NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 018/DAT/CBMSC) CONTROLE DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO E ACABAMENTO



Documentos relacionados
INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN nº 018/DAT/CBMSC) CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 018/DAT/CBMSC) CONTROLE DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO E ACABAMENTO

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 032/DAT/CBMSC) CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 025/DAT/CBMSC) REDE PÚBLICA DE HIDRANTES

INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN nº 032/DAT/CBMSC) INSTALAÇÕES ESPECIAIS: CALDEIRA ESTACIONÁRIA A VAPOR

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 031/DAT/CBMSC) PLANO DE EMERGÊNCIA

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 013/DAT/CBMSC) SINALIZAÇÃO PARA ABANDONO DE LOCAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN nº 012/DAT/CBMSC) SISTEMA DE ALARME E DETECÇÃO DE INCÊNDIO

ESTADO DO AMAPÁ CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO GERAL CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS PORTARIA Nº 011 /05/CAT-CBMAP

Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 38

ESTADO DO MARANHÃO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO GERAL

NORMA TÉCNICA 10/2014 Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 015/DAT/CBMSC) SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS)

Vidros A.C.- Os Fenícios descobriram o vidro nas fogueiras dos acampamentos.

NPT 033 COBERTURA DE SAPÉ, PIAÇAVA E SIMILARES

NORMA TÉCNICA N o 16 SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 022/DAT/CBMSC) INSTALAÇÕES PARA REABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL DE USO PRIVATIVO

ESCADAS DESMONTÁVEIS

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NORMA TÉCNICA N 10

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros

Aula 7 : Desenho de Ventilação

Prevenção de Incêndios (Novo CSCIP) Mód 3 Exigências Estruturais e Arquitetônicas

Cobertura de Sapé, Piaçava e Similares

MEMORIAL DESCRITIVO Calçadas Externas/rampa/escada:

NORMA TÉCNICA Nº 009/2014 CBMPB

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 006/DAT/CBMSC) SISTEMA PREVENTIVO POR EXTINTORES

MEMORIAL DESCRITIVO SUBSTITUIÇÃO DA COBERTURA DA CASA DE PASSAGEM DO MUNICÍPIO DE CAÇADOR

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 017/DAT/CBMSC) SISTEMA DE ÁGUA NEBULIZADA (MULSIFYRE)

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PARECER TÉCNICO Nº CAT

Procedimentos administrativos Parte 5 Plano de Segurança Simplificado

EQUIPE PROJETOS CONSTRUÇÕES LTDA

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2011

soluções do futuro para o seu presente

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 15/2011

CARTILHA DE ORIENTAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM PEQUENOS ESTABELECIMENTOS

NPT 029 COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS NATURAL

INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Vidros para construção civil

Sistema de proteção por extintores de incêndio

REQUISITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS REF. NBR DA ABNT

NPT 002 ADAPTAÇÃO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EDIFICAÇÕES EXISTENTES E ANTIGAS. Versão: 03 Norma de Procedimento Técnico 8 páginas

CATÁLOGO DE PRODUTOS

IT - 16 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NORMA TÉCNICA N 15 CONTROLE DE FUMAÇA

USO E APLICAÇÕES. Módulo 10 Vidros de Segurança

/estudo preliminar análise da norma de acessibilidade ABNT NBR Gustavo Alves Rocha Zago Izabela Dalla Libera

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN nº 006/DAT/CBMSC) SISTEMA PREVENTIVO POR EXTINTORES


ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO

NORMA TÉCNICA DO CORPO DE BOMBEIROS Nº 18/2015 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO - PROPOSTA

TERMO DE REFERÊNCIA - TR Pregão Eletrônico nº 001/2014

Instrução Técnica nº 25/ Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis - Parte 3 Armazenamento

FAQ - Frequently Asked Questions (Perguntas Frequentes)

ESCADAS. Escadas são elementos arquitetônicos de circulação vertical, cuja função é vencer os diferentes níveis entre os pavimentos de uma edificação.

