(texto extraído de: MT/SEE; Classificação Nacional de Profissões - versão 1980, Lisboa, SICT, 1980) INTRODUÇÃO OBJECTIVOS E ESTRUTURAS DA C.N.P.

Documentos relacionados
Estatísticas. Caracterização dos desempregados registados com habilitação superior - dezembro de 2014

Informação Comunicação Social 13 de Agosto de 2002

INQUÉRITO AO IMPACTO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL NAS EMPRESAS 2004/2006

Estatísticas. Caracterização dos desempregados registados com habilitação superior - junho de 2016

Alunos por turma. Total Turmas das quais 11 são mistas

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS DESEMPREGADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR JUNHO DE 2007

Apresentação Geral da CAE-Rev.3

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS TRABALHADORES ABRANGIDOS POR DESPEDIMENTO COLETIVO

ANEXO 1. Em termos mais pormenorizados, podemos referir os dados para o ano 2002, fornecidos gentilmente pelo Instituto Nacional de Estatística.

Avaliação Externa das Escolas

Avaliação Externa das Escolas

Avaliação Externa das Escolas

Avaliação Externa das Escolas

Inquérito Multi-Objectivo Contínuo

ACORDO DE REVISÃO AO ACT

Avaliação Externa das Escolas

INQUÉRITO ÀS NECESSIDADES DE QUALIFICAÇÃO DAS MICROEMPRESAS DA RAM 2006/2008

IFRS 7 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO ANEXO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

A população universitária e a população portuguesa: um confronto da sua composição social

Avaliação Externa das Escolas

LIVRO DE RECLAMAÇÕES

Avaliação Externa das Escolas

Implicações do Código dos Regimes Contributivos REGIMES APLICÁVEIS A TRABALHADORES INTEGRADOS EM CATEGORIAS OU SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

Caracterização dos intervenientes em acções de contrato individual de trabalho

Etiqueta de Identificação. PIRLS e TIMSS Questionário Aprender a Ler. 4.º ano. GAVE Gabinete de Avaliação Educacional Lisboa, Portugal

Avaliação Externa das Escolas 2011/12

Situação dos migrantes e seus descendentes directos no mercado de trabalho Módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego de 2008

EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CONTÍNUA NA RAM

Emprego dos Diplomados em 2011 da Universidade do Porto (Síntese)

>> CRITÉRIOS DE PROVA E DE APRECIAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA ECONÓMICA PARA A CONCESSÃO DA PROTECÇÃO JURÍDICA. Última actualização em 17/06/2008

Perfil do Docente 2007/08

AS CIDADES EM NÚMEROS

PARECER nº 35/PP/2016-P SUMÁRIO: Incompatibilidade entre o exercício da Advocacia e as funções de Angariador Imobiliário.

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR RELATÓRIO V JUNHO 2009

Mocambique - Censo de Empresas 2014/2015, CEMPRE

LIVRO DE RECLAMAÇÕES

27172 Diário da República, 2.ª série N.º de Julho de 2009

CLASSIFICAÇÕES DE PROFISSÕES

QUADRO SÍNTESE. Pedidos de emprego ,6-8,2 Desempregados ,2-8,0 Ofertas de emprego ,3-14,0 Colocações ,2-6,7

Avaliação Externa das Escolas

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

,8 15,1 INE, Censos /2009-7,4-8,7

PESQUISA MENSAL DE SERVIÇOS PMS ATIVIDADES PESQUISADAS

SETEMBRO 2017 COMENTÁRIO SITUAÇÃO NO FIM DO MÊS

QUADRO SÍNTESE. Pedidos de emprego ,5-6,1 Desempregados ,1-5,4 Ofertas de emprego ,7-8,1 Colocações ,9-8,3

Gabinete de Estratégia e Planeamento. Entidade delegada do INE. Praça de Londres, Nº 2, 5º andar LISBOA Telefone: IDENTIFICAÇÃO

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR RELATÓRIO IV, DEZEMBRO 2008

