EXPOSIÇÕES Trying to Reach Point Zero de Carlos Noronha Feio Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique, de Catarina Simão (no âmbito do programa O Barulhamento do Mundo organizado por AFRICA.CONT/CML e ARTAFRICA) 33 de fama de Manuel Caeiro Kinetic objects, de Max Frey O passageiro de Nuno Cera Site Size de Samuel Rama Acidente de Tatiana Blass Rua de O Século 79, Bairro Alto, Lisboa 4ª a sábado > 13h às 19h Tel.: +351 210 966 274 info@carpediemartepesquisa.com www.carpediemartepesquisa.com
Sinopses Trying to reach point zero de Carlos Noronha Feio Carlos Noronha Feio é natural de Lisboa, Portugal. Vive e trabalha em Londres, Inglaterra. A ideia de recomeço percorre o trabalho artístico de Carlos Noronha Feio.Trying to reach point zero, video performance que o artista apresenta no Carpe Diem Arte e Pesquisa, reforça essa ideia. Na instalação, onde uma aura vermelha cria uma moldura para a performance, somos espectadores de uma desconstrução, através da poda de uma árvore. Um corte tão extremo que nos deixa somente com o tronco central. Trata-se de uma metáfora onde a força destrutiva humana tenta começar de novo. A experiência de recomeço, a crença na capacidade de reorganização e de revitalização civilizacional, estão na base desta acção. Cortesia: Coleção José Correia Lima
33 de fama, de Manuel Caeiro Manuel Caeiro é natural de Évora, Portugal. Vive e trabalha entre Lisboa e Rio de Janeiro. A obra que Manuel Caeiro apresenta no Carpe Diem Arte e Pesquisa, 33 de fama, trata da construção da personalidade do ponto de vista estético, da pessoa enquanto ser pensante, mas vaidoso. O artista dialoga com o espaço, no caso as escadas do Palácio Pombal, para intervir de forma que haja interação do espectador com a obra. Caeiro convida o público a entrar no espetáculo através de um red carpet, como se fosse ele o ator ou o artista. Duas estruturas de grandes dimensões, num exercício de tromp l'oeil tridimensional, fazem a porta triunfal que acolhe a população que habita este espaço. O artista completa a obra com uma reportagem fotográfica que regista os momentos de subida e descida do espectador pelo red carpet. Em 1968 Andy Warhol afirmou que todos terão os seus 15 minutos de fama. Com esta peça, Caeiro oferece a cada pessoa 33 segundos de fama.
O passageiro de Nuno Cera Nuno Cera é natural de Beja, Portugal. Vive e trabalha em Lisboa, Portugal. A caverna marítima é a estrutura e o ambiente de O passageiro, exposição que o artista Nuno Cera apresenta no Carpe Diem Arte e Pesquisa. São fotografias a preto e branco que observam as passagens de dentro para fora, na transição entre luz e sombra, entre conhecimento e ignorância, entre o sagrado e o profano, numa possível releitura da alegoria da Caverna de Platão. A mostra traz ainda um vídeo que com a sua estrutura temporal forma uma teia de movimentos de entrada e saída das cavernas marítimas, numa oscilação interminável entre o exterior e o interior, entre conhecido e desconhecido. O verdadeiro e único momento é o da transição e o da passagem. O passageiro é também uma forma de introspeção; de questionamento e um retrato do contexto social e político contemporâneo. apoio: DGARTES, Galeria Pedro Cera, Porta33, SPNM Serviço do Parque Natural da Madeira
Site Size de Samuel Rama Samuel Rama é natural de Coimbra, Portugal. Vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Site Size propõe dois olhares paradoxais, porém fundamentais e recíprocos - olhar para o céu e olhar para a terra. Para a exposição no Carpe Diem Arte e Pesquisa, Samuel Rama traz dois conjuntos de trabalhos que mobilizam o desenho, a fotografia e a escultura. O primeiro conjunto é constituído por fotografias que remetem para o espaço desdiferenciado do céu, assumindo a retórica da pintura e são apresentadas na parede. No segundo conjunto os trabalhos estão dispostos no chão, sobre uma base de cimento onde assentam primeiro uma fotografia e depois um riscador de grafite, modelado em forma de massa encefálica, que situa o lugar do subúrbio no espaço visual da fotografia. Para Samuel Rama a massa encefálica é apenas e só mais uma massa indiferente. Por isso, da instalação podem fazer parte apenas três elementos ou centenas deles, tantos quanto o espaço e a decisão do artista comportar.