THE SAVANNAHS. Contrato-Promessa Anexo II Especificações + Planta da Fracção

Relatório de reforma. Edifício XXXXX

Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio

INSTITUTO ALGE DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL JANILSON CASSIANO

USO E APLICAÇÕES. Módulo 7 Vidros de Segurança

ANEXO VI CHAMAMENTO PÚBLICO 001/2011 TERMO DE REFERÊNCIA

MEMORIAL DESCRITIVO versão 04


COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. Departamento de Segurança Contra Incêndio DSCI

Prestígio numa localização privilegiada. T1 I Área privativa de 100 m 2 I Vista e exposição solar

Portaria n.º 558, de 19 de novembro de 2013.

NORMA TÉCNICA N. O 004/2008

MEMORIAL DESCRITIVO REFORMA E ADAPTAÇÃO DO 2 PELOTÃO/2 CIA DO 5º BATALHÃO DO CBMMG PARA IMPLANTAÇÃO DE BASE DESCENTRALIZADA DO SAMU - 192

O Uso de Sprinklers na Legislação Brasileira

Aprova a Norma Técnica nº 009/2002-CBMDF, sobre Atividades Eventuais, que especificam.

Construção de Edícula

NPT 007 SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCOS)

Comando do Corpo de Bombeiros. Mód 2 Plano de Segurança. Maj. QOBM Fernando

Relatório de Estágio Curricular. Rafael Menezes Albuquerque

Rua Dante Francisco Zattera, Quadra 4907, lote 14, Loteamento Cidade Nova II. Bairro Distrito Industrial Caxias do Sul RS

Instrução Normativa 001/2014

NPT 002 ADAPTAÇÃO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EDIFICAÇÕES EXISTENTES E ANTIGAS

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional Identificação: PROSHISET 06

Recomendações de Segurança do Trabalho

PISOS ELEVADOS. Pisos Elevados

MEMORIAL DESCRITIVO/TÉCNICO

CONJUNTO PORTA CORTA-FOGO

pro-telo inox Perfil metálico quinado em forma de U. Lateral de 8 mm de altura. Lado à vista liso de 10, 25 ou 40 mm.

D S E C S R C I R ÇÃ Ç O Ã E E C AR A AC A T C ER E Í R ST S ICAS A S TÉC É N C I N CAS

Marca registrada.todos os direitos reservados.

COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº Sistemas construtivos inovadores X avaliação técnica com abordagem de desempenho X SINAT

Soluções que sustentam a qualidade do seu projeto

Art. 1 Aprovar e colocar em vigor a NORMA TÉCNICA N 03/2015-CBMDF, na forma do anexo a presente Portaria.

PRÉ-MOLD RM PRÉ-MOLD RM PRÉ-MOLD RM PRÉ-MOLD RM

Estado do Rio Grande do Sul Municipio de Venâncio Aires

Tecnologias de Prevenção e Combate a Incêndios João Gama Godoy

REINVENTANDO O ISOLAMENTO ACÚSTICO E SUSTENTÁVEL

INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN nº 009/DAT/CBMSC) SISTEMA DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Gesso Acartonado CONCEITO

DECRETOS E RESOLUÇÕES - RESÍDUOS INERTES / CONSTRUÇÃO CIVIL

C O M A N D O D O C O R P O D E B O M B E I R O S Gabinete do Comandante

ANEXO I PARTE A ANTEPROJETO DE LEI ITABUNA IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO IPTU. VALOR DO m² PARA CÁLCULO DO VALOR PREDIAL

Memorial Descritivo Condomínio Residencial Renascer

Recomendações para instalação de rede interna e de equipamentos a gás.

