Não me diga para permanecer o mesmo : o projeto ético-político de Michel Foucault Priscila Piazentini Vieira * Os deslocamentos no próprio modo de pensar constituem uma das características fundamentais dos textos de Foucault. A frase pensar diferentemente nunca foi um incômodo para ele, ao contrário, tomou-a como uma de suas grandes tarefas. Para exemplificar essa questão, vale destacar a forma como ele finaliza a Introdução de sua Arqueologia do Saber: - Você não está seguro do que diz? Vai novamente mudar, deslocar-se em relação às questões que lhe são colocadas, dizer que as objeções não apontam realmente para o lugar em que você pronuncia? (...) - Como?! Você pensa que eu teria tanta dificuldade e tanto prazer em escrever, que eu me teria obstinado nisso, cabeça baixa, se não preparasse (...) o labirinto onde me aventurar, deslocar meu propósito, abrir-lhe subterrâneos, enterrá-lo longe dele mesmo, encontrar-lhe desvios que resumem e deformam seu percurso, onde me perder e aparecer, finalmente, diante de olhos que eu não terei mais que encontrar? Vários, como eu sem dúvida, escrevem para não ter mais rosto. Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo: é uma moral de estado civil; ela rege nossos papéis. Que ela nos deixe livres quando se trata de escrever. 1 Esse trecho supõe um diálogo em que o interlocutor questiona Foucault em suas recorrentes mutações, como se estas fossem uma incoerência de seu pensamento e de sua própria subjetividade. Para o filósofo, entretanto, são os deslocamentos, as aventuras e os desvios dos percursos prédeterminados que o instigam a continuar a escrever e a viver livremente. A experimentação, portanto, é uma grande característica de sua existência. A passagem da arqueologia para a genealogia, realizada desde o começo de 1970 foi uma de suas grandes viradas: formulou novos problemas, que o obrigaram a tratar de temas diversos. É, nesse momento, que surge o estudo da analítica do poder de um modo incrivelmente diverso das * Doutoranda em História no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 1 FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, p.20. 1
discussões que as ciências humanas apresentavam nesse período. Esta transformação não era novidade apenas para esse campo de saber, mas para o próprio pensamento de Foucault. Didier Eribon também escreve sobre essa mutação: Ele [Foucault] era uma pessoa complexa e múltipla. Tinha máscaras e sempre as trocava, disse Dumézil, que o conhecia melhor do que ninguém (...) a meu ver não existe uma verdade da personalidade que se possa encontrar sob sucessivos disfarces. Há vários Foucault? Mil Foucault, como diz Dumézil? Sim, sem dúvida. 2 Após todo um conjunto de estudos que Foucault dominou de genealogias 3, com a publicação de Vigiar e Punir 4, em 1975, e da História da Sexualidade I A Vontade de Saber 5, em 1976, um novo corte é feito por ele. Questionando a linha de continuidade daqueles que esperavam que ele falasse do século XX, os últimos volumes de sua história da sexualidade dão um salto temporal: da modernidade ele volta à Antiguidade greco-romana. Paulo Vaz trata diretamente dessa mudança em seu livro Um pensamento infame: história e liberdade em Michel Foucault. 6 Ele comenta que a pausa de oito anos entre as publicações de A Vontade de Saber e O Uso dos Prazeres 7 foi muito semelhante ao que ocorreu entre As Palavras e as Coisas 8 e Vigiar e Punir: nos dois momentos, Foucault propõe repensar a função e a concepção da atividade filosófica. Já Deleuze, em Foucault 9, mostra uma outra questão que integra esse deslocamento, entendida a partir de um impasse no final de A Vontade de Saber. Ele não decorre da maneira como Foucault pensa o poder, mas do impasse no qual o próprio poder nos coloca. É, enfim, para resolver esse problema que Foucault pensa em um novo eixo, além do saber e do poder, o da subjetividade, ou o si, para Deleuze. Segundo ele, esse terceiro eixo talvez estivesse sempre presente no pensamento de Foucault, mas ele só poderia se destacar tomando uma distância dos demais, com o risco de alterá-los. Sobre essa questão, conclui: Foucault sentia como era inevitável operar uma 2 ERIBON, Didier. Michel Foucault, 1926-1984. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p.13. 3 FOUCAULT, Michel. Em Defesa da Sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.13. 4 FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,1994. 5 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 2005. 6 VAZ, Paulo. Um Pensamento Infame: História e Liberdade em Michel Foucault. Rio de Janeiro: Imago, 1992, pp.41-43. 7 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II O Uso dos Prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 2006. 8 FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das Ciências Humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1987. 9 DELUEZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1993. 2
