Godofredo e Geralda sentados na mesa no centro do palco.

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Cena 1 Cenário Cena Musica Som e luz Restaurante: Duas mesas, cada uma com duas cadeiras. Uma no centro e outra no inicio do palco, castiçais com velas no centro das mesas. Godofredo e Geralda sentados na mesa no centro do palco. Iluminação apenas nos personagens. Godofredo canta como se estivesse confuso. Dialogo Musical: Godofredo olha para moça e fala: Com indiferença ela responde: Godofredo levanta e dirige se para outra mesa mal acomoda se Geralda vêm em sua direção. - Por 15 anos fui solitário nessa mesa, mas em uma data que não sei precisar, passei a ter a companhia dessa moça. Irrelevante era sua presença, mas essa ruga em sua testa esta a me incomodar. -Será que eu a incomodo, se for porque não muda de lugar? -Achei ser pouco cavalheiro manter aquele pensamento, resolvi eu mudar de lugar. -Incomoda-te eu mudar de lugar? -Como quiser. - você é minha convidada? - Claro e não precisava ser para estar aqui. -Como -Ora desde quando se tornou obrigatório ao marido convidar a esposa para jantar ou almoçar? - Você é minha mulher? -Sim sua segunda esposa. E é preciso lembra-lhe que a primeira você matou num acesso de ciúmes? Uma luz acende na outra mesa em que Godofredo se direciona. A luz segue Geralda ate a mesa de Godofredo. Fala nervoso: -Não me fale desse crime.

Cont. Cena 1 Acalma se e fala: Os personagens Godofredo e Geralda andam pelo palco conversando. -Somos casados há muito tempo? - HÁ tanto tempo que nem me lembro mais. - E dormimos juntos? - Que pergunta! Sempre dormimos juntos. - Desde que época nos conhecemos? -HA muitos anos mesmo antes do seu casamento com a loira. - Minha primeira mulher não tinha ciúmes de nossa camaradagem? -Absolutamente, e não era camaradagem, você sim que tinha um ciúme feroz dela. A luz segue os personagens pelo palco.

Cena 2 Cenário Cena Musica Som e luz Restaurante Olha em seus olhos, cautelosamente, temendo ser repelido solta o rosto de Geralda e segura a suas mãos acariciando a. -Pensei que fosse uma sombra. - Que bobagem João de Deus!Por que eu seria uma sombra? - É que há anos não converso com ninguém, não possuo amigos, nem reparo nas pessoas que passam por mim, talvez por esse motivo não notei sua presença. Tornei a fixar os olhos nela, em silencio contemplei o seu rosto. - E você não se incomodava com meu silencio, já que andamos sempre juntos e é a primeira vez que conversamos? -De maneira alguma você nunca deixou de falar comigo. Cena 3 Casa: Com uma mesa e um ferro de passar roupas, posicionados no canto do palco. Chegando a casa: Godofredo conta olhando para o publico como se falasse com eles, e gerada não ouve. -Para onde vamos? -Para casa, não? - casa, como seria minha casa? Não tenho a menor lembrança de como seria. A luz acende no canto esquerdo palco onde esta a mesa com o pequeno ferro.

Cena 4 Cenário Cena Musica Som e Luz Casa Dentro da casa: Geralda observa calmamente Godofredo olhando tudo com muita atenção. Godofredo a toca delicadamente. Meu casaco, aquela poltrona sim aquela era minha casa -Tem certeza que é aqui Geralda? -Sim -Como eu sei o nome dela, que nome horrível. -Parecia que era a primeira vez que eu tocava. -Os dias passavam rapidamente não íamos mais para o restaurante, gostava de tudo nela ate sua inocência. -Se a terra roda porque não ficamos tontos? -Dizia lhe uma porção de coisas, explicava tudo calmamente. -Com o passar dos dias tudo se tornou monótono, nos calamos, não suportava mais o reflexo do meu tédio em seu olhar. Corda na parede. Conforme o tempo passa o tédio fica mais presente entre eles. -Olhei para os lados e avistei uma corda na parede. -Ela lhe servirá de colar. -Morra Geralda, Morra...

Cena 5 Cenário Cena Musica Som e Luz Restaurante Godofredo sai para o restaurante eufórico, quando a vista uma moça sentada em sua mesa. -É você Geralda? - não sou sua primeira esposa, Geralda você matou há poucos instantes. Levanta agressivo bate na mesa e fala: Ela ironicamente o fala: Nervoso com voz alterada. Joana se - levanta e com ironia o- fala. Quando olha ao lado a vista uma outra mulher sentada em uma das mesas do restaurante, ele a olha com cara de piedade. Ela responde indicando para Godofredo sentar. E Isabel fica indiferente. Godofredo olha para a platéia e fala desolado. Enquanto Godofredo fala ao publico, Isabel do palco com as duas outras esposas vestidas de preto -Sim a matei num acesso de ciúmes. - Tinha que ser desse modo o ciúmes sempre lhe corroeu a alma pobre Robério. - Robério? -Tudo já passou Joana chamo-me Godofredo. -Engano seu Robério - Pode gritar o restaurante está vazio. -E porque está vazio? -Somente nos freqüentamos o restaurante que papai comprou para você. - Naturalmente você é minha terceira esposa? -Não João de Deus. Ainda somos noivos. O casamento será dentro de duas semanas. -Rendo-me, não a como fugir a vida se repetira incessantemente sem possibilidade de fuga, silencio ou solidão.