ATLETISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESOLAR

Documentos relacionados
A IMPORTÂNCIA DO MINI ATLETISMO PARA CRIANÇAS DO 1 AO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O ATLETISMO NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ELEMENTO ESSENCIAL NO PROCESSO DA EDUCAÇÃO.

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 80h CH Prática: CH Total: 80h Créditos: 04 Pré-requisito(s): ---- Período: I Ano:

NORMA 12 CATEGORIAS OFICIAIS DO ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA ETÁRIA Aprovada pela Assembléia Geral em

NORMA 12. CATEGORIAS OFICIAIS DO ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA ETÁRIA Aprovada pela Assembleia Geral em Atualizada por em

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 60h CH Prática: 20h CH Total: 80h Créditos: 04 Pré-requisito(s): Período: I Ano:

OPapeldoesportenaescola; Porque somente os Esportes Coletivos são trabalhados na escola; Como trabalhar os esportes individuais na escola;

NORMA 12. CATEGORIAS OFICIAIS DO ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA ETÁRIA Aprovada pela Assembléia Geral em

NORMA 12. CATEGORIAS OFICIAIS DO ATLETISMO BRASILEIRO POR FAIXA ETÁRIA Aprovada pela Assembleia Geral em

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO CBAt. Investindo no FUTURO do ATLETISMO BRASILEIRO

Estudo dirigido Corridas e Marcha (Responda apenas nos espaços indicados)

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS E TREINADORES INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO EM 2016

O VÔLEI COMO ELEMENTO DE SOCIALIZAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO CBAt. Investindo no FUTURO do ATLETISMO BRASILEIRO

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS E TREINADORES INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO EM 2017

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO EM 2019

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO EM 2018

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO PERÍODO 2011 A 2016

GABARITO DO CADERNO DE ALUNO PARA O PROFESSOR

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO 2015

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO 2015

RELATO DE EXPERIÊNCIA PROJETO INICIAÇÃO AO ATLETISMO DENTRO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO DA CIDADE DE LIMEIRA.

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO 2015

OLIMPÍADAS 2016 BRASIL

ATLETISMO NO CAMPUS DE BLUMENAU

1º - Haverá contagem em separado para o masculino e para o feminino e uma contagem geral para definir a equipe (clube) vencedora.

TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO XXXVI Edição

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO CURSO BÁSICO DE ARBITRAGEM MARINGÁ PR 21, 22 E 23 DE AGOSTO DE 2015 PROGRAMAÇÃO

REGULAMENTO ESPECÍFICO ATLETISMO/2018

NORMA 04 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ÁRBITROS ANEXO I CURSO BÁSICO DE ARBITRAGEM EM ATLETISMO

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA ATLETAS INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO EM 2016

... CLÍNICA DE INICIAÇÃO EM ATLETISMO

TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO XXXVI Edição

SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER SMEL SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SMED

NORMA 04 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ÁRBITROS ANEXO I CURSO BÁSICO DE ARBITRAGEM EM ATLETISMO

TROFÉU BRASIL CAIXA DE ATLETISMO XXXII Edição

Atletismo na escola, uma possibilidade de ensino. E.E. Alfredo Paulino. Professor(es) Apresentador(es): Prof. Eduardo Maia Simões.

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA INTEGRANTES DE SELEÇÕES BRASILEIRAS DE ATLETISMO

REGULAMENTOS 2018 Campeonatos Amapaenses CAIXA de Atletismo-16

A PRÁTICA DO FUTSAL LÚDICO

ATLETISMO - REGULAMENTO

ATLETISMO Nº 02 15/11/2018

PROPOSTA DE TRABALHO

27. (CONCURSO MAURITI/2018) Sobre o esporte participação é incorreto afirmar. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PLANEJAMENTO Série: 9º ano Professor: Cassio Lima 1ª UNIDADE 28/01/2019 a 10/05/2019 DISCIPLINA: Educação física

XXXVI TROFÉU NORTE-NORDESTE CAIXA DE ATLETISMO

CMT Colégio Militar Tiradentes. Ficha de Inscrição

Seletiva Estadual Universitária de ATLETISMO

A IMPORTÂNCIA DO ATLETISMO COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Campeonato Pernambucano de Atletismo Sub 16. 1ª Etapa Sábado (Manhã) - 13/07/2019 HORA ENTRADA PROVA CARATER SEXO