revisão geral, para desemaranhar esse caminho que mal se discernia enquanto estivesse enrolado junto com os outros. 10 Dessa forma, os estudos de Foucault abordam uma temática nova, a das artes da existência, que são definidas por ele como práticas refletidas e voluntárias através das quais os homens não somente se fixam regras de conduta, como também procuram se transformar, modificar-se em seu ser singular e fazer de sua vida uma obra que seja portadora de valores estéticos e responda a certos critérios de estilo. 11 Com esses estudos, encontraremos uma nova proposta política do filósofo, que problematiza o modo como o sujeito foi produzido na Modernidade e busca formas que escapem de um poder disciplinar e normativo. Abre-se, dessa maneira, uma discussão ético-política que se preocupa com outras formas de constituição de nossa existência e, certamente, que está atenta à pergunta: O que estamos fazendo de nós mesmos?. 12 Foucault também explicita essas mudanças. Na Introdução de História da Sexualidade II, ele aponta como a sua história da sexualidade não deu importância a uma questão central: as formas pelas quais os indivíduos podem se reconhecer como sujeitos dessa sexualidade. 13 Ele pontua, além deste, outros dois eixos para estudá-la: a formação dos saberes que a ela se referem e os sistemas de poder que regulam sua prática. Ora, sobre esses dois eixos, os seus últimos trabalhos sobre a medicina, a psiquiatria e as técnicas disciplinares deram conta de entendê-los. Mas, perguntava, e quanto à relação dos indivíduos consigo mesmo? Ele afirma: Em compensação, o estudo dos modos pelos quais os indivíduos são levados a se reconhecerem como sujeitos sexuais me colocava dificuldades bem maiores. 14 Foi para estudar outras formas dos indivíduos se relacionarem consigo mesmo e, principalmente, para mostrar qual era o tempo histórico forte de outro modo de construção de si, que Foucault empreendeu um deslocamento no seu trabalho. Ao voltar à Antiguidade, assim, ele demarca a diferença em relação à Modernidade na produção de subjetividades muito diversas. Nas culturas grega e greco-romana, a subjetivação era uma esfera que enfatizava as práticas da liberdade e a produção de si mesmo, enquanto que nas sociedades modernas os códigos e as normas cobriram quase que todos os campos de comportamento. Suas observações, portanto, destacarão que o modo moderno de produção do sujeito não é necessário, abrindo espaço para pensarmos em novas 10 Idem, p.103. 11 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II O Uso dos Prazeres. op.cit., p.15. 12 Para esse assunto ver: FOUCAULT, Michel. O que são as luzes?. In: Ditos e Escritos II A Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. 13 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II O Uso dos Prazeres. op.cit., p.10. 14 Idem. 3
maneiras de nos relacionarmos e de nos produzirmos como sujeitos éticos. Nesse sentido, aponta Deleuze: (...) o que interessa essencialmente a Foucault não é um retorno aos gregos, mas nós hoje: quais são nossos modos de existência, nossas possibilidades de vida ou nossos processos de subjetivação; será que temos maneiras de nos constituirmos como si, e, como diria Nietzsche, maneiras suficientemente artistas, para além do saber e do poder? 15 Foucault, então, não toma a Antiguidade como um período exemplar para a nossa época. O que lhe interessa é perceber como as sociedades greco-romanas possuíam uma ética caracterizada por estéticas da existência, possibilitando-lhe desnaturalizar os modos de produção da subjetividade moderna. Para ele, é de extrema importância mostrar uma experiência que contrasta drasticamente com uma sociedade normatizadora que, como destaca Margareth Rago, produziu indivíduos narcisistas, personalidades egocêntricas, insensíveis e intolerantes. 16 Dreyfus e Rabinow em Michel Foucault. Uma trajetória filosófica 17 destacam como esse momento da produção do filósofo critica a nossa obsessão pela decifração da verdade dos nossos desejos e possibilita pensarmos na emergência de um novo sujeito ético. 