passam a ser contemplados com a mencionada gratificação, evitando que sejam esquecidos os servidores que apesar de não exercerem cargos elencados no texto original da MP já laboram há mais de 15 (quinze) anos nas atividades de mesma natureza e que, inclusive, já foram devidamente capacitados para desenvolver ações de controle de vetores ao longo de todos esses anos. Retira-los dessa atividade, ainda mais no momento em que
ressurgem os surtos de doenças como a dengue e a febre amarela, equivaleria a reduzir a ação do Estado no combate às endemias. IV Alteração art. 55, parágrafo 6º da MP 431/08 (reajuste da GECEN e GACEN): Propõe nova redação: Art. 55, parágrafo 6º. A GECEN e a GACEN serão reajustadas anualmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo IPCA. JUSTIFICATIVA: Justifica-se o reajuste da GECEN e da GACEN na medida em que se tem a necessidade de recompor o poder de compra da gratificação de, por conseguinte da remuneração dos servidores que a percebem. Cabe também ressaltar que esta sendo utilizado o mesmo índice utilizado pelo governo quando da definição de metas da inflação anual. V Alteração do artigo 55 parágrafo 9º da MP 431/08 (diária para os servidores que perceberão a GECEN e GACEN): Propõe nova redação: Art. 55, parágrafo 9º. Os servidores ou empregados que receberem a GECEN ou GACEN somente receberão diárias quando o deslocamento não for equivalente ao que justificaria o pagamento da vantagem prevista no artigo 16 da Lei 8.216, de 13 de agosto de 1991, para aqueles servidores públicos federais que a ela fariam jus. JUSTIFICATIVA: Visto que a GACEN e GECEN visam substituir a indenização de campo (vantagem do artigo 16 da Lei 8.216, de 13 de agosto de 1991) não há motivo para que o pagamento da diária seja excluído nos casos em que for devida, pois tal fato trará dificuldades para o deslocamento de servidores para realizar seus trabalhos em outras localidades, uma vez que teriam que pagar as despesas daí decorrentes de seu próprio bolso. A redação proposta garantiria o pagamento de diárias somente nos casos em que até hoje vinham sendo pagos, ou seja, nos casos em que o deslocamento não gerasse o direito ao recebimento da indenização de campo. VI Supressão do artigo 172 da MP 431/08 (aumento do período de estágio probatório de 2 para 3 anos) JUSTIFICATIVA: A EC 19 ao ampliar o prazo da estabilidade no serviço público de 2 para 3 anos acabou por conduzir a Administração Público à errônea interpretação e também o estágio probatório teria sido igualmente alterado para 3 anos. A presente emenda supressiva preserva a duração do estágio probatório em 2 anos até porque a redação inicial da MP não foi objeto de nenhuma discussão e muito menos acordo entre governo e as entidades representativas dos servidores públicos. VII Inclusão do parágrafo 5º na nova redação do ar. 15 da Lei 11.090/2005 (GDARA):
Parágrafo 5º - Até que sejam processados os resultados do primeiro ciclo de avaliação de desempenho a GDARA será paga no valor correspondente a 100 pontos observados os respectivos níveis classes e padrões. JUSTIFICATIVA: A inclusão do parágrafo observa o acordo firmado entre governo e as entidades representativas dos servidores públicos, conforme tabelas apensadas ao Termo de Acordo de 5 de março de 2008. VIII Alteração dos artigos 105, 108, 109, 118 e 120 da MP 431/2008 Inserir na estruturação do Plano de Careira do Magistério do Ensino Básico, técnico e tecnológico, os professores das instituições federais de ensino, vinculados ou submetidos ao Ministério da Defesa e os professores dos extintos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e de Fernando de Noronha. Novas redações propostas: Art. 105. Fica estruturado, a partir de 1º de julho de 2008, o Plano de Carreira e Cargos do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, composto pelos cargos de nível superior do Quadro de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Educação, pelos cargos de provimento efetivo do Quadro de Pessoal dos Ex-territórios do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Fernando de Noronha, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelos cargos de provimento efetivo de nível superior de Professor do Ensino Básico Federal do Quadro de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa, que integram a Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos de que trata a Lei no 7.596, de 1987. Art. 108. São transpostos