ORDEM SOCIAL. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.



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Transcrição:

ORDEM SOCIAL A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. DA SEGURIDADE SOCIAL ARTIGOS 194 A 195 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: (1) Universalidade da cobertura e do atendimento; (2) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; (3) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; (4) Irredutibilidade do valor dos benefícios; 5) Equidade na forma de participação no custeio; (6) Diversidade da base de financiamento; (7) Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos

aposentados e do Governo nos órgãos colegiados (este inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº20 de 1998). A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (I) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (a) a folha de salário e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, á pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, (b) a receita ou o faturamento, (c) o lucro; (II) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o artigo 201 (este inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998); (III) sobre a receita de concursos de prognósticos. Esta matéria é tratada na Constituição Federal com mais 11, sendo que o 8º teve redação determinada e os 9º, 10 e 11 foram acrescentados pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998. DA SAÚDE ARTIGOS 196 A 200 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção de recuperação.

São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de Direito Privado. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único organizado de acordo com as seguintes diretrizes: (I) Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; (II) Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; (III) Participação da comunidade. (Parágrafo único) o sistema único de saúde será financiado nos termos do artigo 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada: ( 1) As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de Direito Público ou convênio, tendo preferência às entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos; ( 2) É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções as instituições privadas com fins lucrativos; ( 3) É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país, salvo nos casos previsto em lei; ( 4) A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Ao Sistema Único de Saúde (SUS) compete, além de outras atribuições nos termos da lei, também:

(I) Controlar e fiscalizar procedimentos produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, emoderivados e outros insumos; (II) Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; (III) Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; (IV) Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; (V) Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; (VI) Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; (VII) Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; (VIII) Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Conjunto de atividades técnico-científicas destinadas a melhorar os níveis de saúde física e psíquica dos grupos humanos, identificando, prevenindo e combatendo as causas perturbadoras. O texto vigente constitucional garante como um dever do Estado e um direito de todos. Ainda assegurado, que a iniciativa privada com relação à saúde, é livre e que também, mediante convênio, poderá integralizar-se ao sistema único, regionalizado e hierarquizado previsto no art.198. Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.080 de 1994. Lei nº 9.656 de 1998. Lei nº 9.434 de 1997, regulamentada pelo Decreto nº 2268 de 1997. Lei nº 8.501 de 1992. Lei nº 7.802 de 1989.

DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ARTIGOS 201 A 202 A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei (redação determinada pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998). prestações: O sistema da previdência social consiste em duas espécies de A PRIMEIRA ESPÉCIE = Quando dos benefícios previdenciários. São os pagamentos efetuados aos contribuintes e aos participantes dos planos previdenciários, pelo sistema de previdência social. A SEGUNDA ESPÉCIE = Quando dos serviços previdenciários. São prestações assistenciais de natureza não pecuniária, nas áreas de atendimento médico, odontológico, hospitalar e social, além de serviços de apoio para a reeducação e a readaptação profissionais. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a: (I) Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (II) Proteção à maternidade, especialmente à gestante; (III) Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (IV) Salário família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (V) Pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º. Além do exposto, esta matéria é tratada pelo vigente texto constitucional, da seguinte forma: O 1º pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Os 2º

até o 11 com texto normal. E, acrescentado o 12 pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003. É assegurada aposentadoria (termo de uso comum do povo, que corresponde ao estado da pessoa que, tendo chegado a uma idade limite ou cumprido um tempo de serviço, se afasta da relação de emprego recebendo de órgão oficial ou privado um prêmio apto a lhe assegurar a sobrevivência), nos termos da lei, calculando-se os benefícios sobre a média dos trinta e seis últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês. A aposentadoria pode ser integral ou proporcional dependendo de vários fatores. Aos professores a aposentadoria é concedida após trinta anos, ao professor, e, após vinte e cinco anos, à professora, por efetivo exercício de função de magistério. Por idade, sessenta e cinco anos de idade para os homens e sessenta anos de idade para as mulheres, reduzidas em cinco anos o limite de idade, para ambos os sexos, para os trabalhadores rurais. Por tempo de serviço, após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e, após trinta à mulher, ou em tempo inferior, se sujeitos o trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidas em lei. Por fim, para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na administração privada. Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.212 de 1991 regulamentadas pelo Decreto nº 2.173 de 1997. Lei nº 8.213 de 1991 regulamentadas pelo Decreto nº 2.172 de 1997. Lei nº 7.998 de 1990. Lei nº 4.090 de 1962. Lei nº 4.749 de 1965. Decretos nºs 57.155 de 1965 e 63.912 de 1968. Lei nº 3.577 de 1959 e Decreto nº 1.572 de 1977. Lei nº 3.841 de 1960. Lei nº 6.864 de 1980. Lei nº 8.112 de 1990. Lei nº 6.226 de 1975.

