Giovana Abrahão de Araújo Moriya



Documentos relacionados
Por que aceitei falar sobre o assunto?

LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM ANESTESIA.

devidamente fundamentadas, relativas à proposta de reesterilização, reprocessamento, protocolo e diretrizes apresentadas,em anexo.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE REUTILIZAÇÃO DE PRODUTOS DE USO ÚNICO

RESOLUÇÃO-RE N - 515, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2006

DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DO BRASIL:

Legislação Nacional sobre Reprocessamento de Artigos Hospitalares

OFICINA: ESTERILIZAÇÃO. Coordenação: Profª Dra. Kazuko Uchikawa Graziano-EEUSP Participação especial do Engenheiro Roberto Chimionato

REUSO DE MATERIAIS DE USO ÚNICO

VI SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS

Tratamento de materiais explantáveis: polêmica do descarte de resíduos. Luiz Carlos da Fonseca e Silva

2º ENCONTRO DE ESTERILIZAÇÃO Métodos de validação de limpeza de acordo com as especificidades dos materiais utilizados na saúde

RMUU- Reuso de materiais de uso único

LISTA CORRELATOS GERENCIA HOSPITALAR

Figura 1 Principais áreas de atuação

SITUACION DEL REUSO DE DM DE UN SOLO USO. Farm. Andrea Couso

Eng. Paulo Roberto Laranjeira

Limpeza e Esterilização: normatizações aplicáveis à RDC 15 André Cabral

Benefícios e Dificuldades na Implantação do Sistema Fechado de Infusões Endovenosas

Checklist prático da RDC 15/2012

RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E INSUMOS DESTINADOS A PRESTAÇÃO DE SAÚDE (Art. 5 o, Inciso XXXVII) (Convênio ICMS 80/02)

Manual do Representante

CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO CME DEFINIÇÃO

Gerenciamento de Resíduos

Reprocessamento de artigos médicos-hospitalares: fatores críticos de sucesso para a limpeza e desinfecção


Contribuição da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para a Segurança do Paciente

TRATAMENTO DE EQUIPAMENTO E MATERIAL DE ENDOSCOPIA

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU

Se podes curar com dietas, evita remédios; se podes curar com remédios simples, evita os complexos

QUALIDADE NO REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS PELO VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO. Unidade Acadêmica: Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva - NESC/UFG

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

A SEGURANÇA DA ASSISTÊNCIA DO PACIENTE CIRÚRGICO: FLUXO DE OPME NORMAS E CONDUTAS

Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção. Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia

ENCONTRO SOBRE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES E ODONTOLÓGICOS LIMPEZA E PREPARO DE MATERIAIS

MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE LUCAS DO RIO VERDE CONTROLE INTERNO ASSUNTO: RESÍDUOS SÓLIDOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE -LIXO HOSPITALAR

CUIDADOS NAS ETAPAS DO PROCESSAMENTODOS ARTIGOS EM CME

Limpeza hospitalar *

Núcleo de Vigilância em Estabelecimentos de Saúde/Infec

FARMÁCIA EM CENTRO CIRÚRGICO. Eugenie Desirèe Rabelo Néri Chefe do Serviço de Farmácia do HUWC/UFC

A IMPORTÂNCIA DA CME DENTRO DA CIRURGIA SEGURA

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/ /10/2012

CURSO II - PRÉ-CONGRESSO

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Proposta do SINDILUB de Logística Reversa das Embalagens de Óleos Lubrificantes para Revenda Atacadista

Administração Central Unidade do Ensino Médio e Técnico GFAC Grupo de Formulação e Análises Curriculares. Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde

INSTRUÇÃO DE USO CONJUNTO DE TUBOS PARA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA OXYSHUNT NOME COMERCIAL: CONJUNTO DE TUBOS

CENTRO DIAGNÓSTICO AFONSO PENA

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI

Profª Dra. Kazuko Uchikawa Graziano

EBOLA MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE EM SERVIÇOS DE SAÚDE ANA RAMMÉ DVS/CEVS

Fase extra-estabelecimentoestabelecimento de saúde

Centro de material e esterilização e a RDC ANVISA nº15 Análise e pontos críticos. Rafael Queiroz de Souza

DISPOSITIVO DE SEGURANÇA. Fernanda Mara Coelho Cardozo Consultora Educacional BD Medical Mestranda em Enfermagem pela EERP - USP

a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes biológicos;