para a Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico de que trata o inciso I do art. 106, os atuais cargos dos Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação, os atuais cargos de provimento efetivo do Quadro de Pessoal dos Ex-territórios do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Fernando de Noronha, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e os cargos de provimento efetivo, de nível superior de Professor do Ensino Básico Federal do Quadro de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa, que integram a Carreira do Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, de que trata a Lei no 7.596, de 1987, observando o disposto no art. 109. Art. 109. Os atuais cargos ocupados e vagos e os que vierem a vagar de Professor da Carreira de Magistério de 1º e 2º Grau de que trata o Decreto no 94.664, de 23 de julho de 1987, pertencentes aos Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação, dos Ex-territórios, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa, passam a
denominar-se Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e a integrar a carreira de que trata o inciso I do art. 106. Parágrafo 2º. Os cargos de Professor da Carreira de Magistério de 1º e 2º Grau, que integram os Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação vagos em 14 de maio de 2008 ou que vierem a vagar, serão transformados em cargos de Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Os cargos de nível superior de Professor do Ensino Básico Federal vagos ou ocupados integram o Quadro de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Defesa. Os cargos efetivos de Professor de Ensino Básico Federal dos Ex-Territórios integram o Quadro de Pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e os cargos que vagarem serão extintos. Art. 118... V- Gratificação Específica de Docência dos servidores dos extintos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima GEDET, de que trata a Lei no 11.357, de 19 de outubro de 2006. Parágrafo único. Os servidores integrantes da Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, de que trata a Lei no 7.596, de 1987, pertencentes aos Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação e ainda os servidores dos Ex-territórios, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa que optarem pelo enquadramento na Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, nos termos do art. 108, terão, a partir de 1º de julho de 2008, os valores referentes à GAE incorporados ao vencimento básico. Art. 120. O desenvolvimento na Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico dos servidores que integram os Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação, dos servidores que integram o quadro dos Ex-territórios, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e ainda, os servidores das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa ocorrerá mediante progressão funcional, exclusivamente, por titulação e desempenho acadêmico, nos termos do regulamento. Parágrafo 4º - Os servidores integrantes da Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, de que trata a Lei no 7.596, de 1987, pertencentes aos Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino, subordinadas ou vinculadas ao Ministério da Educação, os servidores dos Exterritórios, vinculados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e das Instituições Federais de Ensino, subordinados ou vinculados ao Ministério da Defesa
posicionados nas atuais classes C e D, que à época de assinatura do Termo de Opção pela Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico estiverem matriculados em programas de mestrado ou doutorado poderá progredir na Carreira mediante a obtenção dos respectivos títulos, para a nova Classe D III, Nível 1. JUSTIFICATIVA: Propõe-se com esta emenda inserir na Estruturação do Plano de Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, proposto nos artigos 105 a 121, da Medida Provisória nº 431, de 14 de maio de 2008, os professores das Instituições Federais de Ensino, vinculadas ou subordinadas ao Ministério da Defesa e os professores dos extintos Territórios Federais do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e de Fernando de Noronha. Tradicionalmente os professores dos extintos Territórios sempre pertenceram à mesma sistemática de classificação dos demais professores federais. Primeiro, eles tinham os mesmos benefícios previstos no Decreto 