Efeito do uso de MAP revestido com polímeros de liberação gradual em teores de nitrogênio e fósforo foliares na cultura do milho.

Documentos relacionados
Efeito do uso de MAP revestido com polímeros de liberação gradual em parâmetros vegetativos do milho.

Efeito do uso de MAP revestido com polímeros de liberação gradual em atributos de solo e produtividade de matéria seca no milho.

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Piracicaba SP / 09 de Junho de 2016

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO E FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA 1

Avaliação da Eficiência Agronômica do Milho Em Função da Adubação Nitrogenada e Fosfatada Revestida com Polímeros

Comportamento de plantas de açaizeiro em relação a diferentes doses de NPK na fase de formação e produção

NUTRIÇÃO DA MAMONEIRA CONSORCIADA COM FEIJÃO COMUM EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA

ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO

POTENCIAL DE ROCHAS SILICÁTICAS NO FORNECIMENTO DE NUTRIENTES PARA MILHETO. 1. MACRONUTRIENTES (1)

Protocolo. Dinâmica do K. Dinâmica do potássio em solo de textura arenosa

CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

Influência de doses de fósforo e de nitrogênio na produção de abobóra híbrida, tipo tetsukabuto, na região norte de Minas Gerais

6 CALAGEM E ADUBAÇÃO

Recomendação de Correção de Solo e Adubação de Feijão Ac. Felipe Augusto Stella Ac. João Vicente Bragança Boschiglia Ac. Luana Machado Simão

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA SOB INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E DOSES DE MATERIAL HÚMICO

A Cultura do Algodoeiro

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MA TO GRO S SO DO SUL

UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS, ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS ASPECTOS GERAIS ROBERTO SANTINATO

FONTES DE ADUBOS FOSFATADOS EM ARROZ DE TERRAS ALTAS.

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 726

LEANDRO ZANCANARO LUIS CARLOS TESSARO JOEL HILLESHEIM LEONARDO VILELA

Unidade IX. José Ribamar Silva

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CALAGEM SUPERFICIAL E INCORPORADA E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA AO LONGO DE CINCO ANOS

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

OBJETIVO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA ADUBAÇÃO NPKS MINERAL (QUÍMICA) POR ORGÂNICA COM E. GALINHA MAIS PALHA DE CAFÉ

IRRIGAÇÃO BRANCA NA FORMAÇÃO DO CAFEEIRO

Adubação de plantio para Eucalyptus sp.

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

Atributos químicos no perfil de solos cultivados com bananeira sob irrigação, no Projeto Formoso, Bom Jesus da Lapa, Bahia

Gestão da fertilidade do solo no sistema soja e milho

IX Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí IX Jornada Científica

CALAGEM E GESSAGEM DE SOLO CULTIVADO COM ALGODÃO NO CERRADO DE RORAIMA 1 INTRODUÇÃO

Resposta de híbridos de milho ao nitrogênio. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador Manejo e Fertilidade do solo

Resposta das culturas à adubação potássica:

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

Protocolo. Programas de Nutrição. Performance de programas de nutrição para incremento de produtividade em solo de textura leve

A CULTURA DO MILHO: CORREÇÃO, ADUBAÇÃO E ESTUDO DE CASO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ADUBOS POLIMERIZADOS PODEM REDUZIR A ADUBAÇÃO NITROGENADA E FOSTATADA NO ALGODOEIRO

Efeito de Fontes e Doses de Fertilizantes Fosfatados na Cultura do Milho Elvio Brasil Pinotti 1, Leandro José Grava de Godoy 2 e Mateus Manji 3

CARACTERÍSTICAS FITOTÉCNICAS DO FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) EM FUNÇÃO DE DOSES DE GESSO E FORMAS DE APLICAÇÃO DE GESSO E CALCÁRIO

PRODUTIVIDADE DA CEBOLA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

BPUFs para milho em Mato Grosso do Sul informações locais. Eng. Agr. M.Sc. Douglas de Castilho Gitti

Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes

ADUBAÇÃO DE CULTURAS ANUAIS EM SOLOS ARENOSOS. Heitor Cantarella

Recomendação de adubação e correção de solo para cultura da Cana-de-açúcar

RESPOSTA DO MILHO A NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E DOSES DE CÁLCIO*