EQUIPAMENTOS MÉDICO- HOSPITALARES: Higienização, Operação e Cuidados

OFICINA: Limpeza: Foco em Carregamento de Termolavadora e Lavadora Ultrasônica Coordenador: Ligia Garrido Calicchio

Produtos. Divisão Cardíaca

O que muda na CME com a RDC nº 15 de 15/03/2012

PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES SANITÁRIAS REFERENTES A ESTABELECIMENTOS DE SAÙDE PROJETOS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Oncologia. Aula 3: Legislação específica. Profa. Camila Barbosa de Carvalho

ROL DE PROCEDIMENTOS E EVENTOS EM SAÚDE 2016

Samy Menasce. Associação Brasileira de Esterilização - ABE. Esterilização de material cirúrgico pelo Gás Ozônio ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTERILIZAÇÃO

CME: os 22 DESAFIOS em busca de segurança para o paciente

Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86.

PARECER COREN-SP CT 055/2013. PRCI nº Tickets nº , , , , , , , , 307.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Assunto: Reprocessamento de Instrumentos Cirúrgicos reutilizáveis cedidos ao SNS em regime de empréstimo

PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS INERENTES - SANTA CASA SAÚDE

DECRETO Nº 7.767, DE 27 DE JUNHO DE 2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2015

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA RDC Nº 16, DE 21 DE MARÇO DE 2012

PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE NORMA Nº 648

Critérios de decisão na escolha dos dispositivos médicos. Departamento da Qualidade na Saúde. Divisão da Qualidade Clínica e Organizacional

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU

REUSO DE PRODUTOS REUSO DE PRODUT MÉDICOS HOSPIT

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº N /2010 DECRETO Nº N 7.404/2010

Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 14, DE 5 DE ABRIL DE 2011.

Ambiente físico do Centro de Material Esterilizado

Dispositivos Médicos. Promover a Saúde Pública

A LOGÍSTICA REVERSA DENTRO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Cristiane Tomaz

Sistema Brasileiro de Tecnologia SIBRATEC. Rede de Produtos para Saúde PRODSAÚDE

Parecer Técnico nº 08/2014

TERMO DE ADJUDICAÇÃO. Item 0001

Manual de Instruções

ENFERMAGEM HOSPITALAR Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos Sumário ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Instrução de Trabalho. Circulação de sala

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL Autarquia Federal - Lei nº 5.905/73

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

MARETE INDUSTRIAL APLICAÇÕES

Formulário de Petição para Cadastramento Materiais de uso em saúde RDC nº 24/09

Frutas e Hortaliças embaladas Aspectos Legais

PLANO DE AULA. Aulas práticas Perspectivas de atuação no contexto do centro cirúrgico Aula dialogada

Autoclavagem. Microondas. Manejo de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde Tratamento preliminar e destinação

INSTITUIÇÃO: DATA: RESPONSÁVEL PELA INSPEÇÃO: NOME DO RESP. PELO SERVIÇO;

Transcrição:

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

REUSO DE MATERIAIS DE USO ÚNICO POLÊMICA - RMUU NÃO ESTÃO SUFICIENTEMENT E EXPLORADOS Prática quase sempre justificada pelo alto custo dos materiais

RISCOS DO REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS SÓCIO POLÍTICO ÉTICO BIOÉTICO TÉCNICO OUTROS MATÉRIA PRIMA INFECÇÃO BIOFILMES RESÍDUOS ORGÂNICOS E DE PRODUTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO PIROGENIAS INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE

Brasil MS - ANVISA Reunião de peritos (1985) Portaria nº 4 (1986): Definições e Lista de produtos de uso único proibido de reprocessar. Consulta Pública nº 98 (06/12/2001) Portaria nº 936 (06/12/2002) da Secretaria de Assistência à Saúde: Protocolo para reprocessamento de grampeadores Consulta Pública nº 17 (19/03/2004) Audiência Pública em 03/06/2005 Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 30 16/2/2006. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 156 11/8/2006. Resolução RE nº 2.605 11/8/2006. Resolução RE nº 2.606 11/8/2006. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 15 15/3/2012.

