REFAZ 2015 POSSIBILITA PARCELAMENTO DE DÍVIDAS DE ICMS COM REDUÇÕES DE JUROS E MULTA E PAGAMENTO EM ATÉ 120 PARCELAS

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Em resumo, dito ato trouxe as seguintes regras para os débitos administrados pela RFB:

Transcrição:

REFAZ 2015 POSSIBILITA PARCELAMENTO DE DÍVIDAS DE ICMS COM REDUÇÕES DE JUROS E MULTA E PAGAMENTO EM ATÉ 120 PARCELAS O PROGRAMA DE PARCELAMENTO No dia 1º de setembro último, o Estado do Rio Grande do Sul publicou o Decreto nº 52.532, que institui o Programa REFAZ 2015 para regularização do ICMS no Estado do Rio Grande do Sul. Por intermédio do referido programa, a partir de 1º de setembro, os contribuintes do ICMS que possuem dívidas com o Fisco Estadual, constituídas ou não, inscritas em dívida ativa ou não, inclusive as que estejam em cobrança judicial, vencidas até o dia 31 de julho de 2015, podem aderir ao REFAZ 2015. Poderão também ser parcelados débitos com exigibilidade suspensa administrativa ou judicial, desde que o contribuinte desista das ações e recursos interpostos.

AS REDUÇÕES PREVISTAS Ao aderirem ao REFAZ 2015, conforme o prazo do parcelamento optado, os contribuintes terão várias possibilidades de reduções nos débitos de ICMS. A) Na hipótese de a primeira parcela corresponder a pagamento mínimo de 15% do valor do débito considerados os efeitos das devidas reduções: Quando a parcela inicial for de 15% (quinze por cento) ou mais do que o valor do débito considerados os efeitos das devidas reduções: Pagamento Redução - multa Redução - juros 1 Parcela única até 24/09 85% 40% 2 Parcela única até 75% 40% 3 Parcela única até 65% 40% 4 5 6 7 De 02 a 12 parcelas até De 02 a 12 parcelas até 50% 40% 45% 40% 40% 40% 35% 40% 8 9 10 De 25 a 36 parcelas até 30% 40% De 25 a 36 parcelas até 25% 40% De 37 a 60 parcelas até 20% 40% De 37 a 60 parcelas até 15% 40%

11 12 De 61 a 120 parcelas até 0% 40% Importante mencionar que, para a primeira parcela do parcelamento, qualquer que seja o número de parcelas deste, também se aplicará a redução de 85% da multa para as adesões efetivadas até o dia 24 de setembro de 2015; a redução de 75% para as adesões realizadas até 30 de outubro de 2015; e, ainda, a redução de 65% para adesões realizadas até 18 de dezembro de 2015. B) Na hipótese de a primeira parcela corresponder a pagamento inferior a 15% do valor do débito considerados os efeitos das devidas reduções: Quando o valor da parcela inicial for inferior a 15% (quinze por cento) do valor do débito, os contribuintes terão as seguintes reduções nos débitos de ICMS: Pagamento Redução - multa Redução - juros 1 2 3 4 5 6 7 De 01 até 12 parcelas até De 01 até 12 parcelas até De 25 a 36 parcelas até De 25 a 36 parcelas até De 37 a 60 parcelas até 35% 40% 30% 40% 25% 40% 20% 40% 15% 40% 10% 40% 5% 40%

8 De 37 a 60 parcelas até 0% 40% C) Na hipótese de empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL ou com débito decorrente de período em que esteve no referido regime ou com débito advindo da DIFA constituído em decorrência do programa especial de fiscalização: A par das reduções previstas nos itens "A" e "B", supra, a empresa optante do Simples Nacional ou com débito decorrente de período em que esteve no regime, ou, ainda, com débito constituído em decorrência do programa especial de fiscalização referente à DIFA, identificado pelo código 04170, caso realize o pagamento em parcela única até 18 de dezembro de 2015, terá redução 100% da multa, desde que não seja por infração formal, sendo aplicável tal redução também em relação à primeira parcela, desde que essa seja igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do débito. DO PEDIDO DE PARCELAMENTO A adesão ao Programa REFAZ 2015 e o pagamento da parcela inicial ou da quitação, integral ou parcial, devem ser feitos no período entre 1º de setembro de 2015 até 18 de dezembro de 2015. Dentre os requisitos necessários para a adesão ao benefício pode-se destacar o de desistência de qualquer defesa, seja administrativa ou judicial, com renúncia ao direito sobre o qual se fundamentam. Ademais, o ingresso no programa se dará por formalização da opção do contribuinte e da homologação do fisco após o pagamento da parcela única ou da primeira parcela ou de pagamento parcial. Para a geração do pedido de parcelamento deve o contribuinte realizar, perante a SECRETARIA DA FAZENDA (SEFAZ/RS), a formalização do pedido por intermédio do preenchimento de formulário específico, abrangendo todos os débitos tributários para os quais o contribuinte requer os benefícios.