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1610

EFEITO RESIDUAL DE FERTILIZANTES FOSFATADOS ASSOCIADOS A SUBSTÂNCIAS HÚMICAS NA CULTURA DO MILHO

TITULO DO PROJETO: 1. INTRODUÇÃO

RESPOSTA DO ALGODOEIRO A DOSES E MODOS DE APLICAÇÃO DE FÓSFORO EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL NO CERRADO (*)

AVALIAÇÃO DE FONTES PARA O FORNECIMENTO FÓSFORO VIA FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO

Manejo da Fertilidade do Solo para implantação do sistema ILP

PERDAS DE NITROGÊNIO POR VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM DIFERENTES FONTES DE FERTILIZANTES NA CULTURA DO MILHO SOB PLANTIO DIRETO

ADUBAÇÃO DO SISTEMA SOJA-MILHO- ALGODÃO

5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

V Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO CULTIVADO COM CAFEEIROS NO MANEJO ORGÂNICO E CONVENCIONAL

SUMÁRIO. Capítulo 1 ESCOPO DA FERTILIDADE DO SOLO... 1

TEORES FOLIARES DE MACRONUTRIENTES EM MILHO SAFRINHA EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE SEMEADURA E ADUBAÇÃO, EM RIO VERDE GO

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO COM INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA SOB PLANTIO DIRETO

Protocolo. Parcelamento do K. Doses e parcelamento daadubação potássica para o cultivo da soja em solo arenoso

Iniciação Científica (PIBIC) - IFMG 2 Professora Orientadora IFMG. 3 Estudante de Agronomia.

PRODUÇÃO DE PROLINA NO CAPIM MOMBAÇA EM FUNÇÃO DO SUPRIMENTO DE CÁLCIO COMO AMENIZADOR DO ESTRESSE SALINO SÓDICO

RENDIMENTO DA CULTURA DO MILHO COM DIFERENTES FONTES NITROGENADAS EM COBERTURA SOB PLANTIO DIRETO

Doses e épocas de aplicação do nitrogênio no milho safrinha.

Adubação Foliar da Cultura do Milho Utilizando Produtos Multinutrientes. Antônio M. Coelho 1/ e Amélio C. Filho 2/

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE UM POLIFOSFATO SULFORADO (PTC) NO ALGODOEIRO EM SOLO DE GOIÂNIA-GO *

Protocolo. Enxofre. Resposta da cultura da sojaa fontes e doses deenxofre

Nutrição de Plantas: Técnicas para aumento da produtividade da Soja. Eng. Agr. Dr. Douglas Gitti Pesquisador de Manejo e Fertilidade do Solo

Concentrações de Nutrientes no Limbo Foliar de Melancia em Função de Épocas de Cultivo, Fontes e Doses de Potássio.

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE FOSFATO MONOAMÔNICO. Rodrigues Aparecido Lara (2)

FERTILIDADE DO SOLO INTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO E RECOMENDAÇÃO DA ADUBAÇÃO

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

Manejo de híbrido de milho associado a fontes de nitrogênio em diferentes densidades de semeadura

Fertilidade de Solos

Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo

A melhor escolha em qualquer situação

Termos para indexação: nitrogênio, matéria seca, Brachiaria decumbens, recuperação, acúmulo

TÍTULO: EFEITO DO ESTERCO DE GALINHA APLICADO EM COBERTURA NO SOLO CULTIVADO COM ABACAXI.

IMPACTO DA APLICAÇÃO DO LODO DE INDÚSTRIA DE GELATINA NA PERCOLAÇÃO DE FÓSFORO E POTÁSSIO EM COLUNAS DE SOLO CULTIVADAS COM MILHO

Inoculação com Azospirilum brasilense, ureia e ureia revestida com polímero e doses de N em cobertura no milho cultivado em cerrado de baixa altitude

Adubação do Milho Safrinha

Palavras-chave: cultivares de milho, efeito residual de adubos.