REGULAMENTAÇÕES BRASILEIRAS RESOLUÇÃO - RDC No- 156, DE 11 DE AGOSTO DE 2006 Dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de produtos médicos, e dá outras providências. Fabricantes e importadores podem propor o enquadrament o dos produtos na solicitação do registro

Uso único Proibido reprocessar 2 1. Agulhas com componentes, plásticos não desmontáveis; 2. Aventais descartáveis; 3. Bisturi para laparoscopia com fonte geradora de energia, para corte ou coagulação com aspiração e irrigação; 4. Bisturis descartáveis com lâmina fixa ao cabo; (funcionalidade) 5. Bolsa coletora de espécimes cirúrgicos; 6. Bolsas de sangue; 7. Bomba centrífuga de sangue; 8. Bomba de infusão implantável; 9. Campos cirúrgicos descartáveis; 10. Cânulas para perfusão, exceto as cânulas aramadas.;11. Cateter de Balão Intra-aórtico; 12. Cateter epidural; 13. Cateter para embolectomia, tipo Fogart; 14. Cateter para oxigênio; 15. Cateter para medida de débito por termodiluição; 16. Cateter duplo J, para ureter; 17. Cateteres de diálise peritoneal de curta e longa permanência;18. Cateteres e válv ulas para derivação ventricular; 19. Cateteres para infusão venosa com lume único, duplo ou triplo; 20. Cobertura descartável para mesa de instrumental cirúrgico; 21. Coletores de urina de drenagens, aberta ou fechada; 22. Compressas cirúrgicas descartáveis; 23. Conjuntos de tubos para uso em circulação extracorpórea; 24. Dique de borracha para uso odontológico; 25. Dispositivo para infusão vascular periférica ou aspiração venosa; 26. Dispositivo linear ou circular, não desmontável, para sutura mecânica; 27. Drenos em geral; 28. Embalagens descartáveis para esterilização de qualquer natureza; 29. Equipos descartáveis de qualquer natureza exceto as linhas de diálise, de irrigação e aspiração oftalmológicas; 30. Esponjas Oftalmológicas; 31. Expansores de pele com válvula; 32. Extensões para eletrodos implantáveis; 33. Equipos para bombas de infusão peristálticas e de seringas; 34 Extensores para equipos com ou sem dispositivo para administração de medicamentos 35. Filtros de linha para sangue arterial; 36. Filtros para cardioplegia; 37. Filtros endovasculares; 38. Fios de sutura cirúrgica: fibra, natural, sintético ou colágeno, com ou sem agulha; 39. Geradores de pulso, implantáveis; 40. Hemoconcentradores; 41. Injetores valvulados (para injeção de medicamentos, sem agulha metálica); 42. Lâmina de Shaiver com diâmetro interno menor que 3mm; 43. Lâminas descartáveis de bisturi, exceto as de uso oftalmológico; 44. Lancetas de hemoglicoteste; 45. Lentes de contato descartáveis; 46. Luvas cirúrgicas; 47. Luvas de procedimento; 48. Óleos de silicone Oftalmológico e soluções viscoelásticas oftalmológicas; 49. Oxigenador de bolhas; 50. Oxigenador de membrana; 51. Pinças e tesouras não desmontáveis de qualquer diâmetro para cirurgias vídeo assistida laparoscópica; 52. Produtos implantáveis de qualquer natureza como: cardíaca, digestiva, neurológica, odontológica, oftalmológica, ortopédica, otorrinolaringológica, pulmonar, urológica e vascular. 53. Punch cardíaco plástico; 54. Reservatórios venosos para cirurgia cardíaca de cardioplegia e de cardiotomia; 55. Sensor débito cardíaco; 56. Sensores de Pressão Intra-Craniana; 57. Seringas plásticas exceto de bomba injetora de contraste radiológico. 58 Sondas de aspiração; 59. Sondas gástricas e nasogástricas, exceto as do tipo fouché; 60 Sondas retais; 61 Sondas uretrais e vesicais, exceto uso em urodinâmica; 62. Sugador cirúrgico plástico para uso em odontologia; 63. Registro multivias de plástico, exceto os múltiplos, tipo manifold; 64.Cúpula isoladas para transdutores de pressão sangüínea; 65.Trocater não desmontável com válvula de qualquer diâmetro; 66.Tubo de coleta de sangue. RE No 2.605, DE 11 DE AGOSTO DE 2006

REGULAMENTAÇÕES BRASILEIRAS RESOLUÇÃO - RE No- 2.606, DE 11 DE AGOSTO DE 2006 Dispõe sobre as diretrizes para elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos e dá outras providências.

