PRÓLOGO Prólogo Jerry Bridges deu ao mundo uma das obras mais incisivas, mais atraentes e estimulantes da consciência sobre a santidade bíblica que jamais foi escrita. Não há dúvida de que o Senhor capacitou o seu servo para preparar um livro que terá um impacto importante nas vidas das numerosas pessoas que o leiam. O tema dominante deste estudo comovente é a necessidade de que os crentes intensifiquem a sua busca de santidade de vida, que só Deus, cuja santidade é sempre recordada com gratidão, pode tornar possível. Busca é a palavra-chave que o autor, cuja busca pessoal tem sido longa e forte, repete constantemente. Na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, Thomas Jefferson declarou que um dos direitos inerentes e inalienáveis dos homens é a busca de felicidade. Os cristãos professos têm de ser levados a reconhecer que o desejo e exigência primordiais de Deus em relação a nós são a contínua busca de santidade de vida e o reflexo da sua própria santidade. Sede santos, porque eu sou santo. 13
A BUSCA DA SANTIDA D E Há mais de 100 anos, William Blake insistia com os seus leitores no sentido de porem de lado a santidade e usarem o intelecto. Mas, divorciado da santidade divina, o intelecto é como um barco sem capitão, condenado à tragédia. Na nossa busca de santidade deve sempre brotar do nosso coração esta prece: Toma o meu intelecto e usa-o como preferires. É esta a razão porque calorosamente recomendamos este impressionante estudo, da santidade prática, em que o autor mostra perfeitamente que toda a nossa vida deve ser permeada com a santidade que um Deus três vezes santo pode comunicar-nos. Dr. Herbert Lockyer 14
PREFÁCIO Prefácio Um lavrador lavra o seu campo, espalha a semente e fertiliza e cultiva a terra sempre consciente de que, em última análise, está em absoluto dependente de forças externas. Ele sabe que não pode fazer a semente germinar, não pode produzir chuva e sol para que as culturas se desenvolvam e amadureçam. Para uma colheita abundante ele depende de Deus em todas essas coisas. No entanto, o lavrador sabe que se não cumprir diligentemente as suas responsabilidades de lavrar, plantar, fertilizar e cultivar, não pode esperar uma colheita no fim da estação. Num certo sentido, ele entrou numa sociedade com Deus e só colherá os seus benefícios quando tiver cumprido as suas próprias responsabilidades. O cultivo da terra é uma aventura conjunta entre Deus e o lavrador. Este não pode fazer o que Deus tem de fazer, e Deus não fará o que o lavrador deve fazer. Com a mesma exatidão podemos dizer que a busca de santidade é uma aventura conjunta entre Deus e o cristão. Ninguém pode atingir qualquer grau de santidade se Deus 15
A BUSCA DA SANTIDA D E não trabalhar na sua vida, mas também é absolutamente certo que ninguém a atingirá sem esforço da sua parte. Deus fez com que pudéssemos andar em santidade. Contudo, ele deu-nos a responsabilidade de andarmos; não fará isso por nós. Nós, cristãos, gostamos muito de falar a respeito da provisão de Deus, da maneira como Cristo venceu o pecado na cruz e nos deu o seu Espírito Santo para nos capacitar a ganhar a vitória sobre o pecado. Mas, em geral, não somos tão prontos a falar da nossa própria responsabilidade de andar em santidade. Podemos apresentar duas importantes razões para esse fato. Primeira, temos simplesmente relutância em encarar a nossa responsabilidade. Preferimos deixar isso com Deus. Pedimos-lhe vitória, quando sabemos que devíamos agir em obediência. A segunda razão é que não compreendemos a distinção correta entre a provisão de Deus e a nossa própria responsabilidade no tocante à santidade. Eu mesmo me debati durante vários anos com a pergunta Que é que eu devo fazer e o que eu devo esperar que Deus faça?. Só quando compreendi o que a Bíblia ensina sobre essa questão e encarei então a minha própria responsabilidade, é que vi algum progresso na busca de santidade. O título deste livro decorre da ordem bíblica: Buscai a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14; paráfrase do autor). A palavra busca sugere dois pensamentos: primeiro, que se requer diligência e esforço; segundo, que é uma tarefa para toda a vida. Estes dois pensamentos formam um duplo tema ao longo do livro. Ao mesmo tempo em que busquei apresentar, clara e precisamente, 16
PREFÁCIO a provisão de Deus para a nossa santidade, salientei deliberadamente a nossa responsabilidade, pois sinto que esta é uma ênfase muito necessária entre os cristãos do nosso tempo. Simultaneamente, procurei enfatizar que a santidade é um processo, algo que nós nunca atingiremos por completo nesta vida. Na verdade, quando começamos a identificar-nos com a vontade de Deus numa área da vida, ele revela-nos a nossa necessidade noutro setor. É por isso que sempre estaremos empenhados na busca sem a atingirmos completamente de santidade nesta vida. Além do meu próprio estudo bíblico pessoal sobre o tema da santidade, fui muito ajudado pelos escritos dos Puritanos e dos que seguiram a sua escola de pensamento sobre a questão da santidade. Em numerosas ocasiões, citei-os diretamente e indiquei esse fato nas notas de rodapé. Noutros casos, a sua fraseologia entrou na minha própria forma de expressão. Isto se verifica particularmente em relação aos escritos de John Owen e do Dr. D. Martyn Lloyd- -Jones, de Londres. Os seus escritos sobre esse assunto têm constituído uma bênção valiosíssima para mim. Não posso dizer que sei tudo sobre esse assunto, nem posso afirmar que tenha conseguido muito progresso pessoal. Frequentemente, enquanto escrevia este livro, tive de fazer primeiro a aplicação à minha própria vida; mas o que eu descobri tem sido uma ajuda preciosa na minha própria busca de santidade e creio que o será também para todos os que o lerem. Finalmente, quero expressar os meus agradecimentos à senhora Peggy Sharp e à senhorita Linda Dicks que, paciente e repetidamente, datilografaram os diversos rascunhos do manuscrito. 17