09/09/2012 1 Agosto/2012
Caldeiras 09/09/2012 2
CALDEIRAS Histórico 1698 - O inglês Thomas Savery patenteou um sistema de bombeamento de água utilizando vapor como força motriz. 1711 Newcomen desenvolveu outro equipamento com a mesma finalidade. Sua caldeira era apenas um reservatório esférico, com aquecimento direto no fundo, também conhecida como caldeira de Haycock. 1769 - James Watt modificou o projeto, alterando o formato, desenhando a caldeira Vagão, a precursora das caldeiras utilizadas em locomotivas a vapor. 1856 - Stephen Wilcox, projetou um gerador de vapor com tubos inclinados, e da associação com George Babcock tais caldeiras passaram a ser produzidas, com grande sucesso comercial. 1880 - Alan Stirling desenvolveu uma caldeira de tubos curvados, cuja concepção básica é ainda hoje utilizada nas grandes caldeiras de tubos de água. 09/09/2012 3
CALDEIRAS Conceito Fundamental Definição segundo os conceito técnicos: Caldeira é todo e qualquer recipiente metálico cuja função é, entre muitas, a produção de vapor através do aquecimento da água. As caldeiras produzem vapor para alimentar máquinas térmicas, sistemas e instalações, e outras aplicações do calor utilizando-se o vapor. Definição segundo a NR-13: Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo. 09/09/2012 4
CALDEIRAS Um vapor é uma substância na fase de gás à uma temperatura inferior à sua temperatura crítica. Isto significa que o vapor pode ser condensado para um líquido ou para um sólido pelo aumento de sua pressão, sem ser necessário reduzir a temperatura. Dentro dos Limites do conhecimento moderno, o vapor é o veículo de transferência de calor mais econômico e conveniente, tanto para a produção de energia quanto para a transferência de calor. Em uma caldeira, a pressão aumenta a medida que o vapor vai se formando e sendo acumulado, sendo limitado pelas condições de projeto. Três conceitos caloríficos são aplicados, sendo: Calor sensível; Calor latente; Entalpia total. 09/09/2012 5
CALDEIRAS Calor Sensível (hs) A Adição de Entalpia do Líquido (também chamado de calor sensível) é a quantidade de calorias necessárias para elevar 1 kg de água de 0 ºC até a sua temperatura de ebulição. Calor Latente (hlat) A Adição de Entalpia de Vaporização (também chamado de calor latente) é a quantidade de calorias necessárias para converter 1 kg de água líquida em vapor seco à mesma temperatura e pressão (o calor latente decresce com o aumento da pressão absoluta do vapor). 09/09/2012 6
CALDEIRAS Entalpia Total (htot) Chama-se Entalpia Total do Vapor de Água, saturado, a relação de soma do calor sensível e do calor latente: htot = hs + hlat Quando não se consegue o vapor seco, têm-se: htot = hs+ x.hlat onde x é o título (variando de 0,0 a 1,0). 09/09/2012 7
CALDEIRAS Existem inúmeros tipos de caldeiras a vapor, sendo que muitos delas são de aplicações restritas (pesquisa e desenvolvimento, ou modelos para fundamentação de pesquisa). Na indústria porém, como um todo, destacam-se 5 (cinco) grupos de caldeiras, e das quais se farão nosso estudo. São elas: Caldeiras Flamotubulares; Caldeiras Aquatubulares (ou Aquotubulares); Caldeiras Mistas; Caldeiras Elétricas; Caldeiras de Recuperação. 09/09/2012 8
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Nas caldeiras flamotubulares, os gases quentes passam por dentro de tubos, ao redor dos quais está a água a ser aquecida e evaporada. Os tubos são montados à maneira dos feixes de permutadores de calor, com um ou mais passos dos gases quentes através do mesmo. As caldeiras flamotubulares são empregadas apenas para pequenas capacidades e quando se quer apenas vapor saturado de baixa pressão. Há 2 (dois) tipos de caldeiras flamotubulares verticais e horizontais. Os tipos mais comumente encontrados nas indústrias são as horizontais. 09/09/2012 9