REGULAMENTAÇÕES BRASILEIRAS Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 15 15/3/2012. Art. 8º O serviço de saúde que realize mais de quinhentas cirurgias/mês, excluindo partos, deve constituir um Comitê de Processamento de produtos para Saúde (CPPS), composto minimamente, por um representante: I- diretoria do serviço de saúde; II- CME; III- Serviço de enfermagem; IV- Equipe médica; V- CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar). Assessoria jurídica e da Comissão de Ética

Subseção II Das Atribuições Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 15 15/3/2012. Art. 36 O Comitê de Processamento de Produtos para Saúde tem por atribuições: I- Definir os produtos para saúde a serem processados no CME ou que devem ser encaminhados a serviços terceirizados contratados; II- Participar da especificação para a aquisição de produtos de saúde, equipamentos e insumos a serem utilizados no processamento de produtos para saúde;

Problemas relacionados à reutilização de produtos Reprocessáveis Produzido a partir de matérias primas nobres: metais Elevado custo inicial que atenua com a múltipla utilização. Geralmente resistente ao calor (> segurança). Geralmente desmontável. Tempo médio de vida? Manutenção? Limpeza? Esterilização? Sobrecarga aos Serviços de Saúde. Uso Único Fabricado a partir de matérias primas não nobres: plásticos ou elastômeros. Custo menor do que o seu equivalente permanente, porém onera muito mais os sistemas de saúde. Termossensíveis. Não desmontáveis. Fácil disponibilidade Seguro Sem riscos de ações judiciais. PINTO, T. de J.A.; GRAZIANO, K.U. Reprocessamento de artigos médicos-hospitalares de uso único. In: FERNANDES, A.T.; FERNANDES, M.O.V.; R FILHO, N. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu, 2000. cap. 59, p. 1070-8.

AVANÇO TECNOLÓGICO Crescente arsenal tecnológico Intervenções de cuidado da saúde Ampliando continuamente com a introdução de novos produtos

Problema... Descompasso!... Apesar do rótulo uso único, é possível reusar mais vezes... (sic de um fabricante).

Custos Cirurgia laparoscópica vídeo assistida Preço Unitário Custo Autosuture Material Ethicon Auto-suture Número utilizado Custo Ethicon Trocater 10 mm R$ 566,00 R$ 585,00 2 R$ 1.132,00 R$ 1.170,00 Trocater 5 mm R$ 552,00 R$ 585,00 2 R$ 1.104,00 R$ 1.170,00 Agulha de Veress R$ 273,00 R$ 221,50 1 R$ 273,00 R$ 221,50 Tesoura R$ 1.025,00 R$ 874,00 1 R$ 1.025,00 R$ 874,00 Pinça de apreensão R$ 959,00 R$ 874,00 2 R$ 1.918,00 R$ 1.748,00 Pinça de dissecção R$ 959,00 R$ 874,00 1 R$ 959,00 R$ 874,00 Extrator vesícula (endocath) R$ 262,00 R$ 766,00 1 R$ 262,00 R$ 766,00 Nó cirúrgico (endoclose) R$ - R$ 216,00 1 R$ - R$ 216,00 R$ - R$ - R$ - R$ - Custo das pinças tesoura, apreensão e dissecção R$ 3.902,00 R$ 3.496,00 Total R$ 6.673,00 R$ 7.039,50 PSALTIKIDIS, E.M. ; GRAZIANO, K. U.; FREZATTI, F. Análise dos custos do reprocessamento de pinças de uso único utilizadas em cirurgias vídeo assistidas. Rev Latino am Enfermagem, v. 14, n.4, p. 593-600, 2006.