ZA5897. Flash Eurobarometer 383 (Firearms in the European Union) Country Questionnaire Portugal

FRANCA. Regime de Contratação Pessoa física 2 Representante comercial autônomo Autônomo Batatais Ensino Médio 0

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

BARRETOS. Regime de Contratação Prestador de Serviços

AÇORES - FORUM ECONÓMICO E SOCIAL 2018 ECONOMIA E SOCIEDADE

RELATÓRIO ÚNICO 2011

CÓDIGO DE ÉTICA SUBSTITUTOS DO LEITE MATERNO BIBERÕES E TETINAS. EPNC Oficinas Gráficas ex. 7/82. Publicação da Direcção-Geral de Saúde

Estudo de Insolvências Ano de 2008

Lei n.º 4/2009 de 29 de Janeiro. Define a protecção social dos trabalhadores que exercem funções públicas

RIBEIRÃO PRETO. 1 Técnico de garantia da qualidade C.L.T. Cravinhos Curso Técnico 1

INSPECÇÃO GERAL DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Legislação Citada. Divisão de Informação Legislativa e Parlamentar

CENTRO DE ESTUDOS EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E CONCORRÊNCIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Tendências das Doenças Profissionais em Portugal. Departamento de Proteção contra os Riscos Profissionais

Regulamento Municipal do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais do Concelho das Caldas da Rainha

COMENTÁRIO. Quanto ao tempo de duração do desemprego, ISSN : MAIO 2010, Nº05 COMENTÁRIO 1 SÍNTESE 3 PEDIDOS DE EMPREGO: PORTUGAL

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

BARRETOS. 6 Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais) Temporário Barretos

LIVRO DE RECLAMAÇÕES

DESIGUALDADES DE GÉNERO: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NOS AÇORES

Aprendizagem ao Longo da Vida Inquérito à Educação e Formação de Adultos 2007

FICHA TÉCNICA. Título Perfil do Docente 2009/2010 Física e química

C ARTA C IRCULAR N.º 07/2009

BAIXADA SANTISTA. Regime de Contratação. Serviços 2 Mecânico de refrigeração C.L.T. Cubatão Ensino Médio 6 Indústria de Transformação

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

FICHA TÉCNICA. Título Perfil do Docente 2009/2010 Biologia e Geologia

Área de Formação / Área de trabalho. Situação de Mobilidade. Ocupados. Técnico Superior Área de Direito Técnico Superior Área de Direito 1

BAIXADA SANTISTA. Regime de Contratação Serviços 2 Lavador de veículos C.L.T. Bertioga Alfabetizado 6

A nova Classificação Portuguesa das Actividades Económicas (CAE-Rev. 3) no Inquérito ao Emprego

ATIVIDADE INDUSTRIAL DISPOSIÇÕES A OBSERVAR PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO MONTIJO VIGENTE ENQUADRAMENTO LEGAL PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO MONTIJO

Observatório do Trabalho Temporário

Mapa de Pessoal 2011

NCE/11/00456 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

OFERTAS DE EMPREGO. Unidade Emissora: Data de Emissão N.º de Folhas CALDAS DA RAINHA CALDAS DA RAINHA CALDAS DA RAINHA ÓBIDOS CALDAS DA RAINHA

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

1. Formulário Licenciamento Zero e anexo(s) correspondente(s) às comunicações pretendidas

LICENCIAMENTO ZERO. Documentos a entregar. 1. Formulário Licenciamento Zero e anexo(s) correspondente(s) às comunicações pretendidas

1. Formulário Licenciamento Zero e anexo(s) correspondente(s) às comunicações pretendidas

BARRETOS. 3 Marceneiro C.L.T. Barretos Alfabetizado 6. Construção Civil 20 Servente de obras C.L.T. Barretos Alfabetizado 6

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2011

NCE/14/01056 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

ENSINO SUPERIOR NO BRASIL DAS ÚLTIMAS DÉCADAS:

DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL, I.P.