CAMPEONATOS BRASILEIROS DE ATLETISMO SUB-20 SUB-18 SUB-16

REGULAMENTOS 2018 Campeonatos Brasileiros

CAMPEONATO PERNAMBUCANO ADULTO DE ATLETISMO REGULAMENTO

CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO DE JUVENIS INTERESTADUAL LII Masculino e XL Feminino

CAMPEONATO ESTADUAL CAIXA DE ATLETISMO ADULTO

CAMPEONATOS ESTADUAIS CAIXA DE ATLETISMO ADULTO 2018

CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-23

II CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO DE JUVENIS - INTERCLUBES

Os Campeonatos são realizados segundo as Regras da IAAF, as Normas da CBAt e as contidas neste regulamento.

CAMPEONATO PERNAMBUCANO SUB 16 DE ATLETISMO REGULAMENTO

Campeonato Estadual Mineiro Caixa de Atletismo Sub 18

CAMPEONATO CEARENSE CAIXA ADULTO DE ATLETISMO 28 e 29 de Agosto de 2015 REGULAMENTO

XL CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-18 - INTERSELEÇÕES

CAMPEONATOS BRASILEIROS DE ATLETISMO SUB-23

VII CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-18 - INTERCLUBES

R E G U L A M E N T O

ATLETISMO Nº 02 04/09/2014

CAMPEONATO CEARENSE CAIXA ADULTO DE ATLETISMO 25 e 26 de Junho de 2016 REGULAMENTO

CAMPEONATOS ESTADUAIS CAIXA DE ATLETISMO SUB

ALMANAQUE OLIMPÍADAS Leticia/Bruna 9A

O PROJETO DE EXTENSÃO ATLETISMO PARA CRIANÇAS E JOVENS DESENVOLVIDO PELO GRUPO DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS E PESQUISA EM ATLETISMO DA UNESP-RIO CLARO

Campeonato Nacional de Sub-18 (Juvenis)

CAMPEONATOS NACIONAIS DE JUVENIS

CAMPEONATOS DE PORTUGAL

Circular N.º 10/14. Ipatinga, 16 de Maio de Ilmo. (a) Sr. (a) DD. GERENTE. Ref.: 25º Troféu Infanto-Juvenil de Atletismo Ipatinga/Usipa

CAMPEONATO CEARENSE CAIXA SUB-23 DE ATLETISMO 01 e 02 de Agosto de 2014 REGULAMENTO

CAMPEONATOS ESTADUAIS DE ATLETISMO SUB-20 Revisado após definições dos representantes dos comitês em

CAMPEONATOS ESTADUAIS CAIXA DE ATLETISMO SUB-18

Autores que defendem que a ginástica seja ensinada com mais frequência nas escolas recomendam que o professor de Educação Física

MARCAS DE QUALIFICAÇÃO NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS ÉPOCA 2016/2017

MARCAS DE QUALIFICAÇÃO NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS ÉPOCA 2014/2015

ATLETISMO Nº 01 11/11/2015

Seletiva Estadual Universitária de ATLETISMO Seletiva Nacional para a UNIVERSIADE

REGULAMENTO E PROGRAMA

MARCAS DE QUALIFICAÇÃO NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS ÉPOCA 2015/2016

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

INFORMATIVO TÉCNICO 02

XXXVII CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO DE MENORES - INTERESTADUAL

7º ANO 3º BIMESTRE: ATLETISMO

Informações de Impressão

REGULAMENTO RELATIVO À HOMOLOGAÇÃO DE RECORDES DE PORTUGAL, RECORDES NACIONAIS E RECORDES NACIONAIS DE ESTRADA

VI CAMPEONATOS BRASILEIROS CAIXA DE ATLETISMO SUB-16 INTERCLUBES

MARCAS DE QUALIFICAÇÃO NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS ÉPOCA 2017/2018

REGULAMENTO ESPECÍFICO DO II FESTIVAL DE ATLETISMO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE SANTARÉM

Transcrição:

ATLETISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESOLAR CARVALHO, Sheila Rodrigues 1 CEZAR, Marcelo Diarcadia Mariano 2 1 Acadêmico do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva 2 Docente do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva RESUMO O objetivo do presente trabalho é ampliar os conhecimentos acerca do atletismo na educação física escolar, observando sua prática como beneficio ao movimento, e nesta perspectiva, considerar que a escola é via para transmissão dos valores proporcionados pela prática do atletismo. Este trabalho contou com revisão de texto através de levantamento bibliográfico, utilizando como base de dados monográficos, Google acadêmico e acervo de livros da biblioteca da faculdade. Observamos neste estudo as possibilidades para que os alunos se apropriem e apreciem elementos do atletismo como manifestações dos movimentos através das adequações propostas pelo professor. Palavras-Chave: Atletismo, Educação Física, Escolar. ABSTRACT The aim of this study is to increase knowledge about athletics in school physical education, noting his practice as a benefit to the movement, and in this perspective, consider that the school is pathway for transmission of values provided by the practice of athletics. This work was proofing through literature, using as the basis of monographic data, Google Scholar and collection of college library books. We observed in this study the possibilities for students to appropriate and enjoy athletics elements as manifestations of motions through the adjustments proposed by the teacher. Key words: Athletics, Physical Education, School.

1. INTRODUÇÃO O atletismo é o esporte base que surge através dos movimentos naturais dos seres humanos, tais como as corridas, saltos e lançamentos. Sua origem é da Grécia em torno do ano 1225 a. c. como prática esportiva ocorrendo uma competição com cinco provas sendo: corrida, luta, salto em distância e arremessos de dardo e disco (CBAT, 2015). Essa modalidade é importante para a formação do ser humano, sua prática lida com os direitos e deveres para convivência em cidadania, dando aos alunos uma ampla visão para reflexões acerca da prática na escola. O atletismo é propagador na melhoria das capacidades físicas e, consequentemente, no cumprimento de tarefas cotidianas auxiliando no desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo social dos alunos. (OLIVEIRA, 2006). A prática do atletismo melhora a capacidade física, ajuda nas tarefas do dia a dia, melhora a circulação, sistema nervoso força velocidade resistência, flexibilidade e agilidade. (OLIVEIRA, 2006). De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2015) o mini atletismo surgiu com o intuito de desenvolver a modalidade de acordo com a faixa etária dos alunos. Foi criado pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAA F) que, por sua vez, teve como objetivos a contribuição para saúde, interação, motivação, educação e auto satisfação do aluno. Diante disto, o objetivo do presente trabalho é ampliar os conhecimentos acerca do atletismo na educação física escolar, observando sua prática como beneficio ao movimento, e nesta perspectiva, considerar que a escola é via para transmissão dos valores proporcionados pela prática do atletismo Nesse estudo foi realizado levantamento bibliográfico, com utilização das bases de dados: monográficos, Google acadêmico e acervo de livros da biblioteca da faculdade, fazendo um apanhado geral das possibilidades do atletismo nas aulas de educação física escolar.

2. O ATLETISMO NO BRASIL E SUAS MODALIDADES OFICIAIS No Brasil o atletismo foi praticado em São Paulo iniciando pelo jornal O Estado de São Paulo com suas competições de espécie de decatlo, mas somente contendo 12 provas. Devido à 1ª Guerra Mundial teve que ser paralisado reiniciando em 1918 onde o jornal Estadinho promove uma corrida de 24 km em volt da cidade, em 1921 se constrói o 1º estádio atlético denominado de Paulistano. E logo essa modalidade já se espalha para o Rio de Janeiro onde desde 1920 fazem-se as competições amistosas (OLIVEIRA, 2006). Nesse esporte foi que nosso país alcançou inúmeras medalhas nos Jogos Olímpicos e Pan Americanos, podendo citar: no salto triplo os nomes de Adhemar Ferreira da Silva, Nélson Prudêncio e João Carlos de Oliveira; nos 800 metros: Joaquim da Cruz; na maratona: Vanderlei Cordeiro de Lima; nas provas individuais e de revezamentos temos: Robson Caetano da Silva, Arnaldo de Oliveira, André Domingos da Silva, Edson Luciano Ribeiro, Vicente Lenilson de Lima e Claudinei Quirino da Silva. Esses são apenas alguns dos nomes (MATHIESEN, 2006). Segundo a (CBAT) Confederação Brasileira de Atletismo (2015) o atletismo é um esporte que contém varias modalidades como provas de pista que são as corridas em geral, provas de campo que são os saltos, arremessos e lançamentos, o pedestrianismo que são as corridas de ruas, as maratonas e marcha atlética (são passos com progressões de modo que o atleta não pode tirar o pé do chão), cross country (que é a corrida de campo e corridas em montanhas) e provas combinadas como decatlo e heptatlo. As provas oficiais são divididas em masculino e feminino onde as masculinas são: Corridas rasas de velocidade (100m, 200m e 400m); Corridas de Meio fundo (800m e 1.500m); Corridas de Fundo (5.000m e 10.000m); Corridas de Revezamento (4x100m e 4x400m); Corridas com obstáculos (3000m); Corridas com barreira (10m e 400m); Maratona ( 42km e 195km); Marcha atlética (20.000m e 50.000m); Saltos (distância, triplo, altura e com vara); Arremesso (peso); Lançamentos (dardo, disco e martelo) e o decatlo que é composto por dez provas realizadas em dois dias sendo que o 1º dia (100m rasos, salto em distancia,