Transcrição:

ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS - DAT NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 018/DAT/CBMSC) CONTROLE DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO E ACABAMENTO Editada em: 28/03/2014

SUMÁRIO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES INICIAIS 3 Seção I - Objetivos 3 Seção II - Referências 3 Seção III - Terminologias 3 CAPÍTULO II REQUISITOS ESPECÍFICOS 4 Seção I - Da Aplicação 4 Seção II - Dos Materiais e Das Propriedades 4 CAPÍTULO III COMPROVAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS 4 Seção I - Propriedade Antiderrapante 5 Seção II - Propriedade Não Propagante 6 Seção III - Propriedade Retardante 6 Seção IV - Vidros de Segurança 6 CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES FINAIS 7 ANEXOS A - Terminologias Específicas 9 B - Tabela de Exigências 11 2/11

INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 018/DAT/CBMSC) CONTROLE DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO E ACABAMENTO Editada em: 28/03/2014 O Comando do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina CBMSC, no uso das atribuições legais que lhe confere o inciso II do artigo 108 da Constituição Estadual, e ainda o que dispõe a Lei 16.157/13 e o art. 1 do Decreto 1.957/13, considerando as necessidades de adequação e atualização de prescrições normativas, face evoluções tecnológicas e científicas, resolve editar a presente Instrução Normativa. CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS Seção I Do Objetivo Art. 1º Esta Instrução Normativa (IN) tem por objetivo estabelecer as especificações mínimas para fiscalização e controle das propriedades e/ou características de segurança que os materiais de acabamento, a serem utilizados em edificações e locais de eventos, visando prevenir acidentes, restringirem a propagação do fogo e o volume de fumaça, nas edificações analisadas e fiscalizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina CBMSC. Seção II Das Referências Art. 2º Referências utilizadas para elaboração desta IN: civil; I - ABNT NBR 7199:1989 - Projeto, execução e aplicações de vidros na construção II - ABNT NBR 9077:2001 - Saídas de Emergência em edifícios; III ISO 10545:2010 Ceramic tiles; Seção III Terminologias Art. 3º Aplicam-se as terminologias específicas definidas no Anexo A desta IN. 3/11

CAPÍTULO II REQUISITOS ESPECÍFICOS Seção I Da Aplicação Art. 4º Aplica-se o disposto nesta IN nos imóveis onde será exigida a implantação do controle de materiais de acabamento, conforme as ocupações e uso, em função da finalidade dos materiais empregados em piso, parede, divisória, teto e forro. Art. 5º No projeto preventivo contra incêndio e pânico dos imóveis, deverá constar nas plantas baixas dos ambientes, a localização, os tipos e as propriedades dos materiais de acabamento, de revestimento, de decoração e de tratamento termo acústico que serão utilizados, e que estão previstos no Anexo B desta IN. Art. 6º Nas plantas baixas e/ou cortes dos ambientes que utilizarão materiais para os quais esta IN estabelece medidas de controle, deverá haver: I - delimitação/demarcação da área, setor, ambiente, ou outro, onde será utilizada a proteção requerida; II - especificação técnica, do material utilizado; e III - respectivas características e propriedades exigidas, para cada material. Seção II Dos materiais e das propriedades Art. 7º Os materiais e as propriedades que serão fiscalizados pelo CBMSC são: I - revestimento de piso: antiderrapante, incombustível, retardante ou não propagante; II - revestimento de parede e divisória: incombustível, retardante ou não propagante; III - revestimento de teto e forro: incombustível ou retardante; IV - material termo acústico: não propagante e retardante; V - material de decoração: não propagante; Art. 8º Os ambientes os imóveis, onde deverão ser observadas as propriedades dos materiais descritos no artigo anterior, são os previsto no Anexo B, desta IN. CAPÍTULO III COMPROVAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Art.10. A comprovação das propriedades dos materiais exigidas nesta IN é de responsabilidade do responsável técnico pelo projeto preventivo contra incêndio e pânico do 4/11