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira do tipo FlamotubuarVertical 09/09/2012 10
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira do tipo FlamotubuarVertical 09/09/2012 11
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira do tipo Flamotubuar Horizontal (em corte) 09/09/2012 12
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira do tipo Flamotubuar Horizontal (em corte) 09/09/2012 13
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Caldeira do tipo Flamotubuar Horizontal à GN 09/09/2012 14
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES Compartimento de Queima de uma Caldeira Flamotubuar Horizontal 09/09/2012 15
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CALDEIRAS FLAMOTUBULARES 09/09/2012 17
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES As caldeiras flamotubulares geram somente vapor saturado, uma vez que este sai de um vaso com água líquida, até pelo menos a sua metade, sem receber qualquer aquecimento posterior. As pressões não são elevadas (da ordem de até 25,00 kgf/cm²) e estão limitadas pela espessura da parede externa (chapa cilíndrica) do costado, pois quanto maior a espessura, mais elevada será a pressão. Por serem de operação mais simples, lideram as estatísticas de acidentes. Dessa forma, as principais características deste tipo de caldeira podem ser resumidas conforme segue: 1. A transferência de calor ocorre em toda a área circunferencial dos tubos. 2. Verticais ou horizontais. 3. Fornalha cilíndrica lisa ou corrugada. 09/09/2012 18
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES 4. Número de passes de gases (1, 2, 3 ou 4). 5. Traseira seca ou molhada. 6. Geram somente vapor saturado, pois não tem aquecimento posterior (superaquecedor). 7. Capacidade de geração de vapor e pressão limitadas. 8. Até aprox. 20 ton/h de vapor possuem menor custo de geração em relação às caldeiras aquotubulares. 9. Melhor eficiência de transferência de calor por área de troca térmica. 10. Utilizam o vapor geralmente para aquecimento (maior aproveitamento do calor latente em relação ao calor sensível) 11. Operação mais simples. 09/09/2012 19
CALDEIRAS AQUOTUBULARES As caldeiras do tipo aquatubulares (ou aquotubulares), como o próprio nome indica, tem circulação de água por dentro dos tubos e os gases quentes envolvendo-os. Estas caldeiras são usadas para instalações de maior porte e na obtenção de vapor superaquecido. Normalmente encontradas em usinas termoelétricas, siderúrgicas, refinarias, e ou em plantas industriais com necessidade de geração de grande volume de vapor. 09/09/2012 20
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Infogramado funcionamento da combustão de uma Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 21
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 22
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 23
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CALDEIRAS AQUOTUBULARES Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 25
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 26
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Câmara de uma Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 27
Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 28
CALDEIRAS AQUOTUBULARES As principais características deste tipo de caldeira podem ser resumidas conforme segue: 1. Formada por tubos de troca térmica e tubulões de vapor e lama. 2. A geração de vapor se processa nos tubos da parede d água; 3. Projetadas para operar em médias e altas pressões; 4. Possuem maior capacidade de geração de vapor; 5. Projeto térmico mais elaborado; 6. Trabalham com vapor saturado ou superaquecido; 7. Utilizam vapor tanto para aquecimento quanto para geração de trabalho mecânico; 8. Circulação de Água; 8.1. Circulação natural (diferença de densidade da água); 8.2. Circulação forçada (pequenas diferenças de densidade entre água e vapor inviabilizam a circulação). 09/09/2012 29
