ATIVIDADE/PRÁTICA PROCESSUAL PENAL

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Transcrição:

ATIVIDADE/PRÁTICA PROCESSUAL PENAL A presente atividade tem por objetivo fixar o roteiro a ser respondido, conforme estudamos em sala de aula, porém com o diferencial de que nesse momento temos questões práticas a serem interpretadas. Aqui vamos aliar a parte teórica já ministrada em sala de aula com questões práticas retiradas do exame da OAB (2ª fase/penal). Bons Estudos!!! Problema nº 1 (2010- III/Unificada) No dia 17 de dezembro de 2012, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. Helena a mãe da criança, foi localizada e negou que houvesse jogado a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, seqüestrada por um desconhecido. Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influência de estado puerperal. À mingua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a mãe da criança pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação de interceptação telefônica da linha de telefone móvel usado pela mãe, medida que foi decretada pelo juiz competente. A prova constatou que efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefônica com uma conhecida, de nome Lia, afirmara ter atirado a criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que Helena de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego. Em razão das aludidas provas, a mãe da criança foi então denunciada pela prática do crime descrito no art.123 do Código Penal perante a 1º Vara Criminal (Tribunal do Júri). Durante a ação penal, é juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta. Na audiência de instrução, realizada no dia 06 de março de 2013, Lia é novamente inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter jogado o corpo da criança no córrego. Esta testemunha, no entanto, trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a mãe da criança, Helena contara que tomara substância abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara todos os fatos. O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no art. 124 do Código Penal, punido menos severamente do que aquele previsto no art. 123 do mesmo Código, intimando as partes no referido ato. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condição de advogado(a) de Helena, redija a peça cabível à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, as quais devem apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em caráter sucessivo.

c) Qual é o procedimento ( rito processual)? d) Qual é o momento processual? b) Competência ( endereçamento da peça):

Problema nº 2 (131/SP) Maria, alta funcionária da empresa ATR, no Centro de São Paulo, Capital, recebe normalmente cantadas de seu superior hierárquico, João. Temendo por seu emprego, Maria nunca efetuou nenhuma reclamação. Em 08/09/12, contudo, João, prevalecendo se de sua condição na empresa, chama Maria em sua sala. Quando ela na sala ingressa, João tranca a porta, exigindo favores sexuais. Visivelmente alterado, João grita com Maria, dizendo que se ela não concordasse com o ato sexual, ele iria demiti la. Outros funcionários, escutando os gritos de Maria, vão, imediatamente, em seu socorro, abrindo a sala de João com a chave mestra, encontrando Maria aos prantos. João nesse momento, sai rapidamente da sala. No dia seguinte, pede desculpas a Maria, dizendo haver bebido demais na véspera, e que tudo não teria passado de um mal entendido. Maria revoltada, diz que vai procurar seus direitos e tentar responsabilizar seu chefe na seara criminal. QUESTÃO: Como advogado de Maria, redija a peça mais adequada para fazer valerem os direitos de sua cliente. Considere que você está no dia 07/02/13. c) Qual é o procedimento ( rito processual)? d) Qual é o momento processual?

b) Competência ( endereçamento da peça): Problema nº 3 Maria tem conta corrente com Pedro, seu marido no banco XXX, podendo ambos assinar cheques, isoladamente, dos seus respectivos talões. Maria, numa compra, emite um cheque ignorando que Pedro, no mesmo dia, fez um saque de quase a totalidade do saldo disponível na conta corrente do casal. O portador de cheque emitido por Maria vai à polícia e a acusa de estelionatária, eis que o cheque, quando apresentado no balcão do banco, foi devolvido por falta de fundos. Sabendo do fato, Maria procura o credor e, mediante troca de quitação,paga o cheque. O promotor denuncia Maria e Pedro, com incursos no artigo 171, 2º, VI, do Código Penal. O Juiz recebeu a denúncia ontem e expediu o mandado de citação que foi cumprido pelo Sr. Oficial de Justiça. QUESTÃO: O casal lhe contrata para defender os seus interesses. Apresentar a medida cabível. c) Qual é o procedimento ( rito processual)?

d) Qual é o momento processual? b) Competência ( endereçamento da peça):