imóvel ou do responsável pelo imóvel, mediante: I a apresentação de Laudo ou de Ensaio do material instalado no imóvel; II a apresentação de ART ou RRT de instalação do material no imóvel; e III o fornecimento, quando solicitado pelo CBMSCC, de amostra do material utilizado. Art. 11. Somente serão aceitos Laudos ou Ensaios emitidos por profissionais legalmente habilitados ou laboratórios de universidades, faculdades e demais entidades reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar. Art. 12. Juntamente com o Laudo ou o Ensaio deverá ser apresentado a A.RT. ou o R.R.T do profissional técnico responsável pela realização do Laudo ou do Ensaio. Art. 13. No Laudo ou no Ensaio deverão constar as seguintes informações: I Identificação do responsável técnico pela sua elaboração, com nome completo, número do registro no conselho de classe profissional, habilitação profissional (engenheiro civil, mecânico ou eletricista, químico, arquiteto, etc) e assinatura; II Método de ensaio e norma utilizada para avaliar as propriedades requeridas do material, exigidos por esta IN; III Identificação do material avaliado no ensaio, com nome do material, nome do fabricante do material, marca comercial do material, característica do material, etc; IV - documento que comprove a relação entre o material descrito no Laudo ou no Ensaio e o material instalado no imóvel. Art. 14. O CBMSC poderá rejeitar os matérias de acabamento, de revestimento, de tratamento termo acústico ou de decoração, quando o responsável pelo imóvel ou o responsável técnico pelo projeto preventivo contra incêndio e pânico não conseguir comprovar as propriedades do material exigidos nesta IN. Seção I Propriedade antiderrapante Art. 15. Será considerado meio de comprovação da propriedade antiderrapante, dos materiais a apresentação de Laudo ou Ensaio de Coeficiente de Fricção dinâmica. 1º O coeficiente de fricção dinâmica será calculado e expresso pelos valores da tabela 1: Tabela 1 Coeficiente de fricção dinâmica VALOR MÉDIO CLASSIFICAÇÃO Inferior a 0,19 Perigoso De 0,20 a 0,39 Marginal De 0,40 a 0,74 Satisfatório Acima de 0,75 Excelente * Transport Road Research Laboratory. 5/11

2º Serão considerados aprovados os revestimentos que alcançarem coeficiente de fricção dinâmica igual ou maior que 0,40 de classificação "satisfatório", e coeficiente de resistência a abrasão, classificado como PEI-4 ou PEI-5, de acordo com a ISO 10545. 3º Os coeficientes de fricção dinâmica e de resistência a abrasão do piso devem estar claramente expressos no Laudo ou no Ensaio. 4º Sendo o piso constituído de concreto bruto ou cimentado desempenado sem qualquer revestimento, fica dispensada qualquer exigência de ensaio ou adaptação (friso ou lixa antiderrapante) desde que sua superfície não seja alisada. 5º Se o piso for constituído de pedra natural, não polida, cuja característica de aderência seja semelhante ao do concreto bruto, também fica dispensada qualquer exigência de ensaio ou adaptação. Seção II Propriedade não propagante Art. 16. Será considerado meio de comprovação da propriedade não propagante dos materiais, a apresentação de Laudo ou de Ensaio. Seção III Propriedade retardante Art. 17. Será considerado meio de comprovação da propriedade retardante dos materiais, a apresentação de Laudo ou de Ensaio. Seção IV Vidros de segurança Art. 19. Os vidros utilizados em guarda-corpo e parapeito deverão ser: I - vidro de segurança: a) laminado; b) aramado; ou c) temperado com película de segurança; II - fixados com as dimensões máximas livre, conforme a tabela 2. Tabela 2 Dimensões dos vidros de segurança em guarda-corpo DIMENSÕES DAS PEÇAS (metros) FIXAÇÃO 0,5 x 1,0 1,0 x 1,0 1,5 x 1,0 2,0 x 1,0 Espessura do vidro (milímetros) 4 lados 7 9 11 13 3 lados 9 17 21 24 2 lados 9 17 26 34 6/11