A cultura da soja. Recomendação de correção e adubação

Adubação do Milho Safrinha. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico (IAC), Campinas

Transcrição:

Efeito do uso de MAP revestido com polímeros de liberação gradual em teores de nitrogênio e fósforo foliares na cultura do milho. É. A. S 1. Borges, F. B. Agostinho 1, W. S. Rezende 1, 2 F. E. Santos, 3 A. A. Silva e 4 R. M. Q. Lana 1 Bolsista PET Agronomia Universidade Federal de Uberlândia, Bairro Umuarama, Uberlândia, MG, CEP 38400-015, Uberlândia MG,; 2 Graduando em Agronomia da UFU, ; 3 Professora Adjunta da UFU, 4 Professora Titular da UFU Endereços: flavinha_agostinho@hotmail.com; erico_asb@hotmail.com; endin.rezende@gmail.com francisender@hotmail.com; adriane@iciag.ufu.br; rmqlana@iciag.ufu.br Palavras-chave: MAP, polímeros, fósforo, nitrogênio, foliar INTRODUÇÃO A cultura do milho destaca-se pela sua alta capacidade de absorção de fósforo, nutriente este essencial para o desenvolvimento adequado da planta. Porém, devido ao alto poder de fixação do fósforo no solo a sua biodisponibilidade é reduzida significativamente, o que prejudica o crescimento regular da planta. Isto se agrava nas condições de cerrado, onde ocorre maior processo de intemperização do solo, o que leva a uma baixa fertilidade e acidez moderada. Assim, a busca por soluções que amenizem a fixação do fósforo no solo por meio de liberação gradual é constante. Concomitantemente a essa preocupação está a perda de nitrogênio, que se dá pela lixiviação do fertilizante, sendo fósforo (P) e nitrogênio (N) os nutrientes com maiores perdas no sistema solo-planta. Mesmo que o parcelamento da aplicação amenize este problema, esta forma de aplicação aumenta os custos de produção. As tecnologias recentes trabalham sobre processos de liberação gradual dos nutrientes, de forma que estes sejam disponibilizados de acordo com a marcha gradual de absorção da cultura, amenizando as perdas por lixiviação e fixação ao solo, aumentando a eficiência das fontes aplicadas. Assim, surgiu como alternativa o encapsulamento das fontes solúveis por meio de polímeros, que já se consolidou no mercado. Os fertilizantes que têm o N nas formas amoniacais e amídica (como no caso do MAP) são rapidamente mineralizados no solo, entretanto, com menores perdas por lixiviação. Esses fertilizantes, por outro lado, causam a acidificação dos solos, o que requer maiores gastos com a calagem utilizada para correção da acidez do solo e reposição do cálcio e magnésio às plantas. (MALAVOLTA et al., 1974; RAIJ, 1991). O fósforo por ser altamente fixado nos solos do cerrado, em que pesquisas já confirmam que em média de todo o fósforo aplicado somente 30% fica disponível para as culturas e o nitrogênio pela sua alta volatilização e lixiviação. O mesmo comportamento é esperado para a uréia encapsulada, esse revestimento reduz a superfície de contato com o solo diminuindo a lixiviação e volatilização, uma vez que o fertilizante encontra-se revestido, ou seja, protegido pelo polímero. Resultados positivos poderão ser obtidos com o uso desta técnica, porém deve-se sempre lembrar que a qualidade dos fertilizantes, as características do solo, época de aplicação, forma de aplicação ou localização e uniformidade de aplicação do fertilizante, são fatores que associados à umidade do solo, espécie vegetal cultivada e manejo da lavoura 359

