CÓDIGO BOAS PRÁTICAS COMUNICAÇÃO COMERCIAL DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS



Documentos relacionados
CÓDIGO DE AUTO-REGULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO COMERCIAL EM MATÉRIA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS - VINHOS E BEBIDAS ESPIRITUOSAS -

CÓDIGO BOAS PRÁTICAS COMUNICAÇÃO COMERCIAL PARA MENORES

I C A P CÓDIGO DE CONDUTA INSTITUTO CIVIL DA AUTODISCIPLINA DA PUBLICIDADE ADOPTADO (18 ABR 91) REVISTO (03 JUL 2000) REVISTO (05 NOV 2003)

Codigo de Conduta do FAP

Regulamento Cursos de Pós Graduação

REGULAMENTO DA RÁDIO FREI FM

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA IMPRESA-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

2010 1º Semestre MONITORIZAÇÃO DA ACTIVIDADE

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

POLÍTICA ANTI-CORRUPÇÃO. Política Anti-corrupção Versão 02 1/9

Universidade Nova de Lisboa ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DA ATIVIDADE FORMATIVA DOS ENCONTROS DE SABEDORIA DA AMUT

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos

COMISSÃO EXECUTIVA. c) Um docente por cada Unidade Orgânica, nomeado pelo Presidente do IPC,

L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia

REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA

Lei Nº 134/99, De 28 De Agosto Proíbe As Discriminações No Exercício De Direitos Por Motivos Baseados Na Raça, Cor, Nacionalidade Ou Origem Étnica

CONDIÇÕES GERAIS E TERMOS DE UTILIZAÇÃO

REGULAMENTO CONCURSO O CLIMA É CONNOSCO

ICAP GRUPO DMC OBA Proposto como normativo a integrar futuramente no CC ICAP

Regulamento de Funcionamento das Acções de Formação

BCN A EXPERIÊNCIA COM A PROVEDORIA DO CLIENTE

REGULAMENTO INTERNO DA ASSEMBLEIA GERAL DA FPAS DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º (Objeto)

SECÇÃO I Greve. Artigo 530.º Direito à greve. 1 A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.

REGULAMENTO INTERNO CAP. I DISPOSIÇÕES GERAIS CAP. II ASSOCIADOS. Regulamento Interno. Artigo 1º Definições gerais.

Regulamento Interno da Comissão Especializada APIFARMA VET

APOGOM. Compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde

Entre: rua dos Bombeiros Voluntários Mirandela. Largo do Município Mirandela. Em conjunto designadas por Partes,

MUNICÍPIO DO BARREIRO ASSEMBLEIA MUNICIPAL

III PROGRAMA DE ESTÁGIOS DE VERÃO AEFFUL

GUIA PARA EXPEDIDORES CONHECIDOS 1

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens.

Convenção 187 Convenção sobre o Quadro Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho. A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

Regimento. Conselho Municipal de Educação de Mira

Regulamento Interno de Funcionamento da Gestão de Reclamações de Tomadores de Seguros, Segurados, Beneficiários ou Terceiros Lesados.

CONCURSO FOTOFEBASE 2015

II. Atividades de Extensão

CÓDIGO DE MARKETING da

Regulamento Genérico dos Núcleos da Associação Académica do Instituto Politécnico de Setúbal

7) Providenciar e estimular a publicação de estudos sobre o Direito de Macau;

REGULAMENTO INTERNO DE CAMPOS DE FÉRIAS. Nota Justificativa

MMX - Controladas e Coligadas

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA

REGULAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DAS EMPRESAS DO GRUPO EDP

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A.

REGuLAMENTO DE RECRuTAMENTO, SELECçãO E CONTRATAçãO DE FORMADORES

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONDIM DE BASTO. Preâmbulo

Comunicação durante o processo de auto-avaliação

Fundação N ossa Senhora da E sperança L ar João G onçalves Palm eiro N ovo. Ficha de inscrição Banco local de voluntariado

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

Regulamento e datas importantes da Categoria JÚNIOR 9º ano

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

1. Objecto e âmbito de aplicação

Apresentação do curso Objetivos gerais Objetivos específicos

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Perguntas mais frequentes

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense - Campus Sombrio

REVISÃO DO CÓDIGO DA PUBLICIDADE

Programa de Promoção da Prática Desportiva Desenvolvimento da Atividade Interna. Enquadramento e Regulamento

AUTO-REGULAÇÃO - UMA DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS COMUNS E NORMAS DE BOAS PRATICAS DE ACTUAÇÃO

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO

ANEXO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RESPEITANTES À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ESTADOS-MEMBROS

O empregador deve assegurar ao trabalhador condições de segurança e de saúde em todos os aspectos do seu trabalho.