Art. 20. Especificações, mínimas, que deverão constar na A.R.T. ou no R.R.T., relacionados com o uso do vidro: I - tipo de vidro utilizado (aramado, laminado ou temperado com película de segurança); II - dimensões da peça utilizada (em metros); III - espessura do vidro (em milímetros); IV - tipo de fixação (quantos lados); V - local da instalação (escadas, mezaninos, etc..). Art. 21. Admite-se paredes de vidro em ambientes, devendo ser o vidro de segurança, com exceção das escadas protegidas e enclausuradas. 1º Quando a parede for de vidro de segurança tipo aramado ou temperado, acima do pavimento térreo, com as paredes de vidro dando para o exterior ou em casos de desníveis internos, serão aceitáveis desde que acrescidas de proteção, tipo guarda corpo, com altura de 110 cm, constituído de outro material de maior resistência mecânica, p. ex.: cabos de aço esticados, barras metálicas, peças em madeira e outros, sem necessidade de atendimento ao espaçamento mínimo exigido entre as longarinas e/ou balaustres. 2º Quando a parede for de vidro de segurança tipo laminado, não será necessário acrescentar proteção tipo guarda-corpo. Art. 22. Admite-se a existência de piso e/ou passarelas em vidro, entre setores de uma edificação, sendo que, obrigatoriamente cada setor deve possuir, no mínimo, uma saída de emergência, independente do piso e/ou passarela de vidro. Parágrafo único. Os pisos ou passarelas em vidro não poderão constituir-se em único acesso para a saída de emergência. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 23. Para imóveis existentes e para as edificações já regularizadas perante o Corpo de Bombeiros, as exigências contidas nesta IN, serão: I - apresentadas em relatório de vistoria como sugestão/recomendação; II - colocadas como exigências, negociáveis nos termos da IN 005/DAT/CBMSC, por ocasião de processo de alteração de projeto promovido por interesse do proprietário, por conta de reforma e/ou ampliação ou por situação de risco, devendo ser analisadas caso a caso. Art. 24. A comprovação das propriedades dos materiais de acabamento, de revestimento, de decoração ou de tratamento termo acústico fica sujeita ainda, a critério do CBMSC, ao fornecimento de amostra para realização de teste e ensaios. 7/11

Art. 25. Quando o material autorizado for madeira e a edificação for toda construída em madeira, a propriedade retardante, nos itens especificados na Tabela do Anexo B, deixa de ser exigida. Art. 26. As saídas de emergência dos locais de reunião de público com concentração de público deverão além das exigências relacionadas aos ambientes, contidas na Tabela do Anexo B desta IN, atender aos demais critérios estabelecidos para: I - corredores de acesso as escadas; II - rampas de acesso as escadas; III - escadas e descargas. Art. 27. Esta Instrução Normativa, com vigência em todo o território catarinense, entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a IN018/DAT/CBMSC editada em 9 de outubro de 2009. Florianópolis, 28 de março de 2014. Cel BM MARCOS DE OLIVEIRA Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar ANEXOS A - Terminologias específicas B - Tabela de exigências 8/11