Unidade de Informação Financeira. Guia de preenchimento da Declaração de Identificação de Pessoas Designadas ( DIPD )

GABINETE DA MINISTRA DESPACHO

Emprego no Turismo da Cidade de São Paulo

E S T A T Í S T I C A S

FICHA TÉCNICA. Título Perfil do Docente 2008/09 Educação Física

Transcrição:

(texto extraído de: MT/SEE; Classificação Nacional de Profissões - versão 1980, Lisboa, SICT, 1980) INTRODUÇÃO OBJECTIVOS E ESTRUTURAS DA C.N.P. A Classificação Nacional das Profissões (C.N.P.) constitui uma classificação sistemática das profissões para o conjunto da população activa civil a nível nacional. A actual versão substitui a anterior publicada, por volumes, entre 1966 e 1974. A C.N.P., habilitando ao conhecimento das tarefas exercidas pelos trabalhadores nos vários ramos de actividade económica, constitui um instrumento de base para os Serviços de Estatística, Colocação, Orientação e Formação Profissionais e Regulamentação de Trabalho. Ao seguir o modelo da Classification International Type des Professions (C.I.T.P.), edição de 1968, publicada pelo Bureau International du Travail (B.I.T.), adoptado por diversos países, a C.N.P. permite a comparação, a nível internacional, de dados estatísticos sobre mão-de-obra, nomeadamente dos resultados referentes aos recenseamentos da população de vários países. Pode dizer-se que a equiparação entre as estruturas destas duas classificações é total ao nível dos grandes-grupos e subgrupos. Em relação aos grupos-base é respeitada a equivalência dos números de código, embora a C.N.P. contemple mais alguns grupos base, sem correspondência na C.I.T.P., que decorrem de certos aspectos particulares da realidade profissional portuguesa. A presente edição foi elaborada a partir da anterior versão, completada com dados recolhidos nos locais de trabalho e tendo em conta o nível de desenvolvimento económico, as novas técnicas e equipamentos utilizados e a evolução na organização do trabalho. Procurou-se ainda ter em consideração as sugestões formuladas pelas empresas, associações sindicais e patronais. A C.N.P. compreende um índice alfabético de todas as designações profissionais e um índice sistemático de todas as profissões por ordem dos respectivos n. os de código. As profissões são agrupadas em grupos-base, estes em subgrupos e estes, por sua vez, em grandes grupos. Existem sete Grandes Grupos incluindo cada um deles das profissões de algum modo ligadas pela formação exigida ou pelo tipo de actividade: 0/1 Pessoal de Profissões Científicas, Técnicas, Artísticas e de Profissões Similares; 2 Directores e Quadros Superiores Administrativos; 3 Pessoal Administrativo e Trabalhadores Similares; 4 Pessoal do Comércio e Vendedores 5 Pessoal dos Serviços de Protecção e Segurança, dos Serviços Pessoais e Domésticos e Trabalhadores Similares.