85.712/81. Com o advento do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos-PUCRCE, os docentes dos extintos Territórios não foram incluídos num primeiro momento. Em 1991 foi editada a Lei nº 8.216, onde no parágrafo 3º, do artigo 3º foi estendida a tabela remuneratória dos professores das Instituições Federais de Ensino para os docentes dos ex-territórios. Em 1991, com a edição da Lei nº 8.270/91, os benefícios do PUCRCE foram estendidos para os docentes das Instituições de Ensino vinculadas ou subordinadas ao Ministério da Defesa e os professores dos ex-territórios. Para concretizar definitivamente o direito aos benefícios do PUCRCE desde a sua edição, ou seja, 1987, os professores dos ex-territórios ingressaram com ação judicial e obtiveram êxito para recebimento das vantagens da Lei nº 7.596/87, desde a publicação do ato. Portanto, os professores dos extintos Territórios sempre estiveram vinculados de uma foram ou de outra, aos docentes das IFES, seja mediante dispositivo legal ou por meio de decisão judicial, pois o entendimento geral sempre foi que, em sendo professores federais, eles têm direito aos mesmos benefícios e vantagens dos docentes das Instituições Federais de Ensino. A redistribuição de cargos também é uma prática comum entre o quadro dos ex- Territórios e as universidades, CEFETS e Escolas Agrotécnicas. Esse instituto ficará prejudicado pela atual proposta do governo, pois um professor pertencente ao quadro em extinção do Amapá, Rondônia, Roraima e Fernando de Noronha não poderá ser redistribuído para uma Instituição Federal de Ensino, em virtude de pertencer a planos de carreiras diferenciados. Cabe ressaltar que o aproveitamento dos professores dos extintos Territórios é previsto no artigo 31 da Emenda Constitucional nº 19, de 1998, quando no parágrafo 2º estabelece que os servidores continuarão cedidos aos respectivos estados, até o seu aproveitamento em órgão da administração pública federal. Essa forma de aproveitamento, em função dos diversos planos de cargos e carreiras existentes constitui-se em redistribuição dos cargos, instituto que será prejudicado em virtude da estruturação de carreiras distintas para professores pertencentes ao quadro da União.
Privar os professores dos extintos Territórios do instituto da redistribuição, que é um direito previsto também no estatuto dos servidores públicos, revelará uma discriminação em relação aos demais servidores, que continuarão se movimentando, no interesse da administração, sendo que os docentes dos ex-territórios deveriam ter prioridade, sobretudo por prestarem serviço em escolas estaduais e por força da Emenda Constitucional 19/98, estão sempre aptos à redistribuição para órgãos da administração federal. Torna-se importante destacar que devido à similaridade de atribuições e ainda, pelo fato dos professores das IFES e dos extintos Territórios pertencerem ao quadro federal e integrarem o mesmo plano de carreira desde a década de 80, o governo estabeleceu na Medida Provisória 431, a mesma estrutura hierárquica e mesma tabela remuneratória, razão pela qual esta emenda não implicará em aumento de despesa, obstáculo superado para aprovação da mesma. A nova estrutura da Carreira do Magistério Federal apresenta-se bastante ampla, pois comporta cargos do ensino básico, técnico e tecnológico, formato onde podem se enquadrar os docentes das Instituições de Ensino pertencentes ao Ministério da Defesa, pois que lá existem o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e o Instituto Militar de Engenharia. Os professores dos extintos Territórios prestam serviço em escolas onde há o ensino fundamental, de 1ª a 8ª séries, o ensino médio e também o ensino-técnico, mesma sistemática encontrada nas escolas de aplicação das universidades, CEFETS e escolas agrotécnicas. IX Inclusão dos servidores do ex-território de Fernando de Noronha na MP 431/08 JUSTIFICATIVA: É inconcebível que os docentes do ex-território de Fernando de Noronha sejam excluídos dos direitos concedidos aos demais docentes dos extintos Territórios. X Abertura do prazo de opção, por 120 dias, para ingresso na Carreira da Seguridade Social (Lei 11.355/2006) JUSTIFICATIVA: Garante chance àquele servidor que atua nos Ministérios da Saúde, Trabalho, Previdência, além da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), mas ainda está lotado em outro plano, de poder optar pelo ingresso na Carreira da Seguridade Social.