18 Nesse sentido, Foucault argumenta que devemos problematizar a própria noção de arte que a modernidade possui, desvinculada totalmente da produção de novos modos de viver: O que me surpreende é o fato de que, em nossa sociedade, a arte tenha se transformado em algo relacionado apenas a objetos e não a indivíduos ou à vida; que a arte seja algo especializado ou feita por especialistas que são artistas. Entretanto, não poderia a vida de todos se transformar numa obra de 15 DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996, p.115. 16 RAGO, Margareth. Narcisismo, Sujeição e Estéticas da existência. In: Verve, Revista do NU-SOL Núcleo de Sociabilidade Libertária do Programa de Estudos de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-SP. Nº 09. São Paulo, 2006, p.245. 17 DREYFUS, Hubert L. e RABINOW, Paul. Michel Foucault. Uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. 18 Idem, p.280. 4
arte? Por que deveria uma lâmpada ou uma casa ser um objeto de arte e não a nossa vida? 19 Dessa forma, ele indica qual é o seu grande propósito ao mudar a direção de seus trabalhos: a discussão de um projeto político que priorize as questões de uma ética e de uma estética de si, num mundo onde uma das questões mais urgentes é a possibilidade de se construir uma nova ética, uma vida não-fascista. 20 Lembremos, ainda, que o código moral moderno foi muito criticado pelos seus modos hierárquicos, excludentes e autoritários de se relacionar com o outro e consigo mesmo, ou seja, um modelo político que sempre esteve avesso às diferenças. Devemos ressaltar, ainda, como mostra Frédéric Gros em Que sais-je?michel Foucault 21 que as últimas pesquisas de Foucault não testemunham um retorno ao sujeito, ao contrário, elas produzem uma genealogia do sujeito sexual e ético. Gros também entende, assim como Dreyfus e Rabinow, que a relação consigo é entendida aqui como uma forma de resistência ao sistema de poder. A genealogia do sujeito, dessa maneira, é uma tentativa de pensar fora do conceito de subjetividade cristã e de uma experiência da sexualidade que está estruturada por uma hermenêutica do sujeito. 22 A questão principal desses últimos trabalhos é indicada por Gros: como podemos ser diferentemente?. 23 Também é importante destacar que esses estudos de Foucault mostram como as formas de constituição do sujeito são diversas e características a cada período histórico. Ele, nesse sentido, historiciza dois conceitos fundamentais para os historiadores: o de sujeito e o de experiência. Isso porque, para ele, não se tratava de fazer uma história da sexualidade como um tipo geral de comportamento no qual certos elementos poderiam variar segundo as condições demográficas, sociais ou ideológicas, como uma história social da vida sexual.também não era a sua intenção fazer uma história das representações científicas, religiosas e morais, as quais, através de suas diversidades e de suas mudanças, estariam relacionadas a uma realidade invariante. O seu propósito, diversamente, era analisar a sexualidade como uma forma de experiência historicamente 19 FOUCAULT, Michel. Michel Foucault entrevistado por Hubert L. Dreyfus e Paul Rabinow. In: DREYFUS, Hubert L. e RABINOW, Paul. Michel Foucault. Uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica. op.cit., p.255. 20 FOUCAULT, Michel. Anti-Édipo: uma introdução à vida não-fascista. In: ESCOBAR, Carlos Henrique de (Org.). Dossier Deleuze. Rio de Janeiro: Hólon, 1991. 21 GROS, Frédéric. Que sais-je? Michel Foucault. Paris: Presses Universitaires de France, 1996. 22 Sobre essa diferenciação, ver o artigo: GROS, Frédéric. O cuidado de si em Michel Foucault. In: RAGO, Margareth e VEIGA-NETO, Alfredo (Org.). Figuras de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, pp.127-138. 23 GROS, Frédéric. Que sais-je? Michel Foucault. op.cit., p.96. 5
singular. 24 Ou seja, seu principal objetivo era pensar a historicidade das formas de experiências. 25 Além disso, ao escrever a história das maneiras como o sujeito se constitui, Foucault introduz uma discussão nova para o campo da história: as estéticas da existência. É através destas, que ele sugere outras possibilidades de luta contra as relações de poder da Modernidade. Para ele, o sujeito moderno não é uma essência natural e universal. Podemos, nesse sentido, a partir dos estudos de Foucault, historicizar os modos de produção da subjetividade 26, prestando atenção nas singularidades apresentadas pelas relações consigo da Antiguidade. Ao estudar os deslocamentos trilhados pelo pensamento de Foucault, entre 1975 e 1984 foi de extrema importância atentar para as especificidades trazidas pela discussão da ética, das estéticas da existência e da historicização do sujeito. Sendo assim, entender a formação e a