Persas
Aspectos iniciais... Durante a Antiguidade, a região da Mesopotâmia foi marcada por um grande número de conflitos. Após uma série de dominações sofridas o rei Ciro II conduz os persas a uma de reviravolta. Entre essas guerras, destacamos a dominação dos persas sobre o Império Babilônico, em 550 a.c. Ciro II formou um grande Estado centralizado que dominou toda a região mesopotâmica.
A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível mediante uma política de respeito aos costumes das populações conquistadas. Os judeus foram autorizados a voltar a Jerusalém. Cambises, filho e sucessor de Ciro, deu continuidade ao processo de ampliação dos territórios persas.
Governo de Dário I Fortaleceu a autoridade do imperador. A concepção do mundo em harmonia. Para isso, deveria conquistar todos os povos. Expandiu ainda mais os limites de seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa sequência de conquistas militares só foi interrompida em 490 a.c., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona.
Administração Imperial Dario I promoveu um processo de descentralização administrativa ao dividir os territórios em unidades menores chamadas de satrápias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de governante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o desenvolvimento das atividades econômicas. Havia um fiscal para manter o rei informado, conhecido como olhos e ouvidos do rei.
o Império Persa garantiu sua hegemonia por meio da construção de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. As trocas comerciais, a partir do governo de Dario I, passou por um breve período de monetarização com a criação de uma nova moeda, o dárico.
Ciro Dario
Religião
A lenda A lenda afirma que Zaratustra viveu isolado durante muitos anos no deserto e que, aos 30 anos, teria recebido os sete ensinamentos do deus Ormuzd, o que o levou a iniciar a divulgação de uma religião baseada nos ideais de pureza e igualdade.
Zoroastrismo, a religião dos antigos persas A religião persa, no início, era caracterizada pelo seu caráter eminentemente politeísta. Entre os séculos VII e VI a.c., o profeta Zoroastro empreendeu uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento religioso de Zoroastro consiste no posicionamento de que o indivíduo poderia escolher entre o bem e o mal.
Esse caráter dualista do zoroastrismo pode ser melhor compreendido no Zend Vesta, o livro sagrado dos seguidores de Zoroastro. Ahura-Mazda era a divindade representativa do bem e da sabedoria. Além dele, havia o deus Arimã, representando o poder das trevas. Sem contar com um grande número de seguidores, o zoroastrismo ainda sobrevive em algumas regiões do Irã e da Índia.
Era da decadência Após derrota de Xerxes durante as guerras médicas. A morte de Xerxes, seus sucessores não conseguiram administrar o império. Excesso de gastos. Nova derrota sofria por Alexandre da Macedônia.
Imagens
Persépolis arquitetura imponente, trabalhada em prata e ouro. Esculturas em relevo simbolizam oferendas ao rei.
Palácio do Rei Dario I, o Grande Pasárgada Túmulo de Ciro O primeiro Imperador da Pérsia
Guerreiros persas
Arte e arquitetura A arte persa foi a mais pura manifestação de poder do Império Persa. Representada através da construção de grandiosas estruturas arquitetônicas (palácios e túmulos), contando com luxuosas decorações construídas para a exaltação dos grandes monarcas e dos grandes chefes persas. A arquitetura persa foi, sobretudo, uma criação dos reis para a sua própria exaltação. Um exemplo de tamanha glorificação é a cidade de Persépolis, hoje Irã, construída em 520 a.c., que foi uma das grandes capitais do Império Persa.
O Monumento de Behistum A escultura persa era acentuadamente assíria. O mais famoso relevo é o de Behistum, rocha gigantesca de 456 metros de altura, coberta de inscrições e entalhes que narram episódios da história persa.
Alguns feitos persas... Sistema postal. Os primeiros a domesticar animais, como o frango. O cultivo de frutas como a laranja e o pêssego. Conhecimento dos persas de tecelagem: os tapetes. Ainda hoje há seguidores do Zoroastrismo.
Fenícios Grandes navegadores e comerciantes da antiguidade
Aspectos iniciais Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, onde hoje se encontra o Líbano. Os povos originários dessa civilização são os semitas. Fixaram-se na Palestina realizando o cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles desenvolvidas.
Fenícios, povos dedicados ao comércio marítimo.
Origem do comércio A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia fenícia. Cidades-Estado: Arad, Biblos, Tiro, Sídon e Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo era responsável pelas questões políticas e administrativas.
Em meados de 1500 a.c. a atividade comercial fenícia intensificou-se consideravelmente fazendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros povos comerciantes. Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os fenícios, influenciou o domínio e a criação de técnicas e saberes vinculados ao intenso trânsito dos fenícios.
A astronomia foi um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação necessárias à prática comercial. O deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotas comerciais. Os barcos eram equipados com velas e proas de madeira onde, geralmente, havia a representação da cabeça de um cavalo. As mercadorias negociadas eram todas estocadas no porão dos navios e protegidas em grandes vasos de argila preenchidos com areia.
Alfabeto fenício
O comércio e a escrita entre os Fenícios A origem do alfabeto esteve ligada ao desenvolvimento das atividades comerciais entre os fenícios.
O controle sobre os estoques, os acordos comerciais, encomendas, preços e outras negociações teriam de ser devidamente registrados para que todo esse esforço fosse apropriadamente recompensado. Foi então que a cultura fenícia estabeleceu o desenvolvimento de um sistema de símbolos que pudesse facilitar o processo de comunicação entre as pessoas.
O sistema de símbolos fenício consistia em um alfabeto fonético composto por vinte e duas letras. Esse sistema de comunicação teve grande importância não só para os fenícios, mas também influenciou no longo processo que deu origem às letras que integram o alfabeto ocidental contemporâneo. A civilização greco-romana, considerada berço de várias línguas atuais, teve visível influência do sistema gráfico fenício.
Religião No campo religioso, os fenícios incorporaram o predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu filho, era a divindade das fontes. Astarteia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.
Os Hebreus: cultura e sociedade Os hebreus organizavam-se, socialmente, em tribos. Cada tribo era liderada por um patriarca ou juiz, que tinha poder religioso e militar. Um dos juizes mais famosos foi sansão, conhecido por sua força. Devido à necessidade de se fixar na Palestina, os hebreus passaram a se organizar de forma mais centralizada, nascendo a Monarquia. Os principais reis foram: Saul, David e Salomão.
A Mitologia Hebraica A cosmogonia judaica: Iavé e Lúcifer. O Mito de Adão e Eva. Noé e o mito da Arca. O herói dos hebreus: A história de Sansão.