6 Agricultores, Criadores de Animais, Trabalhadores Agrícolas e Florestais, Pescadores e Caçadores 7/8/9 Trabalhadores das Indústrias Extractiva e Transformadora e Condutores de Máquinas Fixas e de Transporte O número de Subgrupos em que um grande grupo se divide está dependente da diversidade de características das profissões que o compõem. O texto introdutório de um subgrupo compreende a descrição síntese das profissões, seguindo-se-lhes os títulos dos grupos-base que o integram. Cada Grupo-base compreende profissões que são aparentadas pelo facto das tarefas que implicam apresentarem características comuns. O grupo-base reveste-se assim de uma certa homogeneidade e as profissões que o constituem estão ligadas mais estreitamente entre elas que com as profissões classificadas noutros grupos-base. Para além da semelhança das tarefas foram utilizados, para o agrupamento das profissões num mesmo grupo-base, outros critérios, nomeadamente idênticas áreas de conhecimento, graus de formação equivalentes, semelhança das máquinas manobradas ou tipo de artigo fabricado. No entanto existem grupos base que englobam profissões com características diferenciadas não apresentando a homogeneidade referida, por se tratar de grupos-base residuais. No texto introdutório dos grupos-base descrevem-se abreviadamente as funções abrangidas e enumeram-se as tarefas das diversas profissões que os integram. As profissões arrumam-se, dentro de cada grupo-base, segundo o circuito de produção; se o grupo-base, abrange profissões de mais de um circuito de produção aparecem primeiro todas as de um circuito e depois as do outro. Tratando-se de grupos-base em que as profissões não correspondem a um circuito de produção, como no caso das administrativas, técnicas e outras, aparecem em primeiro lugar as profissões mais significativas e em seguida as restantes tendo em conta o seu grau de afinidade. Cada profissão é identificada por um número de código e por um determinado título ou designação profissional a que corresponde um dado conteúdo profissional compreendendo uma síntese da função e a descrição das tarefas efectivamente desempenhadas. A síntese é destacada do texto por dois pontos e as tarefas são separadas entre si por ponto e vírgula. Uma profissão é assim definida por um conjunto de tarefas que concorrem para a mesma finalidade e que pressupõem conhecimentos semelhantes. Considera-se que têm a mesma profissão os trabalhadores cujas principais tarefas são idênticas, embora no exercício efectivo da mesma, por razões de organização do trabalho e tipo de actividade a que a empresa se dedica, possa haver diferenças em tarefas não essenciais e mesmo, dentro de certos limites, na sua forma de execução. Uma profissão por vezes engloba vários postos de trabalhos, cujos titulares realizam uma ou outra das diversas combinações possíveis das tarefas descritas. Na presente edição, contudo, ainda aparecem alguns postos de trabalho com n. os de código e designações profissionais como se de profissões se tratasse.

Em princípio, as profissões em geral são construídas teoricamente a partir da reunião de uma gama variada de tarefas que, na prática, correspondem a vários postos de trabalho ou profissões, embora possam corresponder a situações concretas quando não existe uma acentuada divisão do trabalho. Na descrição de uma profissão, as tarefas antecedidas do termo Por vezes não constituem, por acessórias, elemento essencial para a caracterização daquela. As tarefas que seguem ao termo Pode constituem uma especialização dentro de uma profissão. As designações profissionais adoptadas são as correntemente utilizadas e sempre que possível traduzem o conteúdo das profissões que dominam. No título das profissões por vezes, para além da designação principal, aparecem, entre parêntesis, outras designações sinónimas, igualmente generalizadas ou correspondendo a termos utilizados regionalmente. Os títulos das profissões residuais começam pela palavra Outros a que se segue a designação do respectivo grupo-base. Determinadas designações, que aparecem no final de algumas definições, correspondem a postos de trabalho em que a profissão se decompõe ou a especializações da mesma. CÓDIGOS Uma profissão é identificada por cinco dígitos, o grupo-base por três, o subgrupo por dois e o grande grupo por um. Tome-se como exemplo a profissão Caixeiro (vendedor) comércio a retalho 4 51. 30 Grande Grupo 4 Pessoal do Comércio e Vendedores Subgrupo 4-5 Vendedores, Caixeiros e Trabalhadores Similares Grupo Base 4-51 Vendedores e Caixeiros Um mesmo número de código abrange as várias designações de determinada profissão e as respectivas especializações. Dentro de cada grupo-base o intervalo dos números de código é regular, sendo de 1, 2, 5 ou 10, consoante o número de profissões a incluir. As profissões iniciam-se por 02, 05,ou 10, conforme os intervalos entre elas sejam de 1 ou 2, 5 ou 10 respectivamente. O código das profissões em geral termina por 01, excepto quando existe, no mesmo grupo-base, uma segunda profissão em geral que não pode, obviamente, ter aquela terminação de código.