arremesso de peso, salto em altura e 400m rasos) e no 2º dia (110m com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1,500m rasos). E as femininas contêm: Corridas rasas de velocidade (100m, 200m e 400m); Corridas de Meio fundo (800m e 1.500m rasos); Corridas de Fundo (5.000m e 10.000m rasos); corridas com Barreiras (100m e 400m); Corridas de Obstáculos (3.000m); Corridas de Revezamento (4x100m e 4x400m); Maratona (42,195km); Marcha Atlética (20.000m); Saltos (distancia, triplo,altura e com vara); Arremesso (peso);lançamento (dardo,disco e martelo) e o heptatlo que são sete provas realizadas em dois dias onde o 1º dia (100m com barreiras, salto em altura arremesso de peso e 200m rasos) e no 2º dia (salto em distância, lançamento de dardo e 800m rasos). 3. O ATLETISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR Existem diversas possibilidades de trabalhar o atletismo como conteúdo nas aulas de educação física escolar, mesmo sendo um esporte individual, pode ser aplicado em atividades coletivas, adequando-o as necessidades do aluno. Com a prática do atletismo, o aluno interagirá uns com os outros, visando que seja cooperativo e autônomo. Ao ensinar a prática do atletismo poderemos ensinar de forma lúdica e clara para facilitar a compreensão dos alunos através dos jogos e das brincadeiras que sempre deve ser adaptada e adequada para sua faixa etária podendo ajudar nos seus desenvolvimentos (MARIANO, 2012). No âmbito escolar não devemos esperar do aluno um atleta, temos que trabalhar de forma lúdica nas nossas aulas de Educação Física para os alunos desenvolverem suas habilidades, para que o aluno não perca o interesse pela modalidade. Pode-se trabalhar com os alunos em grupos para se socializarem e lhe proporcionarem a vivenciar a vitória e a derrota (MARIANO, 2012). As crianças entre sete e dez anos, por estarem em desenvolvimento de suas habilidades motoras, que estão fortes e podem ser aliadas com a prática do atletismo, através das atividades recreativas passando pelo conhecimento da modalidade e aproximando a prática do atletismo podendo explorar alguns fatores como a corrida, o salto, o lançamento e o arremesso (MATHIESEN, 2014).