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Caldeira do tipo 09/09/2012 30 Aquotubular
CALDEIRAS AQUOTUBULARES Câmara de uma Caldeira do tipo Aquotubular 09/09/2012 31
CALDEIRAS MISTAS Estas caldeiras são consideradas como caldeiras híbridas, pois possuem uma parte aquotubular e outra flamotubular. São caldeiras de alta eficiência, já que possuem um misto das vantagens de ambos os tipos de caldeiras (aquotubulares e flamotubulares). No geral, são empregadas em sistemas onde o apelo de economia de combustível e muito difundido, e quando necessita-se de maior eficiência energética, num menor espaço. 09/09/2012 32
CALDEIRAS MISTAS Caldeira do tipo Mista 09/09/2012 33
CALDEIRAS MISTAS Caldeira do tipo Mista 09/09/2012 34
CALDEIRAS ELÉTRICAS Nas caldeiras elétricas, o aquecimento da água, com resultante geração do vapor, é feita por meio de aquecimento (direto ou indireto) de uma resistência elétrica sobre esta. Mais utilizadas em menores instalações, principalmente quando risco para com o armazenamento de combustíveis é um problema. São consideradas caldeiras de baixa eficiência e alto custo, já que o consumo de energia elétrica e alto, e a obtenção de vapor acabase tornando cara (relação custo x beneficio duvidosa). 09/09/2012 35
CALDEIRAS ELÉTRICAS Caldeira do tipo Elétrica 09/09/2012 36
CALDEIRAS ELÉTRICAS Caldeira do tipo Elétrica, com sistema Jet Flow 09/09/2012 37
Aplicação residencial de uma Caldeira do tipo Elétrica 09/09/2012 38
CALDEIRAS DE RECUPERAÇÃO (APROVEITAMENTO) São caldeiras que aproveitam o poder calorífico de um processo ou da combustão de um material (combustível sólido ou gasoso), proveniente de um resíduo ou sub-produto,. Em alguns destes casos a caldeira pode ser tanto aquotubular, como flamotubular, ou ainda mistas, valendo ainda a escolha pela capacidade de produção de vapor. As unidades de recuperação ocupam hoje uma posição importante na tecnologia do aproveitamento e racionalização da energia. Estas unidades podem ser divididas em: Caldeiras de Recuperação de Calor Sensível; Caldeiras de recuperação de Gases Combustíveis Residuais de Processos Industriais; Caldeiras de Recuperação de Calor e de Produtos Químicos em Fábricas de Celulose; Caldeiras de Recuperação de Calor nos Ciclos Combinados; Caldeiras para aproveitamento do Lixo Urbano. 09/09/2012 39
CALDEIRAS DE RECUPERAÇÃO (APROVEITAMENTO) Caldeira do tipo Recuperação 09/09/2012 40
CALDEIRAS DE RECUPERAÇÃO (APROVEITAMENTO) Caldeira do tipo Recuperação (utiliza gás de coqueria) 09/09/2012 41
CALDEIRAS Parâmetros Importantes PRESSÃO DE PROJETO (PP); PRESSÃO DE OPERAÇÃO (PO); PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL (PMTA); PRESSÃO DE AJUSTE DO DISPOSITIVO DE ALÍVIO DE PRESSÃO; PRESSÃO DE TESTE HIDROSTÁTICO; PRESSÃO DE TESTE DE ACUMULAÇÃO. 09/09/2012 42
CALDEIRAS Parâmetros Importantes PRESSÃO DE MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL (PMTA); PMTA = S. F. t R + 0,6 t Onde: PMTA = pressão máxima de trabalho admissível, referente à tensão primária de membrana; S = tensão admissível do material; F = eficiência de junta; t = espessura real; R = raio interno do cilindro (caso a geometria seja cilíndrica). 09/09/2012 43
CALDEIRAS Parâmetros Importantes PRESSÃO DISPOSITIVO DE ALIVIO DE PRESSÃO(Ppsv); Ppsv= PMTA PRESSÃO DE TESTE HIDROSTÁTICO(Pth); Pth= 1,5. PMTA (Samb/Sproj) Onde: Pteste= pressão de teste a uma dada temperatura; PMTA = pressão máxima de trabalho admissível; Samb = tensão admissível do material na temperatura de teste; Sproj = tensão admissível do material na temperatura de projeto. 09/09/2012 44
Fim!!! 09/09/2012 45