O Código das profissões residuais termina por 90. CONTEÚDO E CARACTERÍSTICAS DOS GRANDES GRUPOS A estrutura da versão actual apresenta em relação à anterior modificações a nível de grande grupo, de que apontamos como mais significativas: O grande grupo 0 converteu-se no grande grupo 0/1 - Pessoal de profissões científicas, técnicas, artísticas e de profissões similares. Os grandes grupos 1, 2 e 3 foram convertidos nos grandes grupos 2, 3 e 4 respectivamente. O grande grupo 4 converteu-se no grande grupo 6 Agricultores, criadores de animais, trabalhadores agrícolas e florestais, pescadores e caçadores. O grande grupo 5 foi incorporado no grande grupo 7/8/9 Trabalhadores das indústrias extractiva e transformadora e condutores de máquinas fixas e de transporte. O grande grupo 6 foi dividido, sendo parte englobada no grande-grupo 3 Pessoal administrativo e trabalhadores similares, e outra incorporada no novo grande grupo 7/8/9. O grande grupo 9 converteu-se no grande grupo 5 Pessoal dos serviços de protecção e segurança, dos serviços pessoais e domésticos e trabalhadores similares. GRANDE GRUPO 0/1 Pessoal de profissões científicas, técnicas, artísticas e de profissões similares. Este grupo engloba a maior parte dos trabalhadores que receberam um ensino ou uma formação profissional de nível superior e que desempenham funções de natureza intelectual nos domínios da ciência, da técnica, ensino e outros. Compreende igualmente técnicos que trabalham geralmente sob a orientação de especialistas de profissões científicas e técnicas e se ocupam de tarefas semelhantes às que competem àqueles especialistas. Por outro lado, este grande grupo enquadra profissões, tais como artistas e escritores, cujas tarefas exigem talento individual e em numerosos casos espírito criativo. Para o exercício de grande parte das profissões deste grande grupo, como médico, enfermeiro, advogado ou engenheiro, é exigido um título académico. De qualquer modo, o trabalhador não será classificado pelo título académico que possuir mas sim pelas tarefas efectivamente executadas. Assim, um licenciado em economia ou direito que desempenhe as funções correspondentes a um director de serviços de pessoal, chefe de redacção dum jornal ou professor, deverá ser classificado pelas funções efectivamente desempenhadas. O grupo-base 1-41 Ministros do culto e membros de ordens religiosas compreende unicamente pessoas que desempenhem funções sacerdotais ou tarefas estreitamente ligadas ao exercício do culto. As pessoas que pertencem a ordens religiosas e cuja

ocupação essencial consiste em ensinar, tratar doentes, etc., são classificados pelas tarefas efectivamente desempenhadas. Este grande grupo passou a incluir os antigos grupos-base 9-61 Profissionais dos desportos e similares e 9-71 Fotógrafos e trabalhadores similares. GRANDE GRUPO 2 Directores e quadros superiores administrativos. As funções dos trabalhadores incluídos no grande grupo 2 consistem essencialmente em participar na definição e aplicação de uma determinada política, quer a nível governamental, quer a nível de empresas ou outros organismos públicos e privados, e em dirigir a actividade dos respectivos departamentos ou serviços. No entanto, alguns directores não foram classificados neste grande grupo. Os directores das explorações agrícolas estão classificados no subgrupo 6-0 Directores e chefes de explorações agrícolas; os directores de comércio estão classificados no subgrupo 4-0 Directores e gerentes do comércio, por grosso e a retalho; os directores de hotéis e restaurantes estão classificados no subgrupo 5-0 Directores e gerentes de hotéis, cafés e restaurantes. GRANDE GRUPO 3 Pessoal administrativo e trabalhadores similares. O grande grupo 3 compreende profissões de natureza administrativa e cujos titulares são designados normalmente como empregados de escritório. Engloba também os trabalhadores que efectuam transações financeiras e operações de seguros, os chefes de secção de serviços administrativos e os agentes administrativos da administração pública, embora em relação a estes não tenha sido possível fazer um levantamento completo que tivesse permitido uma melhor identificação desta figura. Este grande grupo passou a incluir algumas profissões do antigo grande grupo 6 e que foram agrupadas nos seguintes subgrupos: 3-5 Chefes de serviços de transportes e comunicações; 3-6 Condutores de comboio, cobradores, revisores de bilhetes e trabalhadores similares transportes; - 3-7 Carteiros, estafetas e trabalhadores similares; 3-8 Telefonistas, telegrafistas, operadores de rádio e trabalhadores similares excepto radiodifusão e radiotelevisão. GRANDE GRUPO 4 Pessoal do comércio e vendedores. O grande grupo 4 compreende profissões do comércio por grosso e a retalho e ainda profissões ligadas à compra e venda de bens imobiliários e de serviços. Este grande grupo foi alargado pela inclusão do subgrupo 4-0 Directores e gerentes do comércio, por grosso e a retalho, e do subgrupo 4-1 Proprietários-gerentes do comércio (comerciantes), por grosso e a retalho. Note-se que os vendedores, angariadores de seguros, agentes imobiliários, agentes de venda de serviços, vendedores em leilões, vendedores ambulantes, avaliadores, etc., trabalhando por conta própria, são classificados segundo a natureza do trabalho que efectuam e não no subgrupo referente aos proprietários-gerentes do comércio por grosso e a retalho.