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL

POLÍTICA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL DA ELETROBRAS ELETRONORTE

- REGULAMENTO - PROGRAMA VOLUNTARIADO JUVENIL

CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS NAS COMUNICAÇÕES COMERCIAIS DO VINHO

APRESENTAÇÃO CINANIMA JÚNIOR. Programas: Crianças, Adolescentes e Jovens

Computadores Portáteis. Regulamento de utilização

(85/577/CEE) Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o seu artigo 100º,

CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA ONLINE Artigo 1.º. (Âmbito e Definições)

boas práticas da indústria

CÓDIGO DE AUTO-REGULAÇÃO EM MATÉRIA DE COMUNICAÇÃO COMERCIAL DE ALIMENTOS E BEBIDAS DIRIGIDA A CRIANÇAS

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

União das Freguesias de Real, Dume e Semelhe

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais

NÚCLEO DE MEDICINA INTERNA DOS HOSPITAIS DISTRITAIS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES

Aviso n. o 006/2014-AMCM

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA

Decreto-Lei n.º 111/2000 de 4 de Julho

Grupo de Trabalho para as Questões da Pessoa Idosa, Dependente ou Deficiente de Grândola REGULAMENTO INTERNO

Transcrição:

Novembro 2004 CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS NA COMUNICAÇÃO COMERCIAL DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS

O ENQUADRAMENTO DAS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE E COMUNICAÇÃO COMERCIAL O ponto de partida adoptado pelo sector é o seguinte: As bebidas alcoólicas fazem parte, há muitos séculos, da nossa cultura que integrou o seu consumo nos hábitos quotidianos. A maioria da população portuguesa utiliza as bebidas alcoólicas de uma maneira responsável. O consumo irresponsável do álcool envolve riscos. É objectivo do sector cooperar, nomeadamente com as autoridades competentes, no combate ao abuso do álcool, desempenhando um papel na promoção do seu consumo responsável e esclarecido. O sector deseja assumir a sua responsabilidade social, contribuindo de uma forma positiva para a promoção integrada da aceitação social do álcool e simultaneamente combater o seu abuso. O sector reconhece os riscos associados ao consumo irresponsável do álcool e esforça-se por contribuir para uma mentalidade que visa promover a responsabilização dos consumidores, tanto para a sua saúde como para o bem estar. O sector usará as suas formas de comunicação no sentido de combater o abuso e promover o uso responsável do álcool, assumindo que isto é parte de uma política integrada sobre o seu consumo. O sector considera também que é necessária a cooperação entre todas as partes envolvidas, no sentido de obter uma política equilibrada do consumo com a mais ampla base social possível. A aproximação integrada visa atingir os objectivos seguintes: Implementar o presente Código de Boas Práticas; O uso de mensagens educacionais na comunicação publicitária veiculada pelos media; Informação dirigida sobre, designadamente, os temas; álcool e saúde, álcool e menores, álcool e condução, álcool e trabalho. 2 / 8

PREÂMBULO Considerando que: 1. O consumo de bebidas alcoólicas pressupõe uma responsabilidade social e individual; 2. O consumo de bebidas alcoólicas na sua grande diversidade é parte inseparável da nossa sociedade da dieta Mediterrânica e da nossa cultura; 3. O consumo moderado de bebidas alcoólicas é aceite no plano social e individual; 4. O consumo moderado de bebidas alcoólicas pode ter benefícios para a saúde; 5. O consumo irresponsável das bebidas alcoólicas é prejudicial não só para o indivíduo como também para a sociedade no seu conjunto e deverá por isso ser esclarecido, prevenido e contrariado; 6. O consumo irresponsável de bebidas alcoólicas não é compatível com a condução de veículos e outras situações das quais possam resultar prejuízos para o próprio e para terceiros; 7. O sector reconhece o seu papel especifico com vista à promoção de um consumo responsável do álcool. 8. O interesse social recomenda um consumo responsável do álcool; 9. As Boas Práticas do sector são fundamentais para uma boa implementação da ética e da legislação; 10. O sector pode e deve contribuir, através do seu comportamento no mercado, para o reconhecimento social de um consumo responsável do álcool; 11. O sector assume como um dos seus papéis esclarecer e prevenir o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas; 12. a publicidade dirigida directamente ao consumidor é uma parte fundamental do sistema de promoção empresarial e distribuição; 13. o sector deseja contribuir de forma positiva através da publicidade para promover o consumo responsável do álcool. As entidades da lista anexa subscrevem e adoptam o presente Código 3 / 8

CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS NA COMUNICAÇÃO COMERCIAL DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS As mensagens publicitárias e quaisquer outras actividades relacionadas com a promoção de vendas de bebidas alcoólicas devem, sem prejuízo da legislação em vigor, respeitar o presente Código. Cláusulas Gerais I - Campo de Aplicação O Código é aplicável à publicidade e a quaisquer outras actividades relacionadas com a promoção e venda de bebidas alcoólicas, devendo ser implementado e observado por todos os agentes que, directa ou indirectamente, intervenham nessas actividades. II - Definições No presente Código entende-se por: 1. Sector das bebidas alcoólicas: as actividades que englobam a produção, importação, distribuição e comercialização de bebidas alcoólicas; 2. Bebida Alcoólica: bebida definida pela legislação aplicável; 3. Menor: pessoa definida pela legislação aplicável. III- Mensagens Publicitárias e Boas Práticas Geral Artigo 1 Artigo 2 Artigo 3 Artigo 4 Artigo 5 Saúde Artigo 6 A publicidade deve proscrever qualquer apelo ao consumo irresponsável de bebidas alcoólicas. A publicidade deve proscrever quaisquer situações nas quais a impressão dominante seja o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas. A publicidade não deve menosprezar ou por qualquer forma ridicularizar o consumo das bebidas não alcoólicas. A publicidade deve proscrever qualquer afirmação ou sugestão de crítica à abstinência e/ou ao consumo responsável de bebidas alcoólicas. A publicidade não deve sugerir que o sucesso, êxito social ou especiais aptidões, são resultado do consumo de bebidas alcoólicas. 4 / 8

Artigo 7 Artigo 8 A publicidade não deve associar o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas com a saúde. A publicidade não deve aludir à existência de propriedades terapêuticas ou de efeitos estimulantes, sedativos ou benéficos como resultado do consumo de bebidas alcoólicas. A publicidade não deve veicular recomendações ou sugestões feitas por profissionais da saúde, ou outras personagens vestidas com roupas características dessas profissões, salvo se com efeitos pedagógicos. Grupos Vulneráveis Artigo 9 Artigo 10 Artigo 11 Artigo 12 Artigo 13 A publicidade deve ter em especial atenção os grupos vulneráveis, nomeadamente as mulheres grávidas, os menores, os idosos e os deficientes. A publicidade não deve ser dirigida especialmente a mulheres grávidas. A publicidade não deve ser especialmente dirigida a menores. A publicidade não deve apresentar menores, ou pessoas que possam ser confundidas com menores, bebendo ou encorajando o consumo de bebidas alcoólicas. A publicidade não deve sugerir que o consumo de bebidas alcoólicas seja um sinal de maturidade e o não consumo sinal de imaturidade. Situações de Alto-Risco Artigo 14 Artigo 15 Artigo 16 Artigo 17 A publicidade não deve apresentar situações nas quais a segurança possa ser posta em causa como resultado do consumo de bebidas alcoólicas. A publicidade não deve associar o consumo de bebidas alcoólicas à condução de veículos. A publicidade não deve sugerir que o consumo de bebidas alcoólicas tem efeito positivo na capacidade de trabalho. A publicidade não deve sugerir que o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas tenha efeito positivo na condição física. 5 / 8

Cláusula relacionada com os Media Artigo 18 1. Para motivar ao consumidor a adopção de uma atitude responsável e dada a visibilidade da televisão, da imprensa e da publicidade exterior, as mensagens publicitárias veiculadas por estes meios devem conter a referência educacional SEJA RESPONSÁVEL. BEBA COM MODERAÇÃO, inscrita de forma claramente legível. 2. As mensagens publicitárias transmitidas através de um filme ou vídeo em cinemas, teatros, discotecas ou ainda em circuitos fechados de televisão devem conter a mesma mensagem educacional. Artigo 19 As mensagens publicitárias a bebidas alcoólicas não devem ser usadas, mostradas ou transmitidas, nos seguintes casos: 1. em material impresso dirigido especialmente a menores ou em páginas contendo artigos destinados a menores. 2. em cinemas ou teatros imediatamente antes, durante as interrupções ou imediatamente após as sessões para menores. 3. em estabelecimentos de ensino que sejam principalmente frequentados por menores. 4. na rádio e na televisão imediatamente antes, durante as interrupções ou imediatamente após os programas dirigidos, ouvidos ou vistos principalmente por menores. Artigo 20 Nos estabelecimentos de ensino cuja frequência seja maioritariamente de menores, não devem ser colocados painéis publicitários de bebidas alcoólicas em cartazes, posters, colunas ou outros locais. Vendas Promocionais Artigo 21 Artigo 22 Artigo 23 Artigo 24 Os agentes do sector devem abster-se de incentivar o consumo de bebidas alcoólicas, ou a sua venda por preço simbólico, com o intuito de promover o consumo irresponsável, designadamente fora dos locais ou eventos onde habitual e tradicionalmente se procede a este tipo de promoções. Os agentes do sector devem abster-se de oferecer ou incentivar a oferta ou a venda a menores, de bebidas alcoólicas. Os agentes do sector devem abster-se de oferecer a menores qualquer tipo de material publicitário contendo referências a bebidas alcoólicas. 6 / 8