Os critérios existentes atualmente para registrar os materiais como sendo de uso único são pouco sensíveis e de baixa especificidade. Justificativas para RMUU? A leislação atual RDC 156/2006 e seus anexos, REs 2605 e 2606, permitem e norteiam o Reuso de MUU, apesar das dificuldades na sua implementação. A incorporação da biotecnologia de alto custo em carcaças de material plástico ou elastoméricos redundou em materiais de uso único de alto custo. Seguradoras e operadoras de saúde que restringem o pagamento integral Virtude ecológica e do NÃO desperdício Nem todos os materiais de uso único, de alto custo, têm um equivalente reutilizável como opção: falta uma política norteadora para fabricação de MUU de alto custo. Prática do Reuso de Materiais Comercializados como sendo de USO ÚNICO

Antes de optar por um MUU... É possível utilizá-lo como tal? pense Sim OK Busque um Equivalente permanente Não Não há! Está sendo pago o menor preço? Há possibilidade de negociar em grandes volumes? Quanto custa validar? Sólido (s/ espaços internos) Funcionalidade conservada Conformação complexa Ex: Eletrodo de Eletrofisiologia/ Eletromiografia Protocolo/POP Validação do protocolo teste com forte evidência (laboratórios credenciados )

É possível o reuso? Sim... Contanto que... Seriedade da alta administração e do corpo técnico (Comitê de reprocessamento). Decisão pautada em análise custo efetividade ou outro motivo claramente definido. Julgamento do risco e certeza da funcionalidade preservada. Controle do processo de trabalho na CME. Acesso a métodos automatizados para limpeza e esterilização a baixa temperatura (ETO). Monitoramento de efeitos adversos.

Fluxo 1 para tomada de decisão sobre reuso O material de uso único ématerial de implante? Risco de estar contaminado com os prions? SIM NÃO 2 Seguir os fluxos 2 (esterilidade) e 3 (funcionalidade)

Fluxo 2 para tomada de decisão sobre reuso (limpeza e esterilidade) 1. O material de uso único énão critico? NÃO 2. Há evidencia de que o reuso aumente o risco de infecção hospitalar quando comparado ao material novo? NÃO 3. A conformação do material de uso único impede a limpeza, desinfecção/ esterilização? NÃO SIM SIM 4. A dificuldade equivale a de um material permanente? NÃO SIM Baixo risco Alto risco SIM Risco Intermediário continuação Baixo risco 6. Éum material semicrítico? Risco Intermediário SIM NÃO Alto risco

Fluxo 3 para tomada de decisão sobre reuso (funcionalidade) continuação OEM = Original Equipament Manufacturers. CDRH = Center for Devices and Radiological Health FDA 2002

CONSIDERAÇÕES! Toxic Anterior Segment Syndrome outbreak Explante asséptica de prótese SIRS

Problemas operacionais na decisão RMUU Quem está habilitado para decisão? Há laboratórios credenciados? A Anvisa reconhece como seguro? Quanto custa validar? O hospital que não conseguir custear a validação, não realiza a assistência?

Decisão 2... Método de validação para obter evidência forte MUU novo Inoculação direta ou Contaminação desafio P R O C E S S A M E N T O Método indireto Segmentação Agitação Sonicação Cultivo para recuperação do microrganismo desafio

Caminhos a partir de evidências científicas Proibir! Disponibilizar para TODOS. 2 Permitir Controle: Comitê de reprocessamento Processos de trabalho em CME Criação de refabricantes de material Outros...

REFERÊNCIAS BÁSICAS GRAZIANO KU, SILVA A, PSALTIKIDIS EM. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. SP, Manole, 2011. 417p ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Esterilização de artigos em unidades de saúde. 3 ed revisada e ampliada. São Paulo: APECIH, 2010. 338p. apecih@uol.com.br (Dédina) GRAZIANO K.U. Processos de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos odonto-médico-hospitalares e cuidados com o ambiente cirúrgico. In: LACERDA, R.A. Controle de Infecção em Centro Cirúrgico: fatos, mitos e controvérsias. São Paulo: Atheneu, 2003. Cap 11, p. 163-95. PADOVEZE, M. C. ; GRAZIANO, Kazuko Uchikawa ; LEICHSENRING, M. L.. Aplicação de critérios para a tomada de decisões. In: Maria Clara Padoveze. (Org.). Reprocessamento de artigos de uso único. São Paulo: APECIH, 2008, v. 1, p. 62-69. GRAZIANO, Kazuko Uchikawa. Análise da legislação sobre reprocessamento de artigo único. In: Maria Clara Padoveze. (Org.). Reprocessamento de artigos de uso único. São Paulo: APECIH, 2008, v. 1, p. 81-95.

PROBLEMAS?????

PROVÉRBIO CHINÊS PENSAMENTO...

Muito obrigada! giovana.moriya@einstein.br