GRANDE GRUPO 5 Pessoal dos serviços de protecção e segurança, dos serviços pessoais e domésticos e trabalhadores similares. Este grande grupo compreende as profissões relacionadas com a prestação, em unidades hoteleiras ou outras, de serviços pessoais e domésticos, serviços de limpeza protecção e segurança. Os directores dos hotéis, cafés e restaurantes estão agora incluídos neste grande grupo. Os proprietários-gerentes e gerentes que dirigem lavandarias, tinturarias, cabeleireiros e agências funerárias, são classificados no mesmo subgrupo que os trabalhadores que aí exercem a sua actividade. GRANDE GRUPO 6 Agricultores, criadores de animais, trabalhadores agrícolas e florestais, pescadores e caçadores. A distinção entre profissões ligadas ao cultivo da terra reside mais no tipo de produtos cultivados do que na natureza das tarefas executadas. Os directores das explorações agrícolas passam a estar incluídos neste grande grupo. GRANDE GRUPO 7/8/9 Trabalhadores da produção das indústrias extractiva e transformadora, condutores de máquinas fixas e de transporte. Este grande grupo compreende as profissões existentes nas indústrias extractiva e transformadora, construção civil, naval e outras; engloba ainda os operadores de estações de rádio e televisão e as profissões relacionadas com a condução de máquinas e instalações de produção de energia e com a condução de máquinas de transporte, elevação e terraplanagem; compreende igualmente os carregadores e descarregadores e os trabalhadores que conduzem e manobram veículos de transporte de passageiros e de carga. Na actual versão foi introduzido o subgrupo 7-0 Encarregados e trabalhadores similares, englobando os trabalhadores que têm por função organizar, controlar e dirigir as actividades de um grupo de trabalhadores da produção. Este subgrupo engloba entre outros o encarregado geral e o encarregado, em geral. O encarregado geral controla as actividades de diversas secções de uma empresa e coordena as funções dos respectivos encarregados. A profissão encarregado, em geral reúne, de uma forma global, as tarefas que em cada sector de actividade competem ao encarregado. MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS A C.N.P., embora classifique sistematicamente apenas o conjunto da população activa civil, cobre também os membros das forças armadas, que são englobados num grupo autónomo, sem número de código já que para a maior parte dos seus utilizadores apenas interessa a população activa civil. Quando for necessário incluir este grupo pode-lhe ser atribuído um código apropriado.

Nota 1: Os trabalhadores que executam as tarefas correspondentes a uma profissão em regime de aprendizagem devem ser classificados com o n.º de código daquela. Nota 2: estão assinalados com asterisco os subgrupos ou grupos-base em que não foi possível actualizar os conteúdos das profissões que os constituem.