simbolismo Realismo Naturalismo Parnasianismo Simbolismo Coexistência Dissidência

Documentos relacionados
Parnasianismo e Simbolismo. Características e principais autores

Simbolismo - autores e características

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

AULA 30.1 Conteúdo: O Parnasianismo e o Simbolismo no Amazonas. INTERATIVIDADE FINAL LÍNGUA PORTUGUESA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Características do Simbolismo

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

A poesia defin de siécle: parnasianismo e simbolismo. Profa. Elisângela Lopes

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

POÉTICAS DO SÉCULO XIX

Bárbara da Silva. Literatura. Simbolismo

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Matéria: Literatura Assunto: simbolismo Prof. Ibirá costa

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

A ESTILÍSTICA NA LITERATURA BRASILEIRA. Professor João Filho

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

PORTUGUÊS - 2 o ANO MÓDULO 38 SIMBOLISMO PARTE 2

Literatura. Ana Cláudia Vaso grego. Esta, de áureos relevos, trabalhada. De divas mãos, brilhante copa, um dia,

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

2) Explique o que foi o chamado "Pré-Modernismo). (1 ponto)

SÉRIE/ANO: 2ª TURMA(S): A, B, C e D DISCIPLINA: Literatura IV BIMESTRE. Parnasianismo. 1. (FUND. UNIV. RIOGRANDE) Marque a afirmativa correta:

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

PLANO DE AULA. Série: Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio Data: 01/02/2011 Professor(a): Leandro Freitas Menezes Duração: 20 min.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Literatura LISTA DE RECUPERAÇÃO

Lit. Diogo Mendes (Maria Carolina)

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

CRUZ E SOUSA E O PARNASIANISMO 1

GOIÂNIA, / / PROFESSOR: Daniel

Simbolismo - autores e características

QUESTÕES. 2. Quais os principais autores e obras do movimento naturalista?

Parnasianismo e Simbolismo

O PARNASIANISMO. Por Carlos Daniel Santos Vieira

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Data: / / 4 º Bimestre Ensino...Série: Disciplina: Profº: Recuperação

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Prova ENEM Literatura

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

PROPOSTA PARA EVIDENCIAR COMPETÊNCIAS DE LEITURA

TRABALHO DE RECUPERAÇÃO SEMESTRAL

b) Aliteração É a repetição de consoantes ou de sílabas. Ex: Quem com ferro fere com ferro será ferido.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

AULA 1.2 Conteúdo: Figuras de linguagem. Versificação Gêneros contemporâneos INTERATIVIDADE FINAL LÍNGUA PORTUGUESA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Aula 6 A lírica camoniana

SUMÁRIO. APRESENTAÇÃO Sobre Fernando Pessoa...11 Fernando Pessoa: ele mesmo, um outro heterônimo?...23

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

ATIVIDADE CURRICULAR: LITERATURA BRASILEIRA MODERNA PROFESSOR: CARLOS AUGUSTO NASCIMENTO SARMENTO-PANTOJA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

A vista incerta, Os ombros langues, Pierrot aperta As mãos exangues De encontro ao peito. (Manuel Bandeira)

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Lua Prateada e outras Poesias

Gabriel Arruda Burani. EstilhACos. de Mim

Bárbara da Silva. Literatura. Modernismo II

Simbolismo Origem Pré-simbolismo

ROMANTISMO Profa Giovana Uggioni Silveira

L. Exercícios: Gramática (1º Bimestre)

Apresento a todos, o início de um trabalho feito. Com muito carinho. São poemas e alguns contos.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

1 O sol cobre de sangue o horizonte e a pálida lua, trêmula, lança seu pungente olhar sobre a terra.

Aula A POESIA BRASILEIRA PARNASIANA: META OBJETIVOS. Leitura da aula 1, 2, 3, 4, 5 e 8.

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA

Quando eu, senhora...

Transcrição:

Simbolismo

Coexistência simbolismo Realismo Naturalismo Parnasianismo Simbolismo Dissidência

O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, antinaturalista e anticientificista. Isto significa que, contrariando o caráter objetivista e realista dessas tendências, a poesia simbolista prega e busca efetuar o retorno à atitude do espírito assumida pelos românticos, e que se traduzia no seu egocentrismo: volta o eu a ser objeto de exclusiva atenção, opondo-se ao culto do não-eu, que fizera o apanágio das tendências anteriores.

Área Temática: Transcendência pelo onirismo e espiritualismo Cárcere das Almas Ah! Toda a alma num cárcere anda presa. soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo Espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, da dor no calabouço, atroz, funéreo! Nesses silêncios solitários, graves Que chaveiro do Céu possui as chaves Para abrir-vos as portas do Mistério?! 1 Condição humana sofrida e oprimida. 2 O sonho como condicionante para a libertação do homem. 3 Os valores espirituais como solução do caos.