produção do seu discurso não significou enquadrá-lo em uma certa evolução de pensamento, segundo uma certa História das Idéias que tem na continuidade e na linearidade suas principais ferramentas metodológicas. Também não foi encaixá-lo em um movimento causal que classifica a sucessão de escolas de pensamento filosófico, ou mesmo acompanhar uma dada história da historiografia já disciplinada pelas classificações que empobrecem e apagam as diferenças no modo de pensar. Esse estudo não desejou impor aos deslocamentos de suas reflexões um movimento necessário e teleológico, pois perderíamos a própria noção fundamental de Foucault que o texto pretendeu destacar a de pensar diferentemente, como o próprio demarca a seguir: De que valeria a obstinação do saber se ele assegurasse apenas a aquisição dos conhecimentos e não, de certa maneira, e tanto quanto possível, o descaminho daquele que conhece? Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar 24 FOUCAULT, Michel. «Préface à l Histoire de la Sexualité». In: Dits et Écrits. Paris: Gallimard, 1994, p.578. 25 Idem, p.579. Devemos lembrar que para Foucault o pensamento é uma experiência. Para essa discussão ver: RAGO, Margareth. Libertar a História. In: RAGO, Margareth, ORLANDI, Luiz B. Lacerda e VEIGA-NETO, Alfredo (Org). Imagens de Foucault e Deleuze: Ressonâncias Nietzchianas, Rio de Janeiro, D P& A, 2002. 26 Para um estudo que trata dessas problematizações a partir de uma história política da verdade ver: FILHO, Kleber Prado, Michel Foucault: uma história política da verdade, Florianópolis, Insular, 2006. Ele aponta a relação entre a subjetivação e a verdade em Foucault: Trata-se aqui não mais dos discursos verdadeiros, mas das relações que o sujeito estabelece com a verdade de si mesmo, nas quais ele se reconhece como sujeito de um preceito tido como verdadeiro e realiza um trabalho sobre si no sentido de transformar-se, tomando-o como referência. Desloca-se a perspectiva de análise de objetivação do sujeito nos jogos do discurso, para o ponto de vista de sua subjetivação nas práticas e jogos relativos à verdade de si mesmo, levados a efeito nas sociedades ocidentais. (Idem, p.44). 6
e a refletir (...) o que é a filosofia hoje em dia quero dizer, a atividade filosófica senão o trabalho crítico do pensamento sobre o próprio pensamento? Se não consistir em tentar saber de que maneira e até onde seria possível pensar diferentemente em vez de legitimar o que já se sabe? 27 27 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II O Uso dos Prazeres. op.cit., p.13. 7
Bibliografia DELUEZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1993. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. DREYFUS, Hubert L. e RABINOW, Paul. Michel Foucault. Uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. ERIBON, Didier. Michel Foucault, 1926-1984. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. FILHO, Kleber Prado, Michel Foucault: uma história política da verdade, Florianópolis, Insular, 2006. FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, p.20. Em Defesa da Sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.13. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,1994. História da Sexualidade I A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 2005. História da Sexualidade II O Uso dos Prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 2006. As palavras e as coisas: uma arqueologia das Ciências Humanas. São Paulo: Martins Fontes, 1987. O que são as luzes?. In: Ditos e Escritos II A Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. Anti-Édipo: uma introdução à vida não-fascista. In: ESCOBAR, Carlos Henrique de (Org.). Dossier Deleuze. Rio de Janeiro: Hólon, 1991. «Préface à l Histoire de la Sexualité». In: Dits et Écrits. Paris: Gallimard, 1994, p.578. GROS, Frédéric. Que sais-je? Michel Foucault. Paris: Presses Universitaires de France, 1996. O cuidado de si em Michel Foucault. In: RAGO, Margareth e VEIGA-NETO, Alfredo (Org.). Figuras de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, pp.127-138. RAGO, Margareth. Narcisismo, Sujeição e Estéticas da existência. In: Verve, Revista do NU- SOL Núcleo de Sociabilidade Libertária do Programa de Estudos de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-SP. Nº 09. São Paulo, 2006, p.245. Libertar a História. In: RAGO, Margareth, ORLANDI, Luiz B. Lacerda e VEIGA-NETO, Alfredo (Org). Imagens de Foucault e Deleuze: Ressonâncias Nietzchianas, Rio de Janeiro, D P& A, 2002. VAZ, Paulo. Um Pensamento Infame: História e Liberdade em Michel Foucault. Rio de Janeiro: Imago, 1992. 8