ARTIGOS 203 A 204 A ASSISTÊNCIA SOCIAL Segundo o artigo 203 da Constituição Federal, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social; uma vez que a prestação não está vinculada à condição de contribuinte, não fica caracterizada adesão do benefício o plano de previdência, razão pela qual não há de se falar em seguro social. São objetivos da assistência social: (1) Proteção à família, à maternidade, à infância, a adolescência e à velhice; (2) Amparo às crianças e adolescentes carentes; (3) Promoção da integração ao mercado de trabalho; (4) Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua integração à vida comunitária; (5) Garantia de um salário mínimo de benefício mensal a portadores de deficiência e ao idoso que não possam prover sua própria subsistência, ou de tê-la provida por sua família. Cristalino é o texto do artigo 204; vejamos As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no artigo 195 e organizadas com bases nas diretrizes ditadas pêlos incisos I e II. Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.742 de 1993 e Lei nº 8.909 de 1994.

DA EDUCAÇÃO ARTIGOS 205 A 214 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Para José Cretella Júnior e José Cretella Neto Direito à educação é o direito subjetivo público de receber do Estado e da família (art. 205) ensino fundamental (gratuito e obrigatório nos estabelecimentos oficiais), até o nível médio. A garantia à educação visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. E que o dever do Estado com a educação será efetivo (incisos de I a VII do artigo 208) mediante a garantia de: (a) Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria; (b) Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio (redação dada pela Emenda a Constitucional nº 14 de 12.09.1996); (c) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, especialmente na rede regular de ensino; (d) Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; (e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

(f) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; (g) Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação, e assistência à saúde. Além disso, deverão a União, os Estados, o Distrito Federal, e os Municípios organizar, em regime de colaboração, seus sistemas de ensino (...). Quanto aos princípios fundamentais do ensino, assim ensina o professor Walter Ceneviva... voltado para o atingimento dos fins indicados, o ensino fundamental é ministrado com base em princípios que afirmam, novamente, a preocupação com a garantia do padrão de qualidade (artigo 206, inciso VII), com direitos fundamentais transpostos para a área da educação (igualdade de condições para acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber) e mais : (a) Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino, considerado o ensino (artigo 209) livre à iniciativa particular desde que observada as normas gerais da educação nacional, obtida a prévia autorização e assegurada a permanente avaliação de qualidade pelo Poder Público; (b) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (c) Valorização dos profissionais do ensino, garantido, na forma da lei, plano de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União. A uniformidade é vertical, envolvendo, assim, desde as escolas de primeiro grau até as universidades federais; (d) Gestão democrática do ensino público, na forma da lei. Assegura o vigente texto constitucional:

O ensino é livre à iniciativa privadas desde que atendidas as condições estipuladas nos incisos I e II do artigo 209 da Constituição Federal; Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais; O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino (será ministrado em língua portuguesa, exceto aos índios) fundamental; Através de lei será estabelecido o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzem à: erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, melhoria de qualidade do ensino, formação para o trabalho, promoção humanística, científica e tecnológica do país. Ainda, o ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação recolhida, pelas empresas, na forma da lei. A educação nas constituições brasileiras: Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1824: Não tratou do assunto. Na CONSTITUIÇÃO DE 1891: Não tratou do assunto. Na CONSTITUIÇÃO DE 1934: Artigo 149 = A educação é direito de todos e dever ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporciona-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no país, de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a consciência da solidariedade humana.

Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1937: Artigo 128 = A arte, a ciência e o seu ensino são livres à iniciativa individual e à de associações ou pessoas coletivas, públicas e particulares. Na CONSTITUIÇÃO DE 1946: Artigo 166 = A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve inspirar-se nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana. Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1967: Artigo 168 = A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola; assegurada à igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e de solidariedade humana. ( 1 ) O ensino será ministrado nos diferentes graus pelos Poderes Públicos. ( 2 ) Respeitadas as disposições legais, o ensino é livre à iniciativa particular, a qual merecerá o amparo técnico e financeiro dos Poderes Públicos, inclusive bolsas de estudo. ( 3 ) A legislação do ensino adotará os seguintes princípios e normas: (I) O ensino primário somente terá ministrado na língua nacional; (II) O ensino dos sete aos quatorze anos é obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais; (III) O ensino oficiais ulterior ao primário será, igualmente, gratuito para quantos, demonstrando efetivo aproveitamento, provarem falta ou insuficiência de recursos. Sempre que possível, o Poder Público substituirá o regime de gratuidade pelo de concessão de bolsas de estudo, exigido o posterior reembolso no caso de ensino de grau superior; (IV) O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio; (V) O provimento dos cargos iniciais e finais das carreiras do magistério de grau médio e superior será feito, sempre, mediante prova de habilitação, consistindo em concurso público de provas e títulos quanto se tratar de ensino oficial; (VI) É garantida a liberdade de cátedra. Na CONSTITUIÇÃO (ATO INSTITUCIONAL) DE 1969: Artigo 176. A educação, inspirada no principio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e solidariedade humana, é direto de todos e dever do Estado, e será dada no lar e na escola. ( 1 ) O ensino será ministrado nos diferentes graus pelos Poderes

Públicos. ( 2 ) Respeitadas as disposições legais, o ensino é livre à iniciativa particular, a qual merecerá o amparo técnico e financeiro dos Poderes Públicos, inclusive mediante bolsas de estudos. ( 3 ) A legislação do ensino adotará os seguintes princípios e normas: (I) O ensino primário somente será ministrado na língua nacional; (II) O ensino primário é obrigatório para todos, dos sete quatorze anos, e gratuito nos estabelecimentos oficiais; (III) O ensino público será igualmente gratuito para quantos, no nível médio e no superior, demonstrarem efetivo aproveitamento e provarem faltam ou insuficiência de recursos; (IV) O Poder Público substituirá, gradativamente, o regime de gratuidade no ensino médio e no superior pelo sistema da concessão de bolsas de estudos, mediante restituição, que a lei regulará; (V) O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio; (VI) O provimento dos cargos iniciais e finais das carreiras do magistério de grau médio e superior dependerá, sempre, de prova de habilitação, que consistirá em concurso público de provas e títulos, quando se tratar de ensino oficial; e (VII) A liberdade de comunicação de conhecimentos no exercício do magistério, ressalvado o disposto no artigo 154. Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.147 de 1990. Lei nº 9.424 de 1996. Lei nº 9.394 de 1996. Lei nº 8.913 de 1994. Artigos 61 e 72 2º e 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Decreto nº 994 de 1993. Lei nº 8.436 de 1992. DA CULTURA ARTIGOS 215 A 216 O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais: Segundo o texto constitucional, o patrimônio cultural brasileiro é constituído por bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, a ação, a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.

São bens culturais: (1) As formas de expressão (inciso I); (2) Os modos de criar, fazer e viver (inciso II); (3) As criações científicas, artísticas e tecnológicas (inciso III); (4) As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados a manifestações artístico-culturais, cabendo à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem (inciso IV); e (5) Conjuntos urbanos e sítios de valores históricos, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (complemento do texto pelo professor Walter Ceneviva), sendo explicitado no texto constitucional o tombamento de todos os documentos e sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos (inciso V). Os incisos mencionados são do art. 216 da Constituição Federal. OBSERVAÇÕES: (1ª) = A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais; (2ª) = Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei; (3ª) = A Administração Pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. A cultura nas Constituições brasileiras: Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1824: Não tratou do assunto. Na CONSTITUIÇÃO DE 1891: Não tratou do assunto.