ANEXO A Terminologias Específicas Chapa de vidro: peça de vidro plano cortada em medidas e formatos adequados ao uso a que se destina; Colocação autoportante do vidro: instalação característica dos vidros de segurança temperados, em que a chapa de vidro apresenta todas as bordas aparentes; Colocação encaixilhada do vidro: instalação em que a chapa de vidro tem suas bordas embutidas; Colocação mista do vidro: instalação que apresenta características das de autoportante e da encaixilhada; Emborrachados e similares: plurigoma, linóleos, pisos de vinil, etc; Ensaio: Atividade que envolve o estudo ou a investigação sumária dos aspectos técnicos e/ou científicos de determinado assunto. Envidraçamento: procedimento de instalação de chapas de vidro em aberturas ou elementos construtivos; Face: superfície da chapa de vidro de dimensões maiores e geralmente paralelas entre si; Laudo: Atividade que consiste em elaborar uma peça escrita, fundamentada, na qual o profissional expõe as observações e estudos efetuados, bem como as respectivas conclusões. Material incombustível: são aqueles que, quando submetidos a uma combustão, não apresentam rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não desenvolvem elevada quantidade de fumaça e gases. Os materiais enquadrados nesta categoria geralmente são inorgânicos, como: concreto, tijolo, cobertura para telhado, placa de amianto, aço, alumínio, vidro, argamassas ou outros similares. Material semi-combustível: são aqueles que apresentam baixa taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça ou gases, quando submetidos a um processo de combustão. Também não apresentam rachaduras, derretimentos ou deformações excessivas. Fazem parte desta categoria de materiais os painéis de gesso e os revestimentos metálicos que contêm quantidade mínima de madeira, papel ou plástico. Material retardante: produtos ou substâncias que, em seu processo químico, recebem tratamento para melhor se comportarem ante a ação do calor, ou ainda aqueles protegidos por produtos que dificultem a queima, quando expostos a um processo de combustão. Material de revestimento: todo material ou conjunto de materiais empregados nas superfícies dos elementos construtivos das edificações, tanto nos ambientes internos como nos externos, com finalidades de atribuir características estéticas, de conforto, de durabilidade, decoração, etc. Incluem-se como material de revestimento, os pisos, forros e as proteções térmicas dos elementos estruturais. Ex.: tratamento acústico, cortinas, tapetes, faixas, banners, enfeites e decorações em geral etc; 9/11

Material de acabamento: todo material ou conjunto de materiais utilizados como arremates entre elementos construtivos. Ex.:rodapés, mata-juntas, etc; Material termo acústico: material empregado em isolamento térmico e/ou acústico, como lã de vidro, lã de rocha, isopor, vermiculite, e outros; Material de cobertura: lonas, vidro, telhas cerâmicas, outros; Medições da chapa de vidro: determinações métrico lineares de comprimento (maior dimensão), largura (dimensões perpendiculares ao comprimento) e espessura (distância entre as duas faces); Propriedade antiderrapante: que apresente índices de rugosidade que reduzem as probabilidades de deslizamento; Propriedade não-propagante: propriedade que somente permite a queima do material com a presença de fonte de calor externa (o material quando incendiado por fonte de calor externa, por si só, não mantém a combustão que se extingue ao se retirar a chama externa); Propriedade incombustível: propriedade que assegura que o material não entra em combustão; Propriedade retardante: propriedade que assegura tempo de retardo (demora) até que o material entre em combustão; Vidro de segurança: vidro plano cujo processamento de fabricação reduz o risco de ferimentos em caso de quebra. Para um vidro ser classificado como de segurança, ele deve atender aos requisitos de norma especifica de classificação dos vidros quanto ao risco de impacto humano acidental; Vidro aramado (vidro de segurança): vidro plano, obtido por fundição e laminação contínuas onde se incorpora durante o processo de fabricação uma malha de arame de aço, soldada em todas as suas intersecções; esta malha de arame evita que, ao se quebrar, os cacos se soltem; indicado para coberturas, balaustradas, terraços e portas; Vidro laminado: formado por duas ou mais lâminas de vidro, intercaladas com uma película plástica chamada PVB (Polivinil Butiral); é um vidro que garante mais segurança, pois, em caso de quebra, os cacos tendem a ficar presos na película; recomendado para portas, janelas, terraços, telhados, clarabóias, parapeitos, pisos, visores de piscinas e degraus, devido à sua alta resistência a impactos, e boa vedação térmica e acústica; Vidro temperado: vidro que foi submetido a um tratamento térmico, consistindo num aquecimento seguido de um resfriamento rápido, o qual aumenta sua resistência mecânica e que, em caso de quebra, se fragmenta em pequenos pedaços menos cortantes. Será aceito como vidro de segurança apenas quando for aplicada a película de segurança sobre o vidro temperado; sendo que esta película plástica deve ser aplicada em uma ou ambas as faces, composta por múltiplas camadas, conferindo ao produto acabado as seguintes características em caso de quebra: a) retenção dos fragmentos do vidro; b) limitação no tamanho da abertura; c) redução do risco de danos físicos. 10/11