interferem na eficiência da adubação, podendo ocasionar perdas de nutrientes e consequente desperdício de recursos financeiros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada com MAP encapsulados nos teores de nitrogênio e fósforo foliares na cultura do milho. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado em casa de vegetação na Universidade Federal de Uberlândia, em Uberlândia MG, com duração de 45 dias. A semeadura ocorreu no dia 30 de setembro de 2009 utilizando-se a variedade de milho DKB 390. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com três repetições, em esquema fatorial 5 X 3 (5 doses, 3 fontes de MAP), sendo que cada parcela foi constituída de um vaso de 3 Kg de solo com 2 plantas. O solo utilizado foi um Latossolo Amarelo ácrico típico, na fase cerrado tropical subcadosifólio com horizonte A moderado, relevo plano, textura muito argilosa (121 g kg -1 de areia grossa, 69 g kg -1 de areia fina, 24 g kg -1 de silte e 806 g kg -1 de argila) cujas características químicas encontram-se na Tabela 1. Observa-se que este solo apresenta média disponibilidade natural de fósforo, o que é importante para observar os processos de disponibilização de fósforo com interferência das reservas do solo. Tabela 1 Características químicas do solo utilizado ph H 2 O P K Ca Mg Al H+Al M.O ---1: 2,5--- ----mg dm -3 --- ---------------cmol c dm -3 ------------- dag kg -1 5,2 9,5 34 0,4 0,1 0,4 4,3 2,6 Argila Silte Areia fina Areia Grossa B Mn Zn ---------------------------g kg -1 ----------------------- mg dm -3 806 24 69 121 0,12 1,2 0,4 Foi feita uma adubação em todos os vasos com 1,66 g/vaso de cloreto de potássio (KCl) e 2,22 g/vaso de sulfato de amônio ((NH 4 ) 2 SO 4 ). A determinação do número de sementes por vaso foi calculada considerando uma densidade igual a 90.000 plantas por hectare, equivalendo a duas plantas por vaso, sendo que para isto, foi feito um desbaste após a emergência das sementes. As fontes de fósforo aplicadas foram MAP convencional, sem tratamento com polímero; MAP revestido com um polímero de liberação gradual, PHOSMAX; e MAP encapsulado com três polímeros, KIM COAT. Estas fontes não possuíam variação na concentração de P 2 O 5, tendo 59% do mesmo solúvel em CNA + H 2 O. Além das diferentes fontes de fósforo, variaram-se também as dosagens aplicadas. Essas consistiram na aplicação do equivalente a 40, 80, 120 e 160 kg ha -1 de P 2 O 5 das diferentes fontes citadas anteriormente sem a realização da incorporação ao solo. Assim, os tratamentos foram como os descritos na tabela 2. 360

Tabela 2. Composição dos tratamentos Tratamentos: T1 Testemunha (Sem adubação fosfatada) T2 40 kg ha -1 de MAP convencional T3 80 kg ha -1 de MAP convencional T4 120 kg ha -1 de MAP convencional T5 160 kg ha -1 de MAP convencional T6 40 kg ha -1 de MAP revestido com um polímero (PHOSMAX) T7 80 kg ha -1 de MAP revestido com um polímero (PHOSMAX) T8 120 kg ha -1 de MAP revestido com um polímero (PHOSMAX) T9 160 kg ha -1 de MAP revestido com um polímero (PHOSMAX) T10 40 kg ha -1 de MAP encapsulado com três polímeros (KIM COAT LGP) T11 80 kg ha -1 de MAP encapsulado com três polímeros (KIM COAT LGP) T12 120 kg ha -1 de MAP encapsulado com três polímeros (KIM COAT LGP) T13 160 kg ha -1 de MAP encapsulado com três polímeros (KIM COAT LGP) Foram realizadas análises foliares de fósforo e nitrogênio na forma de concentração e conteúdo, este último calculado em função da matéria seca. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se que não houve diferença significativa na concentração de nitrogênio foliar em todas as fontes avaliadas quando variada as doses, com exceção da dose de 40 kg ha - 1, a qual apresentou o menor teor. Em todos os resultados de teores de nitrogênio foliares, inclusive no tratamento controle, a concentração observada estava dentro da faixa de suficiência testada e proposta por Martinez, et all. (1999) que é de 27,5 a 32,5 g kg -1 de N. Analisando os efeitos das fontes sobre o teor de N foliar notou-se que o KIM COAT promoveu menor liberação de fósforo para o milho em relação às demais fontes, já a análise das doses aplicadas há um incremento de acordo com o aumento destas (tabela 3). Tabela 3. Resultados da análise de nitrogênio foliar N foliar (g/kg) 0 31,9 aa 31,9 aa 31,9 aa 31,9 A 40 26,03 ab 23 bc 27,77 ab 25,6 C 80 30,7 aa 28,4 aab 29,57 aab 29,56 B 120 30,1 aa 31,7 aab 31,37 aa 31,06 AB 160 32,4 aa 28,33 bb 32,4 aa 31,04 AB 361