Os agentes do sector devem abster-se de expor para venda bebidas alcoólicas fora dos locais de venda e/ou de consumo. Esta restrição não se aplica a eventos ou festejos devidamente autorizados, a menos que a assistência seja maioritariamente constituída por menores. Artigo 25 Artigo 26 Artigo 27 Artigo 28 Artigo 29 Artigo 30 Nas acções de patrocínio os agentes do sector devem acatar as restrições previstas neste Código para as mensagens publicitárias das bebidas alcoólicas. Os agentes do sector devem abster-se de patrocinar eventos e/ou locais onde seja declaradamente promovido o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas. Os agentes do sector devem abster-se de patrocinar programas de TV, rádio ou outros meios, especialmente dirigidos a grupos vulneráveis e em particular a menores. Os agentes do sector devem abster-se de patrocinar eventos em que haja suspeitas de que o consumo irresponsável de bebidas alcoólicas possa provocar alterações da ordem pública. Os agentes do sector devem tomar as medidas possíveis de modo a cumprir e fazer cumprir com as seguintes disposições; 1. Devem abster-se de vender ou fornecer bebidas alcoólicas a pessoas em estado de embriaguez evidente; 2. Devem abster-se de vender ou servir bebidas alcoólicas caso haja motivo de suspeita razoável de que esse acto possa conduzir a perturbações, designadamente da paz, da segurança pública ou da moral; 3. Devem procurar, por todos os meios ao seu alcance, garantir o estrito cumprimento da disposição de não vender bebidas alcoólicas a menores; Paralelamente, os agentes do sector comprometem-se a prestar atenção à transferência de conhecimento e ao incentivo à compreensão do efeito causado pelas bebidas alcoólicas, nos programas curriculares dos cursos de formação profissional em que intervenham, tendo em conta o impacto físico e mental causado pelo consumo irresponsável de bebidas alcoólicas. Comissão Permanente Artigo 31 Artigo 32 As Boas Práticas aqui consignadas devem ser submetidas a avaliação periódica pelas entidades que subscrevem o Código, constituindo estas uma Comissão Permanente que assegurará a sua implementação e cumprimento. 7 / 8

Artigo 33 Artigo 34 Sanções Artigo 35 A Comissão é constituída por cinco membros: três representativos dos sub-sectores das indústria de bebidas alcoólicas (Cerveja, Espirituosos e Vinho); um representante da Associação dos Anunciantes e um representante da Associação das Agências de Publicidade e Comunicação. Os seus membros cooptarão o Presidente. A Comissão reúne ordinariamente todos os meses e extraordinariamente por convocação de dois ou mais dos seus membros. As suas deliberações serão tomadas por maioria dos presentes. A Comissão aprovará o regulamento interno de funcionamento. A Comissão aplicará as sanções por incumprimento do Código, nos termos dos artigos seguintes. 1. Sempre que a Comissão Permanente identificar uma situação de incumprimento do Código, deverá enviar uma carta-aviso à entidade eventualmente prevaricadora, na qual se indicará expressamente quais os princípios entendidos por violados e na qual se estabelece um prazo de 5 dias úteis para resposta à mesma, ou para correcção da situação; 2. Caso a entidade tida por prevaricadora não responda ou não corrija a situação que deu origem à carta-aviso no prazo indicado, a Comissão Permanente emitirá uma segunda carta na qual será expresso que, se após um novo prazo de 3 dias úteis a situação de incumprimento não estiver corrigida, será aplicada a sanção de exclusão do grupo de subscritores do Código; desta segunda carta-aviso será enviada notícia a todas as entidades subscritoras do Código; 3. Da exclusão do grupo de subscritores do código será dada pública notícia; 4. Caso o incumprimento seja atribuível a uma entidade não subscritora de per si, mas membro de uma das entidades associativas subscritoras do Código, caberá a esta intervir junto do seu associado no sentido do acatamento dos seus princípios, obrigações e deveres; 5. Para efeitos deste artigo as cartas-aviso serão sempre remetidas por correio registado, com aviso de recepção. 8 / 8