ANEXO B Tabela de Exigências LOCAIS CORREDORES, HALL E DESCARGAS ESCADAS E RAMPAS LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO COM CONCENTRAÇÃO DE PÚBLICO (auditórios ou salas de reunião com mais de 100m², boates, clubes noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, bares dançantes, clubes sociais, circos, teatros, cinemas, óperas, templos religiosos sem assentos, estádios, ginásios e piscinas cobertas com arquibancadas, arenas em geral); (2) POSIÇÃO MATERIAIS AUTORIZADOS PROPRIEDADES COMPROVAÇÃO Cerâmico ou pedra natural Incombustível e antiderrapante Isento Piso Carpetes ou emborrachados Não propagante Laudo ou ensaio Madeira Retardante (1) Laudo ou ensaio Metálico Antiderrapante Visual Cerâmico, concreto, alvenaria, metálico, gesso ou Incombustível Isento Parede e pedra natural divisória Carpetes Não propagante Laudo ou ensaio Madeira Retardante (1) Laudo ou ensaio Concreto, metálico ou gesso Incombustível Isento Teto e forro PVC Retardante Laudo ou ensaio Madeira maciça Retardante (1) Isento Antiderrapante Laudo ou ensaio Cerâmico ou pedra natural Piso Incombustível Isento (patamares, Ver IN Especificação em Madeira ou metálico (3) degraus e 009/DAT/CBMSC projeto/visual antecâmara) Antiderrapante Visual Cimentado desempenado Incombustível Isento Cerâmico, concreto, alvenaria Parede e ou pedra natural Incombustível Isento divisória Ver IN Especificação em Madeira ou metálico (3) 009/DAT/CBMSC projeto/visual Concreto Incombustível Isento Teto e forro Madeira maciça ou metálico Ver IN Especificação em (3) 009/DAT/CBMSC projeto/visual Cerâmico, pedra natural ou Piso concreto desempenado Incombustível Isento (do ambiente) Carpetes ou emborrachados Não propagante Laudo ou ensaio Madeira ou metálico - Isento Cerâmico, concreto, alvenaria ou pedra natural Incombustível Isento Carpetes, emborrachados e Parede e Não propagante Laudo ou ensaio similares divisória Madeira Retardante (1) Laudo ou ensaio Metálico - Isento Vidro De segurança A.R.T. ou R.R.T. Teto e forro Concreto, metálico ou gesso Incombustível Isento Madeira maciça Retardante (1) Laudo ou ensaio Decoração Materiais diversos (4) Não propagante Laudo ou ensaio Material termo acústico Materiais diversos (4) Não propagante e retardante Laudo ou ensaio Observações: (1) Exceto quanto à edificação for toda construída em madeira, condição em que tais características deixam de ser exigidas; (2) As saídas de emergência dos locais de reunião de público com concentração de público, deverão atender aos critérios estabelecidos para corredores, hall, descarga, rampas e escadas, além das exigências relacionadas aos ambientes, contidas também nesta Tabela; (3) Admitidos somente na situação prevista na IN 009/DAT/CBMSC para Escadas Comuns; (4) Materiais não autorizados: PVC, isopor ou espuma. Estes materiais não podem ser aceitos no tratamento termo acústico, no teto, no forro ou na decoração, neste caso, nem com a apresentação de laudo ou ensaio. 11/11