Nas aulas de educação física a prática de ensinar ou expor o atletismo para os alunos em desenvolvimento exploram suas descobertas e estimulam a resolução de problemas, levando a autonomia. Com as contribuições dos alunos deveremos estimular a confeccionar seus próprios materiais e fazer suas próprias regras em relação à modalidade (OLIVEIRA, 2006). Por falta de materiais nas escolas (essa é alegação dos professores) o atletismo é excluído das aulas de educação física escolar; os professores esquecem que se trabalhar em parceria com os pais e com a comunidade, podem confeccionar seus próprios materiais, sendo esse, um modo alternativo e apropriado para que sejam utilizados nas aulas, podendo contar com materiais do ambiente escolar e de casa. Essa parceria torna o desenvolvimento da aula mais lúdico, dinâmico e recreativo. (MARIANO, 2012). O atletismo deve ser praticado nas escolas, pois em uma linguagem coloquial, é um esporte simples, bom e barato. Com certeza dificuldades existirão, os alunos preferem jogos de bola e tem certa resistência ao atletismo, mas cabe ao profissional ensinar de forma objetiva e clara sem se prender aos obstáculos que o ambiente pode lhe oferecer, deve ter- se comprometimento e fazer o seu melhor para tornar a pratica do atletismo nas aulas de educação física lúdica e aceitada pelos alunos (MATHIESEN, 2014). A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT, 2015) acrescenta por ser um esporte base do ser humano a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) por meio de pesquisas resolveu criar o mini atletismo onde as atividades desenvolvidas deveriam ser apropriadas para as crianças de varias idades sendo que a modalidade teria que ser oferecida de maneira atraente, instrutiva e acessível para que o atletismo for o esporte individual mais praticado tanto nas escolas quanto fora dela e preparar as crianças para o atletismo de modo mais eficiente. O mini atletismo é carregado de objetivos como despertar e descobrir de forma lúdica as atividades básicas dos alunos (velocidade, corrida de resistência saltos, arremessos e lançamentos), a promoção da saúde, interação social e caráter de aventura que é a motivação ao aluno.

4. ASPECTOS POSITIVOS DO ATLETISMO NA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR O atletismo na sua prática esportiva auxilia o amadurecimento social e emocional envolvendo os aspectos cognitivos, afetivos e sociais; por ser um esporte base a corrida, o salto, os arremessos e os lançamentos ajudam o desenvolvimento das crianças podendo transformar em um adulto ágil e habilidoso. O atletismo coopera na boa forma do aluno evitando o sobre peso e a obesidade por liberar energia ajuda também no funcionamento do cérebro e melhora o raciocínio, o desenvolvimento muscular e na flexibilidade. Na infância onde deve se iniciar hábitos saudáveis onde os jovens aceitam as aprendizagens e com auxilio do professor de educação física e de forma adequada ensinar a prática dessa modalidade aos alunos (GOMES, 2008 apud FERREIRA, 2012). Para Mariano (2012) ao adaptar os materiais, modificar as regras e trabalhar o atletismo de forma lúdica ele poderá ser incluindo em diversas faixas etárias iniciando nas primeiras series e evoluindo, o aluno pode brincar de atletismo onde através dessa brincadeira ele conseguirá dominar o corpo, ampliar seus movimentos, conquistar o espaço, superar limitações e auxilia nos desafios motores, cognitivos, sociais e afetivos. De acordo com Oliveira (2006) o atletismo escolar nas p ráticas das suas modalidades deve se proporcionar alegria para os alunos, estímulos, desafios para os mesmo apreciarem o esporte e começar a gostar da prática dele e com isso começar praticar exercícios físicos para ter discernimento de superar os erros e acertos tornando claros os interesses dos alunos, auxiliando a serem críticos e capazes de decidir e agir perante a sociedade como cidadãos. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste estudo, foi possível analisar as possibilidades do atletismo como conteúdo na educação física escolar e suas aplicações levando a benefícios no sentido cognitivo, motor, social e emocional, devendo ser ensinado por um

profissional capacitado, priorizando a individualidade dos alunos e suas fases de desenvolvimento. Por fim, sabemos que a escola é o caminho para o pleno desenvolvimento da cultura humana e dentro desta perspectiva, fica claro que o atletismo deve ser introduzido nas aulas de educação física. 6. REFERÊNCIAS CBAT. Programa atletismo escolar da CABT. São Paulo: CBAT, 2015. Disponível em: <http://www.cbat.org.br/atletismo_escolar/default.asp>. Acesso em: 24 set. 2015. FERREIRA, Fábio Luis. O ensino do atletismo nas escolas publica de Capão Bonito SP. 2012. Monografia - (Graduação em Educação Física) - Sociedade Cultural Educacional de Itapeva Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, Itapeva, 2012. MATTHIESEN, Sara Quenzer. Atletismo: se aprende na escola. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2004.. Atletismo: teoria e pratica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. OLIVEIRA, Maria Cecília Mariano de. Atletismo escolar: uma proposta de ensino na educação infantil. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.