Frise-se, no entanto, que, em nenhum caso, é permitido o parcelamento do ICMS declarado em guia informativa relativo a fatos geradores ocorridos após a formalização da adesão ao Programa. Nas hipóteses de pagamento ou parcelamento dos créditos tributários originados de denúncia espontânea, também serão aplicadas as reduções dispostas no Programa REFAZ 2015, desde que a mencionada denúncia seja realizada perante a SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - SEFAZ/RS até 17 de setembro, na hipótese do prazo encerrar 24 de setembro de 2015, até 23 de outubro, na hipótese do prazo encerrar em 30 de outubro de 2015, e até 11 de dezembro, na hipótese do prazo encerrar até 18 de dezembro de 2015. A medida autoriza a inclusão de créditos parcelados nos programas AJUSTAR /RS, EM DIA 2012, EM DIA 2013 e EM DIA 2014, desde que a parcela inicial seja igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do débito, sendo que as garantias eventualmente apresentadas em pedidos de parcelamentos anteriores permanecem vigentes até a quitação dos créditos. Os contribuintes que aderiram aos Programas "EM DIA 2012", "EM DIA 2013" e "EM DIA 2014" poderão, ainda, parcelar os créditos declarados em guia informativa posteriores aos respectivos acordos, durante o período de adesão ao Programa. DOS DÉBITOS DISCUTIDOS JUDICIALMENTE Quando os débitos a ser pagos ou parcelamentos por meio do REFAZ 2015 estiverem sendo discutidos judicialmente, a par da desistência da ação judicial pelo contribuinte, com a renúncia ao direito sobre o qual se fundamentam, deve, ainda, envolver: processuais; (i) o pagamento das custas, emolumentos e demais despesas

(ii) o pagamento dos honorários advocatícios da PGE, no valor correspondente a 2% para os débitos integralmente quitados em uma única parcela e de 5% nas demais hipóteses de parcelamento, ainda que outro valor tenha sido fixado judicialmente; e (iii) a prestação de garantia. Caso existam ações judiciais questionando o débito, como embargos à execução fiscal ou anulatória de débito fiscal, serão cobrados os honorários no montante fixado pelo Juiz da referida ação. A garantia da execução poderá ser excepcionalmente dispensada se não houver bens passíveis de penhora, mantidas, em qualquer caso, as garantias já existentes, desde que a inexistência de tais bens seja expressamente declarada no ato do parcelamento, sob as penas das leis civil e penal, cumprindo ser feita a respectiva comprovação na mesma ocasião ou em até 30 (trinta) dias do requerimento, junto às sedes de Procuradorias Regionais ou, em se tratando de execução em trâmite na Capital, junto à Procuradoria Fiscal ou, ainda, nos próprios autos judiciais. A utilização de depósitos judiciais será admitida para quitação ou para pagamento da parcela inicial, contando que: (i) o pedido seja formalizado na Procuradoria Regional da Procuradoria-Geral do Estado que jurisdiciona o domicílio do contribuinte; e (ii) os percentuais de descontos serão os equivalentes à data de levantamento dos respectivos alvarás. EXCLUSÃO DO PARCELAMENTO Por fim, cabe ressaltar que o não pagamento das parcelas do parcelamento por três meses consecutivos, ou, nas mesmas condições, o acúmulo em Dívida Ativa exigível referente a três meses do ICMS declarado em GIA, relativo a fatos geradores ocorridos após a adesão ao programa especial de pagamento das dívidas, implicará a revogação do parcelamento, restando exigível de imediato o saldo restante com o afastamento das reduções de juros e multa.

Essas são, em resumo, as considerações que julgamos interessantes realizar sobre o tema, colocando-nos ao inteiro dispor para solucionar quaisquer dúvidas e realizar quaisquer esclarecimentos. Eduardo Plastina SOUZA, BERGER, SIMÕES, PLASTINA E ZOUVI ADVOGADOS www.sbsp.com.br