Na CONSTITUIÇÃO DE 1934: Artigo 148 = Café á União, aos Estados e aos Municípios favorecer e animar o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral, proteger os objetos de interesse histórico e o patrimônio artístico do país, bem como prestar assistência ao trabalhador intelectual. Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1937: Artigo 128 = A arte, a ciência e o seu ensino são livres à iniciativa individual e à associações ou pessoas coletivas, públicas e particulares. Na CONSTITUIÇÃO DE 1946: Artigo 174 = O amparo à cultura é dever do Estado. Parágrafo único. A lei promoverá a criação de institutos de pesquisas, de preferência junto aos estabelecimentos de ensino superior. Na CONSTITUIÇÃO (CARTA) DE 1967: Artigo 172 = O amparo à cultura é dever do Estado. Parágrafo único. Ficam sob a proteção espacial do Poder Público os documentos, as obras e os locais de valor histórico ou artístico, os monumentos e as paisagens naturais notáveis, bem como as jazidas arqueológicas. Na CONSTITUIÇÃO (ATO INSTITUCIONAL) DE 1969: Artigo 180 = O amparo à cultura é dever do Estado. Parágrafo único. Ficam sob a proteção especial do Poder Público os documentos, as obras e os locais de valor histórico ou artístico, os monumentos e as paisagens naturais notáveis, bem como as jazidas arqueológicas. Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.313 de 1991. Lei nº 7.542 de 1986. Lei nº 8.394 de 1991. Lei nº 7.347 de 1985. Lei nº 8.159 de 1991. Lei nº 8.685 de 1993. Decreto nº 974 de 1993.

DO DESPORTO ARTIGO 217 É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais como direito de cada um. Para professor Walter Ceneviva a norma fundamental para o desporto nacional foi inserida no 1º do artigo 217 ao condicionar o ingresso em juízo de ação relativa à disciplina e à competição desportiva após o esgotamento das instâncias de justiça esportiva, regulada em lei. Não se trata de uma quebra ao princípio geral que permite a submissão de todas as lesões processual, a ser satisfeito antes da distribuição judicial. A justiça desportiva tem o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final, o que incluí os correspondentes recursos. Determina a Constituição que o Poder Público incentive o lazer, como forma de promoção social. Para o professor Orlando Soares (in Comentários à Constituição do Brasil) considera-se desporto, desporte ou esporte o conjunto de exercícios físicos, praticados com método, individualmente ou em equipes. Por sua vez, desportista ou esportista é aquele que pratica desporto ou esporte, em caráter amador ou profissional. Conforme a atividade desportiva, os desportistas se classificam em atletas, jogadores, halterofilistas, etc.... Legislação sobre o assunto: Lei nº 8.672 de 1993 regulamentadas pelo Decreto nº 981 de 1993. DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA ARTIGOS 218 A 219 O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas:

Ciência, o conhecimento certo e necessário por suas causas. Tecnologia, conhecimento específicos sobre determinado assunto técnico. Pelo vigente texto constitucional, o Estado mediante incentivos (à formação de recursos humanos para essa área, concedendo benefícios aos que dela se ocupem, tais como meios de condições especiais de trabalho; e às empresas que investirem em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País e formação de recursos humanos) apoiará a Ciência e a Tecnologia. Assim, a Constituição Federal, no seu artigo 218 5º, faculta aos Estados e ao Distrito Federal a vinculação de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. A pesquisa pode ser: (1) Científica básica ( ou fundamental É aquela que se destina à descoberta das leis naturais) e (2) Científica tecnológica ( ou aplicada É aquela que se destina a solucionar problemas produtivos industriais). A primeira deve ser realizada tendo em vista o bem público e o progresso das ciências. A segunda deve ser realizada tendo em vista a solução de problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. Nos termos de lei federal, o mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem estar da população e a autonomia tecnológica do país. Legislação sobre o assunto: Lei nº 9.257 de 1996. DA COMUNICAÇÃO SOCIAL ARTIGOS 220 A 224

A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta constituição: A comunicação social, no posicionamento do vigente texto constitucional, é considerada fundamental para a vida democrática da sociedade, pois permite que o cidadão seja informado sobre assuntos de interesse público, além de contribuir para a educação do povo e a formação da opinião pública, é objeto do artigo 220 da Constituição Federal, que reitera a garantia constitucional de liberdade de pensamento, expressa no artigo 5º, incisos IV, V, VI, VIII, IX e XII, aí incluído o repúdio à censura (José Cretella Júnior e José Cretella Neto). São princípios que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão deverão atender: 1º PRINCÍPIO = Preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. 2º PRINCÍPIO = Promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação. 3º PRINCÍPIO = Regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei. 4º PRINCÍPIO = Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família (artigo 221 incisos de I a IV). OBSERVAÇÕES: (1ª) = O vigente texto constitucional veda o controle (direto ou indireto) dos meios de comunicação social, por monopólio ou oligopólio. (2ª) = Que as propriedades dessas empresas será privativo de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. (3ª) = É da competência do Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o funcionamento das entidades que se dedicam a esses serviços.