Acidente de Tatiana Blass Tatiana Blass é natural de São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo. Na sua primeira individual em Portugal, Tatiana Blass apresenta pinturas, esculturas e vídeo. Metade da fala no chão - Piano surdo, é o registo da performance-instalação apresentada na 29ª Bienal Internacional de São Paulo. O vídeo mostra um pianista a executar peças de Frederic Chopin num piano de cauda. Enquanto ele toca, dois homens derramam cera derretida dentro do piano. Conforme a cera endurece e mais cera é jogada, o pianista vai tendo mais dificuldade de executar as peças, até as teclas pararem de funcionar e não ser mais possível tocar. As esculturas, feitas de latão fundido, bronze e cera micro-cristalina, são expostas no chão. Cerco #2 é um faisão em que uma cinta presa na parede captura-o no chão. Cão cego #3 é composta por quatro patas de cachorro e uma poça de cera que configura o corpo do cachorro desfeito, tal com a escultura Morto, que é composta por pés humanos de bronze. Já nas telas da série Acidente, figuras humanas aparecem observando algo, engolidas pelo espaço e pela cor. O que une as obras é a atmosfera de um momento paralisado, uma ação em suspenso, como um acidente que acabou de acontecer. Apoio: Galeria Millan, São Paulo
Kinetic objects de Max Frey. Max Frey é natural de Graz, Áustria. Vive e trabalha em Berlim. Para a exposição no Carpe Diem Arte e Pesquisa, Max Frey criou peças que envolvem movimento, característica essencial dos trabalhos do artista nos últimos anos. Ping Pong Half Pipe é uma instalação com bolas de ping pong movidas por um ventilador de ar que as faz pular e cair, criando imagens constantemente novas. Light Rope combina uma simples corrente de luzes multi-coloridas com movimento estático, que interage com o espaço e o espectador. Todos esses objetos lidam com movimento, energia e fenômenos perceptuais, elementos básicos dos trabalhos de Max Frey. apoio: Embaixada da Áustria e Vera Cortes Art Agency foto fernando piçarr
Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique de Catarina Simão Catarina Simão é natural de Lisboa, Portugal, cidade onde vive e trabalha. Desde o início dos anos 60 que o cinema Moçambicano foi utilizado simultaneamente como testemunho e participante da história da sua independência. Grande parte dos filmes contém imagens determinadas por uma estratégia oficial: consolidar medidas sociais e económicas, denunciar ameaças imperialistas e conflitos armados, ao mesmo tempo que encenam uma ideologia unificadora. A instalação Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique, que Catarina Simão traz ao Carpe Diem Arte e Pesquisa é uma exploração, não metafórica, da modelação política destas imagens e procura a cumplicidade daqueles que se dispõem a ver o Arquivo como agente ativo na sua própria construção. Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique é apresentado no âmbito do programa O Barulhamento do Mundo, organizado por AFRICA.CONT/CML E ARTAFRICA. Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique
INFORMAÇÕES ÚTEIS Coordenação Lourenço Egreja e Rachel Korman Contacto comunicação Rachel Korman rachel.korman@carpediemartepesquisa.com +351 93 897 0661 Horário quarta a sábado, das 13h às 19h (horário de inverno) Entrada A visita às exposições é gratuita / Visitas guiadas por marcação prévia Morada Rua de O Século, 79, Bairro Alto. 1200-433, Lisboa, Portugal Contactos Tel.: +351 210 966 274 info@carpediemartepesquisa.com www.carpediemartepesquisa.com