Média 30,23 a 28,67 b 30,6 a CV % 4,81 Em relação a fósforo foliar detectou-se que não houve interação entre as doses e fontes de MAP utilizadas, assim, as melhores doses independentemente do fosfato utilizado foi 120 e 160 kg ha -1. Já em relação a fonte, o Phosmax apresentou-se como fonte que mias forneceu teor de fósforo para as plantas, em média, esta fonte foi a única a atender a faixa de suficiência proposta por Martinez (1999) de 2,5 a 3,5g kg -1. A fonte polimerizada KIM COAT não demonstrou diferença significativa em relação ao MAP convencional (tabela 4). Tabela 4. Resultados da análise de fósforo foliar P foliar (g/kg) 0 1,1 ab 1,1 ab 1,1 ac 1,1 D 40 1,43 aab 1,27 ab 1,67 abc 1,46 CD 80 1,92 aab 1,83 aab 2,47 aab 2,07 BC 120 2,7 aa 3 aa 3,23 aa 2,98 A 160 2,6 ba 2,1 bab 3,7 aa 2,8 AB Média 1,95 b 1,86 b 2,43 a CV % 25,07 Avaliando-se o conteúdo de N (tabela 5) e conteúdo de P (tabela 6), os quais são calculados com relação à matéria seca, observou-se que ambas as fontes promoveram um incremento de nutrientes em relação a testemunha, sendo de 62% no conteúdo de N e chegando a 4 quatro vezes mais no conteúdo de fósforo. Este comportamento confirma a eficiência do MAP como fonte tanto de nitrogênio quanto de fósforo para o milho. Já a alteração da fonte não implicou em diferenças significativas nos parâmetros avaliados. Tabela 5. Resultados da análise do conteúdo de nitrogênio Conteúdo N (g/kg de MS) 0 0,4 ab 0,4 ab 0,4 ac 0,4 C 40 0,7 aa 0,66 aab 0,7 aab 0,69 AB 80 0,82 aa 0,84 aa 0,79 aa 0,82 A 120 0,77 aa 0,87 aa 0,79 aa 0,81 AB 160 0,8 aa 0,74 aa 0,44 bbc 0,66 B Média 0,7 a 0,7 a 0,62 a CV % 16,35 362

Tabela 6. Resultados da análise do conteúdo de fósforo Conteúdo P (g/kg de MS) 0 0,01 ab 0,01 ab 0,01 ab 0,01 C 40 0,037 aab 0,037 aab 0,043 aab 0,039 BC 80 0,05 aab 0,05 aab 0,06 aab 0,056 AB 120 0,07 aa 0,083 aa 0,087 aa 0,08 A 160 0,06 aab 0,05 aab 0,05 aab 0,056 AB Média 0,04 a 0,04 a 0,05 a CV % 45,65 CONCLUSÃO Portanto, infere-se que as fontes polimerizadas não apresentam vantagens quanto ao conteúdo de fósforo e nitrogênio, porém, a utilização de qualquer forma de MAP avaliado mostrou-se essencial para o desenvolvimento do milho, exceto no parâmetro nitrogênio foliar. Em geral as fontes polimerizadas foram equivalentes ao MAP convencional não demonstrando maior eficiência nem redução na disponibilidade de nutrientes em função do revestimento aplicado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MALAVOLTA, E.; HAAG, H. P.; MELLO, F. A. F.; BRASIL SOBRINHO, M. O. C. Nutrição Mineral e Adubação de Plantas Cultivadas. São Paulo. Livraria Pioneira Editora, 1974, 752 p. MARTINEZ, H.E.P.; CARVALHO, J.G.; SOUZA, R.B. Diagnose foliar. In: RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ V., V.H. (Eds.). Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª Aproximação. Viçosa: Comissãode Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. RAIJ, B. van. Fertilidade do Solo e Adubação. Piracicaba: Editora Agronômica Ceres/Potafós, 1991, 343 p. 363