(4ª) = As diversões e os espetáculos públicos deverão ser regulados por lei federal, cabendo ao Poder Público posição orientadora, devendo informar sobre a natureza das diversões e dos espetáculos públicos, as faixas etárias a que não se recomendem, e locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada. (5ª) = Ao Congresso Nacional cabe a autorização e a não renovação para concessão. O quorum é de dois quintos, em votação nominal. (6ª) = O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze anos para as de televisão. Legislação sobre o assunto: Lei nº 7.524 de 1986. Lei nº 9.294 de 1996. Lei nº 9.612 de 1998. Lei nº 8.389 de 1991. Decreto nº 99.257 de 1990 e Decreto nº 785 de 1993. DO MEIO AMBIENTE ARTIGO 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações: O ambiente em que todos vivem e exercitam sua atividade, com direito a tê-lo ecologicamente equilibrado, como bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, e cuja defesa e preservação se impõe ao Poder Público e à coletividade. A Constituição Federal, no artigo 225 caput consagra o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, considerado bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. A defesa e a preservação do meio ambiente são tarefas do Poder Público e da coletividade, que tem essa responsabilidade perante as gerações presentes e futuras.

O professor Walter Ceneviva, assim comenta (in Direito Constitucional Brasileiro) O homem tomou conhecimento, no século XX, da necessidade de preservar o meio ambiente, como garantia de sua própria vida. O conhecimento surgiu aos poucos, diante dos efeitos danosos provocados pela rápida transformação das condições da habitabilidade, em todo o planeta. O progresso científico, para fins pacíficos ou beligerantes, desenvolveu a aplicação de energia nuclear. A exploração da propriedade imóvel provocou a destruição florestal. O número crescente de motores a explosão, eliminando partículas na atmosfera, com aumento da taxa de CO2 foram alguns dos subprodutos do que se convencionou chamar de progresso do homem. A partir da segunda metade deste século a ecologia passou a ter realce, no mundo da ciência, como um ramo da biologia, muito embora seu desenvolvimento assinalasse importantes progressos desde o começo do século. Assumiu tal importância que logo repercutiu no direito, num dos influxos de seu espectro multidisciplinar, envolvendo a proteção da fauna e da flora, como requisitos para a proteção do homem, quanto ao ar, à água, ao alimento, e, até mesmo, quanto ao lixo que ele despeja. Para melhor e completo entendimento, devemos conceitua o que é ecologia, verificar a incorreta expressão preservar a ecologia e definir equilibro ecológico. Para isso, buscamos as aulas do professor José Cretella Júnior; Vejamos: ecologia = É o ramo da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou ambiente em que vivem bem como suas recíprocas influências; incorreta a expressão = Preservar a ecologia porque ecologia é uma ciência, e não se pode preservar uma ciência (pode-se estudá-la, aplicála, incentivá-la ou promovê-la, mas não preservá-la ); utiliza-se essa

expressão incorreta em lugar de preservar o meio ambiente ou preservar a natureza. Por fim, equilíbrio ecológico = É o estado dinâmico de relacionamento dos seres vivos entre si e com o meio ambiente, em que a proporção entre as populações de seres vivos, as propriedades físico-químicas do ar e da água se mantêm relativamente constantes, ao longo do tempo. As medidas que devem ser tomadas para a preservação e a defesa do meio ambiente são: preventivas, repressivas, e corretivas. Os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, estarão sujeitos a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar o dano causado ao meio ambiente. OBSERVAÇÕES: (1ª) = Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei; (2ª) = A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal mato-grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro das condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais; (3ª) = São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pêlos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais; e etc. Legislação sobre o assunto: Lei nº 7.802 de 1989 regulamentada pelo Decreto nº 98.819 de 1990. Lei nº 4.771 de 1965. Lei nº 7.735 de 1989. Lei nº 7.797 de 1989. Decreto nº 98.161 de 1989. Lei nº 8.974 de 1995. Lei nº 7.802 de 1989. Lei nº 5.197 de 1967. Decreto nº 221 de 1967. Lei nº 4.771 de 1965. Lei nº 7.754 de 1989. Decreto nº 227 de 1967. Lei nº 6.938 de 1981. Lei nº 6.902 de 1981. Lei nº 7.347 de 1985. Lei nº 9.760 de 146. Lei nº 6.383 de 1976. Lei nº 6.925 de 1981 e Decretos nºs 1.414 de 1975 e 87.620 de 1982.