Tema: Esoterismo, Satanismo, Goticismo. Como fantásticos signos, erram demônios malignos. Na brancura da ossadas gemem as almas penadas. Lobisomens, feiticeiras gargalham no luar das eiras. Os uivos dos enforcados uivam nos ventos irados.

Crepusculismo: Sugestões vagas, Indefiníveis, confusas. É bastante recorrente nos textos simbolistas a sugestão do crepúsculo. Por isso, o movimento também recebeu o nome de crepusculismo. Explica-se esta ocorrência pela predileção dos simbolistas por momentos em que o contorno das coisas se tornava indefinido, vago, confuso, indeterminado.

Crepusculismo: Sugestões vagas, Indefiníveis, confusas. Leia este fragmento de um poema de Cruz e Souza: Indefiníveis músicas supremas Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da luz resume...

O Plano Poético Busca Derrama palavras luz e cânticos límpidas e castas, poemas Novas verso, e raras, torna-o de clarões musical ruidosos, e doce Dentre Como se as o ondas coração mais nessas pródigas, supremas mais vastas Dos Estrofes, sentimentos puro e mais diluído maravilhosos. fosse. Enche Faze estrofes de estranhas assim! vibrações E após, na sonoras chama A Do tua amor, estrofe, de fecundá-las majestosamente... e acendê-las, Põe Derrama nela todo em cima o incêndio lágrimas, das derrama, auroras Para Como torná-la as eflorescências emocional das e ardente. Estrelas. Derrama luz e cânticos e poemas No verso, torna-o musical e doce Como se o coração nessas supremas Estrofes, puro e diluído fosse. Faze estrofes assim! E após, na chama Do amor, de fecundá-las e acendê-las, Derrama em cima lágrimas, derrama, Como as eflorescências das Estrelas. Preserva o formalismo e intelectualismo dos parnasianos: Recusa Rima a materialidade do signo: palavras abstratas, Métrica vagas, etéreas. A linguagem Vocabulário busca Rico, a interioridade Nobre, Invulgar. do EU.

O Plano Poético Busca palavras límpidas e castas, Novas e raras, de clarões ruidosos, Dentre as ondas mais pródigas, mais vastas Dos sentimentos mais maravilhosos. Enche de estranhas vibrações sonoras A tua estrofe, majestosamente... Põe nela todo o incêndio das auroras Para torná-la emocional e ardente. Derrama luz e cânticos e poemas No verso, torna-o musical e doce Como se o coração nessas supremas Estrofes, puro e diluído fosse. Faze estrofes assim! E após, na chama Do amor, de fecundá-las e acendê-las, Derrama em cima lágrimas, derrama, Como as eflorescências das Estrelas. A realidade é percebida de forma intuitiva e sensorial. Sensorialismo - Visual - Auditivo - Tátil - Gustativo - Olfativo

O Plano Poético Como se o coração nessas supremas Estrofes, puro e diluído fosse. Faze estrofes assim! E após, na chama Do amor, de fecundá-las e acendê-las, Derrama em cima lágrimas, derrama, Como as eflorescências das Estrelas. Recupera-se a subjetividade romântica.

Recursos Típicos do Simbolismo Vozes veladas, veludosas vozes Volúpia dos violões, vozes veladas Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas ALITERAÇÃO

Recursos Típicos do Simbolismo Palpitando os mastros Ao som vermelho da canção de guerra Como a doçura quente de um carinho Mas uma voz de súbito gemendo Sob o silêncio côncavo dos astros SINESTESIA

Recursos Típicos do Simbolismo Sou como um Réu de celestial Sentença, Condenado do Amor, que se recorda Do Amor e sempre no Silêncio borda INICIAS MAIÚSCULAS

Cruz e Sousa OBRA 1861-1898 João da Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro atual Florianópolis (SC) -, e morreu em Sítio (MG). Era filho de escravos alforriados, mas recebeu educação esmerada, tendo sido discípulo do alemão Fritz Müller, estudioso de fama universal na época. Exerceu o cargo de professor e jornalista no Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo simbolista, tornando-se logo respeitado como mentor do grupo. Poesia: Bróqueis (1893); Faróis (1900); Últimos sonetos (1905). Prosa: Tropos e fantasias (1885) em colaboração com Virgílio Várzea; Missal (1893) poemas em prosa; Evocações (1898) poemas em prosa.

Alphonsus Guimaraens 1870-1921 OBRA Poesia: Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara ardente (1889); Dona Mística (1899). Prosa: Mendigos (1920). Afonso Henriques da Costa Guimarães nasceu em Ouro Preto (MG) e morreu em Mariana (MG). Estudou Direito em São Paulo, onde se dedicou ao jornalismo e lançou se primeiro livro de poemas. Terminou o curso em Ouro Preto e exerceu o cargo de juiz de direito em Mariana, cidade onde permaneceu até sua morte. A obra de Alphonsus de Guimaraens marca-se sobretudo pelo caráter místico-religioso. Muitos de seus poemas relacionam-se à noiva, Constança, morta prematuramente.